Tim

Tim Colleen McCullough
Collen Mccullough




Resenhas - Tim


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Vi 14/04/2011

Este foi o primeiro romance da autora.
Seu enredo se desenvolve em Sydney, na Austrália onde mora Mary Horton, uma solteirona, rica e solitária, que acredita não precisar de amor nem de amizade, satisfazendo-se com sua casa confortável, seu jardim, seu carro e a casa de praia que comprou com o fruto do seu trabalho e dos investimentos realizados, com os livros que lê e a música que ouve sozinha. Tim é um belo rapaz de 25 anos de idade, que tem uma ligeira deficiência mental e vive com seus pais e sua irmã. Tim tem uma vida muito simples e sem expectativas, trabalhando pesado no ramo da construção civil. Quando Mary contrata Tim para trabalhar no jardim de sua casa, eles desenvolvem um relacionamento, inicialmente de patrão e empregado, depois de mãe e filho e então de amigos. Através do olhar de Tim para a vida, Mary sai de sua concha protetora e finalmente começa a enxergar com outros olhos a vida ao redor dela. Por sua vez Mary ajuda Tim a se sentir importante e a aprender muito mais do que já tinha sido capaz de entender. Até que tudo se torna bem mais complicado, quando percebem que o sentimento que os une está crescendo e transformando-se em algo maior. Muitas coisas estão contra eles, como a diferença de idade, seus estilos de vida, e o mais importante a limitação intelectual de Tim. Este amor entre os dois nos toca profundamente e trás á tona preconceitos antigos, fazendo-nos repensar sobre a vida e o amor.
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Blog MVL - Nina 18/03/2011

Minha Vida por um Livro | minhavidaporumlivro.blogspot.com
Há tempos atrás,quando eu estava ainda na primeira infância,me lembro de ver meus pais assistindo a uma série onde a moçinha se apaixonava por um Padre. Alguns anos depois, minha mãe me contou que a série era na verdade baseada em um livro chamado Pássaros Feridos e fez um de ter crescido para me tornar uma ávida leitora de livros, nunca dei muita atenção a obra, após ler Tim, da mesma autora, me arrependo de não ter sido mais perceptiva.


Colleen McCullough meu parece ter sua mente e coração voltados para um tema central em suas obras: Amores proibidos. Até aí, não há nada de muito original, afinal Romeu e Julieta foi escrito na era Tudor. O que surpreende em suas estórias é o caminho que Collen costuma seguir no desenvolvimento do romance em sua base principal, seus personagens.


Em Tim o leitor não é apresentado a uma estória onde o casal é separado pelas forças externas ao relacionamento e sim ao interior dos próprios protagonistas. Tim é um rapaz maravilhoso, trabalhador, doce, lindo como uma escultura. E mentalmente retardado. Seu desenvolvimento intelectual é o de uma criança de cinco anos. Já Mary é uma mulher de quarenta e três anos de idade, competente, racional, severa. E retardada emocional. A vida afetiva de Mary é inexistente, ela não tem amigos, nem família e nunca se casou ou teve um namorado. De certa forma ambos precisam aprender alguma coisa um com o outro. Para Tim, Mary o auxiliou a desenvolver sua capacidade mental. Tim proporcionou a Mary o mundo dos sentimentos puros, aqueles que não podem ser mascarados por nossas defesas construídas por nossa mente. Porque Tim não possuía nenhuma. Para ele as coisas eram muito simples. Ou ele gostava de alguém, ou não gostava.

Além do conflito óbvio criado pela dificuldade mental de Tim, ainda há um maior agravante, Mary tem idade suficiente para ser sua mãe. Entretanto não vi maior preconceito do que o da própria Mary. Ela mesma acreditava que a maior barreira entre ambos era a diferença de idade.

A forma como a autora aborda a questão da deficiência mental é interessante porque aproxima o leitor desta realidade e a compreender que pessoas especiais possuem sua própria racionalidade e que como Tim, conseguem construir sua própria realidade dentro do mundo real. A inocência do personagem,sua vulnerabilidade é capaz de enternecer o coração das pessoas mais severas. Assim como fez com Mary.

