O Segredo de Heap House

O Segredo de Heap House Edward Carey




Resenhas - O Segredo de Heap House


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Uvaverde 27/07/2020

Estranhamente perfeito!
Esse foi o livro mais estranho que já li! Estranho, diferente, bem melancólico, com um ritmo acelerado, e, acima de tudo, incrível!

Tudo na história está interligado. Tudo.

Tem um capítulo que se chama "As coisas não são o que parecem", e, realmente! Fiquei muito, muito surpresa com o "final"!!
"Final" porque há continuação em mais dois livros porém não foram traduzidos... :(

Se você quer ter uma ideia sobre o que é a Heap House, tem um trecho no livro que é assim (narrado pelo personagem principal, Clod Iremonger) :
... "Vi finalmente que Heap House, nossa mansão, fora construída não com tijolos e argamassa, mas com frio e dor. Aquele palácio era feito de maldade, de pensamentos negros, de dores e gritos e suor e saliva. As lágrimas de outras pessoas estavam impressas no papel que recobria nossas paredes." ...

Amei o livro!
Ana Clara 29/07/2020minha estante
Parece ser bom!! :D


Uvaverde 29/07/2020minha estante
É muito bom, me surpreendeu!


Ana Clara 29/07/2020minha estante
Hehehe \(^-^)/




lu!za 21/08/2021

O Segredo de Heap House
Uma história única, digna de adaptação.
Com personagens exóticos e bem desenvolvidos, os dois protagonistas são amáveis e tem um bom amadurecimento.
Gostei bastante do universo e é diferente de qualquer livro que já li, melancólico, bizarro e fascinante.
Achei a escrita muito gostosinha me fez querer ler mais livros do autor. A história é coerente do início ao fim, bem amarradinha.
Leiam esse livro.

"As pessoas são peculiares. E as pessoas com dinheiro têm a liberdade de ser tão peculiares quanto quiserem."
Andressa Menezes 21/08/2021minha estante
O seu comentário me instigou a querer ler, já vou procurar o ebook. Obrigada!


lu!za 21/08/2021minha estante
aaaaa obrigada eu ?




penapensante 12/05/2017

Excelente!
A originalidade é uma característica marcante no livro O Segredo de Heap House. A mescla de mistério e insanidade num contexto fantasioso é a chave para prender a atenção do leitor, fazendo-o devorar suas quase quatrocentas páginas em poucos dias. Há também um jogo psicológico e emocional bem forte que contribui para a formação do desconhecido universo escrito e ilustrado por Edward Carey!

Acesse Pena Pensante e leia a resenha completa.

site: www.penapensante.com.br
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 03/06/2017

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
A história se passa numa Londres do século dezenove. Longe da cidade, ficava Heap House, a mansão da família Iremonger, uma família que ficou rica com o que os outros jogavam no lixo. A própria mansão foi construída com pedaços de outras casas, que os Iremonger iam adquirindo. E do lixo descartado pela cidade, eles retiravam objetos que poderiam ser reaproveitados. Era tanto lixo, que a casa ficou no meio de um enorme lixão. Pelo ramo com que trabalhavam, os Iremonger foram meio que excluídos do restante da sociedade. Em parte para manter sua "linhagem pura", passaram a se casar entre si, primos com primos.

Os pais do adolescente Clod eram primos Iremonger, e haviam morrido. O garoto era meio adoentado e de porte físico frágil, mas tinha um dom: ele podia ouvir os nomes que os objetos diziam! Acontece que cada Iremonger ganhava um objeto ao nascer, podia ser uma maçaneta, um sapato, ou até mesmo uma lareira; era algo que, de certa forma, simbolizava o destino e o jeito de ser daquele Iremonger. O objeto de Clod era um tampão de banheira. E num lugar cheio de objetos, ver quais falavam seus nomes e quais não, podia ser de grande serventia.

