Luz e Sombra

Luz e Sombra Anaté Merger




Resenhas - Luz e Sombra


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Vânia 27/02/2017

Romance e Viagem no Tempo pela ótica Masculina
Virgílio estava à frente nos negócios da família, Lopes Macedo Empreendimentos.
Desde que seu pai tivera um AVC, quando Virgílio ainda estava na faculdade de Engenharia, ele ficou com a responsabilidade de alavancar a empresa. E ele conseguiu.
Anos mais tarde, a empresa era uma referência em compra, reforma e venda de antigas propriedades.

Com sua namorada de um relacionamento de 4 anos, Clara, ele decidiu viajar para o Vale da Paraíba para conhecer uma pousada que estava à venda.

Este relacionamento deles seria um capítulo à parte.
Há algum tempo, precisamente desde que sofrera um acidente no barco do casamento de um amigo, Virgílio parecia não ser mais a mesma pessoa. Ele e Clara não tinham mais nada em comum, e mesmo o sexo, que com ela poderia ser classificado como do tipo selvagem, topa qualquer parada, já não trazia real satisfação a ele.
De verdade, ele vinha tendo sérios problemas quando dormia, porque seus sonhos eram povoados pela imagem de uma mulher com olhos claros penetrantes, que ele nunca tinha visto antes.

Ao chegarem na pousada, uma habitação da época do Império, que havia pertencido a Honório Antunes, um dos maiores barões de café da região, Virgílio teve que, primeiro, lidar com o péssimo gênio de Clara, que não queria se hospedar num lugar com nada para fazer. Depois, com as emoções que o inundaram quando uma revelação lhe é feita: aquele lugar havia algo de mágico em sua vida.

Num dos quartos da pousada, cujos donos franceses fizeram uma ótima restauração para manter o clima do passado, havia um retrato que mudaria a vida de Virgílio, as Gêmeas em Flor.

O retrato trazia as duas filhas gêmeas de Honório Antunes, Olympia e Olívia.
Apesar de serem indênticas e uma delas estar com o leque escondendo parcialmente o seu rosto, ele sabia que ali estava a mulher misteriosa de seus sonhos. Agora ele sabia seu nome e parte de sua história.
Mas como ele poderia estar sonhando com alguém que viveu em outro século e cuja foto ele nunca havia visto antes?

Mais do que interessado em comprar a fazenda, Virgília parte para conhecer a história que o ligava àquela mulher.
Ele lê livros da biografia sobre a fazenda e a família Antunes e consegue, através de seu irmão Augusto, se encontrar com uma das escritoras; uma descendente da família.

Por conta de um ataque de raiva de Clara, que conseguiu a proeza de quase destruir o quadro, Virgílio toma posse de uma caixa de madeira lacrada. Para abri-la era necessário descobrir a palavra-chave e a baronesa Helena, a biógrafa, tem a resposta.

Virgílio se vê frente a um pequeno saco de veludo contendo umas joias e uma carta com as folhas amareladas.
Conforme ele, Helena e a assistente historiadora dela, Lúcia, iam conhecendo o conteúdo da carta, uma história impossível se acortinava frente a eles: Virgílio e Olympia haviam se conhecido e sido amantes.

Cada vez mais obcecado em querer conhecer como tudo isso havia sido possível, Virgílio é levado para uma viagem no tempo e espaço que o faria repensar sobre as probabilidades do universo, dando-lhe uma segunda chance de encontrar a felicidade...

Viagem no tempo. Sim, é disto que o livro se trata. Mas como tudo acontece é que é a grande sacada do enredo.
Claro que não vou contar como, mas garanto que ao longo da leitura, o leitor fica na torcida de que isso aconteça logo.

Além do romance entre dois personagens de épocas diferentes, há ainda todo um mistério envolvendo a fazenda (pousada), com direito a chantagens, brigas, espionagem e ganância.
Os personagens secundários dão a medida exata ao enredo, trazendo romances paralelos cheios de intrigas.

A narrativa é muito bem desenvolvida. A autora, jornalista e autora independente, fez uma pesquisa apurada sobre os costumes e linguajar de época.
O livro é stand alone, sem cliffhanger. Muito bom ritmo.

A capa é belíssima, dando destaque à fazenda em questão e à irmã principal da trama, a mulher com olhos enigmáticos atrás do leque.

Quanto ao final... Bom, este é uma caixinha de surpresa...
5 estrelas

Daniele 02/03/2017minha estante
É livro único ou série?


Kaline.Araujo 13/03/2017minha estante
Tbem gostei muito.achei lindo o livro
Bem escrito com uma otia pesquisa historica.
Um amor lindo ?


Anaté Merger 22/03/2017minha estante
Oi Daniela, tudo bem? Luz e Sombra é um livro único. Muito obrigada pelo interesse, espero que a leitura lhe agrade. Fico aguardando aqui o seu comentário. Um abraço!




mara sop 25/02/2017

Um Amor no Passado
É possível viajar no tempo e viver um grande amor?
Virgílio é um jovem arquiteto carioca muito bem sucedido que sente que lhe falta algo, mas ele não sabe bem explicar o que seria. Tudo muda quando ele compra uma antiga fazenda de café que, além de exalar um cheiro famíliar, tem um quadro de um par de gêmeas que ele simplesmete não consegue tirar os olhos. Uma das irmãs, Olympia, o fascina, e ele se dá conta de que se apaixonou por ela. Mas o quadro guarda um segredo, uma caixa escondida na moldura que influirá no passado e no futuro de Virgílio.