Lembro-me de ter lido que os muçulmanos não acreditam em perfeição. Tudo o que eles produzem principalmente o artesanato, sempre possui uma pequena falha, para que Deus não se ressinta dessa beleza. Assim é Tim, o protagonista de um dos romances mais aclamados de Colleen. Ele é lindo como uma escultura grega, entretanto nunca poderia fazer nada por si mesmo ou aproveitar da beleza que foi conferida.

O relacionamento entre Mary e Tim é um dos mais belos que já tive o privilegio de ler. Eu indico o livro Tim para todos que possuem o coração e a mente aberta. É uma narrativa que merece ser lida conscientemente, é diferente de tudo que já li até hoje e fico feliz de ter a oportunidade de ler este relançamento que conta a improvável estória de amor entre um rapaz muito especial e a mulher que enxergou além de sua deficiência.

Obs: A capa não é linda?



5 Livrinhos

Minha Vida por um Livro - MVL
http://minha-vida-por-um-livro.blogspot.com/
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Prateleira Cult 09/03/2011

Tim - Colleen McCullough
Esta resenha foi retirada da seguinte postagem no blog: http://prateleiracultural.blogspot.com/2011/02/tim-colleen-mccullough.html

Tim foi o romance de estreia da autora Colleen McCullough, lançado pela primeira vez em 1974, podendo ser considerado um clássico e, ao mesmo tempo, inovador ao tratar de um assunto tabu para aquela época e, porque não, até mesmo atualmente: pessoas excepcionais.

O personagem principal desta estória, Tim Mellville, tem vinte e cinco anos, é dono de uma beleza estonteante, mas possui o que se poderia chamar de uma leve deficiência mental. Mas nem por isso ele é incapaz, pois graças a seus maravilhosos pais, Ron e Esme, ele foi criado em um lar cheio de amor, compreensão e que sempre buscou estimulá-lo a levar uma vida mais normal possível, dentro das suas limitações.

E é exatamente após um de seus trabalhos no ramo da construção que Tim conhece Mary Horton, uma mulher de mais de quarenta anos, que sempre viveu sozinha, muito trabalhadora e, exatamente por isso, rica. Mas sua vida era vazia, sem cor, posso dizer que ela simplesmente estava de passagem pela vida até conhecer Tim.

A partir de então, eles se tornaram grandes amigos, e passaram a cuidar e ensinar um ao outro. Ela ensinou-o a ler um pouco, escrever, a calcular contas simples e tratava-o como um adulto, explicando-lhe as coisas da vida com calma, paciência e carinho. Ele mostrou-lhes as maravilhas das coisas simples da vida, como a apreciar a natureza, conversar com um amigo, sorrir e brincar mais.

Mas, como um tabu que era, essa amizade termina sendo alvo de fofocas e insinuações, o que nem sempre é fácil para Mary lidar, mas ela assim o faz de cabeça erguida.

Acontece que com o passar do tempo, essa relação entre Mary e Tim chega a um ponto decisivo, em que tanto ela, quanto Ron (pai de Tim), precisam tomar uma decisão crucial acerca do futuro deles.

Colleen soube desenvolver a relação entre Mary e Tim de uma forma que eu não conseguia enxergar, a princípio, como possível. Ela construiu uma estória tão linda e emocionante, que você se percebe vibrando de felicidade por cada nova conquista de Tim! É simplesmente maravilhoso acompanhar seu aprendizado, suas descobertas, seus diálogos com Mary, é lindo ver o crescimento da afeição entre eles e o quão bem eles fazem um ao outro!

Sem contar a forma como a autora soube abordar o tema da deficiência mental. Ela soube ser, ao mesmo tempo, realista, crua (muitas vezes ela mesma descrevia Tim como se fosse uma criancinha ou um cachorrinho), mas também sensibilizada e apaixonada.