"Sem dúvida, aquele era um lugar peculiar, cheio de comportamentos peculiares, mas pouco importa, pensei: as pessoas são peculiares." (página 82)

Lucy Pennant era uma garota ruiva que também perdeu os pais para uma estranha doença. Após ficar órfã, ela foi buscada no orfanato por um Iremonger, que dizia que um de seus pais pertencia à família mas havia escolhido se casar e viver fora de Heap House. Sendo assim, ela foi levada para trabalhar na mansão, um futuro melhor do que teria no orfanato, mesmo que os funcionários da casa fossem ainda mais estranhos que os patrões.

"- É - disse a garota - sujeira da cidade, de Londres. Recolhida de carroças e caçambas de lixo e massada nas cozinhas. Uma colherada toda noite.
- Sério, o que é isso?
- Sujeira da cidade - repetiu a garota, ofendida -, o que eu disse.
Essa garota, pensei, não é minha amiga; enganar uma pessoa recém-chegada, uma presa fácil, isso não tem graça. De qualquer maneira, eu não ia comer aquela gororoba." (página 82)

Só que Heap House estava vivendo um momento difícil, pois uma maçaneta, o objeto de nascença de uma das tias de Clod, havia desaparecido. E para um Iremonger ficar longe de seu objeto de nascença era uma grande tragédia! Será que Clod conseguiria ouvir o chamado da maçaneta? Ou seria Lucy que a encontraria durante o trabalho? O fato é que, quando os dois se encontrassem, acabariam descobrindo o segredo de Heap House, com seus excêntricos Iremonger e seus objetos falantes.

"Tudo começou com a maçaneta, talvez terminasse com ela também." (página 205)

"Uma encantadora mistura de Charles Dickens com Lemony Snicket." Essa frase bastou para que eu me interessasse em ler o livro, ainda mais com essa capa meio sombria e a menção a um segredo no título. E quando eu comecei a ler, encontrei uma história daquelas que prendem o leitor aos poucos, e que proporcionam uma leitura super fluida. E quando chegamos aos segredo propriamente dito, aí eu não tinha vontade de largar o livro. É algo tão fantástico e tão interessante, que vocês tem que ler!

Tem muitos personagens na trama, e demoramos um pouco para identificarmos cada um, mas chega o momento onde todos tem seu destaque e onde os diversos pequenos mistérios que foram surgindo ao longo do capítulo vão sendo revelados. E a história fica ainda mais encantadora. Clod, Lucy, a casa, tudo é muito mais do que parece!

O final é daqueles de cair o queixo! É relativamente fechado, mas nos deixa com uma vontade enorme de ler logo os próximos volumes e imaginando o que mais o autor pode aprontar. Super recomendo a leitura, especialmente se você gosta de uma trama que pende para o lado da fantasia, uma leitura daquelas que nos transportam para um outro lugar e uma outra época, graças à facilidade com que podemos imaginar cada cena, um livro que vai te divertir e também fazer com que você fique com coração na mão, torcendo pelos personagens.

Sobre a edição da Bertrand: a revisão precisava estar melhor, a capa é bem condizente com a trama, as páginas são amareladas e a diagramação tem letras, margens e espaçamento de bom tamanho. O grande destaque da edição são as ilustrações, presentes no início de cada capítulo.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2017/06/resenha-livro-o-segredo-de-heap-house.html
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@retratodaleitora 04/06/2017

Trama envolvente e personagens marcantes!
Neste livro de pegada sombria conhecemos os integrantes da família Iremonger, a família mais respeitada (pelo menos entre eles) e mais rica de toda a Londres, que vive em uma grande casa feita de pedaços de outras construções. Um verdadeiro castelo mal-ajambrado no meio de um mar de entulho, uma imensidão de lixo. Eles não se misturam com as outras pessoas, e casam entre eles. É uma grande família; enorme, na verdade, e os de linhagem mais distante são serviçais na casa.

Conhecemos a história dessa família pelo ponto de vista em primeira pessoa de Clod Iremonger, O Menino Adoentado, que nunca teve tranquilidade na vida, pois ele consegue ouvir os objetos. Todos os integrantes da família recebem um objeto pessoal, um objeto de nascença, e ficam com eles até o fim da vida, é regra. O de Clod é um tampão universal, que cabe na maioria dos ralos de pia, e se apresenta como James Henry Hayward. Pois é isso que Clod ouve, o nome dos objetos.

