Tais203 19/09/2022
Uma leitura estranhamente interessante.
Acompanhamos o protagonista, anônimo, que acorda numa sala estranha e descobre estar aprisionado do outro lado do espelho do consultório psiquiátrico onde seu irmão é paciente. Durante sua busca para tentar descobrir um meio de voltar "ao mundo real", passeia pelas outras salas existentes fora da sala onde está, em que, cada uma possui um espelho, que o permite ver diversos acontecimentos com pessoas próximas, o que no fim da história se mostrarão relevantes para o inesperado desfecho.
📚Sobre sua experiência, o protagonista diz "pude ver de algum lugar dentro de mim, através de espelhos, o desfilar do tempo e dos acontecimentos, como num turbilhão de cenas que se sucederam anacronicamente. Pude andar pelos jardins mortos de minhas esperanças, de sala em sala, de espelho em espelho, observando o que acontecia enquanto estava parado diante do meu próprio reflexo", uma referência ao personagem Brás Cubras, de Machado de Assis.
▪️Por meio de uma linguagem simples e direta, a narrativa dialoga sobre
temas psicológicos, sociais e filosóficos através de um personagem em primeira pessoa, usando o tom de impessoalidade, causando ainda mais desconforto ao leitor ao descrever cenas fortes e inquietantes.
🛑Possíveis gatilhos: suicídio, drogas, violência física e sexual.