Pedagogia do Oprimido

Pedagogia do Oprimido Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia do Oprimido


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Ade 08/04/2020

Amar ou odiar, será que só resta essas duas opções?
Há quem diga que, referente à Paulo Freire, ou ama ou odeia! Acho um tanto extremo, mas lendo esse livro entendo o por que dessa fama! Nesse livro nós deparamos com o caráter simples, no entanto visionário de um homem que questionou não apenas o ato de ensinar, mas as relações humanas...
Apoiando ou discordando, aconselho que leia!
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mari 01/09/2020

a boniteza de Paulo Freire
"aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam."
quando se trata de Paulo Freire, as palavras se perdem na boca, não sei por onde começar a elogiar. obra e estudo essencial a todos aqueles que ousam fazer-se ouvidos, e, em sua ousadia, se arriscam à libertar.

"os heróis são exatamente os que ontem buscavam a união para a libertação e não os que, como seu poder, pretendiam dividir para reinar."
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Lucikelly.Oliveira 28/02/2024

Impecável
Lendo a pedagogia do oprimido a gente passar a entender em parte o por quê Paulo Freire é tão temido pela elite que domina a educação brasileira. Realmente estudar Paulo é libertador.

?É que, para eles, pessoa humana são apenas eles. Os outros são ?coisas?. Para eles, há um só direito?o seu direito de viverem em paz, ante o direito de sobreviverem, que talvez nem sequer reconheçam, mas somente admitam aos oprimidos. E isto ainda porque, afinal, é preciso que os oprimidos existam, para que eles existam e sejam ?generosos???
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Anne10ssica 30/04/2020

O livro mais lindo que já li
É uma leitura complicada, mas é muito intrigante e libertador.
O livro não é exatamente sobre educação, mas sobre educação como uma arma política contra a manipulação.
Pra maioria isso pode soar como extremista ou radical, mas eles ignoram que a educação já é utilizada como processo ideológico de manipulação.
A maior prova é o cenário político atual em que vivemos. Onde políticos constantemente polarizam discussões para fragmentar a opinião pública e, assim, enfraquecer a verdadeira luta.
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Matheus Oliveira 05/05/2020

Em defesa de uma educação dialógica
Não é por falta de motivos que Paulo Freire é o patrono da educação brasileira e um dos autores tupiniquins mais estudados nacionalmente e no exterior. Em ?Pedagogia do Oprimido?, o educador sintetiza sua teoria em defesa de uma construção dialética do conhecimento e não de uma imposição em forma de uma educação bancária, na qual os atores não são tratados como sujeitos, mas como objetos, enquanto meros receptores, ?depósitos? de um suposto saber.

Na verdade, vai além disso e propõe uma teoria pedagógica da tão sonhada ?revolução?, criticando ações de lideranças que desconfiam do ?povo? e que buscam negar o diálogo como essência desse possível processo revolucionário. Paulo Freire acredita que não dá para ?fazer a revolução? e ?educar? o povo a posteriori, mas que os dois processos estão imbricados e caminham juntos: ?A revolução se gera nela como ser social e, por isso, na medida em que é ação cultural, não pode deixar de corresponder às potencialidades do ser social em que se gera?.

Isso demonstra uma desconfiança imprescindível em relação ao papel das lideranças revolucionárias que, em nome da suposta transformação social, temem a liberdade do ?povo? e evitam a construção de um diálogo sob o argumento de uma necessidade de organizar as massas para combater o opressor.

O livro é extremamente rico, inclusive, para pessoas que, como eu, ainda têm vivo o receio de palavras de ordem revolucionárias. Ao meu ver, a obra de Freire pode servir como um manifesto para as nossas próprias relações interpessoais em um cenário de tamanha polarização e ausência de diálogo: a única forma de se construir e superar as barreiras da opressão em busca da autonomia é libertar da dupla-face da antihumanização por intermédio de um processo dialógico de humanização do humano, reconhecendo o Outro e se reconhecendo nele.
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Duda 09/05/2020

Aos esfarrapados do mundo
Paulo Freire sempre acerta. Neste livro escrito durante seu exílio no Chile ele aborda questões sobre a existência do oprimido e do opressor e cada um enquanto sujeito e objeto. Tambem oferece um pequeno guia para que seja possível se tornar um educador popular partindo do princípio da realidade do educando.
Tudo isso com muita leveza, boniteza e amor. ?
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Le 12/05/2020

Uma lição que tiraria deste ensaio é que, o caminho para a verdadeira educação - aquela que tem por objetivo o despertar do sujeito em relação à sua condição, conscientizando-o e mobilizando-o para a sua libertação - perpassa pelo ato de desnudar a realidade, por uma pedagogia problematizante. Do contrário se está apenas adestrando os indivíduos para legitimar a ordem posta.
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Maria Isabel Barros 20/05/2020

