Naiara 18/02/2024
Para mim ficou bem claro nesse primeiro livro que leio de Clarice o quanto ela era genial em sua escrita, isso mostra o que é um real escritor.
Com as palavras se cria qualquer mundo, qualquer sentimento, absolutamente qualquer coisa, porem nao basta criar, tem que estabelecer laços com o leitor para que suas palavras o toquem de alguma forma, que suas frases e sentidos entrem em contato com o ser profundo que tenta criar elos com a pessoa de la que escreve e a pessoa de ca que le..
Clarice começa o livro de forma muito interessante e a cada avanço os jogos de palavras vao aumentanto, começa por usar simbologias do tipo chamar o ceu de passaro azul por exemplo, que ao meu ver ficou parecendo bem inteligente da forma que foi usado ja que nao colocou como uma forma metida de chamar o ceu, foi um jogo de palavras muito bem usada para se referir de dois assuntos ao mesmo tempo e criar pontes no assunto..
Vamos lendo e entendo o raciocinio, que ao meu ver deve ter sido escrito sem pausas, nao sei como, porque nao vi cortes na logica e tudo se conecta de uma forma de perder o folego..
É assim que um escritor pensa, em fluxos e se souber seguir todos os pensamentos escritos, no final tudo que ela usou como jogo de palavras e simbologias vao estar la te esperando, isso é um universo fantastico.
Me faz pensar naquelas brincadeiras que fazemos com amigos, coisinhas que so a gente entende e pode ser dito na frente de qualquer um porque é so nosso.. ela vai criando elos e quando chega no final, ela pode simplesmente falar passaro azul, topazzio e outras coisas soltas e nosso cerebro faz todo o trabalho de mostrar que ele elo foi criado entendendo tudo como se fosse algo so nosso, como se ela estivesse de alguma forma certa que ela la como escritora existe e nos aqui tambem, ou nao...
so sei que, escritores bons de verdade, com conteudo, merecem ter seu lugar e aqui vai ser o primeiro de muitos.