"Aqueles apêndices de carne nas laterais da minha cabeça faziam coisas demais; aqueles dois buracos pelos quais os sons entravam viviam assoberbados. Eu escutava coisas quando não devia."

Seus familiares acham que ele é maluco, e que não vai durar muito; e, por ser tão diferente, ele é motivo de piadas e alvo da ira de seus tios e primos.

Mas a aventura tem início quando a tia Rosamud perde ser objeto de nascença, uma maçaneta de latão, e de uma hora para outra aquela casa enorme vira uma bagunça para encontrá-la, para que Rosamud possa sossegar. Mas o segredo que envolve esse sumiço é maior e mais assustador do que eles pensam.

E aí chega uma nova narradora, a órfã Lucy Pennant, que um belo dia é tirada do abrigo e se vê livre do destino triste e fedido de trabalhar no lixão para servir aos Iremonger, pois se descobre que ela tem algum parente com aquele sangue, mesmo que muito, muito distante. Então ela é salva do lixão, para ser jogada em um covil de loucos. De repente, ela não sabe o que é pior.

"Tenho cabelos ruivos e grossos e um rosto redondo e um nariz arrebitado. Meus olhos são verdes e mosqueados , mas esse não é o único lugar em que tenho pintas. Todo meu corpo é sarapintado. Tenho sardas, sinais, manchas e um ou dois calos nos pés. Meus dentes não são lá muito brancos. Um dente é torto. Estou sendo sincera. (...) Meu nome é Lucy Pennant. Esta é a minha história."

O sensível e amedrontado Clod e a teimosa Lucy Pennant então se conhecem e, mesmo naquele cenário horrível, uma improvável amizade tem início.



Logo na capa do livro tem um comentário que diz assim: "Uma encantadora mistura de Charles Dickens com Lemony Snicket." Comentário que, somado a essa capa maravilhosa, deixa o leitor querendo querendo saber mais. E a história não decepciona! O livro se passa no século 19, em uma Londres da imaginação do autor. Toda a trama foi muito bem desenvolvida, assim como os personagens, diálogos e ambientação. Isso sem falar, claro, das ilustrações, feitas pelo próprio autor.

E como são ricas as ilustrações! O leitor é presenteado com a ilustração de cada personagem, e o autor dá bastante ênfase às características mais marcantes de cada um, deixando transparecer um pouco a personalidade dos mesmos.

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Essa foi uma leitura muito, muito instigante. Me vi totalmente envolvida pelos protagonistas e seus dramas, torcendo muito por eles. Se me visse obrigada a escolher apenas uma palavra para definir essa leitura seria cativante, E, não, não o vejo como um livro infantil.

Não vejo uma criança de 6/7 anos lendo e entendendo o livro. Tem palavras aqui mais difíceis, além de algumas sacadas um pouco mais adultas e diálogos que precisam ser decifrados. Não é uma leitura rápida, e não é um livro que eu recomendo para crianças com menos de 12 anos. Mas, a partir dessa idade, acho que pode sim ser uma boa pedida, principalmente se tiver lido Desventuras em Série antes, pois essa pode ser considerada uma versão mais intrincada dos livros de Lemony Snicket.

A edição é muito bonita e não encontrei erros de revisão. As páginas são amareladas e todas as ilustrações em preto e branco.

Leitura recomendadíssima! E, como esse é o primeiro de uma trilogia e ele termina em um momento bem tenso, estou roendo as unhas pela continuação!

