Jaque - @impressoes_literarias 03/02/2020Uau!!!***Resenha postada no Instagram @impressoes_literarias***
Em 1792, na época da escravidão no Brasil, a Fazenda Capela era produtora de açúcar e tinha como dono o senhor Antonio Batista de Cunha Vasconcelos.
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Batista deixava os empregados a mando de seu primogênito, Antonio Segundo, um homem rude, cruel, que sentia prazer em açoitar seus escravos.
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Inácio, filho caçula de Batista, estava visitando a Fazenda, mas logo pretendia voltar ao exterior para prosseguir com seus estudos, e não se conformava em como os negros eram tratados.
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Um escravo recém-chegado, que desconhecia a língua local, não conseguia abaixar a cabeça para toda a atrocidade cometida e, assim, revolveu bolar um plano para fugir dali.
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Porém, algo inesperado aconteceu e uma figura maligna começou a ameaçar a vida de todos os moradores da Fazenda Capela.
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Com uma narrativa feita em terceira pessoa, o autor consegue prender a atenção do leitor desde a primeira página.
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É impossível, durante a leitura, não refletir sobre essa época que marcou a nossa história, nas barbaridades cometidas e no tratamento desumano e degradante que os negros eram submetidos.
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O autor aborda algumas lendas do nosso folclore, que não vou citar quais são para não atrapalhar a experiência de leitura de ninguém. Meus olhos brilharam quando essas figuras apareceram e fiquei fascinada pelo papel delas na trama.
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Algumas cenas de tortura e violência são descritas de forma crua e isso pode incomodar os leitores com estômago mais fraco.
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Marcos construiu muito bem essa trama, com um desfecho cheio de reviravoltas, amores impróprios, relacionamento familiar, torturas e muito sangue derramado.
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Com certeza, super recomendo esse livro!