Resenhas - As Primeiras Quinze Vidas de Harry August

Guilho 06/09/2022

O livro poderia ser menor, mas?
É um livro bom. Me limitei a não escrever resenhas enquanto terminava cada capítulo por saber que, para mim, essa prática é desestimulante quando relacionada a um livro de mais de 300 páginas.

No caso desse livro, eu acredito que a narrativa demorou para fazer sentido, compensou no final, mas ainda sai com uma sensação de que o universo criado não foi tão bem explorado, o que acarretou, não propositalmente a um final acelerado. No geral eu achei ótimo, mas seria ainda melhor se editado e encurtado pois há momentos que a narração desnecessária é apenas uma estratégia de criação de personagem que não funciona (mas só pq, de novo, não é ?necessária).

No mais, eu adoraria ler outras histórias que ou se passam no mesmo universo, ou são da mesma autora. Ela realmente tem uma escrita acessível e ainda assim densa de conteúdo, pois a existem de uma pesquisa enorme é visível através dos parágrafos.

Lipienski 25/08/2022

Leitura obrigatória
"hoje sei que existe alguma coisa morta dentro de mim, embora eu não seja capaz de lembrar quando ela morreu"

Wei 16/08/2022

Frases
? Morrer não nos causa medo.
É no renascimento que se encontra o terror. No renascimento e no medo persistente de que, por mais que nossos corpos Se renovem, não há salvação para as nossas mentes.


? Não existe sentimento de perda, se você não consegue se lembrar do que perdeu.


? O esquecimento. Na minha opinião, ele merece um artigo definido antes do nome, dado que é um tipo de morte.


? Hoje sei que existe alguma coisa morta dentro de mim, embora eu não seja capaz de lembrar quando exatamente ela morreu.


? É impossível sentir falta de uma coisa da qual você não se lembra.

Dan 08/08/2022

Completo
Este livro é completo. Ambientação, desenvolvimento, relacionamentos, diálogos, drama. Pode ir. Vai dar bom!

Vinicius 08/08/2022

Interessante e Longo.
Bom, mas poderia ser melhor!

Esse livro poderia ter umas 100 páginas a menos que não faria falta, na verdade acho que ajudaria muita coisa que foi dita não era necessária e existe uma diferença entre construir bem um personagem e colocar excesso de palavras, o personagem ficou bem construído? Sim, mas as vezes menos é mais, acredito que teria o mesmo resultado sem precisar deixar a obra arrastada.

Sinto que faltou uma direção nesse livro, pois, apresentou várias coisas e assuntos que poderiam ter sido melhor trabalhados, por exemplo: a família dele foi e não foi importante ao mesmo tempo, poderia ter falado menos e melhor sobre isso. Talvez uma separação mais adequada sobre as vidas dele tivesse ajudado também porque você lê pensando que tem de prestar atenção eu cheguei até fazer notas sobre o que ele era em cada vida, pois parecia importante saber disso e no fim acabou que não era. (esse ponto tem certa explicação no final, mas mesmo assim)

Esse livro tem muitos textos corridos e lá pela metade fica um pouco maçante a leitura, deu certa vontade de abandonar, entretanto, mesmo assim esse livro me fez pensar bastante. O final poderia ser mais fechado deixa tipo a expectativa que vai acontecer o que foi dito, mas sem certeza, um epílogo resolveria isso pena que não teve.

Somos seres que vemos o tempo de forma linear então é complexo entendê-lo de forma cíclica tenha isso em mente.




Possíveis spoilers abaixo

Possíveis spoilers abaixo

Pela primeira vez senti necessidade de fazer uma resenha com spoilers

Lendo a obra fiquei com essa dúvida que seria um furo na história: se quando você morre tudo é reiniciado como é possível se deixar pedras ou mensagens físicas?

A explicação para isso é tão complexa que depois de ler, fiquei pensando um pouco para poder entender e finalmente consegui, só que depois de um tempo parece que a explicação vai embora e começo a me esquecer, porque é muito doida.

Outra coisa que entendi é que existem fatos que são determinados nesse mundo, como a Segunda Guerra Mundial que sempre vai acontecer e mesmo que alguém consiga evitar em alguma vida quando a pessoa morrer e voltar, se ela não voltar a interferir a Segunda Guerra vai acontecer de todo jeito.

Para mim todas as pessoas nesse mundo revivem a vida de novo só que apenas alguns se lembram disso, todos estão eternamente condenados a repetir as suas vidas e fazer o que sempre fizeram com pouquíssimas ou nenhuma alteração em um ciclo infinito.

Jenni 01/08/2022

Fazia tempo que eu não lia um livro que me agradasse em TUDO. A escrita me manteve tanto em contato com a história, que tive a sensação nítida de estar vendo um filme, principalmente quando o narrador repassava alguma das frases que havia ouvido de pessoas diferentes e em situações diferentes. Eu me conectei com o Harry e desejei ter metade da inteligência e da paciência dele.