A abertura dessa caixinha é o estopim para uma viagem ao passado, aonde Virgílio conhece pessoalmente a jovem do quadro, descobrindo que a moça de carne e osso é ainda mais fascinante que a da pintura. E um magnetismo irresistível nasce num balançar das ondas durante um cruzeiro transatlântico. Um acidente, uma viagem, uma história de amor que nem o tempo poderá apagar.

O livro é simplesmente delicioso, desses que a gente não consegue largar porque precisa saber o que vem a seguir. E a pesquisa histórica também é super bem feita, dá pra sentir na descrição dos usos e costumes, das roupas e do estilo de vida da alta sociedade brasileira da época. Super recomendo pras super românticas que querem um livro que as surpreenda além de fazê-las suspirar.


site: https://goo.gl/asxprJ
Kaline.Araujo 13/03/2017minha estante
Livro muito gostoso de ler.




Daniel.Martins 17/02/2019

resenha do blog www.desinformadoss.blogspot.com
Sabe aquele livro que começa meio devagar (apesar de bom) e vai te ganhando com o passar das páginas? Foi assim que se deu a minha leitura de Luz e Sombra.
Nos primeiro dias eu lia um capítulo e parava, depois lia dois e nos últimos dois dias li a segunda metade do livro praticamente de uma só vez.
Isso porque a história foi me pegando de leve, atiçando a minha curiosidade até o ponto em que eu queria muito chegar ao final.

ROMANCE HISTÓRICO? Luz e Sombra se apresenta como romance histórico, mas o livro tem partes modernas misturadas com as antigas. Ele conta a história de Virgílio, um homem que se apaixona por uma mulher em quadro antigo e que acaba envolto numa trama onde ele fez (ou faz?) parte desse passado.

QUEBRA-CABEÇA: A trama da obra começa a trazer elementos misteriosos como uma caixa escondida na moldura de um quadro, jóias que desaparecem no presente e reaparecem no passado, uma carta que pode explicar tudo, mas que por alguns desvios não pode ser lida.

Todos esses elementos se juntam para montar um quebra-cabeça muito bem construído.
Não se engane se algo parecer meio mal explicado em certa parte da trama. Você receberá uma explicação condizente em algum lugar mais à frente e isso move muito bem a leitura adiante.

ROMÂNTICO NA MEDIDA CERTA: É muito bom poder ler histórias de amor onde o sentimento não é tratado de forma piegas, mas com uma aproximação satisfatória da realidade. A história não fica centrada no romance dos protagonistas, mas gira em torno dele, o que a torna bem mais interessante e imprevisível.

FEMINISTA NA MEDIDA CERTA: A autora nos mostra uma obra com personagens femininas fortes, sem retirar-lhes a feminilidade ou torná-las panfletárias. A solução de um homem que se comporta diferente daqueles do seu tempo devido à diferença de época também torna tudo muito mais real, sem que se apele para personagens estereotipados.

ÓTIMOS PERSONAGENS: Falando nos personagens, você vai encontrar de tudo um pouco em Luz e Sombra. As personificações mostram pessoas com motivações interessantes e cujas ações refletem essas motivações. Nada de mocinhos e vilões, mas pessoas como elas são.
Destaque para os dois protagonistas: Olympia que se mostra uma pessoa disposta a tudo para manter os seus princípios e Virgílio, alguém que é praticamente um "passageiro" da própria vida e que luta para retomar esse controle.

FINAL PODERIA TER ESTRAGADO TUDO: Em certa parte da obra, tudo indicava que a autora iria tomar uma decisão que estragaria a obra, destruindo a trama em troca de um final piegas.
Uma certa senhora com uma estranha pedra na praia me deixou pronto para uma solução "Deus ex-machina", mas a autora encontrou uma maneira de finalizar o livro de forma satisfatória sem estragar tudo.
Ao que tudo indica, baseado em uma metalinguagem dos últimos capítulos, acredito que a autora se descabelou para chegar a essa solução, mas ela conseguiu e o livro termina de maneira magistral.

CONCLUSÃO: Luz e Sombra é uma obra que me fez lembrar dos romances de Jane Austin (não por acaso) e também da série Outlander porque entrega uma trama romântica sem ser piegas, mas ela chega a ir além porque a autora construiu um roteiro cheio de idas e vindas (literalmente) e que se completa de forma muito satisfatória.


site: www.desinformadoss.blogspot.com
Eline.Sato 23/02/2019minha estante
Resenha lindaaaaaa!




Samantha 05/05/2017

Leitura que prende e fascina
Eu diria que o livro é um bom exemplo de romance histórico. Trata-se da história de Virgílio, homem bonito, rico e bem-sucedido de 2016, mas que vive com a impressão de que não pertence a esse tempo. Ele passou a ter essa impressão depois de um acidente de barco, pouco tempo antes dos acontecimentos do início do livro, enquanto comemorava o casamento de um amigo.

A impressão de não pertencer a esse tempo é manifestada em uma paixão. Ele é apaixonado por uma mulher que aparece em seus sonhos e delírios, porém são sonhos muito vívidos e reais. Ele sabe detalhes e conhece as feições de sua paixão.

Um homem muito culto, refinado e apaixonado por antiguidade e história, acaba se interessando por um imóvel especial. Uma fazenda no interior do Rio de Janeiro chamada Inocência. Quando entra na fazenda, o local o atrai magneticamente. Através de uma linda obra de arte chamada Gêmeas em Flor, ele logo identifica a mulher de seus sonhos. Ele sabe que o que vive é incomum, é loucura para quase todo mundo. Mas o que ele sente é real, é uma paixão que o consome.