Resenha com fotos da edição lá no blog:

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2017/06/o-segredo-de-heap-house-de-edward-carey.html
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Bruno1041 06/06/2017

[Resenha] Crônicas da Família Iremonger - O Segredo de Heap House
O SEGREDO DE HEAP HOUSE conta a história do jovem Clod que vive num local chamado por todos os seus habitantes de Cúmulos. É nesse lugar que toda a sujeira da grande Londres é reunida, reciclada e reutilizada pela família Iremonger que se estabeleceu no Cúmulos há gerações. Eles vivem para transformar a sujeira em objetos úteis para si.
A história do jovem Clod e de todos ao seu redor é instigante devido a todo Iremonger ser distinto um do outro, eles possuem personalidades próprias, caráter, opiniões divergentes e sentimentos conflitantes. Mas há um fato comum entre todos os Iremonger homens: o desejo inflamado de vestir calças cumpridas para se tornar um Iremonger adulto e finalmente ser respeitado.
Heap House funciona mais como uma escola familiar do que uma casa onde todo jovem é disciplinado e guiado a entender qual posto deve tomar no futuro na hierarquia Iremonger. Fazendo uma ponte com a nossa realidade a obra vem para nos chocar com o quanto a sociedade nos força a criar caminhos, tomar atitudes, escolher papéis na massa social.
Gostei bastante de ver toda a construção do histórico familiar Iremonger, a divisão entre sangue-puros e mestiços; assim como em qual momento os objetos de nascença passaram a existir e como se deve essa distribuição no momento do nascimento de um bebê Iremonger. Em um cenário limitado, Edward Carey consegue expandir bastante nossa visão já que praticamente todas as cenas se passam dentro da enorme Heap House e seus infindáveis corredores sendo reservado pequenas doses da paisagem externa da mansão.
Seria exagero da minha parte dizer que me apeguei aos personagens, mas me vi torcendo para que Clod e Lucy Pennant ficassem juntos e olha que não sou de curtir romance em livros de aventura. A cada cena de tensão me deixava aflito com o futuro dos personagens, não conseguia prever se iriam se machucar ou sofrer penalidades.
Heap House pode ser longe de Londres, mas que ela por si só é uma pequena cidade isso é se considerarmos a hierarquia vigente e o grau de comprometimento e subordinação que os Iremonger tem com os seus afazeres.
A critica que o autor levanta ao retratar os Cúmulos como um sistema completamente totalitário e rígido é chocante. Me remeteu instantaneamente a revolução industrial onde a procura por mão-de-obra barata e não-pensante era a ideal para se evoluir. Isso é presente do começo ao fim nesse primeiro livro das CRÔNICAS DA FAMÍLIA IREMONGER.
Com narrativa em primeira pessoa sobre os pontos de vista de Clod e Lucy, a obra nos agracia com o surgimento do amor juvenil e o quanto ele pode ser forte ao se cochar contra barreiras.
Mesmo sendo uma obra para o público infanto-juvenil pude relembrar lições valiosas como nunca passar por cima de ninguém e muito menos desacreditar nos meus sonhos.
A narrativa em primeira pessoa me surpreendeu visto que os protagonistas são tão diferentes e frequentam lugares tão ricos em detalhes. Me peguei imaginando os cômodos da mansão e se tudo podia caber nessa junção de casas chamada Heap House.
A escrita do Edward Carey segue fluída do início ao fim, os cenários se apresentaram de uma maneira que estimulou bastante a minha mente a tentar visualizar tudo nos mínimos detalhes.
Se o enredo é bom? Só pelo fato dos objetos de nascença esconderem um tremendo segredo e Clod ouvi-los me foi material suficiente pelicular para devorar toda a obra e confirmar o quanto o autor tem de criatividade para criar histórias bizarras e instigantes. É claro que é bom! Com certeza Edward Carey está no caminho certo para se tornar um autor conhecido pelos quatro cantos da terra.
A capa da obra é bastante medonha e melancólica, traduzindo perfeitamente o que muitos Iremongers parecem sentir no decorrer das 384 páginas que compõem esse livro.
Os capítulos são relativamente curtos se considerarmos a fonte das letras que são grandes e agradáveis aos olhos. As folhas amareladas combinam de maneira espetacular com as ilustrações feitas pelo próprio autor em cada começo de capítulo que vale ressaltar: SÃO BIZARRAS.
Recomendo a obra para todo aquele que adora um bom mistério, que procura críticas construtivas em enredos juvenis e que torce por finais felizes... Ou pelo menos algo equivalente.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2017/06/resenha-cronicas-da-familia-iremonger-o.html
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Karini.Couto 24/06/2017

