O álbum branco

O álbum branco Joan Didion




Resenhas - O álbum branco


66 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


brigitte4 02/04/2024

O álbum branco
Gostei da escrita da autora mas achei a obra rasa em alguns sentidos. muitas informações são jogadas sem nenhuma explicação, assim como muitas referências são expostas sem nenhum contexto. a leitura foi confusa pois os eventos não são bem desenvolvidos. no entanto, algumas partes foram extremamente interessantes como quando explicado o movimento feminista.
comentários(0)comente



Romulo 01/04/2024

Bom
Legal, histórias interessantes. Um pouco cansativo, mas no geral a leitura é agradável. A imersão nos anos 60 é interessante.
comentários(0)comente



rayray 23/03/2024

A genialidade tácita de Didion.
Joan fez o que parecia impossível ao ensaiar acerca dos fatos que a perturbaram e a deixaram estupefata entre o final da década de 60 e ascensão dos anos 70 como se tivesse passado ilesa, completamente alheia aos efeitos da insanidade da humanidade, como se a imagem de um quarto branco e acolchoado não fosse constante nesse período de tempo.

O fato é que a escrita profissional e taciturna da autora confunde o leitor desatento ou aquele de olhos superficiais que não aprofunda sua visão mesmo que as emoções de Didion sejam gritantes desde as primeiras páginas do livro. Até então, eu só tinha visto Susanna Kaysen iniciar um livro narrando um episódio de descompensação mental.

O livro traz a sensação de um diálogo cara a cara com poucas expressões e muito vinho para discorrer sobre a vida cotidiana e seus problemas medievais, foi possível pintar Joan à minha frente, pernas cruzadas, um cigarro entre os dedos e sinônimos jamais repetidos entre as sentenças enquanto ela prende minha atenção e interesse por completo com uma voz monótona que discorre sobre o sistema de tratamento hídrico, algo que eu jamais discutiria sóbria.

É de um absurdo inenarrável dizer que o livro não tem registros das emoções de Didion quando a melancolia vai e volta constantemente entre os capítulos, seja por um casamento hollywoodiano monótono, momentos de reflexão nada prazerosos em meio à viagens para lugares paradisíacos ou o simples choque e proximidade com a brutalidade humana, além do capítulo quase poetizado sobre enxaqueca que eu particularmente me senti representada e compreendida.

Joan fez história sem precisar de um único ponto de exclamação e exibiu sua própria vida particular em uma manchete de telejornal sem utilizar um teleprompter. Minha primeira e excelente experiência com uma obra ensaística.
comentários(0)comente



Yasmin O. 04/03/2024

Apesar de não me conectar com todos os ensaios, e, por outro lado, enxergar um pouco do subúrbio do capitalismo que é o Brasil naqueles que tratam dos shopping centers, dos automóveis, dos resorts, das igrejas, eu amo a escrita da Joan e as conexões entre temáticas que ela faz e nesse livro em específico me identifiquei com o estado mental de alienação e apatia da autora, que ela evidencia no primeiro ensaio e que é a sensação geral que tive lendo os demais. Esse livro combina muito com o título do maravilhoso documentário da Joan, The center will not hold, que inclusive nos fornece um contexto dos EUA e da própria autora que ajuda a entender melhor o espírito com que "O álbum branco" foi escrito. Como a própria Didion escreveu no ensaio As ilhas:

"Quero que entenda que está lendo uma mulher que, já faz algum tempo, se sente radicalmente apartada da maioria das ideias que parece interessar a outras pessoas. Está lendo uma mulher que, em algum ponto do percurso, extraviou a pouca fé que veio a ter no contrato social, no princípio melhorativo, no imenso padrão do esforço humano. Com muita frequência ao longo das últimas semanas, eu me senti uma sonâmbula, movimentando-me pelo mundo alheia às grandes questões do momento, inconsciente dos fatos, atenta apenas aos produtos dos pesadelos (...)".