Apesar de ter um relacionamento completamente atribulado com Clara, uma linda e fútil mulher, ele sente que aquilo é passageiro. Ele sabe que ela não é a mulher de sua vida e isso fica evidente quando ele olha para a obra de arte e quando Clara tem um acesso de fúria que quase arruína completamente o quadro.

Virgílio fica por algum tempo hospedado na fazenda, enquanto sai a documentação e se desenrola todo o processo para adquiri-la. Seu irmão Augusto percebe que há algo errado com o irmão, que não ousa revelar que está apaixonado por alguém inatingível, que viveu em outro tempo. Através de pesquisas, conversando com Marie (atual proprietária da fazenda) e conversando também com Helena, uma descendente dos antigos proprietários da fazenda, Virgílio descobre que as gêmeas idênticas do quadro chamam-se Olympia e Olívia e eram filhas do dono da propriedade. Mulheres belíssimas e encantadoras, com personalidades completamente diferentes. A paixão de Virgílio é dirigida a Olympia.

O incrível é a escolha do nome: Olympia. Não sei se foi intenção da autora, mas o Monte Olimpo é a morada dos deuses na mitologia grega. É um local inacessível para a maioria dos mortais. Virgílio quer algo impossível: quer viver um amor com uma mulher que viveu há mais de 100 anos atrás. Quer viver não: ele sente, em seu âmago, que viveu esse amor.

Uma paixão dessas é possível ser vivida? A história mostra que sim. Misturando elementos de história, erotismo e até ficção científica, a autora prende o leitor.

Escrevi uma resenha completa no link abaixo:

site: http://meteoropole.com.br/2017/03/resenha-de-luz-e-sombra-novo-romance-de-anate-merger/
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joanice.oliveir 08/05/2017

Resenha: Luz e Sombra
Luz & Sombra é um romance que ultrapassa os limites do possível e nos presenteia com um amor que derrubara as barreiras do tempo.

Virgílio é um engenheiro carioca e muito renomado que trabalha na revitalização de antigas fazendas de café para empreendimentos turísticos. Ele é um homem fechado, taciturno, forte e impenetrável. Teve diversos casos amorosos, mas atualmente namora com a irritante Clara.



Um dos maiores trabalhos é com a linda fazenda Inocência que ele quer fechar negócio com a Sra. Marie que é a dona da fazenda, mas está querendo voltar para França e se afeiçoou pelos modos sofisticados e dignos da nobreza de Virgílio que daria um ótimo administrador daquele lugar.

Virgílio se encanta por Inocência no momento que coloca seus pés na fazenda. Não é a mesma opinião de Clara que odeia natureza e tudo mais que não permita o avanço do ser humano. Ele ainda se pergunta o que faz ao lado de uma mulher que não ama. Isso pode ser, porque sonha todas as noites com uma mulher de olhos azuis penetrantes, loira e dona de um sorriso que desperta todo seu amor escondido naquele coração de pedra.

Quando vai conhecer o quarto que dormira em Inocência para fechar as negociações com a dona do lugar, o coração de Virgílio se depara com a mulher que perturba seus dias depois do acidente em um cruzeiro um tempo atrás. A jovem de sorriso escondido atrás do leque pintada num quadro magnífico era a mesma que perseguia seu sono. Olympia, uma das filhas do Barão Antunes no século XIX... Vocês leram bem... Virgílio sonhava com uma mulher da época do Café no Brasil!

A mente do homem não aceitava aquela loucura. Quer dizer que seu coração ansiava por uma mulher morta há uns dois séculos atrás? Como ele poderia sonhar com uma mulher que nunca conhecera e muito menos ouvirá falar dela? Virgílio é tomado por uma determinação feroz e busca respostas. Termina seu relacionamento maluco com Clara e só recebe a carta de aviso que um processo foi aberto por ela por danos morais. Isso pouco importa. Sua atenção está voltada para sua amada fantasma.

“As horas passam lentamente como se não houvesse nenhuma diferença entre vida ou morte, amor ou ódio, paixão ou abnegação”

Ele torna-se obcecado por tudo que contenha a mínima informação por Olympia e encontra-se com a biografa de sua amada e sua irmã Olívia. Dona Helena é descendente dos Antunes e sabe diversos segredos dessa família e fica muito feliz quando Virgílio traz uma caixinha encontrada no quadro “Gêmeas em flor” que Clara quebrou quando teve um ataque de fúria em Inocência. A mulher abre a caixa e encontra uma corrente de batismo e um anel de formatura. Os objetos pertencem nada mais e nada menos do que de Virgílio. Mas como o anel de formatura dele e a corrente de seu batismo foram parar numa caixa do século XIX?



Uma teoria é levantada: Dona Helena e sua assistente Cintia acreditam que quando Virgílio sofrera um acidente há um ano num cruzeiro, ele tenha caído num “buraco de minhoca” ou como muitos conhecem numa fenda temporal. Quando ele caiu no mar foi parar justamente no navio que levava Olympia e sua irmã Olívia para a Europa e nesse momento eles tenham se apaixonado perdidamente e por isso as joias dele tenham desparecido no seu acidente e explica, porque quando fora resgatado, seus hematomas já pareceriam curados.

“Virgílio soube naquele instante que ele pertencia a Olympia e que isso seria para sempre.”

Como acreditar que ele fora parar no passado? Como crê que a mulher que ele estava loucamente apaixonado era uma mulher audaciosa e fora do seu tempo era uma jovem de dois séculos atrás? Como podia ser possível entrar numa fenda temporal? E se fosse verdade, por que arrancaram ele daquela realidade que trazia amor para sua vida?