Em Crônicas da família IREMONGER iremos conhecer toda uma família que pode ser considerada um tanto quanto sombria por muitos, mas além disso muito rica e respeitada em Londres. A peculiaridade de tudo que envolve a família vem desde o lar deles chamado de Cúmulos, uma espécie de castelo do "horror", na verdade uma casa feita a partir de reciclagem, utilizando pedaços de outras construções e tornando útil tudo aquilo considerado lixo pela maioria. Além disso essa família é um tanto quanto isolada, não se envolvem com outras pessoas nos arredores e acabam se casando entre si, mantendo "tudo em família". A família é bem vasta e aqueles de uma linhagem mais distante são os empregados no em Heap House. Os Iremonger são bem peculiares, eles são únicos; uma das coisas que aproximam os homens da família com um objetivo em comum é o desejo de "crescer" e "ser respeitado" isso inclui algo como vestir calças! (quem ler irá entender).


"Ele vive nos Cúmulos, um vasto mar de itens perdidos e descartados coletados em Londres. No centro dos Cúmulos está Heap House, um quebra-cabeça de casas, castelos, cômodos e mistérios recuperados da cidade e transformados em um labirinto vivo de escadas e criaturas rastejantes".



Neste volume conhecemos principalmente Cloud um menino bem estranho, talvez até mais que o normal, mesmo para sua família.. e a história em questão é narrada pelo ponto de vista dele. Um jovenzinho sempre doente, aparentemente louco ou coisa parecida, pois ele escuta os objetos. Como assim? Bom, todos dessa família ganham um objeto que os acompanha até o seu fim. Só que Cloud pode ouvir o nome do seu objeto e percebe-lo como ninguém poderia. (algo para vocês entenderem quando for ler, se não perde a graça).


Todos de sua família acreditam que Cloud está condenado, é pirado ou algo do gênero.. Ele é aquele de quem todos riem e também motivo de "vergonha" por assim dizer e até raiva.

Quando sua tia Rosamud perde seu objeto de nascença, quem vocês acham que irão encontrá-lo? E o mistério por trás desse desaparecimento é bem intrigante e até pavoroso.


Em dado momento temos também o ponto de vista de Lucy que sai do lixão e passa a fazer parte da família mais estranha que já teve conhecimento. E isso é apenas o começo de tudo!


Lucy e Cloud passam a ser amigos e muitas coisas estão por vir disso.


A história é peculiar e encantadora. Possui um ritmo fluído e os personagens encantam em toda sua essência, mesmo os que não são tão agradáveis! Afinal eu também curto os antagonistas, por assim dizer. O livro é incrível com suas ilustrações bem traçadas e coerentes com a história que elucidam a leitura de maneira muito realista.


Não se enganem por título ou capa.. Essa foi uma das melhores leitores que tive o prazer de ter em mãos esse ano!
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Cheiro de Livro 29/06/2017

O Segredo de Heap House
Eu sou aquela pessoa tão fã de Desventuras em Série que se você me indicar um livro dizendo que lembra vagamente o trabalho de Lemony Snicket eu já tô lendo dentro da livraria, e foi isso que me atraiu em “O Segredo de Heap House”. Não precisei nem ler a sinopse, quando vi na capa a frase: “Uma encantadora mistura de Charles Dickens com Lemony Snicket”, não pude resistir. O romance de Edward Carey não decepcionou. Misterioso, original e com um toque de bizarro, O Segredo de Heap House lembra sim um tanto as histórias dos irmãos Baudelaire, e as ilustrações do autor parecem prontas para estrelar um filme de Tim Burton. Daqueles em que uma surpresa te aguarda em cada página, a história é muito original e fluída, daquelas que você começa sem sentir e termina querendo mais.