Senti por vezes agonia e acho que era exatamente essa a intenção do autor, ressaltar que: 1. o Harry é um ouroborano. 2. Eu só tenho uma vida para fazer tudo que eu quero e não posso contar com o passar dos séculos como ele pode, mas a impressão é a de que vivi todas essas vidas com ele e entendi todas as escolhas que ele fez.

BOM DEMAIS!!!!!!!!!!!!

Nathy 07/07/2022

Citações Favoritas:
. ?Era um lembrete da antiga verdade ancestral que dizia que, para o mal prosperar, bastava a omissão dos bons.?

. ?Em nome do progresso, consumimos nossas almas, e nada mais importa.?

. ?Todo mundo é decente de seu próprio ponto de vista.?

. ?Um homem não pode vivenciar um isolamento maior do que se ver sozinho em meio a uma multidão.?

Valesi 28/06/2022

Uma história sobre pessoas
As Primeiras Quinze Vidas de Harry August é um livro sensacional. Trata de física aplicada, viagens no tempo, multiversos, história da humanidade... mas é um livro sobre pessoas. Os elementos científicos estão lá, permeiam e movem a narrativa, mas o que interessa são os relacionamentos, o amadurecimento (e também o endurecimento que a vida eterna causa), a busca por um propósito, um objetivo, depois que já se conseguiu tudo - ou se tem o tempo suficiente para conseguir quando quiser.
A narrativa não linear pode parecer confusa para alguns, mas te coloca dentro da cabeça do protagonista, e é fundamental para o entendimento.
Sim, com o leque de opções que abre, o final é sempre menor do que o que pensávamos que poderia ser. Mas todas as grandes jornadas não são assim???

rubyblog 13/06/2022

As 15 vidas de Harry August.
gostei bastante, nunca tinha lido nenhum livro desse gênero. a unica coisa que me incomodou foi q enrolaram mt no inicio e o final ficou meio apressado, faltava 10 paginas e eu nao sabia se ia dar tempo dele conseguir impedir o vicent ou n, mas acho q isso tb causou um pouco de suspense.

Mokumura 05/06/2022

Se você quer ler vilão não leia essa resenha, tem spoilers
O começo foi confuso, mas mesmo assim foi uma introdução necessária, explicar as fases que um kalachakra passava, entre perceber que ia viver tudo de novo, tentar procurar uma resposta e não encontrar, então aceitar que ia ter que continuar vivendo, mas que poderia fazer isso de várias formas diferentes.
O verdadeiro plot começou quando o Harry se encontrou pela primeira vez com o Vicent, não que eu tenha percebido isso. Quando o Vicent chamou o Harry pra trabalharem juntos me deixou feliz, mas depois eu percebi, junto com o próprio Harry porque isso iria resultar no fim do mundo.
Então nessa parte eu fiquei puta com o Vicent, não importa quantas vezes ele tenha falado "eu não queria fazer isso, mas eu preciso", [imagine muitos palavrões aqui].
Quando eu cheguei na reta final, com o Harry tentando descobrir uma forma de impedir o Vicent, eu percebi que esse livro me lembra muito vilão, a relação do Harry com o Vicent é parecida com a do Victor e do Eli. Os dois tentaram mexer com algo num nível "divino", sofreram consigo e então decidiram que precisavam se matar. Um friends to enemies. (Eu fiquei esperando um lovers, até o próprio Harry admitiu que não se importaria de se envolver assim com o Vicent, apesar dos apesares).

De qualquer forma, eu fiquei super ansiosa, esperando a solução final, apesar de ser óbvia qual seria, mas eu não sabia como iria chegar lá, entretanto, eu ainda fico meio confusa com a forma como resolveu.

Wesley Santos 30/05/2022

Simplesmente maravilhado!
Não sei por onde exatamente começar a elogiar esse livro!
A quantidade massiva de conteúdo histórico que a autora teve que pesquisar, simplesmente incrível!
Os personagens são incríveis e vc entende 100% das motivações deles. Nenhuma ação fica com aquele gosto amargo de "nossa será que ele faria isso mesmo?". Cada um dos diversos personagens te cativa de uma forma totalmente diferente. Mas em especial o próprio Harry que vive e descreve suas vidas de forma tão linda!!
Sem defeitos (mentira, a edição da BERTRAND BRASIL está recheada de erros de digitação... Mas tirando isso... Sem defeitos).
Favoritei sem sombra de dúvida, e tenho certeza que será um dos poucos livros que terei vontade de reler nos próximos anos.

Guilherme.Lefort 20/05/2022

As primeiras quinze Vidas de Harry August
Há muito tempo que eu queria ler esse livro, pois sua premissa de passar por várias vidas e sempre lembrar de tudo me deixou muito curioso para saber como isso seria abordado na história e depois de terminar de ler eu entendo o porquê o livro é tão recomendado por ser referência no assunto!