Pensa num livro que me deixou bem perdida e cheia de teorias insanas? Luz & Sombra é uma construção narrativa que conquista o leitor de uma forma completa, porque Anaté traz uma das temáticas mais discutidas na Física que é a existência de fendas temporais que poderiam nos levar para qualquer ponto do Tempo, já que a cronologia é apenas um artifício usado para compreendemos o conceito de “Tempo”.

Virgílio é um homem controlado, impenetrável e muito racional. Nunca amou uma mulher e sente-se incapaz disso até começa a sonha com Olympia e se depara com essa insanidade de ter ido ao passado e se apaixonado ferozmente por ela e está sozinho agora no presente. Ele torna-se um frangalho quando vir-se longe de quem ama e perde toda sua capacidade de raciocinar e deixando sua família e amigos preocupados com sua vida.

“Os olhos azuis pareceram se iluminar ao ver o rapaz, brilhando como fogos de artifício, em uma expressão determinada como se de alguma forma ela também ansiasse por reencontrá-lo.”

Olympia era uma jovem forte, linda e com ideias a frente do seu tempo. Ela meticulosa e acreditava que os negros nunca deveriam ter sido escravizados e tratava com amor e gentileza todos os escravos e isso irritava a todos, inclusive a invejosa da sua irmã gêmea Olívia.

Dona Helena é uma mulher apaixonada pela história de seus antepassados e quando se depara com Virgílio e essa loucura de fenda temporal se deleita com essa aventura incabível para pessoas racionais e se emociona com descobertas que estavam escondidas durante gerações.

O romance é uma mescla de romance histórico com a atualidade e essa pitada de Física que deixa uma leitura cativante e inesquecível, porque não limita as possibilidades à esse terreno físico na qual vivemos e mostra estudos profundos que um campo científico vem crescendo há décadas e vemos isso nos livros da trilogia Orfanato da Srta. Peregrine.

A capa do livro mostra o olhar penetrante de Olympia e coloca em dúvida como essa história ilógica para os racionais termina, mas posso avisar que termina de forma inesperada, porém com um gosto de um sonho de verão.

Luz & Sombra é uma história inusitada e ousada de Anaté que mostra que o Amor não tempo e lógica para acontecer.

"Tudo o que nos pertence sempre acaba nos encontrando".

site: http://poesiaqueencantavida.blogspot.com.br/2017/05/resenha-luz-sombra-anate-merger.html
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Lina DC 24/07/2017

"Luz e Sombra" é uma belíssima história escrita pela autora Anaté Merger. A história é narrada em terceira pessoa e é dividida em partes, sendo que a primeira se passa em 2016.
Virgílio é um engenheiro que tem sonhos constantes com uma mulher desconhecida. Sonhos esses que deixam claro que os dois tem uma forte conexão, mas que termina sempre em um sobressalto.

"Ao olhar nos olhos escuros e profundos de Virgílio e sentir a sua boca contra a sua, ela
soube que nada mais poderia separá-los.
Nem mesmo a sua irmã.
Nem mesmo a morte.
Nem mesmo o tempo." (p. 05)

Virgílio é um homem de 27 anos, que após o pai ter tido um AVC, mergulhou de cabeça na Lopes de Macedo Empreendimentos. É um homem frio que não demonstra suas emoções em momento algum e tem um relacionamento vai e volta com Clara, uma atriz de 25 anos de idade. Alguns meses antes, Virgílio sofreu um acidente e Clara esteve ao seu lado durante a recuperação. Fato que ela não deixa de ressaltar e cobrar constantemente. Clara é fútil, mimada e egocêntrica, mas para Virgílio é uma boa situação, pois da parte dele não tem apego emocional.

"— Você está vendo isso, Virgílio? Todos os homens presentes não conseguem tirar os olhos
de mim, eles me acham deliciosa... Mas você... — Ela apontou para ele em um movimento tosco. —
Você! É o único que não me enxerga, parece que uma parte sua foi destruída naquele maldito
acidente. A parte que me amava! Por que, Virgílio, por que você não consegue me amar? Por quê?" (p. 14)

Os dois vão passar um final de semana no Vale do Café, para visitar a Fazenda Inocência, da Sra Marie Clément, uma senhora que perdeu o marido recentemente e que pretende voltar à França, pois não tem herdeiros ou motivos para permanecer no Brasil. Mas ela não quer vender a fazenda para qualquer um. A Sra Marie Clément quer que o próximo dono seja alguém que compreenda a riqueza histórica do local e queira preservá-la.

Virgílio fica instantaneamente apaixonado pelo local, mas fica ainda mais deslumbrado quando encontra um quadro da mulher dos seus sonhos.

"Virgílio passou as mãos nos cabelos desalinhados e levantou os olhos deixando-os
percorrerem os lençóis imaculados, o espaldar alto da cama em madeira escura e o papel de parede
floral até chegarem ao quadro do século XIX. O seu corpo inteiro vacilou ao pousar os olhos sobre
o olhar azulado que faiscava em sua direção e naquele momento ele teve certeza de que aquele rosto
de porcelana protegido por um leque olhava para ele. Apenas para ele. Um olhar que o envolveu em
uma aura de bem-estar como se braços invisíveis se apoderassem dele em uma carícia indescritível." (p. 06)

Algumas situações inexplicáveis começam a aparecer e evidências de que Virgílio conheceu Olympia Antunes (a mulher do quadro) são reforçadas. E ao investigar as possibilidades, Virgílio é levado para outra época e irá se envolver em um relacionamento fraternal repleto de raiva, intrigas, manipulações e mentiras.

É nesse momento que o leitor é levado para a Segunda Parte do livro, que se passa em 1873 e observamos em primeira mão o que aconteceu entre Olympia e Virgílio.

