Os Maias

Os Maias Eça de Queiroz




Resenhas - Os Maias


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Isabella 26/02/2010

Caviar
É este Eça que deveriam nos dar para ler na escola. Sim, eu sei que seria impossível pedir que os alunos lessem um romance português tão extenso, etc, mas o fato é que "Os Maias" é incomparável, rico e delicioso em cada detalhe. As frequentes descrições que Eça adora escrever estão todas lá, os estrangeirismos, a excitação do século XIX pelo mundo que sintetizava na palavra "progresso", os tipos e personagens únicos, a filosofia e a as preocupações teóricas. Eça era um engajado em sua causa - conseguia estudar, digerir e pôr em prática as grandes propostas de sua época em sua obra. Como não vê-lo diluído e dissipado entre Ega, Alencar e Carlos? Como não simpatizar com o expoente máximo do realismo português que, ainda assim, se ressente e se expõe como herdeiro eterno do romantismo, no evidente diálogo final entre Carlos e Ega?
Há muito tempo um livro não me comovia tanto e não me dava vontade de gritar em alguns de seus momentos. Os maias, em suas paisagens, personagens e ideias, mudou algo em mim quando pensei que isso não ia mais acontecer - afinal, depois de certa idade, a ficção já não nos surpreende tanto.
O primo Basílio? O crime do padre Amaro? Esqueçam e vão direto ao que interessa.
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Joana 31/05/2021

Os Maias
Achei o livro bem chato no início por ser muitos descritivo, no entanto quando a história esquenta e começa a entrar no enredo real fica bem interessante.

Recomendo mas tem que ter paciência
Keila Peretto 01/02/2023minha estante
"Recomendo mas tem que ter paciência" gostei da sinceridade haha. Estou em 20% da história e só penso que eu devo ter paciência mesmo, a história ainda não tomou muito ritmo...




Thiago275 12/05/2023

Não funcionou pra mim
Publicado pela primeira vez em 1888, Os Maias acompanha a trajetória de três gerações da família Maia, mostrando Afonso, Pedro (seu filho), e Carlos, seu neto. O grosso do livro, porém, foca em Carlos e sua tumultuada história de amor com Maria Eduarda, uma mulher casada com um brasileiro.

Li e gostei de dois outros livros de Eça de Queirós: O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio. Sempre vi muitos elogios a Os Maias, então naturalmente pensei que ia gostar dele também, mas não foi o que ocorreu.

O livro, que tem quase 600 páginas, narra três - isso mesmo, TRÊS - episódios interessantes e até mesmo impactantes. O que acontece entre esses episódios é uma infindável narração de visitas sociais, idas ao teatro e a corridas de cavalo, discussões políticas e flertes com mulheres casadas.

Compreendo que Eça, um pilar do realismo português, estava fazendo uma crítica à futilidade e ao vazio da elite da época. Porém, para mim (e frise-se que essa é uma opinião inteiramente pessoal), todas essas "riquices" foram apenas chatas. Tiraram até mesmo o impacto da grande revelação da história. E sim, esse livro tem um acontecimento verdadeiramente impactante.

Isso não quer dizer, contudo, que o livro não vai funcionar para você. Muitos o consideram um dos melhores livros já escritos em língua portuguesa. Literatura, como a arte em geral, não é e nem deve ser unanimidade.
Dan 12/05/2023minha estante
Seria um romance soberbo se tivesse umas 200 páginas a menos.




Vitor Carvalho 08/07/2021

Para quem é daqueles que não para de ler até concluir o capítulo, fuja de Eça de Queirós (os capítulos são longuíssimos)! Burgueses ociosos discutindo o destino de Portugal em serões, relacionamentos entre familiares que apesar de serem tidos como uma "infâmia", são bastante presentes na composição da família portuguesa. Adorei a leitura, as descrições de vida urbana e rural, as questões políticas que não são alheias ao Brasil e o final triste e poético.
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Cristina117 30/01/2011

Os Maias
Em determinado momento do romance-obra-prima de Eça de Queiroz, Os Maias, Carlos da Maia reclama de um infindável bordado que Maria Eduarda insiste em fazer durante suas visitas. Maria Eduarda retruca dizendo que o bom de certas coisas é estar sempre a fazê-las. Ao que Carlos diz: “Há coisas que só existem quando se completam, e só então dão a felicidade que se procurava nelas.”

Pois Os Maias é uma dessas coisas às quais Carlos se refere. Demora-se na leitura de um tomo com 698 páginas (edição da Ediouro). Demora-se ao ponto de leitores mais avexados ou menos treinados a longas leituras desejar largar o livro, abandoná-lo, se enganando por acreditar que até o ponto em que se leu já rendeu o que tinha de render. Mas não. Deve-se insistir, e resistir aos momentos menos voltados à história central do romance. Afinal, em Os Maias, Eça quis fazer um retrato completo da sociedade portuguesa da época.

Escrito em 1888, e atual como todo clássico, Os Maias deve ser lido até o fim para proporcionar toda felicidade é capaz de dar. Depois de lê-lo, pode-se ainda passar uns dias depurando a história assistindo à minissérie, que foi ao ar em 2001, pela Rede Globo, e está disponível nas locadoras. A minissérie é quase completamente fiel ao livro, com uma mudança no final, mas que não altera o desfecho, nem tira o prazer da obra.

*dedodemocaseditora.blogspot.com
Anne 03/02/2011minha estante
Também achei a minissérie feita pela Globo bem fiel ao livro, maravilhosa mesmo.




Peter.Molina 27/10/2023

Tudo se acaba em desilusão ou poeira
Clássico romance português, este excelente livro de Eça de Queiroz conta a história da família Maia por 3 gerações. São vários episódios que se encerram aqui, muitas traições, discussões políticas, tristezas, farras monumentais e vinganças. O vocabulário às vezes é um pouco difícil mas vale a pena insistir. Destaque para o personagem do patriarca Afonso da Maia, imponente e todo emoção. Uma viagem a Portugal do século XIX, um livro carregado de dramas pesados e de muitas saudades pelo que já se foi.
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Renato Medeiros 25/09/2010

Fuga de foco que prejudica a relação incestuosa

Carlos Eduardo da Maia é membro de uma das mais tradicionais e respeitadas famílias de Portugal, foi educado à inglesa por seu avô, Afonso da Maia, e tornou-se médico posteriormente, mas sua carreira profissional não progredira, passando então a maior parte do tempo executando o papel de ilustre cavalheiro. Desiludido pelo rumo que tomara a sua vida ociosa, encontrou em Maria Eduarda um grande amor, mas o que nenhum dos dois sabia é que eram irmãos e assim a relação tornou-se impossível, marcando para sempre a vida desses dois jovens.

Além do incesto, Eça de Queirós aborda outras questões polêmicas como as traições matrimoniais e o conflito entre Romantismo e Realismo vivido nas figuras de João da Ega, melhor amigo de Carlos, e Alencar, poeta e defensor do estilo romântico. Também critica a calamitosa situação na qual se encontrava Portugal e durante os prolongados jantares presentes no livro, situações políticas, econômicas e culturais são discutidas pelas personagens, constituídas em sua maioria por capitalistas e representantes políticos.

Por conta da atenção do autor à essas questões, há um deslocamento no foco principal da história, às vezes, deixando o caso amoroso entre os dois irmãos em segundo plano e exaltando apenas as reuniões que Carlos participava. Cenas desnecessárias ocupam muitas páginas tornando a leitura lenta e monótona, mas é possível perceber que há uma ótima construção de capítulos, belas descrições e grandes momentos de tensão e apreensão que levam o leitor ao ponto máximo da expectativa, o problema é que essas cenas são abafadas pela grande quantidade de rodeios.

Eça de Queirós concluiu Os Maias ao longo de uma década e tentou transformá-lo em uma obra magnífica utilizando-se de longos diálogos sem função e de excesso de personagens, esquecendo-se da simplicidade, mas conseguiu reproduzir o retrato de seu país e do mundo imperialista do final do século XIX. Recomendo àqueles que gostam de histórias de época e que têm paciência para ler um extenso texto com muitos detalhes e várias abordagens.
Kennedy 17/09/2011minha estante
Olha, o livro é muito bom e não merecia uma nota tão baixa. Mas sua resenha está excelente, maravilhosa, concordo com as enroladas que Eça de Queirós fez e que tirou o foco da relação entre Carlos e Maria Eduarda. A estória só pega fogo mesmo lá pela página 450.


