Chico Mendes: Crime e Castigo

Chico Mendes: Crime e Castigo Zuenir Ventura




Resenhas - Chico Mendes: Crime e Castigo


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Joana 10/02/2023

Para conhece um pouco sobre Chico Mendes e sua luta.
É uma pena que esse livro ainda seja tão atual por causas dos problemas ambientais ( e políticos) que insiste em se repetir por causas das nossas ignorância e o mau caráter de algumas pessoas. Uma leitura muito válida e necessária.
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Bruna.Cristina 14/08/2022

Real
Moro no Acre, e este livro foi tudo verdade inclusive em relação a segunda viúva de Chico Mendes segundo contam ela mudou da água pro vinho. Além disso, os objetivos do governo na época e sobre hidelbrando.
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Hera 31/12/2020

Excelente
É uma série de reportagens sobre o assassinato do líder seringueiro, ativista político, militante e ambientalista Chico Mendes.

Para além do considerado 'o julgamento do século', as reportagens trazem uma importante visão dos seringueiros do Acre - um povo de luta e de consciência histórica -, e dos resultados dos esforços de Chico Mendes na luta pela preservação da floresta, dos povos que vivem e dependem dela e da ideia de que a terra é de todos.
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OgaiT 24/09/2019

Um tiro que ecoou pelo mundo
Zuenir Ventura neste livro, narra a tragédia responsável pela morte de Chico Mendes - grande responsável por voltar as atenções do mundo para a Amazônia. Resiliente, Chico foi um dos poucos a enfrentar os grandes latifundiários, madeireiros e os grandes projetos agropecuários à época.Apesar de ter sido advertido sobre sua possível morte, a mesma que o presidente da república havia ciência, foi pego de surpresa, com sua morte antecedida 8 dias (22 de Dezembro de 1988) antes da data: 30 de Dezembro daquele ano.
Nunca antes no Brasil, uma morte causou tanto burburinho no mundo quanto a deste seringueiro, anos mais tarde, o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco provocou um efeito similar, diria que até maior.
Chico Mendes, assim como qualquer outro ser humano, é composto também por defeitos, o que nesta obra, a depender de quem a leia, pode se surpreender. Zuenir descreve o seguinte "Não foi por certo um pai de família exemplar, a julgar pelo que fez com sua primeira mulher e com a filha mais velha. [...] Mas mesmo que se aceite como fiel essa pintura, o que é muito discutível, ela não diminui a importância do conjunto da vida e obra de Chico Mendes." (p.229).
O garoto de Genésio, testemunha de acusação do caso, é um outro personagem "interessante", como afirma o autor. Bastante ameaçado pelos responsáveis do crime, mas que ao fim tem um destino surpreendente.
Mesmo que em grande parte da obra seja narrado o assassínio do serigueiro/ativista, temos aqui a discussão a respeito da vertiginosa devastação dos "pulmões do mundo".
Na página 223, o Jorge Viana afirma: " O Acre, que existe por causa e a partir da floresta, resolveu um dia abandoná-la em troca de uma aventura destrutiva. Deu no que deu, num fracasso social e econômico." e quem apresenta um caminho: "O açaí, o artesanato, a borracha, a castanha, a madeira, os óleos, as resinas, os medicamentos."
Um outro fator relevante é a transformação que o Acre passou, no início (1989) era um estado muito diferente dos demais, no entanto, com o retorno do repórter em 2003, visando rever as personagens, diz: "Vim ao Acre ver o que havia mudado depois da morte de Chico Mendes, e cheguei à conclusão de que não só o aeroporto internacional da capital estava em outro lugar, agora mais longe do centro, como nas grandes cidades. Muitas outras coisas pareciam também melhores. Os hotéis por exemplo [...] Sentei numa barraquinha na calçada, pedi um sanduíche e uma cerveja [...] Não era possível. onde é que nós estávamos?" (p. 181-182). Com esse viés, Ventura desmitifica e lança um novo olhar para o estado que é considerado, por grande parte dos brasileiros como Atrasado e primitivo: "Andando de canoa pela rio Acre, Júlio Barbosa vai identificando cada árvore que avista na floresta. Enumera uma, duas, três, dezenove espécies distintas, eu contei. Para mim eram todas iguais. Ele me consola: "Também eu, se olhar do mar aqueles prédios de Copacabana, vou dizer que é tudo a mesma coisa" ". (p. 116). Algo similar a este trecho é a frase do menino em Bacurau quando responde o gentílico de Bacurau: "É gente!".
Enfim, concluo a resenha com este trecho:
"A permanência de Chico Mendes quinze anos depois de sua morte só reforça um mistério que não consegui decifrar: como foi possível nascer e crescer no meio da floresta, num pequeno canto verde que cremos mais propício aos bichos e às plantas, um exemplar tão fecundo da espécie humana?" (p. 230).
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><'',º> 18/12/2017