O livro é repleto de personagens maravilhosos, como Augusto, Helena, Severa e até mesmo Olívia. Cada um deles tem um papel a desempenhar na história e sua presença é primordial para a coesão do enredo. A escrita da autora Anaté Merger é delicada, sensível e repleta de sentimentos, fazendo com que o leitor se conecte ainda mais com essa linda história de Virgílio e Olympia.

"Luz e sombra" é uma extraordinária história de amor que atravessa o tempo e comprova que, quando o amor é verdadeiro, ele é atemporal.

"Virgílio caiu de joelhos, cobriu o rosto com as mãos e se rendeu à evidência. Ele não
poderia, não queria, não suportaria mais resistir à voz que gritava em alto e bom som que ele estava
apaixonado. Apaixonado por um fantasma..." (p. 06)
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Paraíso das Ideias 15/08/2017

Hoje

trago para vocês a resenha do livro " Luz e Sombra" Da Anté Merger a mais nova parceira do cantinho, e aproveito para desejar as boas vindas à família Paraíso!!! A história é super envolvente e cativante, e mostra que para o amor, não há limites e obstáculos. O livro é dividido em 3 partes, permitindo um melhor entendimento de todo o enredo. Antes de começar a resenha quero falar sobre a capa, que é simplesmente maravilhosa e tem toda a relação com o enredo.


" Não suportaria mais resistir à voz que gritava em alto e bom som que ele estava apaixonado. Apaixonado por um fantasma..."



Virgínio, é um renomado engenheiro, que mora no Rio de Janeiro. Ele é uma pessoa calma e reservada, porém teve muitos momentos amorosos, e atualmente está namorando Clara, uma mulher que demonstra gostar dele, mas é muito metida e egoísta, o que deixa Virgínio irritado com certa frequência.

O relacionamento de Virgínio com Clara estava cada vez pior, mas foi depois de uma viagem de navio que eles fizerem juntos, que ele percebeu que seu relacionamento estava indo de mal a pior, nessa viagem Virgínio sofreu um acidente e depois disso sua vida não era mais a mesma, durante várias noites ele tinha sonhos com uma mulher desconhecida, mas que despertava um sentimento intenso em seu coração. Virgínio trabalha com revitalização de grandes fazendas, e recebe uma proposta para comprar a "Inocência", uma fazenda localizada no interior do Rio de Janeiro. Ele mau chega para analisar a fazenda e Clara já estava querendo ir embora, afinal a moça odeia a vida de campo, mas em impeto Clara acabando fazendo aquilo que seria a partida para o fim de seu relacionamento.



" Virgílio a viu, mas a imagem que despertou o amor nos meninos, a saudade no velho e que também poderia criar as mais variadas fantasias e desejo em muitos homens, fez com que ele tivesse uma antiga e inexplicável impressão: de que Clara não era e nem poderia ser a mulher para ele."


O que fez Virgínio decidir que seu relacionamento tinha chegado ao fim, foi ver Clara destruir a arte mais famosa da "Fazenda Inocência", que era a pintura que retratava as gêmeas, filhas do Barão Antunes. Assim que ele encontrou o quadro o seu coração bateu mais forte, e ele teve a certeza de que a pessoa que ele vinha sonhando desde o acidente que sofreu na viagem que fez com seus amigos, era nada mais nada menos que Olympia, uma das gêmeas que viveram no século XIX que se encontrava retratada naquela pintura.


" Ele amava Olympia como nunca tinha amado nenhuma outra mulher e ao mergulhar no seu olhar ele viu que ela sentia o mesmo."


Virgínio ficou confuso com a sensação que sentiu ao ver o rosto de Olympia estampado no quadro e começou a procurar nos livros da época, informações referentes a vida dela, de forma que explicasse como ele poderia estar apaixonado por uma mulher que não conheceu, a não ser em seus singelos sonhos.

É a partir desse momento que a história toma rumos surpreendentes, que prende o leitor até o final. A escrita da autora é muito leve e tranquila, e apesar do começo da história ser um pouco confusa, não demorou muito para eu compreender tudo que estava acontecendo na vida de Virgínio.

Para você que gosta de livros de romance com um quê de coisas sobrenaturais, esse sem dúvida é um livro para você ler, e assim como eu se envolver nesse diferente romance de Virgínio e Olympia.

Essa é minha primeira experiência com um Romance de época e confesso que fiquei encantada com o cenário, a romance é fluído e quando você menos espera já terminou. Recebemos o material em e-book da autora e por isso além da capa linda só posso falar da revisão que estava muito boa. O livro é muuuito bom.

A autora esta de parabéns e já entrou para o Hall das queridinhas, leitura super indicada!


" Tudo o que nos pertence sempre acaba nos encontrando"




site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Suelen Mattos 07/09/2017

Um amor pode ultrapassar as barreiras da morte e do tempo?

Eu me interessei por esse livro desde que li a sinopse pela primeira vez. Adoro tramas envolvendo viagem no tempo, ainda mais se tiver uma capa tão linda — e tão fiel à história — quanto essa. E, para minha surpresa e alegria, a autora Anaté Merger gentilmente me enviou o livro para leitura. Muito obrigada!

Uma das coisas que gostei na história foi a inclusão de um casal verídico, conhecido da nossa história: Eufrásia Teixeira Leite e Joaquim Nabuco. O casal se conheceu num navio a caminho da Europa e achei genial a parte primordial da trama se passar justamente nesse navio, com esses dois à bordo. Outra personagem que eu gostei demais foi Severa, a escrava acompanhante das gêmeas Olympia e Olívia nessa viagem. A mulher arrebenta, é uma ajuda e tanto — e bem que Virgílio precisava de um aliado naquele navio. Claro, a achei bem avançadinha pra época em sua postura com Olympia e Virgílio, mas não chega a ser algo que influencie negativamente minha opinião sobre o livro não, até porque amo um personagem à frente de seu tempo, principalmente se é da turma do bem! E não poderia deixar de mencionar a baronesa Helena Antunes, que foi uma ajuda e tanto para o mocinho, já que era descendente da família das gêmeas Olympia e Olívia.

Falando em Olívia, ela cumpriu muito bem o papel de gêmea má. Cheguei a sentir ódio dessa mulher, que agitou BASTANTE a trama aqui. Provou que quando ela é boa, ela é boa, mas quando ela é má, é melhor ainda. A história não teria sido a mesma sem ela. A trama envolvendo o prefeito também foi maravilhosa. Uma boa dose de suspense, cujo desfecho realmente me surpreendeu. Adorei! E pra fechar os personagens que gostei, amei o que aconteceu com Luiz Batista. Adoraria ler mais sobre isso, e arrisco a dizer que sua história daria um ótimo livro — ainda mais sabendo que foi feliz, no final das contas.

O livro se divide em duas partes: a primeira na nossa época e a segunda com a viagem no tempo para 1873. A história já começou me deixando curiosa, com Virgílio sonhando com a misteriosa mulher de olhos azuis. Esse começo é mais devagar, pra gente se situar um pouco na trama e entender melhor o mistério que ronda o acidente de Virgílio e essa mudança que ele sofreu após acordar do coma. Ele se mostrou uma pessoa fria e reservada, pois, desde aquela fatídica noite um ano atrás, sente um vazio e não entende o porquê. Além disso, ele tem um relacionamento mais vazio ainda com Clara, uma mulher mimada, chata e arrogante. Ninguém a suporta, nem mesmo Virgílio, e até ele sente que o namoro está se encaminhando para um final definitivo. E esse foi um ponto que me incomodou um pouco. Esse relacionamento tóxico com Clara não combinava em nada com a imagem que é passada de Virgílio. Eles não têm nada em comum, portanto a coisa é mais física mesma. Esse relacionamento na história é algo que eu, sinceramente, poderia ter ficado sem.

Outra coisa que preciso destacar foi a demora para o romance acontecer. Isso criou uma expectativa muito grande para quando o grande momento finalmente chegasse, e quando aconteceu, foi tudo muito rápido. Uma vez que o romance começou, eu me empolguei, pois foi muito fofo, muito lindo, muito romântico, do jeitinho que eu gosto. Mas durou pouco demais, nem deu para aproveitar. E a primeira vez deles merecia um destaque, merecia ser narrada, não apenas citada. Tiveram mais algumas coisas que eu gostaria que tivessem acontecido de outra maneira, como a cena da praia, mas se eu falasse seria spoiler dos grandes, e não quero estragar a surpresa para vocês. O final, apesar de nos deixar o vislumbre de algo legal prestes a acontecer, foi um pouco frustrante para mim. Muita gente teve seu final feliz, e alguém muito especial merecia ter um também. Mas o livro conseguiu me manter grudada nele até o último parágrafo. Os capítulos são pequenos e você fica nessa de "só mais um capítulo", e quando vê, já leu um montão, hehe.

O livro foi diferente do que eu pensava. É mais um drama, com toques de romance, do que romance propriamente dito. Se você gosta do estilo, não deixe de ler.


Quer ler a resenha completa? Então visite o blog ROMANTIC GIRL:

site: http://su-romanticgirl.blogspot.com.br/2017/09/anate-merger-luz-e-sombra.html
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eugilvanarocha 18/02/2019

Mágico!
Nessa história conheceremos Virgílio (2016) e Olympia (1873). Que pelas artimanhas do destino acabaram se conhecendo e se apaixonando.
Tudo começou quando Virgílio sofreu um acidente no mar, onde ele foi ferido, logo depois começou a ter um sentimento estranho no peito e sonhar com olhos de um azul profundo que pareciam refletir o mar.
Olhos sem nome, um fantasma que o assombrava durante a noite, mas que para surpresa de Virgílio ele vai saber quem era aquela mulher durante uma viagem a uma fazenda de café que ele estava pretendendo comprar e restaurar. Em um quadro da fazenda, meio escondida por um leque estavam os olhos que povoavam seus sonhos: Olympia filha de um Barão do Café.
Mas tudo permanece envolto a um mistério, aos poucos a autora vai dando pistas ao leitor, o passado e o presente se intercalam na narrativa, assim como os ponto de vista dos personagens. O que realmente aconteceu vai sendo desvendado a cada capítulo, em meio ao cenário da fazenda e de um navio no passado, perfeitamente descrito dando ao leitor a oportunidade de se colocar dentro da história.
Com uma escrita fluida e elegante, uma trama muito bem elaborada, personagens bem construídos, mais uma história de viagem pelo tempo que me encantou e ganhou um lugar de destaque entre as leituras que deixarão uma marquinha no meu coração.
Resenha completa no Blog

site: www.livrosemretalhos.com.br
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Eline.Sato 23/02/2019

Surreal
A história começa em 2016 com os personagens Virgílio e Clara. Ele, empresário, possui uma personalidade misteriosa, entre a impaciência e a calma, porém com um controle invejável. Ela, por sua vez é uma jovem mimada e vazia.

Em uma viagem para o interior do Rio de Janeiro, à negócios e com a tentativa de fazer o relacionamento dar certo, Virgílio se depara com o início do desvendar de um grande mistério, no qual envolve a fazenda Inocência, que ele está negociando, e uma obra de arte, ?Gêmeas em flor?, que pertence a família descendente da fazenda.

