Capão Pecado

Capão Pecado Ferréz




Resenhas -


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RQP 11 28/01/2024

Pecado!
Por se fundamentar em uma narração de tipo oral, Ferréz traz aos leitores uma linguagem direta, simples e recheada de gírias locais, o que dá mais realismo e vivacidade a personagens que estão longe de ser meramente ficcionais. Por outro lado, tal premissa acaba por tornar os personagens de Capão Pecado tão rasos quanto muitos dos estereótipos de "pobre favelado" que são vistos, sobretudo, na dramaturgia nacional.

A velocidade com que o texto passa de etapa a etapa, de personagem a personagem, mantendo como vínculo único seus laços sangrentos com o "Capão Pecado", acaba por destacar a dolorosa perenidade do cotidiano da comunidade, ao passo que resume seus personagens ao mero realismo trágico de uma quebrada violenta.

Ferréz falha em (ou talvez opte por) não humanizar suficientemente seus personagens, fazendo-os agir quase como por um impulso natural e irrefletido. Se, por um lado, isto pode configurar uma alegoria do papel do "favelado" no sistema capitalismo, por outro, reduz o potencial emancipatório que a obra pretende ter.

Como principal destaque da narrativa de Ferréz está a sua capacidade de descrever tão cruamente os desejos e perversões de pessoas que habitam um meio tão violento. A quantidade de "socos no estômago" é inversamente proporcional à pequena quantidade de páginas da obra.

Em resumo, é um pecado que Capão Pecado não tenha atingido toda a potencialidade que poderia alcançar.
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Marcada pelos Livros 21/12/2023

Finalizando mais um livro!!! Esse em questão é o favorito da minha best ??ao final esse livros faz com quem eu reflita nos privilégios que tenho! Um livro triste porém realista!

A obra é fácil de ler e entra fácil na nossa mente. Os personagens são envolventes e carismáticos. E trazem com eles as reflexões mais difíceis de serem feitas. Não porque são difíceis de se entender, mas porque possuem uma realidade que incomoda.
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Glemerson 11/12/2023

Esperava uma abordagem diferente
Há tempos recebo recomendações dessa obra, enfim criei coragem para ler. Confesso que esperava por uma abordagem diferente, algo que trouxesse diversas perspectivas da favela, uma história que faria mais sentido dentro desse contexto.

Mas curti a leitura, o posfácio e as homenagens me chamaram mais atenção do que a obra como um todo, mas é uma boa leitura para quem curte o formato.
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Fabíola 22/09/2023

Essa "obra" não merece nenhuma estrela. Isso não representa a quebrada, passa uma imagem IMUNDA, estereotipada, pornográfica, criminosa e misógina da periferia. Além disso, as mulheres são tratadas como "vadias" que curtem violência e 3stupr0, elas podem até negar, mas no fim se rendem e gostam da violência.
Personagens vazios e cenas de s3x0 absurdas, só poderia ter sido escrito por um homem.
Depois dessa leitura, posso afirmar que odeio esse "autor".
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Kennedy.RomAo 19/12/2022

Curti demais!!!
Foi a minha primeira experiência com o autor e com a literatura marginal, e por ter sido o meu primeiro contato me surpreendeu muito. O louco do livro é que traz uma realidade de quem mora na patifaria. Acredito que o relato trazido na narrativa poderia ser mais desenvolvido, porém mesmo assim o Ferréz conseguiu me conquistar com sua escrita cativante e simples.
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Katia 08/12/2021

Essencial
Não sei se tenho palavras suficiente pra falar sobre esse livro. Mesmo tendo crescido no interior a narrativa falou diretamente comigo.
Estamos acostumados com as chacinas, os assassinatos, as torturas quando elas acontecem nas favelas com quem a gente não conhece. O Ferréz faz com que essa naturalização da desgraça esteja presente e ao mesmo tempo desapareça. Não dá pra ler e não se indignar com cada palavra impressa.
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Wallace17 30/07/2021

Literatura marginal de Ferréz!
Iniciei o ano lendo a biografia do Sabotage, uns dos maiores talentos do rap nacional, na verdade uma grande lenda da música brasileira! E com muita satisfação termino o ano de 2018 com a releitura de Capão Pecado do escritor @ferrezoficial outro grande nome das periferias de São Paulo. Depois de 12 anos reler este livro significa muito! Quanta coisa se transformou! A literatura periférica me trouxe uma consciência do meu mundo. Do lugar onde eu nasci, cresci e vivo até hoje. Nunca mais me sentir reduzido por ser morador de favela. Hoje entendo por que as favelas existem. Quando compreendemos a história podemos rescrevê-la e transformar toda uma narrativa social. Consciência, educação e orgulho das minhas raízes! Um salve pra todas as quebradas do Brasil. Para todos os favelados que tão nesse mundão lutando por uma vida digna! Um salve pra os artistas periféricos, periféricas e periféricos

site: https://www.instagram.com/p/BsD2S88nntA/
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Cleber 11/02/2021

Periferia brasileira
Ferréz trás um retrato verdadeiro da vida urbana no país. Parece que estamos no Capão Redondo interagindo com os personagens tão reais criados pelo autor.
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Patricia 05/01/2021

Personagens rasos, narrativa confusa, falta de domínio da escrita, número excessivo de advérbios e misoginia galopante fazem com que esse seja um dos piores livros que eu já li. Poderia ser uma crítica social interessante, mas passou longe disso. A quebrada merece um relato melhor.

O pior é que eu ganhei DOIS livros desse autor. Já estou me benzendo para encarar o segundo e me ver logo livre dessa árdua tarefa.
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Perigor 01/11/2020

São Paulo, Zona Sul
Tem resenha no IGTV do meu perfil no instagram @_perigor_

site: https://www.instagram.com/tv/CFUbw0VhaLQ/?utm_source=ig_web_copy_link
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Lucas.Marques 22/05/2020

Não gostei!
A gente torce tanto para o Rael e acontecesse aquilo... Voltei a página 3 vezes que entender se aquilo era verdade. Decepcionado
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jules salazar 09/05/2020

Ferréz é cirúrgico numa narrativa brusca que retrata uma realidade ainda mais brusca. Os cortes das cenas e a velocidade em que acontecem mortes e mais mortes, sem tempo para senti-las ou velá-las é o retrato fiel de um Capão dos anos 90 que muito ouvi nas histórias de família.
Não há tempo a perder, pois a periferia já começa atrasada na corrida por uma vida digna. Muitos embarcam, poucos descem no ponto final. As histórias cruzadas dessas crianças, adolescentes e adultos são histórias de vizinhos, conhecidos, amigos. Doído é ver quanto tempo se passou desde que essa obra foi escrita, ler os relatos ao final, e perceber que chegamos em um 2020 pior do que poderíamos imaginar que seria - especialmente em meio a uma pandemia, na qual já se sabe quem mais sofre: a galera que nem entra pra estatística porque não teve nem exame pra fazer e identificar a causa da morte.
Narrativa brusca, dura, sincera e necessária. Ferréz fez muito bem em apostar na literatura marginal, mesmo onde "ninguém lê". Eu leio, Ferréz. Obrigada.
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Tainá 23/03/2020

Literatura Marginal
Uma leitura interessante, meu primeiro contato com o autor e com esse nicho da literatura marginal. Fiquei curiosa para ler outras coisas do autor.
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Daniela Kawanaka 22/05/2019

Para conhecer mais
Eu, que sempre gostei de racionais, pude ler de forma mais ampla, os versos que mano Brown canta. A história gera um misto de perplexidade e tristeza, pq eu fecho o livro, mas a história continua rolando, com vidas, fora do papel. A literaturamarginal me trouxe o ferréz e com certeza outros virão. Capão para mim era Brown. Capão hoje é também ferréz e seus personagens da vida real . Uma atenção especial ao posfácio que li, duas vezes.
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