Ademais, Colleen conseguiu, ainda, amarrar muito bem a estória, de maneira que seu desenrolar não se tornou algo estranho e artificial, como às vezes acontece em alguns romances. Ela foi desenvolvendo a estória de uma forma tão concatenada e gradual, que você vai se envolvendo de pouquinho em pouquinho, até estar completamente submerso no universo do livro e ser capaz de compreender completamente tudo o que está acontecendo.

Quanto a parte técnica, a narração ocorre em terceira pessoa, o que nos dá um ponto de vista bem amplo dos pensamentos e sentimentos de todos os personagens. Isso também facilita as críticas no narrador, principalmente em relação a determinados comportamentos sociais da época.

Além disso, por seu um livro da década de 70, esperava um pouco mais de dificuldade na leitura, o que não ocorreu, a tradução está muito boa; as poucas palavras e termos que não faziam parte do meu vocabulário foram muito fáceis de pesquisar, isso quando já não vinham explicadas no rodapé. A própria leitura em si flui tranquilamente, é o tipo de livro gostoso de ler...daqueles que você nem sente e quando percebe já está terminando!

Minha crítica vai apenas para dois aspectos: a capa do livro e o final. A capa, porque, apesar da cor de fundo e das rosas serem belíssimas, a foto do rapaz não ficou legal (muitas pessoas já me disseram que se fosse só pela capa, não compraria o livro). Quanto ao final, não gostei tanto, pois terminou de forma abrupta, deixando aquela sensação de que faltou alguma coisa.

Uma curiosidade, para quem não sabe, em 1979 foi feita uma adaptação cinematográfica, no qual Tim é interpretado por Mel Gibson e Mary por Piper Laurie. Eu juro que procurei o trailer, mas não encontrei (apenas achei o filme inteiro para ver no youtube!). =p

Trecho:

"Era tão difícil entender seus sentimentos com relação a ele: num momento, pensava nele como se fosse uma criancinha, em seguida, a sua beleza física fazia-lhe lembrar que Tim já era um adulto. E, para ela, era tão difícil ter qualquer sentimento, quando já fazia tanto tempo que que fizera algo mais além de apenas viver" (Página 76)

Para quem gosta de romances, esse é um livro que não pode faltar na sua estante! Tim foi, até agora, para mim, a surpresa literária de 2011 (sim, eu sei que ele é de 1974, mas eu o li esse ano, então...)! Recomendadíssimo!

PS.: Dedico esta resenha a Lucas e sua mãe, minha querida amiga linda Alba, do blog Psychobooks! =*
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Adriboa 01/03/2011

# TIM - Colleen "Magnificamente" McCullough

Desde pequena Fera vive pulando de lar em lar de uma instituição a outra, nunca teve um lugar para chamar de seu ou conheceu o carinho de uma família, nunca soube o que é o sabor de um abraço, sentiu um afago gostoso ou recebeu um beijo amoroso.

Aos 14 anos ela é jogada nos braços da rua, ficando a sua conta e risco o encargo de correr atrás da própria sobrevivência, ela é obrigada a tomar conta da própria vida.

Por não ter a quem recorrer, o que buscar ou onde se alojar, desde cedo ela corre atrás do dinheiro porque sabe que é a única coisa segura e garantida que poderá lhe dar comodidade além de um futuro decente e digno.

Aos 42 anos Fera prosperou além do que sonhou com o emprego dos sonhos, se considera uma pessoa bem sucedida apesar de nunca ter conhecido o verdadeiro amor seja ele Fraterno, Amoroso ou de Família.

A sua razão de viver passou a ser guardar dinheiro para poder comprar propriedades e ter um carrão de verdade. Tanto sucesso em sua conta bancária não conseguiu camuflar sua vida estéril, miserável e tão cheia de lástimas devido à falta de amor e de carinho, ela não conseguiu atingir a paz interior que só conseguimos quando amamos e somos muito querido.