Recomendo, especialmente para quem já teve algum contato com a autora e recomendo ainda o documentário da Netflix, The center will not hold, com o qual me escangalhei de chorar.
comentários(0)comente



Juliana 28/02/2024

"o que eu construí para mim é pessoal, mas não é exatamente uma paz"
Gostei desse livrinho, mas teve coisas mais fáceis de ler do que outras. de qualquer forma, a escrita da didion nunca, nunca falha!
comentários(0)comente



Mariana 15/02/2024

Os assuntos que ela trata não me prenderam, apesar da escrita muito boa da Joan Didion. Falta muito investimento e a descrição de sentimentos nas histórias que ela conta.

Quem sabe outro livro dela me interesse mais.
comentários(0)comente



skuser02844 31/01/2024

Década de 60 e 70
Conta sobre fatos dos anos 60 e 70 com muitas referências aos Estados Unidos (não gostei tanto, mas valeu a leitura).
comentários(0)comente



camila del rio 22/01/2024

? o álbum branco
quando fui atualizar meu progresso no Goodreads, encontrei uma resenha que expressava exatamente as minhas decepções com esse livro. depois de lê-la, me senti mais confiante em falar exatamente o que pensei de O Álbum Branco.

Joan Didion é creditada como uma das precursoras do novo jornalismo. e não se enganem, ela era uma escritora extremamente talentosa, com vocabulário extenso e expressividade única, cheia de conexões, presente em importantes momentos históricos. ainda assim, todos os ensaios que eu li pareciam deficientes de uma coisa essencial: sentimento.

esse foi o meu primeiro contato com um livro de ensaios, e estava realmente empolgada porque eu mesma adoro passar horas falando sobre um único assunto que me interesse. mas é aí que está o problema: o que me atrai tanto em longos discursos sobre determinado tema é justamente a paixão que os acompanha, e Joan Didion não parece ser apaixonada por nada.

a leitura era fácil quando o assunto do ensaio me interessava (o texto sobre Doris Lessing foi meu favorito), mas tornava-se extremamente arrastada quando o tópico era incapaz de me fisgar. tive que pular uns três capítulos por risco genuíno de dormir no meio de um parágrafo. há uma sensação persistente de que Joan tenta se distanciar dos acontecimentos que narra, mesmo aqueles que ela mesma experienciou.

apesar disso, não consigo dizer que é um livro ruim. a escrita de Didion é intelectual, suas experiências de vida são vastas e a presença estadunidense é tão forte que a obra evoca a estética Americana, como um álbum da Lana Del Rey ou uma pintura do Andy Warhol. mesmo assim, O Álbum Branco foi uma leitura decepcionante.
comentários(0)comente



Karina 14/01/2024

Imagina ser escrita pela joan didion
Nunca mais serei a mesma e dito isto é um dos livros mais sensacionais que ja li, a escrita dela é inacreditável alem de parece que é uma amiga mais velha te contando varias historias da vida dela
comentários(0)comente



cosmonauts 28/12/2023

Esse foi o meu primeiro contato com um livro da Didion, contém relatos bacanas que refletem sobre o absurdo e a paranoia que marcaram o corintiano americano nos anos 60/70 (tudo aquilo que representa a cultura de massa que conhecemos hoje). Não sou muito de ler ensaios, mas considero um ótimo começo para conhecer a escrita dela que é bem fluida, envolvente, as vezes mistura os assuntos sem a menor cerimônia, como um fluxo descontrolado de pensamentos mas permanece em coesão com os fatos contados no livro.
comentários(0)comente



Juliana 24/12/2023

Jornalismo literário
Como alguém que estuda jornalismo, eu sou apaixonada pelo jornalismo literário. Esse foi meu primeiro com a escrita da Joan Didion e, de fato, ela é uma mestre do assunto.
A única coisa que eu diria é que amei o começo e o final, mas achei o meio um pouco lento e até "nichado". Nesse ponto, ela falava de muitas pessoas e situações que eu nunca tinha ouvido falar, então me senti um pouco distante na leitura.
comentários(0)comente