Só a educação liberta e salva!
O melhor livro que li na vida, não é em vão que Paulo Freire é conhecido em todo o mundo pela incrível forma de valorizar a educação.
Nunca aquela frase: A CASA GRANDE SURTA QUANDO A SENZALA APRENDE A LER fez tanto sentido como fez ao ler esse livro. Educação salva e liberta!
A educação é a arma do oprimido contra o opressor! E ao decorrer da leitura ele vai elevando fatores atemporais, e constrói um modo de observar a educação não de maneira isolada, maneira que envolva várias outras séries de fatores que influência essa forma de educação negativamente e também positivamente. Além de sempre fazer a crítica a não valorização da mesma.
Paulo Freire não só é referência para a pedagogia mas para as ciências sociais por sua capacidade crítica de analisar e por seu ativismo nos seus métodos.
Muito alarmante a atual conjuntura onde a educação não é valorizada, nem incentivada, onde poucos tem acesso a qualidade e a grande maioria não tem oportunidades iguais. Infelizmente um país que acredita e justifica-se com meritocracia não há como progredir. Onde um presidente corta verbas de incentivo a educação e a ciência, que se baseia no achismo, e não confia na ciência é um retrocesso tamanho, que chega a nos envergonhar diante das circunstancias.
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Maria Isabel Barros 20/05/2020minha estante
O melhor livro que li na vida, não é em vão que Paulo Freire é conhecido em todo o mundo pela incrível forma de valorizar a educação.
Nunca aquela frase: A CASA GRANDE SURTA QUANDO A SENZALA APRENDE A LER fez tanto sentido como fez ao ler esse livro. Educação salva e liberta!
A educação é a arma do oprimido contra o opressor! E ao decorrer da leitura ele vai elevando fatores atemporais, e constrói um modo de observar a educação não de maneira isolada, maneira que envolva várias outras séries de fatores que influência essa forma de educação negativamente e também positivamente. Além de sempre fazer a crítica a não valorização da mesma.
Paulo Freire não só é referência para a pedagogia mas para as ciências sociais por sua capacidade crítica de analisar e por seu ativismo nos seus métodos.
Muito alarmante a atual conjuntura onde a educação não é valorizada, nem incentivada, onde poucos tem acesso a qualidade e a grande maioria não tem oportunidades iguais. Infelizmente um país que acredita e justifica-se com meritocracia não há como progredir. Onde um presidente corta verbas de incentivo a educação e a ciência, que se baseia no achismo, e não confia na ciência é um retrocesso tamanho, que chega a nos envergonhar diante das circunstancias.


Jose 20/05/2020minha estante
Nós nem temos presidente. Não dá pra chamar o inquilino do Planalto de presidente não.


Maria Isabel Barros 20/05/2020minha estante
Concordo! É um desgoverno.




Thaty 26/05/2020

Cada dia mais necessário
Um livro escrito em 1970 que se torna cada dia mais indispensável. Não somente a educadores, mas a todos que buscam compreender melhor como funciona nossa sociedade. A forma como vamos reconhecendo, aos poucos, o oprimido e o opressor que habitam dentro de nós, nas pessoas e líderes ao nosso redor, nos faz refletir sobre nossas ações enquanto educadores e, principalmente, humanos. Li resenhas que diziam que Paulo Freire fala de uma utopia, sobre as ações descritas no livro serem impossíveis de serem aplicadas. Mas essa é uma visão limitada de tudo o que Freire quis expor nesse livro. É uma utopia sim, mas é possível. Difícil de ser alcançada, obviamente, mas, como o próprio autor destaca, não existe revolução e transformação sem resistência e dificuldades. Ainda não consegui refletir sobre tudo o que é tratado no livro, mas uma coisa eu sei: é uma leitura obrigatória pra nos fazer rever nossa maneira de agir no mundo. E, principalmente no momento que vivemos hoje, nos faz reconhecer as ações concretas do opressor, o primeiro passo que devemos tomar para lutar contra a dominação da sociedade.
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Maiara 15/06/2020

A educação destrói mitos
Libertador.
"Até o momento em que os oprimidos não tomem ciência das razões de seu estado de opressão, "aceitam" fatalisticamente a sua exploração."

Paulo Freire nos permite abrir os olhos, para que não nos deixemos alienar por sistemas opressores.
Ler este livro alimentou ainda mais a minha gana por mudanças. Mudanças essas que devem ser realizadas através da educação libertadora e da práxis.

"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão."
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Cris.Peixoto 17/06/2020

Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
Preciso fazer uma resenha por justiça. Eu era uma das pessoas que nunca tinha lido uma obra de Paulo Freire (tinha lido artigos soltos) e o criticava, hoje estou na terceira obra e com fôlego para ler tudo e identifico, claramente, os motivos pelos quais ele está sendo tão atacado como foi em outrora. Precisamos ler Paulo Freire e mais importante, precisamos aplicar seus ensinamentos na educação pública urgentemente. Após estas leituras do advogado e professor Paulo Freire vejo muito sentido naquela citação: "O fogo não é perigoso, perigosas são as ideias elas atravessam mares", eu acho que é isso. E no caso dele, atravessou mesmo. Leitura fundamental.
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Luiz 27/06/2020

Livro necessário, daqueles que mudam nossa forma de enxergar o mundo.
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Ludmilla 12/07/2020

Educação crítica/efetiva é tudo. Educação de qualidade cura muitos males. Agora entendo o motivo pelo qual vários políticos abominam Paulo Freire. Quero ler todos os livros do autor.
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brunossgodinho 22/07/2020

Um esfarrapado, afinal
Contribuição incontornável aos educadores, a Pedagogia do oprimido é possivelmente a suma do pensamento pedagógico de Paulo Freire. Nela são enunciadas algumas das principais teses do autor, que estão concentradas nos eixos do materialismo histórico e da decolonialidade, a fim de construir, por fim, uma pedagogia crítica.