Ela nunca chegou nem perto de sentir esse sentimento tão sublime chamado amor nem mesmo o de um bichinho, pois nas instituições onde foi criada isso era um sacrilégio e um desperdício, por isso ela nunca... nunca sentiu um carinho no rosto, um beijinho de despedida ou um abraço fraternal de dois grandes amigos.

A esterilidade do seu coração, a inanição dos seus sentimentos, o abismo sentimental, a treva emocional e nenhum carinho ocasional fizeram com que Fera se tornasse uma mulher fechada, calada, introspectiva, circunspeta, incompreendida, insensível, amoral e sem nenhum sorriso no rosto.

Profissionalmente ela é um arraso, pois é de uma precisão germânica, uma pontualidade britânica e uma sagacidade americana, porém sem a descontração e a irreverência do povo brasileiro que se estropia mais nunca perde a alegria.

Fisicamente ela não é nem de longe um arraso de mulher, bem de perto acho que ela tem todos os defeitos e problemas femininos sem solução, o que faz dela um portadora em potencial de um desastre estéril e emocional.

Ela é baixa, atarracada, cara amassada, perfil aniquilado, pele vincada, coxas roliças e olhar sovina, não que Fera seja uma má pessoa mais ao olhar para ela logo se nota a nuvenzinha negra cheia de urubus que rondam e sobrevoam suas idéias e sua cabeça bem branquinha igual ao de uma vovozinha, apesar dela ter apenas 42 anos mal vividos emocionalmente.

Ela é tão Fera de desengonçada que nem o Esquadrão da Moda conseguiria dar um jeito, seria necessário uma transfusão de charme e uma lipo profunda no seu DNA além de um transplante de simpatia para contrabalançar esse corpo disforme e flácido, sob rígido controle militar além de muito esquisito.

Fera nunca sentiu uma fagulha de sentimentos ou teve seu útero contraido em um ziriguindum por alguém para se considerar um ser humano normal, por ser tão fechada e nunca beijada, foi impossível deixar alguém chegar perto ao ponto dela ser amada e Phodida.

Um dia ao vislumbrar o ajudante de pedreiro, que trabalha na obra da casa ao lado, ela tem a sua primeira contração uterina e ovula ensandecida ao dar-se conta de todo o babado e da beleza perfeita de Belo.

—Logo no início a beleza e a fragilidade de Tim a deixaram desarmada.

Fera fica tão encantada com seu Belo perfil fenomenal e escultural que se pega sonhando e buscando na memória com quem ele se parece... Seria alguém da Revista, da tv ou do jornal?

Chega à conclusão que a única imagem que chega aos pés desse ser tão Belo são as estátuas etéreas de Michelangelo e mesmo assim deixam algo a dever!

Ela admira a perfeição de seu corpo e simetria de seu rosto Belo, mas ao ter o primeiro tête-a tête com esse ser etéreo descobre que ele é um Belo de um Forrest Gump de 25 anos!

Esse encontro tem tudo para dar errado...

Ele é Belo... Ela é Fera!
Ele é o Príncipe... Ela o Sapo!
Ele é emoção... Ela é razão!
Ele é inocência... Ela ravia contida!

Ele operário... Ela executiva!
Ele um Adonis... Ela a Bruxa da Bela Adormecida!
Ele corpo de Apolo... Ela redonda feito coxinha!
Ele é cercado de amor... Ela uma ilha sofrida!

Ele não amarra os sapatos... Ela faz tudo sozinha!
Ele não é bom das idéias... Ela tem idéias supimpas!
Ele depende de tudo... Ela nem depende da vida!
Ele mentalidade de cinco... Ela de uma velha ranzinza!

Ele tem amor pra dar... Ela amargura reprimida!
Ele ama como um cão... Ela nunca amou na vida!
Ele deficiente de raciocínio... Ela lesada dos sentidos!
Ele sentimentos superdotado... Ela nunca sentiu nada na vida!

