É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Luiza 16/03/2023

Brutal e doloroso, "É isto um homem?" é um testemunho de como um homem reduz seu similar ao vazio, ao nada. Texto fundamental para quem procura mergulhar na literatura do testemunho, mas ainda assim (e talvez por isso) duro de ler.
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Lays @la.livros 12/03/2023

Isto é um homem?? - Primo Levi

Ele começa dizendo que ele não quer trazer uma história sobre Auschwitz, mas ele traz relato do que ele viveu lá.

Uma história real, um desabafo para manter a sanidade mental, um relato que incomoda, e nos machuca com dureza que é contado. Ou melhor com a dureza do que os judeus, poloneses, homossexuais, ciganos, e qual quer um que não seguisse exatamente a ideologia deles.

Um livro maravilhoso, mas muito doloroso.
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DaniM 10/03/2023


No final da 2ª Guerra, Primo Levi, que era judeu, foi feito prisioneiro em Auschwitz. Foi um dois poucos sobreviventes deste campo de extermínio, que sozinho assassinou mais de 1 milhão de prisioneiros.
Ele sobreviveu e contou sua história neste livro assombroso. Seu relato emociona não somente porque trata da luta diária pela sobrevivência, mas porque trata da batalha para manter a sanidade e não perder a humanidade diante da marcha diária para a morte.
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anythgs 05/03/2023

Sem dúvidas é uma das coisas mais profundas q já li na vida
A gente tem uma ideia bem rasa do que foi o campo de concentração, o que foi o holocausto e como foi seu fim. Particularmente tudo que li sobre essa tragédia eram relatos extremamente pesados de coisas absurdas acontecendo. Geralmente a gente espera ler sobre ódio, revolta, vingança e no final das contas tudo que nos resta hoje em dia sobre esse caso é sentir raiva, mas esse livro muda toda essa ideia. O que o Primo nos passa era a real realidade do campo de concentração, o que eles realmente eram e o que eles pensavam: NADA!!! ABSOLUTAMENTE NADA!!!!
Tudo que a gente entende do que é um ser humano, ali, se resume a nada e isso é bem mais intenso e bate em você de uma forma muito mais pesada do que relatos detalhados de tortura ou algo do tipo. Você lê que pra eles o simples ato de pensar em alguma coisa não existia, pensar custava gastar energia e não valia de nada. Eu vou lembrar do que li nesse livro pelo resto da minha vida e não há estrelas suficiente pra simbolizar o quão gigante essa forma de relato bateu em mim.
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Renato Esteves 05/03/2023

Não podemos esquecer. É preciso repetir, reler, recomendar e divulgar obras como essa.

Depoimento pessoal de Primo Levi sobre os onze meses em que foi prisioneiro no campos de concentração de Auschwitz. Um relato importantíssimo para não nos deixar esquecer do absurdo desse período de nossa história. A história é nossa, nós fazemos parte dela!


Primo Levi, um químico italiano, que sem treinamento nenhum entrou para o movimento de resistência italiano e no final de 1943, com 24 anos, foi capturado pela Milícia fascista e enviado para o campo de concentração de Auschwitz.

Os nazistas humilham tanto os judeus que em determinado momento nem se sentem merecedores de outra coisa que não o sofrimento. O próprio autor diz que ser enviado para Auschwitz foi uma sorte, porque senão poderia ter sido morto prontamente quando descoberto.

Não escorre sangue pelas páginas, a violência nesse livro é retratada de forma mais psicológica, do comportamento social dentro de um campo de concentração e de seu processos de desumanização.
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Cardoso 02/03/2023

A perturbação das memórias de Levi em Auschwitz se dá não só pelo óbvio fato de terem se passado em Auschwitz e de retratarem os horrores nazistas dos campos de extermínio - mas, quase sempre, de faltarem palavras para tal.

Os invernos nos campos exigiam novas e ásperas palavras para fome e frio que não se nossas habituais "fome" e "frio" de quem pulou uma refeição ou esqueceu uma agasalho: precisaria-se de mais tempo para se desenvolver uma linguagem nova, áspera, que explicasse o que era trabalhar com pouquíssimas roupas, no inverno polonês, com fraqueza no corpo de quem se alimentava exclusivamente de uma sopa ridiculamente pobre nutricionalmente e com a consciência da morte se aproximando. Ao mesmo tempo, enquanto o autor tentava, numa ocasião específica, ensinar Dante para um amigo francês, também prisioneiro, seus lapsos de memória e as dificuldades de tradução o acabam enclausurando em seu próprio idioma, país e memórias - e o amigo, vendo-o tocado por retornar à língua pátria ao invés de ser ensinado, o permite que prossiga.

