spoiler visualizarIax 06/05/2020
Nevermore
No 1° conto, " O poço e o pêndulo", um homem está preso em uma masmorra pois está sob sentença de morte. No meio da masmorra há um poço e, por não conseguir enxergar muito bem no escuro, ele quase cai dentro dele. Ele alterna seus momentos de consciência com desmaios e após acordar de um desses desmaios ele percebe que está amarrado e há um pêndulo com uma lâmina se aproximando dele mais rapidamente no decorrer dos dias. Pouco antes da lâmina atingi-lo ele tem uma ideia: passar comida nas faixas que o prendem para que ratos roam e ele se liberte, mas os agentes inquisitoriais não desistem de matá-lo e, mudando a conformação das paredes, eles tentam empurrá-lo no poço. Quando ele está quase caindo, as paredes da masmorra são derrubadas e ele descobre que o exército francês o salvou bem a tempo.
No 2° conto, "A queda da casa de Usher", o personagem é convidado por um amigo de infância, Roderick Usher, a visitar a mansão dos Usher, pois seu anfitrião está muito doente e precisa de companhia. A casa é horripilante e seu velho amigo está realmente muito mal, além disso, sua irmã gêmea, lady Madeline, também está a beira da morte. Após a morte de Madeline, Roderick é o último da linhagem Usher vivo, mas ele prefere conservar o corpo da irmã por duas semanas no porão da mansão. A partir daí ele só piora pois, na verdade, ele havia trancado sua irmã ainda viva no caixão e, após alguns dias, ela volta para matá-lo.
No 3° conto, "O baile da Morte Vermelha", um reino estava sofrendo com uma epidemia da morte vermelha, uma doença que matava em poucos minutos e deixava os doentes com hemorragia. O príncipe juntou 1000 amigos sadios e os levou para uma abadia, onde se isolaram por 6 meses enquanto o resto do reino morria. No sexto mês ele promoveu um baile de máscara e na abadia havia 7 comodos com janelas e cores diferentes um dos outros. O sétimo cômodo era negro, mas a janela era vermelha e lá havia um relógio que assustava a todos com suas badaladas. Quando tocou meia noite um convidado estranho vestido de morte e sangue atravessou o salão até esse sétimo cômodo. Ao perseguir o convidado o príncipe morreu e logo depois os 1000 convidados morreram todos com hemorragia, pois aquele estranho era a Morte Vermelha.
No 4° conto, "O gato preto", o personagem é afeiçoado por animais de todos os tipos, mas seu preferido era um gato preto que ele e a esposa adquiriram e chamavam de Plutão. Por causa do álcool ele mudou drasticamente sua conduta e começou a agredir a esposa e os animais, chegando a arrancar o olho do gato e enforcá-lo numa árvore. No dia do enforcamento a casa pegou fogo enquanto eles dormiam e eles quase não conseguiram se salvar, além disso, a única parede que permaneceu de pé, estampava a imagem de um gato enforcado em relevo. Com um pouco de remorso, ele procurou outro gato parecido com Plutão e o adotou, mas não passou muito tempo até que ele odiasse o animal também, principalmente porque esse gato também não tinha um olho. Ao tentar matar o animal e ser impedido pela esposa, ele acaba por matá-la e esconde o cadáver emparedado no porão. Após o assassinato, o gato sumiu por 4 dias e quando a polícia foi investigar a casa e o porão não encontraram o cadáver. Para se vangloriar, quando os policiais estavam de saída, o assassino bateu com a bengala na parede onde o cadáver estava e de lá saiu um urro assombroso que deixou todos assustados. Ao abrir a parede, descobriram além do cadáver, o gato preto, pois ele foi emparedado sem que o dono percebesse.
No 5° conto, "O barril de amontillado", o personagem tinha um amigo chamado Fortunato que sempre zombava dele. Fortunato era um ótimo conhecedor de vinhos e no carnaval, ao encontrá-lo já bêbado, o homem decidiu se vingar e matá-lo sem que ninguém soubesse. Ele alegou que tinha um barril de amontillado em casa, o que era impossível naquela época do ano, o que interessou muito a Fortunato. Levou-o ao lugar mais profundo da adega e o prendeu à parede dos fundos, construiu uma parede e o deixou lá por anos.
