Du Boffo 19/05/2024
Não devemos (e não podemos) ter vergonha de ser quem somos
Um livro bem gostosinho de ler. ?
Confesso que tirei 1 estrelinha porque gostaria de ter lido antes. Agora, com mais de 30 anos, acredito que essa leitura não esteja direcionada ao meu perfil e à certa maturidade adquirida com a vida. Mas, com certeza, se tivesse lido durante a juventude seria um dos meus favoritos, principalmente por tratar de assuntos tão necessários para essa época das aceitações e das descobertas.
Aqui, eu tiro o chapéu para a construção da mãe do nosso protagonista. Rita é uma personagem sensível, madura e mente aberta. Uma mãe exemplo para a comunidade LGBTQIAP+. Felipe, com certeza, terá um forte amparo familiar durante a sua jornada ?
[SPOILER ALERT] ?
Bora falar do nosso casalzão?
Felipe e Caio ??
Eu jurava que Caio seria um personagem meio escrotinho, que julgaria os quilinhos a mais de Felipe, que acabaria se apaixonando pelo amigo (da forma que ele realmente é) e teria o seu momento de redenção. Mas no fim, não houve a necessidade da construção dessas camadas literárias, o livro foi bom do jeitinho que foi contado. E isso foi ótimo, porque nos mostra que no mundo ainda existem pessoas boas e que conseguem enxergar o amor nas pequenas nuances da vida, independentemente de cor, condição física e econômica.
Eu torci muito por esse casal e, no mundo literário, espero que ainda estejam juntinhos e se amando mais e mais ????
O grande ensinamento aqui é para que não tenhamos medo de mostrar ao mundo quem somos. O mundo é tão grande. Tão amplo. E mesmo com essa vastidão, cada pessoa têm a sua particularidade. O respeito é a chave da questão. Devemos amar as pessoas do jeitinho que elas são. Arrancando da sociedade o bullying estrutural e os sofrimentos internos que essa prática acarreta. Vamos tratar o próximo como você gostaria de ser tratado. Vamos nadar com confiança, sem camisa e sem julgamentos, para que o próximo também tenha total segurança de realizar o mesmo.