No livro acompanhamos a história de Clod, um jovem rapaz de 15 anos que vive nos “Cúmulos”, um lugar bastante distante de Londres, onde diversos objetos são descartados. Clod faz parte de uma família muito rica chamada Iremonger, e mora com ela na “Heap House”, um aglomerado de construções e cômodos que formam um castelo meio bizarro, repleto de objetos inúteis e artefatos despejados, cercado por um enorme labirinto de lixo. Nesta mansão todos os moradores recebem um objeto ao nascer, e pode ser qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo. Clod ganha um tampão de ralos, que usa como se fosse um relógio de bolso. Até aí tudo dentro da normalidade de ser um Iremonger, o que é “estranho” é que Cloud consegue ouvir os objetos de todos e eles estão falando uns nomes, algo que ele não entende. Guardar um tampão de ralos no bolso, ok, mas daí a ele começar a falar, aí já passou dos limites.

E por falar em limites, Heap House é uma construção é tão complexa, confusa e até perigosa, que quem tenta sair de Heap House pelos Cúmulos invariavelmente morre. A única forma de se chegar ou sair é pelo trem do subsolo. E falando em subsolo, um dos aspectos mais importantes da construção é que ela é dividida em duas partes, aquela visível, na superfície, onde ficam os Iremongers “puros”, como Clod, e a parte encoberta, abaixo da terra, que é onde moram os Iremongers mestiços, que trabalham como serviçais de seus parentes “superiores”.

E é aí que entra outra personagem tão importante quanto Clod: Lucy Pennant. Lucy é uma menina órfã, parente distante dos Iremonger, que é levada para Heap House para servir seus familiares. As diferenças de tratamento são nítidas, uma parte da família é repleta de confortos, enquanto a outra não possui nem acesso a luz do Sol. De personalidade crítica e temperamento forte, Lucy não se contenta em ser só mais uma Iremonger serviçal, e ela e Clod serão peças chave para descobrirmos “O Segredo de Heap House”.

A narrativa, que é feita sempre em primeira pessoa, hora por Clod, hora por Lucy, e pontualmente por outros personagens, é cativante e bastante envolvente, apesar do tom sinistro. Vai evoluindo de uma apresentação deste mundo estranho para uma narrativa misteriosa e repleta de momentos de pura aventura. O final é daqueles realmente surpreendentes, que te deixam com vontade de sair correndo para comprar a próxima edição. O livro, que faz parte da trilogia “Crônicas da Família Iremonger”, é daqueles que conquista tanto, que dá vontade e reler enquanto o próximo não vem. Mais um para a lista dos “literatura para jovens é coisa de adultos sim”.

site: http://cheirodelivro.com/o-segredo-de-heap-house/
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Lê Golz 10/07/2017

Bizarro
O Segredo de Heap House, publicado pela Bertrand Brasil é o primeiro livro da trilogia Crônicas da Família Iremonger, de Edward Carey. Procurando sair um pouco da minha zona de conforto, fiquei curiosa para ler esse livro para lá de esquisito. Ainda mais depois de ler na capa que poderia lembrar de alguma forma as histórias de Charles Dickens.

Clod é um membro puro sangue da família Iremonger, que mora em Heap House, uma casa enorme construída com restos de outras casas e objetos. Heap House fica em um amontoado infinito de cúmulos, objetos perdidos e descartados - em outras palavras, um verdadeiro lixão. A casa é um verdadeiro labirinto de escadas, salas e pessoas esquisitas. Todos os membros da família Iremonger recebem ao nascer um objeto que devem carregar a vida toda, nutrindo por eles uma adoração estranha. O objeto de nascença de Clod é um tampão de banheira universal (perceba a esquisitice). A estabilidade do clima na casa e na vida de Clod começam a mudar quando os segredos de Heap House vêm à tona, e uma órfã rebelde, chamada Lucy Pennant, chega para trabalhar na casa.

A narrativa é alternada principalmente entre Clod e Lucy. A escrita de Carey é bem gostosa e fluída. Os primeiros capítulos podem até demorar um pouco para engrenar, pois é preciso entender um pouco do universo da casa para começar a entrar no clima da história. Confesso que me afeiçoei mais a narrativa de Lucy no início, pelo fato dela parecer a mais normal entre os personagens - o que me ajudou a me situar na história. Depois que os protagonistas me cativaram, já era, só desejava avançar cada vez mais as páginas.