O romance se passa entre Virgílio e Olympia, uma donzela de 1873 em uma viagem temporal entre o presente e o passado.
Virgílio, após ter passado por um acidente alguns anos antes, tem a experiência surreal de viajar no tempo. E conta com a ajuda de Helena, uma descendente da família e historiadora, para ajudá-lo a desvendar o tal mistério entre o quadro, a mulher dos sonhos de Virgílio e a relação com a fazenda.

A leitura tem uma linguagem fácil, rica em detalhes, possui um certo mistério e suspense que nos atrai, e cenas de amor apaixonantes.

Confesso que o início do livro foi mais arrastado, acredito que pela ansiedade em ver o casal romântico juntos o quanto antes. Ao chegar na segunda parte que se passa no ano de 1873, senti o coração aquecido e não parei até desvendar todo o mistério. Que só acaba na última frase, meus caros leitores! E isso é muito gostoso, porque queremos mais e mais da história.
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A autora trabalhou o título do livro Luz e Sombra de forma especial. Por um momento parece algo sobrenatural, mas no decorrer da leitura nos deparamos com diversos temas como liberdade, racismo, mulher, perdão, amor, entrega e a diferença real entre ser luz e sombra mesmo quando se tem tudo.
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O livro nos apresenta história do Brasil, reflexões de vida e um romance lindo entre Virgilio e Olympia. Quando um homem decide conquistar uma mulher, basta descobrir quais são suas preferências e respeita-las. Conhecer a alma de uma mulher, não é uma tarefa fácil, mas se descobrir o que a encanta, ele a terá para sempre. Senti isso em cada capítulo que Virgílio tentava conquistar o coração de Olympia.
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Deixo aqui alguns Quotes que me encantei.
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?Um país sem respeito ao passado não pode se orgulhar do prresente e muito menos ser um exemplo no futurro? Marie - a francesa.

?As mulheres têm um papel importante na nossa sociedade e os homens que as consideram inferiores não devem ser chamados de homens.? Virgílio

?Nem a morte e nem o tempo pode nos separar? Virgílio e Olympia

Super recomendo a leitura.
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Carolignac 24/02/2019

Voltar no tempo para viver um amor, quem nunca?
(Só um detalhe, estava eu feliz da vida escrevendo a resenha, quando apertei em alguma coisa que deletou todo o texto. JESUS!)

Então vamos lá.
A narrativa de “Sombra e luz”, de Anaté Merger conta a história de amor de Virgílio e Olympia. As coisas seriam bem mais fáceis se Virgílio não fosse do século XX e Olympia do século XIX, mas de cem anos que os separam. Mas vamos pelo começo, Virgílio, em sua estadia na propriedade Inocência, fica deslumbrado com a pintura das irmãs gêmeas Olympia e Olívia. De imediato ele se apaixona por Olympia, o que na hora eu achei inverossímil, mas me lembrei que fiquei completamente apaixonada por uma foto do Alain Delon quando jovem e hoje ele tem uns 80 e poucos anos. Acontece, gente, acontece.
Mas enfim, pulando algumas coisas (se estiver curioso (a) compre o livro) Virgílio acaba viajando no tempo e para no ano de 1873, na pele de um marquês (me fugiu o nome dele agora), encontrando-se assim com sua Olympia. É claro que muitas águas ainda vão rolar, inclusive, para infortúnio maior, Olívia (sua irmã gêmea) também se “apaixona” pelo marquês.

Beleza, esse é o básico para saber do que se trata o romance de Anaté > PAIXÃO E VIAGEM NO TEMPO. Se você ainda não leu o livro, pare agora, porque pode conter alguns spoilers.

- Quero elogiar a autora por construir uma história muito linda com um final bem realista (apesar de eu querer ter sido enganada mesmo com um final daqueles bem açucarados, de triste já basta a vida, mas em momento algum desqualifico seu final).
- A paradinha das joias com as datas foi genial. Quando é descoberto as joias de Virgílio lacradas naquela urna ou caixinha (já não lembro direito) de anos atrás, achei muito bacana. Minha cara > O.O (CADÊ O “HISTORY” PRA DESVENDAR ESSE MISTÉRIO, GENTE?)

Agora vamos para alguns pontinhos que precisam de mais atenção:

