Andreza_ 11/12/2022
Um ótimo começo de série
Estava com receio de começar essa série, pois nunca li nada com vampiros e normalmente curto romances mais fofos. Pela minha nota já deu para perceber que eu gostei. Não o achei perfeito, mas o conjunto vale as 4 estrelas.
Um dos pontos positivos é e construção única dos vampiros, que foge do que encontramos em outras obras. Por exemplo: eles não podem criar vampiros a partir de humanos; eles nascem a partir de outros vampiros e passam pela transformação perto do aniversário de 25 anos. E é exatamente isso que está prestes a acontecer com Beth, uma mestiça de vampiro com humana (só que ela não sabe de nada disso). E sua melhor chance de sobreviver à transformação é beber do sangue de Wrath.
Wrath é conhecido como Rei Cego (sim, ele possui deficiência visual). Ele é o último vampiro de raça pura no planeta. E embora seja o rei dos vampiros, prefere ser um guerreiro e comandar a Irmandade da Adaga Negra, um grupo de vampiros muito fortes que tem como dever proteger os demais da ameaça dos redutores (humanos sem alma cujo único propósito é exatamente exterminar os vampiros). A evolução de Wrath ao longo do livro é, certamente, um dos melhores pontos da história.
A protagonista é dessas mocinhas ousadas, mas sem ser arrogante. Ela sabe que é desejada por inúmeros homens que a cercam, mas nunca teve interesse por nenhum deles. No entanto, o romance entre Wrath e Beth é praticamente instantâneo, pois tem a ver com o instinto de ambos, algo mais animal, assim dizendo. E fora de controle.
Gosto da química entre eles e acho condizente com o que o universo em que estão inseridos (eu não teria sido convencida se o livro fosse um romance contemporâneo normal). Ou seja, não espere um romance fofinho. A relação entre eles é construída na forma de um vínculo mais carnal, mas que parece atingir aos poucos os corações de ambos.
Também não espere por um show de hots. Há vários, sim, mas são rápidos demais. Até prefiro que seja dessa forma, mas isso vai de cada leitor.
Pontos negativos:
Não entendi como pode o vampiro macho se alimentar do sangue da fêmea… e a mesma fêmea depois se alimentar do sangue do mesmo macho. É sistema moto-contínuo?
Também achei bem esquisita a interação de um certo humano com uma certa vampira (tentando não deixar spoilers aqui). Não é questão de shippar ou não, mas os diálogos são bem esquisitos, principalmente da parte do homem. Preferia que tivesse ficado só na sugestão. Espero revê-los nos próximos livros com um desenvolvimento melhor.
Ah, também achava chato quando o livro focava no lado inimigo, mas somente porque não é a minha praia essa parte de conspiração, convocação e treino de novos membros, táticas de guerra e cenas de luta.
Não há grandes emoções durante boa parte do enredo, embora algumas reviravoltas no final tenham sido um deleite e tanto.
É um bom primeiro livro, apresenta o universo sem ser maçante e nos instiga a continuar os demais da série, até porque os personagens secundários são mesmo muito interessantes.
PS: tive a impressão de que foi usado meia-risca em vez de travessão em todo o documento. As notas de rodapé aparecem no corpo do texto e existem outros errinhos de revisão também.