Heap House é tão envolta em magia, que chega a ser cômico algumas situações. Para começar quem tem uma caixa de fósforo ou uma lareira de mármore como objeto de nascença? E quem é que escuta os objetos falarem? É claro, faz parte do universo fantasioso criado por Carey, mas também rende alguns momentos divertidos. E é justamente o elemento principal do livro, toda essa mistura do cômico com o bizarro, que torna o livro tão interessante e envolvente.

O desfecho nos deixa com um gostinho de quero mais e ansiosos para ler logo o segundo volume. Nos primeiros capítulos eu pensei: "Esse livro não é para mim", e acabei surpreendida e cativada pelos personagens. Não quero falar mais para não estragar a magia da leitura, mas acreditem, temos ainda uma pitadinha bem pequena de romance, que nos instiga a ler a continuação.

"O fantasma de um menino feio e de rosto abatido. Eu tinha certeza de que ele havia aparecido para me assombrar. Lá estava ele, parado no umbral da porta, um menino horrível com os cabelos repartidos no meio e olheiras fundas, uma boca muito larga e uma cabeça que parecia um pouco grande demais para seus ombros." (p. 125)

O segredo de Heap House é um misto de magia, bizarrice das grandes e personagens, que apesar de toda esquisitice, irá nos cativar por completo. E as ilustrações! A cada início de capítulo ainda temos a ilustração de algum personagem, para aguçar ainda mais nossa imaginação e admirar o talento de Carey. Simplesmente adorei!


site: https://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2017/07/resenha-o-segredo-de-heap-house.html
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Luciane.Gunji 11/07/2017

Quando escolhi O Segredo de Heap House, do escritor e novelista britânico Edward Carey, não sabia que estava embarcando apenas na primeira parte da história sobre a Família Iremonger, que vive na famosa Heap House. Além disso, também não imaginava que fosse chegar na última página e desejar tanto que a narrativa não tivesse acabado. Fui convencida e agora gostaria de explicar o porquê!

Primeiramente, o charme começa quando descobrimos que O Segredo de Heap House é uma obra ilustrada pelo próprio autor. Isso fez com que a minha imaginação fluísse bem mais do que em outras leituras com livros comuns. As narrativas estão concentradas em Clod, um dos Iremonger, e em Lucy Pennant, uma órfã recém-chegada na casa que é um verdadeiro labirinto de cômodos e escadas.

Outro ponto interessante é a analogia da história ao clássico Desventuras em Série, do escritor americano Lemony Snicket. Não exatamente o contexto, mas, sim, a semelhança na forma bizarra de contar as aventuras de duas crianças. Apesar de não ter lido a obra de Snicket – vi apenas o seriado da Netflix -, identifiquei muitas similaridades e, desde então, soube que eu iria me divertir muito.

A cada capítulo, os personagens são apresentados, inclusive os objetos. Em Heap House, cada habitante tem um objeto de nascença que condiz com a sua personalidade. Como se não bastasse, o menino Clod costuma ouvir vozes que ninguém mais é capaz de perceber, fazendo com que essa característica seja bastante trabalhada na história. Parece estranho, mas isso é só um pedaço das várias maluquices que você vai encontrar na família Iremonger.

A princípio, O Segredo de Heap House parece uma história para crianças. A verdade é que Carey consegue contar o dia a dia da família sem infantilizar a narrativa, mesmo se tratando de uma narrativa ficcional. A parte lúdica de Heap House é tão bem trabalhada que a impressão que fica é de que a obra é para todas as idades, apesar de nitidamente ser uma ficção para crianças e adolescentes.

site: https://pitacosculturais.com.br/2017/07/01/o-segredo-de-heap-house-carey-edward/
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Poesia na Alma 04/09/2017

aventura sinistra
Recentemente lançado pela Bertrand Brasil, O segredo de Heap House é uma fantasia juvenil que conta a história de uma mansão estranha, localizada sobre um mar de itens perdidos coletados na cidade de Londres. Esse local é chamado de Cúmulos, e estranhos e bizarros personagens convivem entre suas paredes divididos em duas categorias: os Iremonger puro-sangue e os Iremonger mestiços, que servem de criados para os puro-sangue, que habitam a parte superior de Heap House, enquanto para os mestiços sobram os subterrâneos.

