Bibi 01/05/2022Seu primeiro livro publicado foi justamente Intérprete de Males e logo foi agraciada com o Pulitzer de Ficção nos anos 2000.Nilanjana Sudeshna Lahiri ou Jhumpa Lahiri é uma escritora inglesa naturalizada norte-americana filha de pais de origem Bengali. Seu primeiro livro publicado foi justamente Intérprete de Males e logo foi agraciada com o Pulitzer de Ficção nos anos 2000.
Esse foi o terceiro livro que li de Jhumpa Lahiri. Primeiro li O Xará, publicado em uma edição maravilhosa pela @taglivros e me encantei e logo fui buscar outros livros da autora. O segundo foi Aguapés, que, assim como o outro, é um romance. Lembro que após as duas leituras estava cada vez mais encantada com sua escrita e metáforas sobre o que é se sentir um estrangeiro em seu próprio lar. Fiquei bastante empolgada quando soube da existência de Intérprete dos Males e muito curiosa para conhecer mais do universo de Jhumpa Lahiri.
Quando descobri que a @leslivresdaline também tinha comprado esse livro na edição da @globolivros , decidimos ler juntas e ir discutindo conforme a leitura progredia (apesar de que às vezes os horário eram meio complicados hahaha) e essa troca de impressões tornou a leitura mais rica e proveitosa.
O livro é composto por 9 contos que tem com temas centrais: o significado de ser estrangeiro, os percalços dos relacionamentos e caracterizações da cultura indiana tradicional — muitas vezes discutida pelo olhar da sociedade americana. Os 4 primeiros contos foram os que mais gostei, depois tive a impressão de ser tudo mais do mesmo e comecei a divagar no meio da leitura, o que me decepcionou um pouco, confesso.
Hoje tenho a impressão de que Jhumpa Lahiri é muito melhor romancista do que contista. Mas talvez não seja bem assim…
“(…) ser estrangeira é uma espécie de gravidez eterna — uma espera perpétua, um fardo constante, um sentimento contínuo de indisposição. É uma responsabilidade ininterrupta, um parênteses no que antes tinha sido a vida normal, apenas para descobrir que a vida anterior desapareceu, suplantada por algo mais complicado e exaustivo. (…) assim como a gravidez, ser estrangeira é algo que desperta a mesma curiosidade em estranhos, a mesma combinação de pena e respeito.” — O Xará, Jhumpa Lahiri
📖 Páginas: 205 // Gênero: Contos; Literatura Americana; Ficção
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