@blogleiturasdiarias 28/03/2017Melhor livro da trilogia!Termino o livro com uma sensação de que história magnífica que eu li. A trilogia do Vencedor me pegou muito de espanto na questão de gostar dela mesmo. Amei o primeiro livro, veio o segundo e superou o antecessor. Amei o segundo livro, veio o terceiro e também superou. Ainda não consigo decidir qual é o melhor, mas cada um tem uma particularidade que me fez adorar todos.
O Beijo do Vencedor inicia-se exatamente no fim de O Crime do Vencedor, com Krestel sendo levada para um campo de trabalho forçado. Vendo suas esperanças esvaírem-se, ela se entrega totalmente no que acontece no local e quer desesperadamente esquecer-se de tudo. Paralelamente, Arin ainda não sabe qual foi o destino final da Kestrel, aliás ele quer mais do que tudo esquece-lá. Com sua maior preocupação voltada para a guerra entre Valória e Herran junto com o Ocidente, ele não nota as pequenas pistas que Kestrel deixou para ele saber a verdade. Afinal, o romance construído e destruído prevalecerá da guerra final e das diferenças? Será possível termos um vencedor no final?
Mais uma vez cheio de estratégias políticas, estratégias de guerras, vemos um enredo riquíssimo que te prende, te faz se interessar por tudo que é transmitido. Fiquei surpresa por me ver presa em algo que até então não me conquistava muito. A trama te puxa de uma maneira para você tentar decifrar os próximos passos dos personagens, em querer saber o que pode acontecer mais pra frente nas lutas, que você devora as páginas. Praticamente me vi terminando o livro em 2 dias.
O desenvolvimento dos personagens principais é excepcional. Krestel teve uma evolução enorme desde o primeiro volume até aqui. Mais madura, centrada, e atenta com que acontece a seu redor no mundo, vemos suas características baterem de frente com as do seu pai — que na minha opinião é o mais importante para a personalidade dela. E Arin, apesar de passar praticamente a trilogia inteira sem mudança, tem uma pequena variação de atitude logo nas páginas finais que choca e ao mesmo tempo te alivia. O protagonista tem um sentimento lhe tomando praticamente na trama inteira, e isso cai por terra por um estalo, uma pequena alteração na sua vida. E é impressionante o quanto essa cena te marca, e faz um marco na narrativa.
"Seria uma benção esquecer. Afinal, o que havia para ser lembrado? Alguém que ela nunca poderia ter. Amigos mortos ou deixados para trás. Um pai que não a amava." pág. 44
Outra pessoa que fez total diferença aqui foi Roshar. Irmão da rainha do Ocidente, é ele que nos traz o toque do humor sarcástico e decisões a serem pensadas na guerra. Ele foi a soma necessária que fez tudo se conectar e que teve seu destaque. Praticamente em todo as situações mais importantes ele estava presente, e ele inseriu-se tão bem nesse meio que vemos como algo natural do desenvolvimento, não como mais uma coisa a ser aceita de qualquer maneira.
Um ponto positivo e que fez tudo ao redor ser revirado foi um plot twist logo nas primeiras páginas. Que jogada a Marie Rutkoski fez. Ela simplesmente destruiu algo que tínhamos como certo, e reconstruiu de uma maneira que ficou melhor do que anteriormente. Prepare o coração porque isso vai mexer com certeza com que estava acompanhando a série e pensando que o óbvio iria acontecer.
O romance, sendo o enfoque principal, não deixa nada a desejar, nos deixa com o coração na boca a todo momento e é onde teremos mais acontecimentos. Eu gostei bastante do que a autora propôs e achei bem acertada a escolha. Não posso falar muito porque é spoiler, porém a maneira que se construiu é bem diferenciado do que vejo por ai.
A junção do meio termo de fantasia com romance é o ponto mais positivo da trilogia O Vencedor. Comecei a série esperando mais de novo mundo fantástico, entretanto veio mais do segundo. Quando cheguei em O Crime do Vencedor esperando mais enfoque no casal, tudo muda e temos enfoque na preparação da guerra. E quando esperamos mais enfoque nas batalhas, a autora vai lá e intercala eles com o romance. Ou seja, não espere nada. Tudo é uma caixinha de surpresa.
"Foi apenas quando ele estava sozinho no corredor, caído contra a parede, que tocou onde ela havia batido nele. Seus dedos voltaram úmidos. Ele fitou as lágrimas. Brilhavam em seus dedo feito sangue." pág. 107
Entendem agora porque é difícil dizer qual é o favorito? Todos as brochuras tem elementos que são importante e que me marcaram de alguma maneira. É impossível escolher somente um, e por isso a série entrou para as minhas favoritas. Fazer uma mistura de gêneros, diga-se de passagem os meus favoritos, sem deixar nenhum dos dois caírem, sem deixar nenhum dos dois esmaecer é para poucos. E ainda por cima com um final que me agrade? É bem difícil de achar.
Na parte física temos o mesmo padrão que os antecessores, sendo que a Plataforma 21 fez uma escolha muito acertada: a capa escolhida é a britânica, afinal a capa americana deste seria do mesmo tom de vestido do primeiro. Se temos uma "quebra" de cores no segundo, e no terceiro voltasse com o mesmo tom de vestido, ao meu ver ficar bem feio. Então a questão de ter feito três livros, com três vestidos em tons diferentes foi bem acertada. A diagramação segue o padrão dos outros, a revisão está impecável, e a narrativa é feita em terceira no ponto de vista dos dois principais.
2017 para mim começou muito bem, com pé direito. Já com exemplares que podem torna-se melhores do ano, e estamos no começo. Fiz uma escolha acertada em esperar eles saírem por completo para iniciar, afinal em menos de uma semana realizei a leitura das três obras, mega feliz com que eu encontrei.
site:
http://diariasleituras.blogspot.com.br/2017/03/resenha-o-beijo-do-vencedor-marie-rutkoski-trilogia-do-vencedor-plataforma-21.html