spoiler visualizartaehoodliday 06/10/2023
CARA QUE LIVRO *BIZARRO* !
Cara kkkkkk que BIZARRO. Terminei o livro agora pouco e tudo que eu consigo >expressar< é como esse livro é bizarrooooo. Meu. QUEM que tem uma ideia tão boa assim?? QUEM que consegue desenvolver a ideia boa tão bem a ponto de ser impecável. Meus amigos... que livro bizarro de bom!
Primeiro que eu quase tive um surto na finaleira porque achei que o plot twist ia ser que o Hero of Ages na verdade era o Elend e não a Vin. Teve um capítulo que o Sazed ficou discorrendo sobre a profecia e como os estudos dele e da Tindwyl estavam confusos... Eu já fiquei em choque.
E aí é TÃO bom chegar no final e ver que o livro todo a gente tinha pistas do que tava acontecendo, chegar no final e ver que poxa, o autor >pensou< nisso, ele elaborou e trabalhou pra ter esse resultado, ele pensou nos mínimos dos mínimos detalhes. Enquanto lia eu mesma me questionava “epa perai...... será que era isso mesmo que tava escrito na profecia que eles acharam na caverna??”, principalmente quando do nada nos textos estava escrito “Holy First Witness”.
“I write these words in steel, for anything not set in metal cannot be trusted”
CARAAAA quando o Sazed disse que eles entenderam errado essa frase, e que ela queria dizer que LITERALMENTE não se podia confiar em nada escrito no papel porque algum espírito/alguma coisa alterava pra dar a entender que eles tinham achado o herói perfeito que se encaixava na profecia e que deveria desistir do poder da Well... Cara, que genial.
Esse final do Sazed se questionando quanto ao que ele acredita, e vendo que a religião do povo dele não passou de um truque. Achei muito bem pensando, e eu gosto da profundidade que tem esse tema de religião nesses livros: no primeiro teve toda aquela criação da Church of the Survivor, que a gente ia os skaa idolatrarem o Kelsier como uma divindade (e a gente vê bastante disso nesse livro também, não só com ele mas com a Vin); e agora nesse com essa desilusão que o Sazed tá passando com todas as coisas que ele acreditava estarem certas, ele nunca se questionou se todas aquelas religiões que ele guardava e ensinava poderiam coexistir ao mesmo tempo, não se questionava se o que ele ensinava poderia ser chamado de mentira, e quando ele foi confrontado com a morte da Tindwyl tudo veio pra ele, e ele entrou num loop que acabou com ele não sabendo mais no que acreditar.
“What better way for such a creature to gain freedom?”. E olha, achei inteligentíssimo e muito bem desenvolvido todo esse arco do Sazed e da criatura usando a religião para poder ser liberta.
E ai agora a gente tem um Elend Mistborn. Que por um lado era o que a Vin no início do livro reclamava que ele não entendia esse lado dela... Bom, agora ta aí kkk. Quero ver como vai ser isso no próximo livro, se vamos ter cenas dele aprendendo a usar os poderes (acredito que sim), o quão útil ou o quão pedra no sapato isso vai poder ser em alguns momentos.
O crescimento da Vin em relação ao relacionamento dela com o Elend foi bem bom de acompanhar. No início ela toda confusa, até que ela amadureceu ao ponto de entender que ele morrer seria o que ele queria se o povo dele fosse ficar protegido, e aceitar respeitar a vontade dele porque o conselho que o Sazed deu pra ela foi: “You must love him enough to respect his wishes, not what you assume is best, but what he truly wants”. E isso ficou tão marcado nela, e ela tava mudando tanto que não optou por ficar com o poder e salvar ele.
Foi a escolha “errada” no sentido liberar um mal gigantesco e desconhecido no mundo, mas fez muito sentido ela ter tomado essa escolha naquela hora. Se fosse uma Vin mais nova, a Vin de antes, ela teria escolhido o poder e teria salvado o Elend (que era o que o espírito da mist acreditou que ela iria fazer).
O questionamento que se segue é muito válido e eu mesma pensei nele também: se desistindo do poder a criatura seria liberta, será então que o Lord Ruler não percebeu o que estava acontecendo e optou por ficar com o poder pra não libertar esse mal sobre todos? Será, então, que ele não era um pouco bom?
O que o Elend responde é o que é, se ele fosse ele não teria feito o que ele fez com tudo o que aconteceu depois. Mas, quanto mais a gente vai entrando nessa história, mais a gente percebe que nada é o que parece, então pode ser que tenham coisas ainda desconhecidas pra mim que vão explicar perfeitamente o que realmente aconteceu, que vão deixar tudo claro.
Porque ainda restam algumas dúvidas: por que o Marsh queria que a Vin libertasse a criatura da Well of Ascension? Ele mesmo não sabia dizer por que ele tinha a missão que ele tinha, e me parece que o buraco é mais embaixo.
Ainda não achamos o Atium, não temos nem cheiro dele. O que encontramos lá embaixo do palácio do Lord Ruler foi alguma coisa que transforma as pessoas em Allomancers (transformou o Elend em Mistborn). Acredito que isso vai trazer algumas complicações também, caso os outros descubram que tem uma maneira de “fabricar” Mistborns...
Muito bem. Adorei a experiência de leitura e gostei muito muito muito desse livro (como eu acredito que tenha dado pra perceber). Realmente não me passou pela cabeça em nenhum momento que o OreSeur poderia ser o kandra infiltrado no palácio, o que faz todo sentido. A relação que ele (que na verdade era o TenSoon) e a Vin construíram foi linda, e ajudou muito ela no final do livro quando ela percebeu a ligação dos kandra com os koloss. Espero ver ele no próximo livro também, nem que seja um pouquinho.
Os questionamentos da Vin a respeito de quem ela deveria ser e quem ela era de verdade, sobre usar os vestidos... Achei de uma sutileza colocar essa preocupação.
Enfim, estou ansiosa pro próximo e último volume da trilogia. Esse livro foi bem mais fácil de ler do que o primeiro por eu já saber como funciona o universo, como é o sistema mágico e tudo mais. Ainda tive algumas dificuldades pra entender 100% as descrições das batalhas, o que tava acontecendo, mas a ideia geral eu peguei de boa então isso não atrapalhou em nenhum momento a leitura.