Mais que as próprias pancadas (que Levi, num ponto, diz cinicamente que "não matam", diferente da entrega ao trabalho servil), esse parece ser a principal arma dos nazistas contra esses seres humanos: mantê-los vivos e alienados de tal forma que suas existências pré-prisão se tornem uma lembrança dolorosa. Reunir-se com os colegas gera apenas dor porque os "encontros" tem exponencialmente menos membros com o passar do tempo; olhar para o campo vizinho, em que as mulheres e crianças foram conduzidas, não ajuda a honrar sua memória, mas rememorar que elas foram exterminadas sem que eles pudessem fazer nada; e a vida antes das grades parece tão longínqua e suas lembranças, tão inúteis.

Fortes são os homens que se mantém limpos e dignos, ou alegres e altivos, lutando contra a torturante rotina que os obriga a tornarem-se as cadavéricas figuras que conhecemos dos livros de história. A esses homens, Levi dedica sua hermenêutica, estudando-os cuidadosamente: de onde vem sua força, sua bondade, sua esperança? E ele nunca encontra resposta, ou encontra com muita dificuldade. As personagens, figuras humanas do livro, vem e vão sem grande apresentação, sem despedida, e o que sobra de seu rostos magros são suas ações vistas por seus colegas, que também estão ali para morrer e serem esquecidos.

Mas não foram. Num paralelo com a Torá, que é o registro linguístico e histórico da batalha de um povo por sua origem e por sua terra, É isto um homem? não fornece mitos fundadores que nós criam mil dúvidas em busca de Uma Certeza, mas faz mil perguntas que criam a certeza de que o nazismo tentou silenciar A Palavra sem obter sucesso. O ruir dos muros dos campos permitiu novos sonhos e esperanças aos mais desgraçados humanos na terra, que juntaram absolutamente todas suas capacidades para viver para além de Auschwitz e viveram e este, em especial, escreveu uma das mais impactantes obras q já li.
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Fabio Brust 01/03/2023

Terrivelmente belo
"É isto um homem?" me pegou logo no título, depois na contracapa, e o arrepio que ela me fez sentir me deu a certeza de que eu precisava ler esse livro. Eu sabia, claro, que não seria das leituras mais leves, mas achei que seria boa, e realmente foi.

A reflexão que o título sugere, com até uma interrogação na versão brasileira, me acompanhou ao longo de toda a leitura. São homens os judeus presos no Campo, são homens os nazistas que os aprisionaram? Com toda certeza não fui o primeiro a ficar tão abalado com ela, e não serei o último.

É interessante a maneira como Primo Levi coloca as atrocidades pelas quais passou em Auschwitz, em alguns momentos de maneira até cômica, embora sempre tudo tenha uma nuance melancólica. A narração dos momentos em que eles apanhavam, as "traquinagens" e roubos, o dia a dia no Campo são passagens curiosas, diferentes do que se esperaria para o contexto em que ele estava - é nos momentos em que ele se põe a pensar que nos quebra. Quando ele pensa a respeito de quem ele se tornou, da situação das pessoas ao seu redor e a dele mesmo, na desumanização pela qual todos passaram: é nesse momento que a realidade nos atinge brutalmente.

Também é curiosa a maneira como ele narra a presença dos nazistas, dos SS, dos grandes malfeitores, os vilões dessa história e da História. São seres sem face, uma massa de carne em forma de gente que não parece ter personalidade, pensar, refletir como o próprio Levi reflete, pensa. São uma presença constante, mas que não importa tanto quanto o cotidiano que o autor se propõe a contar. Nos filmes não vemos essa vivência dos prisioneiros em tantos detalhes, não vemos os desafios triviais que eles encararam - coisas pequenas capazes de destruir uma pessoa.

O penúltimo capítulo, "O último", me pegou de um jeito que eu não esperava. Foi terrivelmente belo, foi avassaladora a percepção do autor de que ele não era feito da mesma substância de quem se rebelava contra os nazistas, que ele se dobrara e se tornara nada. O arrepio voltou, muito mais forte.

Não há muito que eu possa dizer sobre essa história que já conhecemos, a do holocausto, mas "É isto um homem?" a mostra em detalhes inesperados, com uma certa doçura com a qual eu não contava, com uma beleza tão triste, tão melancólica. Um livro para ficar na memória e que levarei comigo sempre, sem sombra de dúvidas.
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a.miza 01/03/2023

Se deseja um livro para entender o nazismo e o ódio de dentro de um campo de concentração com relatos autobiográficos este livro é uma boa recomendação.
É importante ter um emocional forte, pois é uma biografia, algumas páginas ou passagens foram escritas dentro do próprio campo de concentração e no meio da leitura, descrevendo os horrores e atrocidades que aconteciam dentro do campo, lembrar que é uma biografia causa um desconforto e agonia enorme (em mim causou).
Tive de ler esse livro para um trabalho da faculdade e apesar disso o considero um obra importantissima que vale a pena ler para conhecer o nazismo e facismo.
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Spolaor 21/02/2023

Humanidade
Acompanhar essa jornada foi nauseante, angustiante e sufocante. A capacidade do homem de se adaptar e deixar sua humanidade para sobreviver, pq sim, os torturadores ainda eram humanos, quem deixou sua humanidade para sobreviver foram os torturados.
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Morgan 20/02/2023

No livro, começa de tudo que o ser humano, deixa de ser humano lá dentro, tudo em prol de querer sobreviver, o escambo entre eles e como eles tem que racionar a comida, ou até a colher que eles comiam, em como eles tinham que tomar conta de suas coisas e até dormir com seus tênis para não ser roubados.

"Os personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade ficou sufocada..."

Me deixava extremamente mal de como eles trabalhavam de morrer, quando iriam comer eram um pedaço de pão com sopa, que muitas vezes só faziam eles perderem o líquido ao longo da noite, por urinar.

Muito do que não se falava era da hierarquia e a forma que os alemães nazistas eram organizados e em como estrutura social e seleção natural, de como eles escolhiam quem iria ou não morrer.

Também o relato sobre o Kapo, que em italiano é significado um chefe, um ex prisioneiro judeu que começou a chefiar e subir de hierarquia lá, que muitas vezes tratado como repulsa.

O livro não é tão pesado, mesmo pelo tema, triste pela situação, mas livro mais simples, vezes cansativo por ser mais relatos do que se aconteceu, é muito extenso.

Fiquei chocada de como eles eram separados por números, cada país, mais a Estrela de Davi eram para aqueles que são judeus.

O mais bonito é no fim quando ele postergou ir marchando, no fim no campo, para cuidar daqueles outros doentes, assim mostrando que a humanidade estava ali mais uma vez e não estavam só para a sobrevivência.
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Georgianny.Nogueir 16/02/2023

Um relato fiel e triste sobre a vida e o sofrimento no campo.
Primo conta sua experiência de uma forma simples e de fácil compreensão
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Layza 16/02/2023

?(?)
pensem bem se isto é um homem
que trabalha no meio do barro,
que não conhece a paz,
que luta por um pedaço de pão,
que morre por um si ou por um não.
(?)?
Livro essencial para quem deseja ler sobre Segunda Guerra. Tocante, profundo e emocionante demais.
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RayLima 02/02/2023

É isto um homem?
?Cedo ou tarde, na vida, cada um de nós se dá conta de que a felicidade completa é irrealizável; poucos, porém, atentam para a reflexão oposta: que também é irrealizável a infelicidade completa.?

Primo Levi, escritor judeu e sobrevivente do Holocausto, traz nesse livro suas memórias de quando foi prisioneiro em Auschwitz durante a Segunda Guerra. Ele foge da narrativa que se espera quando se fala dos Campos de Concentração Alemães, não fala das atrocidades como as câmaras de gás, por exemplo. Ele traz uma nova perspectiva, a do cotidiano do prisioneiro, da rotina cansativa de trabalho, das regras do campo, a monotonia dos dias terrivelmente iguais, os sonhos que acalentavam e torturavam os prisioneiros e como funcionava o mercado contrabandista na luta para conseguir um bocado a mais de pão, são algumas das situações narradas à exaustão no livro. Parece um pouco repetitivo, mas creio que essa seja a intenção do autor, fazer-nos sentir de alguma forma a fadiga daquele dia-a-dia, sempre à espera do pior.

?Também o dia de hoje, esse hoje que, de manhã, parecia insuperável, eterno, o atravessamos durante todos os seus minutos; agora jaz, acabado e logo esquecido, já não é um dia, não deixou rastro na memória de ninguém.?

O título ?É isto um homem?? refere-se a condição humana em que ele próprio se encontrava. E é uma pergunta pois ele se questionava se aquela ?vida? ainda podia ser chamada assim, pois estar naquela situação não era nada parecido com estar vivo. Ele não tinha mais nada em si que se parecesse com um homem, fisicamente disforme pela fome, frio e cansaço e mentalmente desgastado, desacreditado, não era mais mais capaz de sentir nada.

?quem perde tudo, muitas vezes perde também a si mesmo?

Após sua morte, em 1987, muito se teorizou sobre a verdadeira causa, se acidente ou suicídio. Na época, Elie Wiesel (também escritor judeu e sobrevivente dos campos de concentração) disse que "Primo Levi morreu em Auschwitz há quarenta anos".
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felipe.demattos.94 02/02/2023

Relatos do Holocausto devem ser lidos e relidos periodicamente
Não há muito o que falar deste grande livro.
Relatos sobre o holocausto devem ser lidos e relidos para que nunca saiam do nosso imaginário. a cada leitura temos novas interpretações e mantemos viva a memória de algo que jamais deveria ter ocorrido o renovamos o compromisso de garantir que não volte a ocorrer.
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