- Eu li em algumas resenhas do livro as pessoas citando a demora para acontecer a, digamos, ação na história. O que eu também concordo, já que metade do livro se gasta falando de Virgílio, Clara (que logo sai sem peso nenhum da história) e da proprietária e descendente das irmãs. Acho que a autora deveria ter resumido essa parte, pois ficou um pouco enfadonho mesmo.
- Outra coisa, gente, Virgílio (que viaja para 1873) e me arruma de só ficar escandalizado no início e rapidamente se enquadra no tipo de linguajar e comportamento. Quê isso? Se fosse eu viajando para o século XIX, mano, iria viver dando mancada. Não chamaria a galera de “SENHOR” E “SENHORITA” "SENHORA". Não usaria jamais o “vosmecê” (SOBRE ISSO TAMBÉM VOU FALAR DAQUI A POUCO) dentre outros comportamentos. Ele todo pomposo, agindo como se tivesse nascido naquele tempo mesmo. Eu não saberia nem falar uma frase sem citar algo da nossa realidade, tipo: “Poxa, queria ter um celular (ALIÁS, CADÊ MEU CELULAR?) agora pra tirar foto disso...” “Ai como eu queria twittar sobre isso...” e etc. (Isso sem dizer que eu demoraria muito a acreditar que eu havia viajado no tempo mesmo. Provavelmente acharia que era um sonho.
- Falando sobre “acreditar” nas coisas, gente! Olympia nem hesitou quando Virgílio contou que era um cara do futuro. Eu sei que todo mundo desconfiou que ele não fosse o marquês de verdade, mas acreditar que o cara era do futuro sem mais nem menos? Eu jurava que ela fosse falar: Meu filho conta outra! Diz logo que é um cara que roubou a identidade do marquês! Tá, Olympia não iria falar dessa forma, mas podia ter desconfiado mais. Eu não acreditaria mesmo. E depois para comprovar sua afirmação, ele revelou vários eventos históricos ocorridos após a década de 70 do século XIX, e ela ainda desconfiava que ele poderia ser o estranho de seus sonhos. Mas o cara diz que veio do futuro, né? Vamos ficar desconfiadas, Olympia!
- Agora vamos falar sobre a linguagem da época. Certamente a autora realizou uma vasta pesquisa para escrever o romance e em nenhum momento quero pôr em dúvida sua pesquisa. Mas é necessário que se faça algumas observações. O romance se passa (boa parte) no ano de 1873 no Brasil. Sendo assim, nesse período já tinha sido abolido quase por completo o uso do “vosmecê”, principalmente nas esferas aristocratas. Na verdade, o “vosmecê” já foi desaparecendo no começo do século XIX (e tem alguns estudiosos que afirmando já ter desaparecido a mais tempo). Portanto, não fazia sentido algum os personagens se tratarem dessa forma. Beleza, qual seria a forma correta? O uso do “tu” que já era bem presente ou o do “você” mesmo. Tá, Carol, como você sabe de tudo isso? Procurei (por motivos pessoais) alguns artigos para saber como era o linguajar desse período. Tem um artigo da Prof. Doutora Edenize Ponzo Peres, que fala justamente sobre a mudança do tratamento “Vossa Mercê”. Isso sem contar que na internet tem as primeiras edições de grandes clássicos da nossa língua e se usa bastante o “tu” nos diálogos.

(Esses pontos são apenas detalhes e de forma alguma desqualificam o romance de Anaté)

O livro é muito bom. Super recomendo sua leitura!

Parabéns a autora e adorei passar esses dias na companhia de Virgílio e Olympia.
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Miry 27/05/2019

Que livrão meu amigos! Que livrão!
Eu não tenho que dizer nada além de que, esse livro é perfeito e totalmente sem erros!

Romance lindo! Que mistura século 21 é século 19z um amor que ultrapassa a linearidade do tempo.

Achei incrível em todos os fatores.
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@biaentreleituras 12/07/2019

Virgílio é um jovem engenheiro carioca, ele tem um grande fascínio por restauração de antigas fazendas e está envolvido em um projeto novo que vai transformar a sua vida. Virgílio é solitário e até um pouco triste, já teve alguns casos aqui e ali, mas seu único e verdadeiro amor existe apenas em seus sonhos. Uma mulher misteriosa que invade as suas noites e lhe enche de desejos. E essa mulher com quem ele sonha realmente existiu, porém em outra época.

Virgílio tem uma namorada, Clara é uma mulher fútil e mimada, não aceita as vezes que ele quer terminar o namoro e sempre dá um jeito de voltar. Virgílio marca uma visita à Inocência (fazenda que está querendo comprar para restaurar) e leva Clara junto, assim que eles chegam Clara já começa a reclamar do lugar e mostra a sua insatisfação com o investimento. E é em Inocência que Virgílio vai, enfim, dar um nome ao rosto dos seus sonhos. Ali foi o lar das Gêmeas em Flor.

No século XIX, a fazenda pertencia a um barão que tinha duas filhas gêmeas, embora fossem idênticas na aparência as suas personalidades não poderiam ser mais diferentes. Enquanto Olívia não queria se envolver com negócios ou política e era ardilosa, Olympia estava à frente do seu tempo, era a favor da libertação dos escravos e da igualdade de gêneros e não gostava de chamar atenção para si, ao contrário de sua irmã.

As duas embarcaram em um cruzeiro rumo à França e essa viagem mudou para sempre a vida das irmãs, algo aconteceu naqueles dias que estiveram em alto mar. Olympia sempre foi bondosa e para ver a felicidade da irmã era capaz de negar a si mesma, já Olívia se aproveitava do coração da gêmea e a manipulava para conseguir aquilo que queria, com o amor não foi diferente. As semanas que passaram no navio deixaram marcas eternas, elas atravessaram as barreiras do tempo e chegaram até Virgílio.

Muitos anos depois, em 2016, Virgílio está com Clara na fazenda para comprá-la e se depara com o quadro retratando as duas irmãs, ele fica completamente surpreso, bem à sua frente está o rosto da mulher amada. Ele e Clara discutem e terminam o namoro, mas antes de ir embora Clara quebra a moldura do quadro e Virgílio encontra uma caixinha escondida nele. O maior segredo da família seria, enfim, revelado.

Virgílio não sabe por que sonha com Olympia ou que ligação poderia ter com ela, mas sabe que o seu amor é algo verdadeiro e é mais forte que qualquer coisa. Ele começa a vasculhar o passado da fazenda e da família, lê artigos e livros sobre a época e sobre as gêmeas, mas nada que o ajude a desvendar os mistérios que a caixinha esconde. Quando chegar o momento certo Virgílio vai entender como uma história do século XIX pode estar tão presente em sua vida e como é apaixonado por uma mulher daquela época se nunca tinha ouvido falar dela.

*Resenha completa no blog > http://bit.ly/30sK8K7

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
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