Miguel 13/03/2022
Nota: 2,5*
Joan Didion é esplendorosa, sua escrita cativa e te prende durante essa coletânea de ensaios realizados nos anos 60/70. Entretanto, reunir todos esses 20 ensaios em um único livro faz com que a experiência de ler eles seja cansativa e estressante.
Eu estava bem animado para começar a ler essa obra e devora-la, porém, a medida em que eu ia lendo um ensaio, dois ensaios, três ensaios na sequência, eu ficava cansado, sem entender certas coisas e parando de ler rapidinho. Acredito que se eu lesse um ensaio por dia tudo teria sido diferente, mas por estar segurando o livro e a escrita te prender muito, foi quase impossível de ler um por dia. Além disso, a existência de alguns ensaios mega longos, desnecessários e chatos me fizeram ficar bem desapontado... o ensaio sobre a represa mandou um forte abraço. De qualquer maneira, eu entendo que em um contexto geral todos os ensaios são importantes para a construção do livro, mas isso não cria uma desculpa para ele ser tão chato as vezes.
Uma outra coisa que me incomodou bastante foi a forma que em cada ensaio somos apresentados a mil nomes diferentes, seja de pessoas ou lugares, e eu não conhecia nada e nem ninguém. Isso é mais uma critica a editora que poderia ter feito notas no rodapé ou um glossário, são tantas as possibilidades. Portanto isso não fez parte dos meus "critérios de avaliação", mas mais uma vez, tornou a experiência de ler esse livro, que tinha a chance de ser perfeito, um fiasco total.