spoiler visualizarLeo Vieira 01/10/2023
Bizarrices das Letras
Este livro apresenta inúmeros relatos e curiosidades sobre a história da literatura no Brasil. Começa com a carta de Pero Vaz de Caminha (que inclusive não era escrivão oficial) que foi apenas um pretexto para intencionalmente pedir ao Rei perdão ao seu genro (exilado em colônia portuguesa na África), que foi preso por roubar uma igreja e ferir um sacerdote em 1496. Caminha foi morto em um atentado, onde 300 árabes e indianos mataram 50 portugueses.
Na verdade, o escrivão oficial da frota era o Gonçalo Gil Barbosa e através de muitas Fontes oficiais e também não oficiais o Brasil não foi descoberto acidentalmente através dessa carta de relato atentado em Calicute quase três séculos depois que aí sim a carta de Caminha ganhou importância no século XV; já havia um mapa desenhado de Pero Vaz Bisagudo.
E nenhuma dessas cartas demonstrou o espanto com o novo território isso porque não há relato de caminho desviado por tempestade entre outras coisas; na verdade, a caravela se afastou sem que houvesse tempo forte. O livro fala também sobre José de Anchieta e o poema a Nossa Senhora em prol para resistir à tentação carnal que é o chamado o poema da virgem. Fala sobre Hans staden, e a estratégia que ele utilizou para não ser devorado pelos Tupinambás, onde ele se passou por francês que eram aliados dos Tupinambás porque na época os franceses estavam em guerra com os portugueses e ele também demonstrava muito medo no local e canibais não comem em medrosos, porque a carne fica contaminada com sentimentos e reações. Os índios também tinham superstições com chuvas, isso também ajudou bastante a ele fugir. E assim ele foi entregue a um navegador francês. Houve também no livro sobre o Padre António Vieira, jesuíta que defendia a escravidão africana criando teorias de que é baseado em filosofias medievais incentivadas pelo império português, onde a escravidão era necessária para que os negros encontrassem caminho para o céu por ser uma “raça amaldiçoada”. Segundo eles, a igreja pregava no século XVI que africanos eram descendentes de Cam, o filho amaldiçoado de Noé; então a escravidão era um cativeiro para um caminho de perdão das almas e justificando mais ainda isso, são Tomás de Aquino defendia que uns nascem para mandar e outros para obedecer, inspirado em Aristóteles. Para a igreja, regime era fundamental à manutenção da ordem do mundo, inclusive o padre pregava nas senzalas. O livro também aborda a história de Gregório de Matos, o boca do inferno e a história dele que após demissão de cargo público após recusar se tornar Padre ele se tornou um crítico ferrenho e muitos outros muitos satíricos se aproveitavam da lenda viva que ele era e utilizavam também o nome “Boca do Inferno”, sendo um guarda-chuva para todos os escritores satíricos do seu tempo. Daí todas as vozes saíram de sua boca. O livro fala também sobre Cláudio Manuel da Costa e a teoria de assassinato e não de suicídio; também sobre Marília de Dirceu onde na verdade, cada um foi para um lado não houve o final feliz aí depois o Museu dos Inconfidentes sepultou o lado a lado Tomás Antônio Gonzaga e Maria Dorotéia. Fala também sobre a influência agressiva de Napoleão para fuga dos portugueses para desenvolver o Brasil então muito do que aconteceu se deve a Napoleão e também as curiosidades aristocráticas da Rua do Ouvidor.
A lenda dos folhetins e as mil e uma noites, a literatura erótica que foi a primeira autora abrindo caminhos, a ficção com viagem para o futuro. Haviam autores a favor da a escravidão, houve também escravo que usou biografia para lutar pelos direitos porque a literatura tinha uma força muito grande para para a influência além de ser uma ferramenta para incluir todas as classes que que tinham esse elo de conexão com a própria leitura e a literatura. Outra curiosidade muito boa era sobre Machado de Assis que diagnosticou sobre distúrbios mentais contagiosos antes de serem enfim descobertos pela psiquiatria, inclusive seus tratamentos foram base de consulta. sobre Raul Pompéia e a perseguição que ele teve por várias inimizades e acabou se matando. Uma história muito curiosa fala também sobre o primeiro acidente de carro na Tijuca por Olavo Bilac a 4 km por hora; a destruição do Cortiço por questão estética e de higiene; João do Rio, o primeiro Repórter; Euclides da Cunha que era uma vida toda cheia de tragédia, ele foi morto por uma troca de tiros com o amante da esposa matou o filho largou a amante por uma mulher mais nova e o irmão aleijado se matou afogado e Lima Barreto que tinha loucura e alcoolismo sofreu muito disso; o livro fala também sobre literatura LGBT antiga imagine isso naquela época o impacto que houve; os cordelistas, Manuel Bandeira, que tinha múltiplas amantes e ele tinha um hábito de ser sempre sorridente e segundo ele era para ocultar sua feiura. Graciliano Ramos, que chegou a ser prefeito e multou o próprio pai por conta de lixo em terreno; não quis nem saber. Jorge Amado, que foi o pioneiro para introduzir o Candomblé nas obras; Cecília Meireles, que estampou o dinheiro e a fase de entrevistadora da Clarice Lispector. Nelson Rodrigues e todas as tristezas que ele passou por perda de irmão assassinado, a tuberculose e tudo isso foi impulsionando até ele se destacar como um grande escritor e cronista. Joel Silveira que fez a cobertura da Segunda Guerra de forma magistral, passando por vários perigos e com apenas 26 anos ele foi um dos principais responsáveis por manter o Brasil informado sobre a Segunda Guerra Mundial. A coleção Vagalume e a importância na literatura juvenil, introduzindo livros de mais fácil compreensão. Paulo Coelho e a sua reformulação na literatura onde ele passou muitos transtornos e perseguição até finalmente introduzir o marketing através de suas obras, inclusive fazendo mais ganhando mais destaque no exterior para enfim ser reconhecido nacionalmente e fecha sobre a Academia Brasileira de Letras e o mausoléu.