Chico Mendes - Crime e castigo reúne reportagens escritas por Zuenir Ventura a respeito do maior líder ambientalista que o Brasil já teve. Quando foi assassinado, em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes estava com 44 anos e era mundialmente reconhecido por sua luta pela preservação da Amazônia.
No Estado do Acre, à frente dos seringueiros que organizou, Chico desenvolveu táticas pacíficas de resistência para defender a floresta, que a partir da década de 70 sofrera um acelerado processo de desmatamento para dar lugar a grandes pastagens de gado. Chico lutou contra a devastação e chamou a atenção do mundo para essa luta.
O New York Times já o havia considerado "um símbolo de todo o planeta" e a ONU já o premiara, mas Chico Mendes precisou ser assassinado para ser reconhecido no Brasil. O líder seringueiro havia anunciado sua morte iminente, depois de ter recebido inúmeras ameaças. Em cartas, artigos e entrevistas, denunciou os suspeitos às autoridades brasileiras, que não tomaram nenhuma providência de fato para evitar sua morte.
O livro de Zuenir Ventura é dividido em três partes. A primeira, "O crime", reúne as reportagens feitas para o Jornal do Brasil no começo de 1989, logo após o assassinato do seringueiro. Na segunda, "O castigo", estão as reportagens produzidas dois anos depois, em 1990, juntamente com Marcelo Auler, durante a segunda e a terceira viagens do repórter ao Acre, para cobrir o julgamento dos assassinos. "15 anos depois" é a terceira parte, com textos de outubro de 2003, quando Zuenir revisitou lugares e personagens envolvidos no crime.

Fonte: companhiadasletras.com

site: https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11815
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Diego.Minatel 27/10/2016

Um belo trabalho jornalistico que traz à tona um pouco da vida e o assassinato de um grande homem chamado Chico Mendes. O interessante desse livro que o autor volta para Xapuri anos depois do julgamento, que o próprio acompanhou in loco, e tenta traçar o impacto das conquistas dos seringueiros da região.

Conheça Chico Mendes.
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Maira Giosa 06/10/2016

Jornalismo como deveria ser
Sabe aquela história de que o jornalismo está morrendo? Pois no livro de Zuenir Ventura ele está bem vivo. É um relato não só fundamental na história de resistência do Acre, mas uma verdadeira lição de narrativa.

Ventura conta, com fluidez, fatos importantes da vida de Chico Mendes, uma das mais importantes figuras do ativismo ambiental brasileiro. Seringueiro, sindicalista e político, Chico Mendes lutou e morreu por aquilo que acreditava: a sobrevivência da floresta amazônica. O autor caminha com facilidade pelas terras do Acre para contar, de maneira brilhante, como viveu e, principalmente como (e porquê) morreu o "herói dos povos da floresta".