Nicole102 18/12/2023

Leitura INCRÍVEL
Nesse livro podemos ter o gostinho do que era ser uma mulher norte-americana nos anos 60/70, experienciando tudo que acontecia naquele período de ebulições: diversos movimentos políticos, contracultura, surgimento pantera negras, charles manson, surgimento dos shoppings (tem um capítulo todo dedicado à eles), a criação e estabelecimento do modelo de urbanização americano em subúrbios e muito mais.
No decorrer do livro, Joan faz muitos diálogos bem pessoais, e narra as vivências históricas como alguém vivendo tudo aquilo MESMO e não como uma jornalista fazendo notícias, nos sentimos uma pessoa lendo o diário pessoal de uma outra pessoa? é um livro delicioso!
comentários(0)comente



06/12/2023

Com certeza lerei outros livros dela.
A escrita da Didion é discreta e me agradou porque senti espaço para criar minhas próprias concepções sobre os assuntos apresentados. Mesmo quando ela se propõe a criticar algo, não é apelativo, então não me passava um ar de presunção
Não foi tão marcante para mim sendo brasileira porque me senti fora de contexto muitas vezes e os símbolos às vezes não significavam nada para mim, mas obviamente a falta de ressonância não é um defeito do livro, afinal claramente não sou o público-alvo.
Definir em duas palavras seria contemplativo e 'limpo'.
comentários(0)comente



Aléxia 19/11/2023

Uma voz de uma geração
À medida em que chego mais perto do fim dos vinte, sinto que tenho uma certeza cada vez menor sobre um número de coisas cada vez maior.

Essa é uma das razões pelas quais a Joan Didion me fascina: a precisão e a certeza com que ela descreve elementos altamente específicos mas igualmente idiossincráticos de seu espaço-tempo, localizado na transição da Califórnia dos anos 60 pros 70.

Ela descreve o Centro de Operações que monitora rodovias em Los Angeles e a casa-fantasma que foi construída por um preço exorbitante para governadores, quase nunca usada.

Em termos formais, falar sobre o espetacular Centro de Operações do Rio e as construções obsoletas pras Olimpíadas são uma ponte direta pra atualizar esse olhar e pensar como seria fazer o mesmo no Rio dos anos 2020.

Mas como atingir esse rigor analítico com que ela destrincha a atmosfera de um lugar - e te faz acessá-la décadas depois sem nunca ter pisado nesse mesmo lugar?

Existe um pensamento que me faz almejar que a Aléxia jornalista de 28 anos busque mais da Joan Didion jornalista de 34 anos. Esse exercício de deslocamento é interessante mas sempre chego na mesma conclusão: Joan Didion é gênia, e ganha meu selo definitivo de uma voz em uma geração.
comentários(0)comente



angeltears 04/11/2023

O Álbum Branco
Não sei nem como começar a falar desse livro. Eu gostei muito da leitura e do jeito que ela mescla acontecimentos dos EUA com os sentimentos e vivências dela.
Esse foi o primeiro livro que eu li da Joan Didion e eu realmente não estava acostumada com essa escrita esse ?tipo? de livro, tanto é que eu demorei muito muito muito tempo pra terminar de ler. Mas mesmo assim eu gostei demaaais.
Uma das coisas que eu mais gostei é que ela sempre ta ?no meio? de tudo. Ela sempre vê as coisas acontecendo de perto, se ela quer conhecer algum lugar ou se ela tem um interesse específico em algo ela simplesmente vai até essa coisa ou lugar. E até agora eu ainda não acredito que ela conheceu o The Doors e a Janis Joplin???.
Outra coisa que eu gostei demais é como esse livro é ?silencioso?. O jeito como ela escreve, como ela conta cada detalhe e cada movimento de um jeito meio que ??sem emoção?? me lembrou muito A Redoma de Vidro por algum motivo.

Resumindo, gostei muito do livro e espero ler mais trabalhos da Joan Didion pq eu amo essa mulher e a mente dela
comentários(0)comente



66 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR