O sorriso do lagarto

O sorriso do lagarto João Ubaldo Ribeiro




Resenhas - O Sorriso do Lagarto


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Consuelo 29/04/2024

Quem pode? Quem manda?
Dentre as várias e interessantes pautas discorridas ao longo do ?novelão?, o apanhado geral que me ocorreu, não sem tristeza, é que a oposição ao Mal é uma luta empreendida pelos que acreditam na vida, mas, sem equiparação de forças com aqueles que detém o poder, o sacrifício individual pode ser o único resultado inutilmente alcançado.
Editando para acrescentar que apesar da minha resenha amarga, a história é fácil e gostosa de ler, e tem muito humor e erotismo.
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Carol 01/04/2024

Me surpreendi demais com esse livro, comprei despretensiosamente num sebo, sem nunca ter lido este autor ou ouvido falar sobre e amei. Devorei o livro, é uma leitura que prende e faz uma critica muito boa sobre nossa sociedade envolvendo padre, políticos, alta sociedade brasileira e um peixeiro/biólogo que acaba no meio de tudo isso. Além de ter toda uma história envolvendo a criação de híbridos humanos num hospital que desafia a ética médica e moral da humanidade.
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Isaqsf 22/03/2024

Bem, é um livro incrível, que traz um equilíbrio voraz, entre as concepções socioculturais, o erotismo, a sagacidade, e os velhos costumes da aristocracia brasileira.

Te prenderá do começo ao fim, sensacional!
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Rodrigo 09/01/2024

Leitura interessante
João Ubaldo é um interessante escritor brasileiro. Neste livro há um série de personagens complexos em cujo interior, nas suas mentes, o escritor pinta paisagens profundas. Ao mesmo tempo há as complexas tramas das relações humanas, discussões sobre ciência, poder e política. Tudo misturado com o tempero nordestino. Leitura bem interessante.
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Beatriz 09/07/2023

Uma leitura envolvente!
A narrativa de João Ubaldo Ribeiro tem esse poder, mesmo com seus personagens muitas vezes detestáveis, ele nos deixa mergulhados na trama, totalmente absortos. É um dom inegável.
A história é interessante, com traços de uma podre elite brasileira, racista, preconceituosa, descarada, problemática e hipócrita. A trama de ficção científica é bem bacana, mas eu fiquei bastante decepcionada com o final. Confesso que queria uma virada diferente, mas sei que talvez seja até mais verossímil que tenha terminado do jeito que foi.
Apesar disso eu gostei muito, devorei o livro, ri, me diverti, fiquei tensa, senti raiva... Ele nos entretém e faz pensar. É uma viagem completa e, apesar de ficar frustrada com o desfecho, acho que vale a pena e indico a leitura.
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Filino 01/06/2023

Um livro que tem de tudo e mais um pouco
O título é uma boa pista do que se encontra nessas páginas: situações que parecem surreais (ou sobrenaturais), paixões mundanas (de todo jeito: confessadas, fracassadas e escondidas), reflexões sobre a (in)existência da alma nos mais diversos seres vivos, discussões sobre Deus etc. É uma mistura disso tudo. Mas isso não causa confusão alguma no leitor, pelo contrário. João Ubaldo Ribeiro tece uma história muitíssimo bem escrita, com personagens complexos e tramas riquíssimas. E deliciosa de ser lida.
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Otávio - @vendavaldelivros 29/12/2022

“À merda com essa gente, o que é que eles sabem? Ninguém sabe nada, ninguém estuda, ninguém pensa, todo mundo se compraz em repetir as besteiras que mais satisfazem suas neuroses e inseguranças.”

Se tem uma tecla que sempre bato é como João Ubaldo Ribeiro é subvalorizado atualmente. Desde “Viva o povo brasileiro” que se tornou um dos meus livros favoritos da vida, eu fico impressionado como não colocamos esse autor em um merecido lugar de destaque de nossa literatura. A cada livro que leio dele, essa certeza fica mais forte.

Publicado em 1989, “O Sorriso do Lagarto” é uma obra do baiano João Ubaldo que navega por temas extremamente distintos entre si, mas cai em uma novelão delicioso, típico do Brasil, que prende pelo ritmo e pelo enredo. A obra, que como muitas do autor se passa em Itaparica, vai mostrar a vida de João Pedroso, um biólogo que resolveu se afastar do meio acadêmico e viver como pescador na ilha. Ali, ele se encanta e se envolve com Ana Clara, casada com o médico rico e influente Ângelo Marcos.

Toda a cara de novela, né? Não à toa a obra foi adaptada como série pela Globo no começo dos anos 90. Mas o livro tem camadas profundas de críticas sociais, traço marcante do autor. Mostrando um recorte do final dos anos 80, João Ubaldo evidencia o racismo estrutural existente no Brasil, a desigualdade social que desumaniza os pobres aos olhos dos ricos, a já clara falta de preocupação com o meio ambiente e a intolerância religiosa com tudo que fuja do padrão cristão.

