Leonardo.Rodrigues 31/05/2022
É inovador e revolucionário? Nao, de forma alguma!
Uma opinião para esse livro é algo difícil de se fazer, pois, se formos considerar sua história em comparação com outras distopias jovens (como Jogos Vorazes, jovem mas com muita substância, e até mesmo Divergente, que ainda assim tem um que de original e de marcante), Dezesseis poderia ser considerada uma prima muito inferior dessas narrativas citadas: a história não tem originalidade nenhuma, as personagens são rasas e as motivações, mais rasas ainda. A Dahlia 16 aqui não se compara, de forma alguma, com a força Katniss Everdeen ou, ainda, com a dedicação talvez um pouco imprudente de Beatrice Prior. Da mesma forma, as outras personagens, em maior ou menor grau, não têm nenhuma profundidade. O par romântico da protagonista é um questionador genérico; os vilões da narrativa não têm substância.
Mas.
E existe um mas.
A leitura não me cansou, pois a narração da escritora e a rapidez com que as coisas acontecem (e talvez isso seja o cerne dos problemas desse livro) fazem com que, nas palavras de Isabela Boscov, aquela meia horinha em que estamos lendo, seja de certo prazer e conforto. Então, no fim das contas, criticar (no sentido de escrever uma crítica) esse livro encontra esses dois pontos: de um lado, o livro não tem nada ou quase nada de substância própria; de outro, porém, para quem quer uma história simples e água com açúcar, esse livro é uma boa escolha.
Enfim, feitas tais considerações, o consenso, no final, é de que é uma leitura agradável, mas absurdamente esquecivel.