Tudo leva a crer que será um desencontro de destinos, pois são literalmente os opostos inclusive numa época cheia de preconceitos por ela ser tão velha e ele um Belo de um garotão inocente e lindo de morrer.

Mary encontrou-se cercada pelos travessões de vinte e nove anos de solidão. Era como se ele precisasse dela realmente, como se pudesse ver nela alguma coisa que nem mesmo ela conseguia enxergar e para a qual estivesse totalmente cega.

Mas a amizade, o companheirismo, o amor, o entendimento, o respeito, a admiração e tantos outros nobres sentimentos fazem desse acaso do destino um encontro de almas e a mais linda story de amor que eu já li na minha vida!

—Até o momento em que conhecera Tim, jamais alguém tinha demonstrado preferi-la a qualquer outra pessoa. O que teria ele descoberto de tão fascinante na sua personalidade reservada e seca? (...) principalmente para alguém tão ignorante a respeito de emoções.

Aos poucos sem querer e sem saber, Bello foi quebrando uma a uma todas as barreiras que Fera ergueu pra se proteger ao longo de sua vida, até que elas acabam pulverizadas como se nunca tivessem existido!

— Mas por que Deus se importaria com isso? Oh, Mary, nunca me senti assim antes! Foi o momento em que mais me senti perto de ser um homem normal! Por que Deus iria se importar? Não é justo que Deus se importa, realmente não é justo!

Esse romance para mim representa o amor do século XXI com um Romeu e uma Julieta repaginados, onde as barreiras da diferença de idade, o desnível social, as nuances das cores de pele e o abismo cultural foram superados ou estão a caminho de serem superados...

—Mary se você morresse eu também teria vontade de morrer, não iria gostar de continuar andando, falando, rindo e chorando. Gostaria de ficar ao seu lado, debaixo da terra.

O que dizer de uma declaração de amor tão singela e sincera? O único preconceito que ainda persiste e perdura é entre duas pessoas com níveis intelectuais diferentes ou que tenham entre si um abismo mental muito grande ou que ambos sejam do mesmo nível cognitivo. Para a "maioria" eles não podem amar ou serem felizes...

—Nenhum de nós nasce sem alguma coisa maravilhosa e alguma coisa indesejável dentro de nós. Reconheço que o corpo e as feições de Tim são magníficos, porém não lhe parece que uma grande parte desta beleza totalmente surpreendente vem da alma?

Deixando-se levar pelo preconceito ela ainda reluta em aceitar esse verdadeiro amor, até que a coloque no seu devido lugar...

— Se você não é a companheira adequada ao Tim, ele também não é o companheiro ideal para você! Tem que parar de pensar em si mesma como uma mulher velha, feia e amarga, ainda que isso representasse a expressão da verdade. Desafio qualquer um a explicar o que uma pessoa vê na outra e, no seu caso, não devia nem imaginar uma questão deste tipo. Pense o que pensar sobre si mesma, Tim julga-a totalmente diferente e muito mais desejável. Declarou-me não saber o que ele viu em você, fosse lá o que fosse não conseguia entender. Sinta-se agradecida que assim seja!

Esse amor para mim é o Shangri-lá dos amores impossíveis...

— Pensa que ele mudará, que acabará se cansando de você? Aja como adulta! Tim não é um homem maravilhoso e sofisticado do mundo, é uma criatura infeliz e tola, tão simples e devotado quanto um cachorro!

A utopia de que todos tem direito a amar e ser amado...

Neste momento não há lugar para eufemismos ou ilusões (...) Não me interessa os motivos que levaram Tim a dedicar-lhe a sua afeição. Ele a ama, apenas isso. Ama-a! Por mais inverossímil, inviável, inexplicável que possa ser (...) o que é que há com você que é capaz de pensar em jogar fora esse amor?

O amor perfeito...

