Carla Cássia - @contra.capa 27/08/2017Acho que li na época errada :TSabe aquele livro que tinha tudo para dar certo, mas simplesmente não deu? Bom, essa foi a minha experiência com o primeiro volume da trilogia Sábado à noite, que carrega o mesmo nome desse livro.
A ideia não é original, mas quem me conhece sabe que eu amo um clichê, então a proposta me atraiu num primeiro momento e a capa do livro, mesmo sendo uma produção independente,me agradou logo de cara. Gosto muito de capas em preto e branco.
Entretanto, algumas coisas na formação da história me incomodaram e muito! Eu não sei se é minha idade (22 anos) ou apenas o meu gosto para determinadas coisas que ali ocorreram, que realmente não fizeram a minha leitura muito boa. Por exemplo, o livro todo trabalha em grupos de 5 pessoas, não há duas melhores amigas num canto, não há um grupinho de três meninas mais populares ou mais estranhas, o livro TODO é trabalhado em quintetos.
Para completar meu incômodo, quando alguém do grupo gosta de uma pessoa de outro grupo, logo vai se formando os casais dentro desses dois grupos, como se eles não pudessem namorar alguém de fora sabe. Exemplo novamente, se você que é de um grupo qualquer sair com um cara do grupo popular, logo suas 4 amigas vão se apaixonar/sair com os outros 4 caras populares que sobraram. Em uma determinada época da minha vida esse tipo de formação de casal funcionava, enquanto hoje isso não é uma coisa realista, e que me incomodava na leitura. Parecia que os personagens eram uma entidade única, que eles não tinham suas próprias características, eram mais da mesma coisa.
Superado isso, me dou de cara com uma protagonista para lá de confusa e incoerente.
Sério, ô menina para dar para trás! Na boa, não gostei dela e a Amanda seria o tipo de menina que eu evitaria. Primeiro, pois ela não conseguia se abrir nem com suas melhores amigas, não que ela seja obrigada a contar tudo, mas esconder as coisas não é legal e com isso ela acabava preocupando todo mundo. Segundo, se eu sou o amigo de infância dela, e ela me troca apenas para ser a popular e não fala comigo porque tem vergonha de mim e dos meus amigos, mas quando quer carona para a escola aparece na minha porta? Desculpa, isso não a faz melhor do que as protagonistas de “Meninas Malvadas”.
Eu realmente senti que a Babi Dewet tentou fazer um grupo de meninas populares legais, mas inseguras, e que por isso tinham medo de agir da forma correta ou simplesmente serem o que queriam ser. Infelizmente, para manter isso achei que os personagens não se desenvolveram e acabaram sendo hipócritas.
Contudo, acho que o livro funciona bem para quem está começando a ler. A escrita é bem fluida e o livro é regado de clichês que todo mundo deve conhecer. A narrativa é tranquila, assim como as situações impostas aos personagens e o livro contém muita conversa, transformando a leitura em algo mais rápido. Então, para quem está começando a entrar no mundo dos livros e quer algo nacional que não seja a coisa mais difícil de imaginar, e que seja YA, acredito que Sábado à Noite vai cumprir bem seu papel.
- Carla você vai continuar a Trilogia?
- Sim meu povo, vou! Quero saber como essa história vai acabar e se esses personagens vão amadurecer e deixarem de ser a cara de um, focinho de outro.
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