A primeira parte do livre trata do diagnóstico inescapável da desigualdade social e seu reflexo no estado da pedagogia e da educação no Brasil: entre redes pública e privada, entre diversas linhas pedagógicas, a "situação concreta" é a de que a educação no Brasil se encontrava na encruzilhada de reprodução do sistema econômico, político e cultural na qual está inserida. Uma educação proporcionada em meio ao sistema capitalista - seja no âmbito da rede privada, seja no da rede pública mantida pelo Estado - só pode reproduzir, inelutavelmente, o sistema do qual faz parte. Daí, a também inexorável conclusão: para que a educação seja libertadora do indivíduo, ela precisa libertar toda a comunidade.

Partindo desse pressuposto, procede-se à análise do que o autor chama de "educação bancária", na qual o conhecimento é "depositado" no aluno pelo professor. Modelo que existe e prevalece até hoje, com raras exceções e raras fugas, essa educação bancária torna-se instrumento de reprodução da desigualdade social. Para quebrar esta parede, é necessário compreender, então, que educação é sempre um processo dialético, de mão-dupla, em que educador e educando aprendem simultaneamente e mutuamente. A educação nunca termina porque ela é um fazer, uma prática: assim como andar de bicicleta, devemos mantê-la em dia para não enferrujarmos; mas, se ficarmos um tempo sem praticá-la, tudo bem, pois quando retornarmos a ela, a própria essência da educação como prática da liberdade nos leva a um pique novo - em outras palavras, depois de sentar-se ao banco e dar as primeiras pedaladas, é como se nunca tivéssemos abandonado a bicicleta.

Com isso, assume um papel central nessa prática pedagógica o ato do diálogo. Sem a capacidade de ouvir e de argumentar, o educador está indefeso contra as situações concretas que se lhe apresentam no dia-a-dia das escolas. Como dar chances ao aluno cujo pai é alcoólico? Como desculpar o aluno que se atrasa porque precisou deixar o irmão pequeno na creche a caminho da escola? Como entender as notas baixas da aluna que repentinamente reaparece em sala de aula com uma barriga de três meses de gravidez? O primeiro passo, sem dúvida, é o diálogo. Os feitos não podem ser desfeitos e a escola não pode ser o espaço do julgamento moral. O que se pode fazer é dialogar com os educandos e encontrar a melhor solução para que, adequando-se à situação concreta, a prática educacional seja levada adiante.

Até aqui encontram-se alguns pontos teóricos e epistemológicos fundamentais da obra de Paulo Freire: a metodologia de análise proveniente do materialismo histórico dialético; a teoria crítica socialista e decolonial; e, por mais estranho que possa parecer, do cristianismo católico. O materialismo histórico acrescenta à teoria pedagógica uma maneira direta e sem rodeios de considerar o cotidiano da experiência educacional; o socialismo e sua decolonialidade se apresentam como motores de contestação dos métodos de opressão e reprodução da desigualdade e, ao mesmo tempo, como pontes para uma construção coletiva do conhecimento que tem por objetivo a manutenção da educação como prática libertadora; e, enfim, a interpretação do autor de sua fé cristã católica vem somar com o sentido comunitário da educação e contra o fatalismo provocado pelas situações de desigualdade.

A síntese final do autor é sobre a "ação antidialógica", isto é, o método da educação bancária e as características desse método que resultam na opressão e reprodução da desigualdade. Em contraponto, é afirmada a teoria da "ação dialógica", cujas características são a "co-laboração" (o ato de trabalhar em conjunto, isto é, educador e educando trabalhando juntos para atingir o fim da educação); a "união" (a valorização do senso comunitário e supressão do individualismo - o que não é dizer o fim da individualidade); a "organização" (pois sem articulação não há trabalho bem feito); e a "síntese cultural" (a compreensão, afinal, das diferenças entre educadores e educandos, entre os diferentes mundos sociais, e a tomada dessas diferenças como ponto de partida para o processo educacional).

A teoria pedagógica desenvolvida por Paulo Freire aqui e em seus outros livros é (ou deveria ser) um dos pilares de qualquer teoria crítica que anima a prática educativa. Sem a compreensão entre as partes, não há um "fazer educacional". Ela estimula a compreensão de que a educação nunca acaba, pois, sendo prática, ela precisa estar a todo tempo acontecendo para que não nos rendamos às desigualdades e opressões. Tarefa árdua porém gratificante para qualquer um que veja sentido na coletividade, no amor ao próximo e na esperança de uma sociedade e um mundo melhores.
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