Por algum motivo, de todas as pessoas que teve oportunidade de conhecer, foi a você que dedicou a sua afeição e sempre a dedicará. Ele não se entediará ou se cansará de você, não irá preteri-la, daqui a dez anos, por uma mulher mais jovem, não está atrás do seu dinheiro nem seu pai também. Neste momento, você é uma pessoa solitária, portanto nada tem a perder, não? Além do mais, ele tem beleza bastante para todos dois.

Porém não é considerado a um deficiênte mental que ele tenha direito a um amor que o acalente e o suprima...

Como sabe, esta situação não é normal; não estamos lidando com duas pessoas adultas mental e fisicamente mas sim com uma disparidade de idade o que deixa algumas dúvidas a respeito dos laços emocionais que as unem (...) vocês são um casal diferente sob qualquer aspecto e creio que possa aceitar essa singularidade.

Como rejeitar e dizer não a um amor assim...

Nada os mantém unidos a não ser o amor que sentem um pelo outro, não é verdade? Existe a diferença de idade, de beleza, de inteligência, de saúde, de status, de origem, de temperamento — poderia continuar indefinidamente, não poderia? Os laços emocionais entre você e Tim são verdadeiros, tão verdadeiros a ponto de terem ultrapassado todas essas diferenças inatas. Creio que ninguém neste mundo, inclusive você, poderá dizer qual a razão do porque vocês terem sido feitos um para o outro. E na verdade o são.

Se alguém tem alguma dúvida quanto a esse direito, creio que não temos como refutar esse argumento...

— Por que razão deveria Tim passar toda a vida privado da oportunidade de satisfazer uma das necessidades mais impetuosas que conhece seu corpo e espírito? Por que lhe deveria ser negada a virilidade? Por que deveria ser protegido e escondido do próprio corpo? Oh, Mary, ele ja possui tantas deficiências! Tantas! Por que devemos despojá-lo ainda mais? Não é ele um homem.

Colleen Magnificamente McCullough escreveu esse primor no início da década de 70 e no final da mesma década ele foi adaptado para o cinema, diante de tanta beleza descrita vejam quem foi escolhido para representar o nosso Belo Tim, apesar de ser ainda um jovem e desconhecido ator...

Acho o Mel Gibson um arraso de Men e um Bello de um Mano e definitivamente é o sonho de consumo de todas nós, mas sinceramente ele não é a identidade que a Adriana deu ao Bello Tim, caso me coubesse dar um “rosto” a esse Deus di Papel, definitivamente sem tirar nem por, essa seria a "Cara" que a Boattini daria ao Bello Tim...

Desde o primeiro momento, desde a primeira linha foi assim que eu imaginei que ele seria, ninguém mais ninguém menos do que o maravilhoso, perfeito e Bello Robert Redford!

A Adriana leu esse livrinho ainda jovem e já tinha se debulhado em lágrimas, mas graças à indicação da Roberta que me fez recordar e ter um Flashback dessa linda story além de me dar esse Lelis de presente, a Boattini teve a oportunidade de reler esse primor de livro!

Adriana chorou copiosamente até ficar com o nariz entupido, com esse amor impossível, tão cheio de preconceitos, incompreendido e que tem tudo para dar errado.

Esse definitivamente é o amor mais bonito, verdadeiro e "especial" que a Boattini já teve a oportunidade de ler ou já viu nessa sua Lazarenta vida!

São Paulo, Março de 2011.
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Bruna Britti 27/02/2011

www.supremeromance.blogspot.com

***

Adoro um livro de romance voltado para um personagem deficiente, ou que contenha essa temática. Acho que muitas pessoas deveriam ler livros do gênero, são verdadeiros tapas com luva de pelica para uma sociedade que está longe de se desligar de seus preconceitos.

Normalmente esses temas são mais comuns em romances de banca, vira e mexe você acaba encontrando um. Dessa vez “Tim” é um livro de livraria, uma reedição para ser mais exata. E a história não poderia deixar de encantar contando sobre um homem descrito como “o próprio Deus Grego”, mas com deficiência mental.

Como a sociedade lida com ele não é muito diferente da realidade. Seus pais ensinaram-lhe tudo o que puderam e até onde a capacidade de Tim lhe permitia, porém sempre há uma limitação do personagem. Ele é ridicularizado pelos amigos de trabalho, jamais arranjou uma namorada, não consegue entender as horas, ler ou fazer contas que não fossem mais simples. Porém isso não impede que Mary Horton aacabe se apaixonando pela beleza tanto física como interior de Tim.

A narração da autora é bem simples, as vezes sem entrar em maiores detalhes. A história em si é maravilhosa, linda, mostrando como um amor pode superar as dificuldades e até os preconceitos de uma sociedade. Como lidar com um homem que as vezes tem alma infantil, doce, que pode chorar como uma criança pequena, e nas outras é um homem como qualquer outro, com desejos intensos, com sentimentos de um adulto. Mary Horton aprende a lidar com tudo isso.

Sem dúvida, todas as estrelinhas possíveis e mais algumas.
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naniedias 25/02/2011

Tim, de Colleen McCullough
Mary Horton é uma mulher madura - no alto de seus 43 anos -, estável financeiramente. Sempre levou uma vida bem regrada, foi uma excelente empregada - e ainda o é - e conseguiu, com muito trabalho e esforço, juntar o dinheiro que tem hoje.
"Sentia-se totalmente satisfeita com si mesma e com sua vida. Gozava dos pequenos luxos que apenas o dinheiro proporciona, mantinha-se fiel a si própria tanto no trabalho quanto em casa, não tinha amigos, à exceção de cinco mil livros que recobriam as paredes de sua biblioteca, e diversas centenas de discos, quase todos reproduzindo as músicas de Bach, Brahms, Beethoven e Handel. Adorava jardinagem e arrumação de casa, nunca assistia a um programa de televisão ou ia a um cinema, como jamais quis ou teve um namorado."
Mary não sabia o quanto sua vida iria mudar quando convidou Tim, um rapaz de 25 anos que trabalhava em uma obra na casa da vizinha, para aparar o seu gramado durante o final de semana.
A princípio, Mary ficara balançada pela beleza do rapaz - a personificação da beleza greco-romana. Mas logo que percebeu que era um menino retardado, com problemas de aprendizagem, ela o encarou como uma criança e ali nasceu uma grande amizade.
Mas Tim não era uma criança. E assim, ali também nasceu uma grande amor!

O que eu achei do livro:
Explêndido!
Esse livro é realmente maravilhoso! A autora Colleen escreve muito bem - com uma sensibilidade incrível! A escrita é simples, ágil e uma delícia de se ler!
A história se passa na Austrália - um pais um tanto desconhecido para mim. E foi muito gostoso acompanhar o dia-a-dia dos personagens!
Essa é uma das histórias de amor mais lindas que já tive a oportunidade de ler! É lindo ver a evolução dos sentimentos entre Tim e Mary! Ver como Tim não é uma criança, mas sim um adulto. A palavra retardado, que é utilizada diversas vezes no livro, não é uma boa palavra para descrevê-lo. Ele não tem uma mentalidade infantil, ele apenas não consegui discernir as coisas, ou aprendê-las. E, portanto, magoa-se facilmente, perde-se em explicações complexas e leva uma vida mais tranquila.
Por outro lado, Mary além de madura, também é uma mulher muito inteligente. Mas não é bonita. E Tim é - muito! Portanto é lindo ver a união de um casal desse tipo - pobreza intelectual com riqueza intelectual, beleza divina com a beleza que apenas Tim conseguia enxergar!
Não tenho nem como apontar pontos negativos nesse livro. É realmente uma história incrível! A capa é linda - a arte gráfica maravilhosa, a tradução e a revisão impecáveis!
Um livro muito bom e super indicado para todos!