A história explica muito bem suas premissas de ficção científica, mas não de uma forma complicada e de difícil entendimento e com o próprio personagem principal narrando a história tudo fica mais próximo de entender!

Apesar de ser um livro de ficção científica a história não é só sobre isso, pois ela trata muito das relações humanas e de como as nossas ações impactam o mundo e as pessoas.

A forma como o livro desenvolve o mistério que também está presente é muito bem feita, pois faz de uma forma que vai escalando a tensão e aguçando a curiosidade para saber o que pode ser, tudo isso enquanto ficamos sabendo tudo o que Harry August pensa e sente!

E por mais que o fim do mundo seja o mal a ser combatido na história, como ela consegue retratar os conflitos de Harry com as pessoas que ama e como seus problemas também são uma espécie de fim do mundo, é feito de uma maneira incrível!

A única crítica que eu tenho ao livro é que seu começo é muito detalhado e cheio de informações e isso faz sentido lá na frente da história, mas pode desanimar o leitor a continuar, pois realmente é muito detalhe, mas tudo isso faz sentido para o desenrolar da história!

Uma história grandiosa, envolvente, íntima, cheia de reflexões e reviravoltas, realmente adorei o livro!

Maitê 09/05/2022

Envolventes e diferente viagens no tempo
Que livro envolvente! Eu amei a narrativa.
As histórias das 15 primeiras vidas do Harry não são contadas linearmente, pois uma situação presente o faz lembrar de detalhes de vidas passadas, então ele volta um pouco pra seguir com a história.
Vi algumas resenhas criticando isso, por acharem enrolação. Ao meu ver, foi o que aprofundou o personagem.
Foi o que nos faz entender porque ele é e age. Também dá profundidade no universo e cria uma conexão, que quase nos faz dialogar com o protagonista.
Indico a todos que gostem de viagens no tempo, história real com what if e narrativas em primeira pessoa.

Rafael2157 07/05/2022

Harry August: o chato que não morre
"Imagine a eterna ampulheta da existência virada de cabeça para baixo de novo, e de novo e de novo. A cada vez, também virados de cabeça para baixo estaremos você e eu, meras partículas que somos." (Quando Nietzsche chorou, Irvin D. Yalom)

Leia a sinopse desse livro e eu duvido não ficar com vontade de ler. Eu sou facilmente atraído por qualquer história em que o personagem principal é o TEMPO. E é bem fascinante no início do livro como a autora brinca com o jeito de contar as Primeiras Quinze Vidas de Harry August. O Harry é um cara que morre... e renasce lembrando de sua vida anterior. Basicamente a premissa é essa.
O cerne da história abre uma margem instantaneamente na nossa cabeça para todas as discussões filosóficas que isso implica. Imagina tudo que você pensaria sendo capaz de viver sua vida de novo, intermináveis vezes, e o pior de tudo: não saber o porquê disso.
Convenhamos que já é sofrido o suficiente viver uma vida só sem certeza alguma, imagina repetir esse ciclo em busca de uma resposta minimamente confortante.
A parte sci fi do livro se desenvolve bem, a gente tem alguns conceitos que são legais.

Mas...
Nada se sustenta no livro. Todos os debates, temas, implicações põem um pé no instigante e voltam pro monótono.
Toda a mitologia científica é muito bacana, mas não é tanto assim.
Se pegarmos por exemplo Asimov, com todas as suas ideias malucas, você não precisa nem de um personagem que seja o seu fio condutor pela história. Só os conceitos te deixam tão perplexo e abobalhado que você nem consegue lembrar os nomes dos protagonistas ao final do livro.

Só que a ideia aqui é criarmos um certo laço pelo Harry. Não consegui. Acho que é natural que o personagem ao passar das vidas se comporte de maneira mais niilista e menos identificável. Só que ao mesmo tempo não consegui sentir 1% da dor de sofrer esse fardo.
O personagem mais legal (e nem tanto assim) é o Vincent, amigo de Harry e com o passar das páginas nos mostra algumas visões mais diferenciadas e mais interessantes.

Tudo é abordado de maneira corrida. Como eu mencionei, a autora te mostra uma parada que você fica tipo, nossa... Agora vai. E ela pula todo um arco que poderia ter sido desenvolvido em cima daquilo.

Enfim, tem quem goste. Pra mim infelizmente não funcionou.

Thyanne.Ribeiro 29/04/2022

Harry, meu filho, quanta ida e volta quase me deixa doida ? muito psicodélica a forma como Harry conta a história do que faz, do que fez, do que vai fazer e como tenta loucamente mudar um passado que não tem como mudar pra alterar um futuro que não tem como alterar ? doideira, mas mto bommm! Tipo de viagem no tempo, tecnologias fora de ordem e sociedades secretas que agrada e entretém. Recomendo.