Renato Medeiros 17/09/2011minha estante
Que bom que gostei do texto. Mas é um texto antigo, de mais de cinco anos. De certo, hoje não escreveria dessa forma e teria um novo olhar sobre o livro 'Os Maias'. De qualquer forma, continuo achando que o livro não merecia uma nota maior que dois. Mas toda uma questão de estilo, de contexto histórico em que a obra foi produzida. De qualquer forma, enquanto apreciador 'desinteressado' de literatura, continuo não apreciando essas mais de 450 páginas. O que trouxe um problema a minha leitura de Eça de Queirós. Por causa de 'os Maias' até hoje não voltei a ler o autor, com receio de me decepcionar novamente, por mais que me digam que os outros livros dele são diferentes. Obrigado pelo comentário.




Calina 15/08/2021

apesar de tudo o que dizem a leitura é demasiado extensa, pouco interessante e deixa muito a desejar. a ação do livro apenas se dá no final deste o que torna a sua leitura demasiado repetitiva, cansativa e desinteressante
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Monica Vieira 23/06/2020

Para quem gosta de amores trágicos este é o livro certo. Fiquei impressionada com a riqueza de detalhes de que como o autor descreve aquela época. O final é surpreendente. É uma ficção mas que poderia tranquilamente imitar uma situação real nos dias de hoje. Muito bom, inesquecível.
Julia2797 23/06/2020minha estante
Trágico, trágico, trágico...


Monica Vieira 23/06/2020minha estante
Sim


Monica Vieira 23/06/2020minha estante
Trágico


Monica Vieira 23/06/2020minha estante
Trágico


Monica Vieira 23/06/2020minha estante
Trágico


Julia2797 23/06/2020minha estante
Kkkkkkkk


Monica Vieira 23/06/2020minha estante
?




Karina 06/06/2021

Como um bom romance de costumes, Os Maias retrata o cotidiano da sociedade portuguesa da época. O livro conta a vida de três gerações da família Maia, iniciando com a história de Afonso da Maria, posteriormente Pedro da Maia e, por fim, Carlos da Maia.
A casa em que Afonso e Carlos passam a habitar, conhecida como "O Ramalhete", também possui grade importância e destaque na obra. A descrição do ambiente é extremamente detalhista, o que ajuda o leitor a compreender inclusive a personalidade de seus habitantes.
O protagonista é Carlos, um jovem médico, recém formado, que se envolve em uma grande história de amor. Infelizmente acontece uma enorme tragédia e ele se vê sem destino certo.
Outro personagem de suma importância é João da Ega, confidente e melhor amigo de Carlos. Ega traz certa leveza e divertimento à leitura, pois é um personagem um tanto pitoresco e com ideias revolucionárias.
Eça de Queiroz utiliza o livro para fazer críticas à sociedade portuguesa, mostrando a hipocrisia da população, o enaltecimento a tudo que é estrangeiro e principalmente a falta de determinação para mudar uma realidade de degradação da civilização portuguesa.
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cid 30/09/2009

Somos romanticos, individuos inferiores
O livro é inesquecível, mas me ficou a conversa de Carlos com JOao da Ega ao final do livro. Somos Romanticos: indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão...Mas Carlos queria realmente saber se, no fundo, eram mais felizes esses que se dirigiam só pela razão, nao se desviando nunca dela ...
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Quel 05/08/2009minha estante
Até hoje me lembro especialmente dessa conversa final do João da Ega com o Carlos Eduardo...(os que se dirigiam só pela razão)"por fora,à vista,são desconsoladores. E por dentro,para eles mesmos,são talvez desconsolados.O que prova que neste lindo mundo ou tem de ser insensato ou sensabor...

-Resumo:não vale a pena viver...

rs

Adoro esse diálogo dos dois!

Adorei sua resenha!

bjs




Renan Rocha 13/07/2020

Entediante.
Talvez minha percepção do real motivo desse livro ser considerado um clássico tenha sido ofuscada pela morosidade e pela combinação de temas desinteressantes para qualquer leitor ávido por textos mais dinâmicos. Um calhamaço angustiante que poderia ser resumido em poucas páginas. Aos leitores que desejam conhecer um pouco da sociedade portuguesa do século passado, no entanto, esse livro pode servir como um retrato de uma cultura e suas particularidades ordinariamente portuguesas.
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Antony.Trindade 01/06/2020

Eu simplesmente devorei essa obra!
Como estava com tempo livre, li em pouquíssimos dias. E entrou na minha lista de um dos melhores já lidos.
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