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 6

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FotoseLivros 14/02/2011

Encantador... tocante... maravilhoso!
Eu li a resenha, achei interessante...mas o livro é encantador... conta a história de Tim, um rapaz de 25 anos, lindo, o homem mais lindo que todas as pessoas que o vêem já viram na vida... mas Tim tem uma limitação no cérebro, é retardado (detesto esta palavra) sua mãe já tinha mais de 40 anos quando engravidou dele... é uma criança... em seu modo de agir... doce e puro.

Mary Horton é uma solteirona de 43 anos... secretária executiva de sucesso, sem amigos... mas se vê encantada com a beleza de Tim, que estava trabalhando na reforma da casa de sua vizinha... ela o chama para aparar a grama de seu jardim... e assim se desenvolve uma amizade que só faz melhorar a ambos... Tim que não sabia ler nem escrever, através da paciencia de Mary começa a aprender a ler, a escrever e a entender algumas coisas.... a amizade é pura... vai se desenvolvendo ao longo de meses e cada um deles vai ficando melhor... a família de Tim pensam que Mary é uma velha, com idade próxima à dos pais... quando descobrem que ela, apesar de ter a cabeça toda branca é mais nova do que pensavam, a irmã se altera e acontece uma reviravolta no livro... mas não vou contar mais nada... leiam... pois é um livro doce, tocante e maravilhoso (me emocionei muito).
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Ga Popovitch 14/07/2010

Polêmico e envolvente.
Um livro que apesar de ter um tema muito polêmico, consegue ser envolvente. Conta com uma profunda riqueza de detalhes que esta longe ser cansativa, explora os sentimentos da personagem e a torna mais real a cada página. É livro com um ritmo muito bom que prende nossa atenção.
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Lally 10/06/2010

Emocionante
Quando eu li Tim pela primeira vez tinha 13 para 14 anos e chorei loucamente. Com 16 li novamente e chorei de novo. Agora, com 20, tenho certeza que se eu voltar a ler - e com certeza irei - chorarei novamente na mesma parte.
Nunca li a obra mais famosa da Colleen McCullough que deu base para o filme Pássaros Feridos, mas, se a narrativa dela for igual a esta com certeza vale a pena devorar.
Tim é um livro dotado de sensibilidade, polêmica, amor incondicional e até mesmo rendeção de almas. É aquela situação que você se coloca na situação da protagonista e pensa 'O que eu faria se isso acontecesse?' e chega a conclusão que talvez não teria tanta fibra quanto ela.
Não dá para contar muito mais sem estragar a sucessão de acontecimentos belos que se sucedem da narrativa, mas, com certeza, nos dá uma excelente lição de um amor livre de preconceitos e da maneira mais pura que a acepção da palavra permite definir.
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Ariadna 06/01/2010

Lindo e ingênuo, como o personagem principal!
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Beta 05/01/2010

Uma história emocionante. Onde a superação das diferenças é posta em questão. Porém, não há surpresas nos acontecimentos, pois aconteceu aquilo que eu imaginei que aconteceria no desenlace. Falta um pouco de “suspense”, mas em geral o livro é bom.
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Lenita 08/03/2009

Li há tanto tempo e achei estranho, talves por não achar possível aquele amor entre pessoas tão diferentes, de mundos diferentes. Gostaria de ler novamente. Será preconceito? Acho que hoje teria outra visão.
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mostert 27/02/2009

Não esqueço
li este livro quando estava com uns 20 anos, é lindo, singelo, fala do verdadeiro amor, sem barreiras, até hoje lembro dele e já se passou 28 anos!!!!
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Raquel Lima 09/02/2009

O amor...
Engraçado como o amor encontra milhôes de formas de se desenvolver...Este livro, conta a história de um amor entre uma mulher mais velha e um homem, com problemas mentais. Apesar dos problemas de convivência...O amor florece e muda as suas vidas. Quando li, no início confesso que o achei meio pervertido...Assumo, preconceito, puro!...mas após tantos anos que li, e o livro trata a mudança da vida dos personagens depois que se uniram como uma coisa tão boa. Que paro para pensar se o que importa no amor, não é isso...Felicidade ? ...
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