Junta-se a isso um pouco de suspense, erotismo (sempre muito presente nas suas obras) e de ficção científica (com trechos bem embasados, importante ressaltar), e o caldeirão de sabores que poderia sair estragado se transforma em uma obra difícil de largar, que tem todo o tempero de Brasil, suas idiossincrasias e suas personalidades tão marcantes, carregando temas tão importantes sem pedantismo. João Ubaldo era mestre em mostrar o Brasil como ele de fato é, em um retrato de amor, paixão, ódio e ignorância.
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Radamila 28/09/2022

Tava indo tão bem...
Final triste.
A história segue uma sequência lógica, mas um pouco arrastada em alguns pontos. Não leria de novo.
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Mauricio186 23/05/2022

Balzaquiano
Não consegui fugir desse adjetivo, "balzaquiano", para o personagem mais espaçoso do romance, um certo Ângelo Marco. Digamos que ele protagoniza a linha secundária da narrativa, que, no entanto, ocupa de longe a maior parte do livro. O cara é a personificação do cinismo social, em todas as suas aplicações e possibilidades - numa verdadeira comédia humana. Chega a ser intrigante tentar entender o porquê de sua novela familiar ter ganho tanto relevo no livro (é, certamente, a parte 'fraca' da trama, apesar do interesse do Autor em retratá-la).
Há, de fato, um lagarto sorridente na história, mas o bicho aparece tão escassamente que só pode ser interpretado como uma metáfora, e o desfecho não chega a ser brilhante. O resultado final ainda é um bom livro, sobretudo o núcleo central da trama, original e curiosamente tratado de forma ligeira ao longo dos capítulos. A grande qualidade narrativa de Ribeiro também ajuda a manter a leitura interessante - sua narrativa é de alto nível.
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Fernando1355 21/05/2022

O sorriso
João Ubaldo Ribeiro mistura perfeitamente o sensual, o desejo e a ficção nessa obra. Os segredos são viciantes e nos fazem questionar sobre quanto sabemos sobre nós mesmos, o que é real e o que fingimos ser.
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Emiusom 29/03/2022minha estante
Vish. Faz tempo que li esse. Vou tentar reler em breve




Mauricio.Carvalho 08/02/2022

Por que sorri o lagarto?
Um panorama da elite econômica e política do Brasil no final dos anos oitenta início dos anos noventa.
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millena mariqui 19/12/2021

demorei muito pra ler, mas não pq eu não estava gostando, mas pq foi difícil conciliar as leituras por prazer com os estudos da faculdade.

Apesar disso, consegui terminar e fiquei muito impactada. Acho que o fato de eu me ver como uma pessoa muito cética, no mesmo patamar do dr. Nemesio, me assustou um pouco. Até que ponto o ceticismo é só mais uma forma de ser pessimista e aceitar o mal? Sei lá kkkkk entrei nessa brisa principalmente pq ultimamente tenho tentado me encontrar espiritualmente. Muito bom o livro.
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Alê | @alexandrejjr 28/02/2021

O mal maiúsculo

A literatura é um refúgio. E gosto de acreditar que posso me perder nela, principalmente quando a obra é de um escritor que está entre os meus favoritos. Lançado em 1989, no auge da produção ubaldiana, “O sorriso do lagarto” aparece logo após “Viva o povo brasileiro”, clássico absoluto da nossa literatura - se não for o livro mais importante que temos.

Ubaldo escreve como ninguém. Dotado de um estilo elegante que dá vida à expressão “erudito popular”, o escritor mostra neste livro que contar histórias é mesmo uma arte. Partindo de seu microcosmo preferido, a ilha de Itaparica, na Bahia, conhecemos aos poucos cada uma das personagens. É indescritível a habilidade com a qual Ubaldo consegue fazer diálogos, pois são tão reais que esquecemos que as frases foram tiradas da cabeça de alguém. E os tipos são tão brasileiros que é impossível não se identificar logo nas primeiras páginas.

Um peixeiro biólogo (ou um biólogo peixeiro?), um político corrupto com um passado escondido, uma socialite com aspirações de escritora erótica, um pai de santo, um padre e um médico com atividades pouco transparentes compõem o grupo principal da narrativa. Retratos de uma burguesia burra, racista e imoral, regada a muito sexo (ou seria sacanagem?), drogas e violência. E nisso tudo um Brasil que enxerga a si mesmo no espelho, do Mal que nos rodeia, esse com o “m” maiúsculo. Isso é João Ubaldo Ribeiro. Isso é “O sorriso do lagarto”.

Como se não bastasse, ainda nos deparamos com discussões sobre fé, paixão, e bioética, com ênfase nos experimentos genéticos. É interessante imaginar que Dolly, a ovelhinha que foi o primeiro mamífero clonado do mundo, só viria a acontecer em 1996, portanto, Ubaldo traz suas preocupações acerca do tema sete anos antes do homem brincar de Deus.

“O sorriso do lagarto” é tão estupendo que virou “minissérie” da Rede Globo dois anos depois do seu lançamento, em 1991. E mesmo tendo em seu elenco atores como Raul Cortez, Tony Ramos e Maitê Proença vivendo os papéis principais, não é preciso dizer que o livro é muito superior. Quem quiser tirar a prova, pode ir conferir no YouTube os 52 - sim, você não leu errado - episódios da tentativa de adaptação. Mas isso é outra história.

Neste quarto livro lido de Ubaldo percebi que, além da incomparável ironia presente em suas histórias, gosto demais dos flertes que ele faz com o fantástico e a lucidez com a qual trata das crenças, lembrando, de certa forma, o português José Saramago. João Ubaldo fazia muito mais do que literatura, por isso não se trata de uma simples leitura. Mas isso vocês só vão descobrir lendo, certo?
Carolina.Gomes 01/03/2021minha estante
Nossa!! Preciso reler. Não lembro de mais nada.


Alê | @alexandrejjr 01/03/2021minha estante
Vale uma releitura, Carolina. O romance é bem novelesco mesmo, algo que eu até não ressaltei nos meus comentários, mas é muito bem feito.




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