No 6° conto, "O coração delator", o personagem morava com um velho que, segundo ele, tinha um olho assustador, parecido com um abutre e azul e, por isso, decidiu matá-lo. Por 8 noites ele espiava o velho dormir, mas na última noite, quando o velho acordou com seu barulho, ele o matou, ouvindo as batidas do coração aumentarem até parar finalmente. Um vizinho ouviu o grito do velho e chamou a polícia, mas enquanto a polícia revistava, ele começou a ouvir o coração do velho novamente. Já ficando louco com aquilo, ele confessou o crime e mostrou onde ele havia escondido o cadáver: nas vigas do assoalho.
No 7° conto, "Os assassinatos na rua Morgue", o personagem conta como conheceu e dividiu apartamento com C. Auguste Dupin, um detetive inteligentíssimo (precursor de Holmes e Poirot) que ajudou a resolver um crime hediondo em Paris. Mãe e filha moravam sozinhas numa casa e um dia, após ouvir gritos, vizinhos e policiais as encontraram brutalmente assassinadas com características bem peculiares. Não sabiam como os assassinos saíram e nem porque não roubaram nada, além disso, os vizinhos ouviram conversas após a morte, mas não conseguiam entender o que um dos assassinos falavam. Dupin descobriu que o assassino, na verdade, era um orangotango que fugiu de seu dono e a voz que eles ouviam era do dono o repreendendo e o abandonando. Dias depois ele o encontrou e o vendeu, mas contou toda a história à polícia e libertou o inocente que foi preso equivocadamente pelo assassinato.
O 8° conto, "O mistério de Marie Rogêt", é baseado em um assassinato real que aconteceu em Nova York em 1841. Mary Cecília Rogers era Marie Rogêt no conto de Poe. Marie era uma moça muito bonita que morava com a mãe. Ela havia desaparecido uma vez por poucos dias, depois voltou misteriosamente dizendo que estava com alguns parentes, mas havia relatos que ela estava com um oficial da Marinha. 5 meses depois ela desapareceu de novo e foi encontrada morta no Rio Senna. Na época, os jornais publicavam matérias dizendo que o corpo encontrado não era dela, culpavam o noivo, os amigos e até diziam que ela foi morta por uma gangue. Dupin descartou a possibilidade da gangue e de o corpo não ser dela, além disso, o noivo havia se suicidado. A conclusão do caso não foi publicada pois quando o conto foi escrito, o crime não havia sido solucionado e todas as deduções que Poe fez como Dupin foram baseados em jornais da época, já que o crime foi cometido nos EUA e a história se passa em Paris. Anos depois foi confirmado tudo o que o autor deduziu.
No 9° conto, "A carta roubada", o comissário de polícia, G., procura ajuda de Dupin na resolução de um roubo. O ministro D. havia roubado uma carta importante de uma senhora muito influente e estava chantageando-a por 18 meses, a polícia revistava-o, invadia sua casa de madrugada às escondidas, mas não encontravam nada. Dupin deduziu que a carta estaria no lugar mais óbvio possível e foi lá que a encontrou: na escrivaninha do ministro. A carta estava quase irreconhecível, mas o tamanho era o mesmo. Ele recuperou a carta, colocou outra em seu lugar (para se vingar de D., que havia aprontado com ele anos antes) e devolveu à polícia.
No 10° conto, "Berenice", Egeu conta como viveu enclausurado, estudando e doente no casarão de sua família com Berenice, sua prima. Um dia, Berenice adoeceu e piorou rapidamente, tendo crises de epilepsia que a deixava em transe, enquanto isso, a doença de Egeu, monomania, )concentravção absurda em coisas frívolas), piorava. Ele pediu a prima em casamento e ao contemplar o sorriso dela, ele ficou obcecado por seus dentes. No dia seguinte, um criado dá a notícia da morte repentina de Berenice após outra crise epilética. Ao visitar o cadáver, Egeu vê o dedo da morta se mover e um sorriso se abrir em seus lábios. Ele foge aterrorizado e se vê na biblioteca após um lapso de tempo em que ele não lembra o que fez desde o enterro da prima. Um criado aparece e diz que ouviram gritos e o túmulo de Berenice foi violado, além disso, o cadáver estava lá, vivo. Então ele repara que as roupas de Egeu apresentam respingos de sangue coagulado e, ao deixar cair uma cixinha da mesa, ele vê aparelhos de extração dentária e os dentes de Berenice.
No 11° conto, "Ligeia", o personagem conta que era casado com Ligeia e como ela era linda e inteligente, até que ela adoeceu e morreu. Ele se mudou da casa e se casou novamente, mas não amava a nova esposa, chamada Rowena. Rowena adoeceu e morreu, mas ao visitar o cadáver, ele notava que ela voltava a vida cada vez que ele pensava em Ligeia, mas morria novamente quando ele tentava reanimá-la. Por fim, ela se levantou e andou até o centro do cômodo, e ao tirar a mortalha, era Ligeia.
No 12° conto, "Eleonora", o personagem conta como era apaixonado po sua prima, Eleonora. Morava com ela e sua tia isolados do mundo em um lugar paradisíaco. Quando ele tinha 20 anos e ela tinha 15, ela faleceu, mas antes ele prometeu não se casar com ninguém. Após a morte da amada, tudo no lugar paradisíaco mudou, murchou, sumiu. Ele foi embora e se apaixonou e casou com uma moça chamada Ermengarde. Apesar de tudo, uma noite ele ouviu uma voz o libertando de sua promessa.
No 13° conto, "Manuscrito encontrado em uma garrafa", o ano era 1818 e o personagem embarca em um navio sem propósito algum, mas ele pressente que algo ruim vai acontecer quando uma calmaria acomete o mar. Subitamente, um simum (vento fortíssimo, como um furacão) causa danos ao navio e mata quase todo mundo, apenas ele e um velho sueco sobrevivem. Eles passam 5 dias navegando até que encontram outra embarcação que acaba de destruir o navio que eles estavam. O velho morre, mas ele consegue entrar no navio assustador. Ele fica lá escondido por dias, mas a tripulação, que ele conta ser antiga e estranha, nem percebe sua presença. Ele rouba papéis e começa escrever o manuscrito que ele coloca numa garrafa e atira ao mar enquanto o navio, que navegava para o sul, é engolido por um redemoinho.
No 14° conto, "O escaravelho de ouro", o narrador te um amigo que perdeu todo seu dinheiro e foi morar em uma ilha, perto de onde ele mesmo morava. Esse amigo, chamado William Legrand, tinha ajuda de um velho negro chamado Júpiter e o levava para caçar insetos com ele. Um dia, eles acharam um escaravelho dourado com o desenho de uma caveira nas costas e perto de onde eles encontraram o inseto eles também encontraram um papel sujo. Apesar de seus amigos acharem que ele havia enlouquecido, Legrand tinha certeza que o escaravelho iria devolver a fortuna que ele perdeu. Eles realmente encontraram o tesouro ao pé de uma árvore, enterrado ao lado de duas ossadas. Legrand explicou que o papel sujo era um pergaminho e ao decifrar o que estava escrito, ficou claro que era o local do tesouro de um pirata chamado Kidd, uma lenda até então.
No 15° conto, "Nunca aposte a cabeça com o diabo", o narrador conta a história de seu amigo, Toby Dammit. Desde bebê Toby era constantemente espancado pela mãe, o que incurtiu nele uma vida revoltada na qual ele adorava fazer apostas. Por não ter dinheiro, ele nunca apostava valores, mas constantemente apostava sua cabeça ao diabo. O narrador sempre chamava atenção do amigo por isso, mas Dammit nunca dava ouvidos. Um dia, ele apostou a cabeça ao diabo que conseguiria saltar uma roleta numa ponte, mas do lado desta roleta havia um velhinho coxo que o instruiu a tomar distância para aprimorar o salto. Ao saltar, Dammit cortou o pescoço em uma viga acima da roleta e morreu, perdendo a cabeça.
No final do livro tem o poema "O corvo" original, o traduzido por Machado de Assis e o traduzido por Fernando Pessoa.