saiba mais aqui - http://www.poesianaalma.com.br/2017/09/resenha-o-segredo-de-heap-house.html
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Angel Sakura 11/11/2017

Resenha do Blog Eu Insisto.com.br
Eu me apaixonei por esse livro ao olhar a capa, por favor olhem essa capa e vejam o quão maravilhosa ela é. Ela emana um ar sombrio e sinistro que me conquistou. Sim, eu sei que tenho probleminhas. Certo, então preciso deixar claro que pro meu gosto peculiar esse livro combinou bastante e já quero meu vestido gótico pra entrar no clima sombrio e macabro. Sério, esse livro foi uma deliciosa surpresa, espero que todos possam ler o mais rápido possível pra eu ter com quem conversar sobre ele.

“RECOLHEMOS E AMAMOS, COM GRANDE PAIXÃO, ENFERRUJADO E ESGARÇADO, FEDORENTO, FEIO, VENENOSO, INÚTIL, DESCARTADO. NÃO HÁ AMOR MAIOR DO QUE O DOS IREMONGER PELAS COISAS REJEITADAS.”

Esse livro nos apresenta Clod, nosso protagonista de 15 anos que mora afastado de Londres, na Cúmulos, local onde basicamente as pessoas jogam seus objetos, porém pra quem sabe ler é um lixão. Sabe a ironia? Ele faz parte da família Iremonger, que são basicamente muito ricos. A casa deles beira o gótico, bizarro, com um que de decoração do meu quarto (aglomerado de coisas que juntas formam uma estrutura de coisas sem sentido e que muitas vezes quase sempre servem pra nada além de fazer poeira), para sair dela só é possível com um trem do subsolo, se tentar pelo lixão/ labirinto você meio que morre. Duvido que eles recebam algum vendedor na porta deles, só pensando aqui hahaha. Dito isso precisamos saber que as pessoas desta família tem algumas peculiaridades, tipo quando nascem recebeu uma coisinha, essa coisa pode ser basicamente qualquer coisa, e eu falo sério no qualquer coisa mesmo. O nosso protagonista quando nasceu recebeu um extraordinário ultra moderno e funcional TAMPÃO DE RALOS. Super normal até agora, casa no lixão, estilo gótico não suave e objetos aleatórios, okay tô dentro até o momento.

"– Clodius Iremonger, preste bem atenção agora, muita concentração – disse o vovô, com uma voz gentil. – Não foi só o lixo que veio para Filching. Muitos dos pobres foram arrebanhados e trazidos para nós aqui, os malnutridos, os desventurados, os criminosos, os endividados, os estrangeiros, pessoas dessa laia, as piores de todas, cansadas e desgraçadas, bêbadas e gemedoras, gentinha que vasculha os cúmulos para nós, andando, triando e entregando. Os pobres, os desafortunados. Sempre existiram pobres e desafortunados."

[...] Para ler completa visite o blog Ei Insisto.

site: http://euinsisto.com.br/o-segredo-de-heap-house-cronicas-da-familia-iremonger-1-edward-carey/
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Eloisa 14/04/2020

De fato essa foi uma das histórias mais peculiares que eu já li! Adorei!
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Duda ^^ 18/04/2020

Leitura fácil e fluída
Clod Irimonger é um garoto que vive com toda sua família em uma mansão feita de pedaços de outros edifícios que fica bem no meio dos cúmulos (um tipo de lixão onde muitas tralhas são enviadas). Mas, um certo dia, algo começa a incomodar os cúmulos. Sua família possui uma peculiaridade, os objetos de nascença. O livro tem uma excelente diagramação e é sem dúvidas muito original. Eu simplesmente amei!
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Michelly 18/07/2020

Realmente uma história peculiar
Nos primeiros 30% achei que não ia gostar da história, achei um pouco arrastada com todos aqueles nomes próprios.
Depois me acostumei com a narrativa e comecei a gostar, ela e instigante e faz você querer saber o que vai acontecer na próxima narrativa.
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