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira
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Luiz Araújo 29/01/2014

A natureza dos homens da natureza.
Definitivamente, este é um livro que eu indicaria. Além da sua gramatura gostosa e o cuidado na sua montagem e edição, está repleto de informações sobre este fato curioso da história brasileira e mundial.
Zuenir, um repórter já consolidado, tendo escrito livros clássicos, nos surpreende mais uma vez com este livro. Narrando sua experiência como jornalista e ser humano, nos torna mais íntimos de uma realidade tão distante de muitos brasileiros. Talvez seja a maneira simples e suave como desenvolve sua narrativa minuciosa e cadenciada, é possível perceber o desenrolar dos fatos e a natureza das pessoas tão moldadas pelo ambiente em que vivem.
Se busca um jornalismo ortodoxo, esta não é sua escolha. Mas eu garanto, meus amigos, Zuenir sabe como ninguém narrar uma história e te colocar no centro dela.
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Bárbara 12/05/2010

Achei o livro muito bom, especialmente pelo fato de o autor se permitir a liberdade de fugir daquele cansativo e irritante propósito de se manter completamente "imparcial", como costuma ditar o "bom jornalismo". No entanto, achei que algumas das informações ali contidas, ou não se justificavam pela pertinência ou não eram muito bem desenvolvidas. O destino de algumas personagens ficou meio que "no ar" demais, e o autor faz tudo para que tenhamos nosso interesse e curiosidade aguçados, mas depois nos deixa meio que na vontade. E me desculpem, mas ele passou pelo menos um mês no Acre, a reportagem merecia um maior registro fotográfico, que é informação tanto quanto o texto em si. Não sei se quando publicada originalmente ela teve tais fotos, mas o livro só tem umas quatro ou cinco fotos não muito suficientes, em minha opinião. Mas eu recomendaria o livro a qualquer um que goste de uma história bem contada e que com certeza merece ser conhecida por todos.
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Kil 10/05/2010

A morte anunciada
Um livro que deveria fazer parte dos currículos escolares. Que fala de luta e de resitência do ambientalista Chico Mendes e de todo o processo com as pessoas que mandaram matá-lo. Um estória muito parecida com a freira Dorothy Stang, guardando as devidas proporções. A respeito da impunidade e da lei da selva no Brasil. O jornalista entra de sola, ajudando a principal testemunha do crime e faz um excelente livro: humani e emocionante!
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Camila 07/11/2009

5 estrelas
Excelente reportagem de um jornalista que conquistou o meu respeito. Feriu os mandamentos do jornalismo e foi subjetivo, mergulhou de cabeça num universo absolutamente diferente do seu.
O resultado é uma obra completa sobre o assassinato de um dos maiores líderes do movimento dos seringueiros da amazônia: Chico Mendes.
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Márcia Regina 05/09/2009


Chico Mendes – crime e castigo, de Zuenir Ventura.

Zuenir Ventura escreve muito bem, merece todos os prêmios que recebeu pela reportagem na qual o livro está embasado. O assunto prende e a forma como ele escreve flui com uma naturalidade poucas vezes encontrada em textos jornalísticos. Me preparei para uma semana de leitura e o livro terminou no primeiro dia.

A obra está dividida em três partes. Na primeira, o assassinato de Chico Mendes e um quadro geral das disputas entre seringueiros e pecuaristas; na segunda, o relato de um dos julgamentos mais decisivos e conhecidos da história brasileira; na terceira, o retorno do jornalista, 15 anos depois, mudanças pessoais, sociais e ambientais no Acre.

Tenho apenas uma ressalva. Eu excluiria o capítulo “As mulheres – sexo, ódio, intrigas e morte” e redistribuiria as informações sobre o destino das esposas de Darly. Não consegui captar a ligação existente entre as proezas sexuais, as descrições anatômicas do “membro” do assassino, e o resto da história. Nesse momento, o livro me soou a conversa de fundo de quintal e a programa de fofoca de final de tarde.

Para mim, destoou da seriedade do tema e da competência da investigação feita pelo autor. Se alguém encontrar uma justificativa razoável para a inclusão desses dados pessoais, por favor, avise.
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Rogerfelix 29/07/2009

Humano...
Diante da figura mitológica que se faz de Chico Mendes, ler este relato contundente e primoroso de Zuenir Ventura, ajuda a desmistificar Chico, e coloca-lo no rol dos que estão a frente do seu tempo, e vivendo suas adversidades consegue pensar e agir de acordo com um pensamento ambientalista.Ecologista, pai, marido e acima de tudo, um ser humano como qualquer outro.
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