É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Carol 30/05/2021

Não vou nem resenhar porque esse livro é tão bom que vou escrever um artigo científico sobre ele.
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Alexandre249 23/03/2020

Um triste relato sobre Auschwitz
"Nada mais é nosso: tiraram-nos as roupas, os sapatos, até os cabelos; se falarmos, não nos escutarão - e, se nos escutarem, não nos compreenderão." P. 32
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Greice 15/04/2020

A resiliência humana em meio a tragédia.
É isto um homem? de Primo Levi.
A trégua, de Primo Levi.

📖"'É isto um homem?" é um libelo contra a morte moral do indivíduo. No livro, o escritor e químico italiano Primo Levi relembra seu sofrimento num campo de extermínio, sem, contudo, invocar qualquer resquício de autopiedade ou vingança. Deportado para Auschwitz em 1944, entre outros 650 judeus italianos, Levi foi um dos poucos que sobreviveram, retornando à Itália em 1945. (Resumo da Editora)
📖 "A trégua" narra a longa e incrível viagem de volta para casa depois da libertação de Auschwitz e do fim da guerra. Numa Europa semidestruída, o autor e vários companheiros de estrada viajam sem destino pelo Leste até a URSS, premidos entre as ruínas da maior de todas as guerras e o absurdo da burocracia dos vencedores. (Resumo da Editora)

💔 Esta é uma resenha conjunta de dois livros da trilogia de Auschwitz, escrita por Primo Levi . “Os afogados e os sobreviventes”, que ainda não li, completa a trilogia. Li “É isto um homem?” há alguns anos e me marcou profundamente. Então, este ano, fiz uma releitura e li pela primeira vez “A trégua”. Essas duas obras biográficas recontam a trajetória de Primo Levi, desde seu envio para o campo de concentração de Auschwitz até seu retorno para casa. Por se tratar de um período um tanto sombrio da história da humanidade, alguns podem pensar que há muito ressentimento e tristeza em suas páginas, mas, na verdade, Primo Levi escreve de uma maneira direta, sem arroubos sentimentais ou busca de sentido. “O que aconteceu e como aconteceu?” Essa é a pergunta a que Primo Levi responde, sem, no entanto, deixar de evidenciar a busca em manter a própria humanidade, tarefa que vai se tornando cada vez mais difícil. Essa é uma história de perseverança, resiliência, adaptabilidade e engenhosidade humana e de como a sorte definiu a vida e a morte de milhões de pessoas. Por que alguns sobreviveram e outros não? Espero que todos possam conhecer esses livros. Leitura fundamental.

🏆 Favorito!

site: instagram.com/greiciellenrm
Juliete Marçal 15/04/2020minha estante
Ahhh :) Esse livro está entre os meus favoritos da vida, junto com 'A Tregia'. Também não li 'Os Afogados e Os Sobreviventes', ainda. ?




Michele 01/04/2021

É ISTO UM HOMEM? E NÓS AINDA SOMOS HUMANOS?
Como humanos, somos seres civilizados, inteligentes e evoluídos, certo?

Espera, não responde ainda!

Vamos ler esta resenha primeiro.

O livro É ISTO UM HOMEM?, de Primo Levi, traz uma história real que narra o período em que o autor esteve preso no campo de trabalho de Monowitz, que integrava o complexo de Auschwitz, na Polônia durante o Terceiro Reich.

A narrativa começa quando Levi, juntamente com um grupo de jovens italianos, organiza um movimento antifascista, porém é capturado pela polícia e entregue aos nazistas.

Levi é muito descritivo, narrando os detalhes do cotidiano no campo de concentração, onde é obrigado a prestar trabalhos em condições limites de resistência, sob racionamento de alimento e todo o tipo de insalubridade.

Lá o seu nome é substituído por um número; começa, portanto, a perder a sua identidade e, junto, a dignidade.

O campo tem a própria lei, diferente do mundo exterior: lá ele e os demais não são homens, tanto pela forma como são tratados, como pelo modo que agem.

Em função da sobrevivência, roubar se torna algo normal. Levi é obrigado a viver abraçado aos seus poucos pertences pra que não sejam roubados: suas roupas (vitais no inverno), tigela e colher (necessárias na hora de tomar o único alimento oferecido: uma sopa rala).

A competição por postos um pouco melhores dentro do campo também é acirrada e leva alguns presos a serem “amigos” dos nazistas.

Some-se a tudo isso a água podre do banho, a dificuldade do idioma, as frequentes epidemias, o frio do inverno, a superpopulação, o medo constante da seleção e a única esperança: sair de lá é pela chaminé, ou seja, incinerados.

Chama a atenção o fato de o autor usar muito mais o “nós” do que o “eu”, dando a ideia de coletividade. Outra singularidade linguística é que a palavra mais repetida é “fome”. Mesmo assim, o narrador é poético, e a sua principal metáfora é o ser ou não ser homem.

Hoje, 31/03/2021, dia em que escrevo esta resenha, o Brasil perdeu mais de 3700 vidas nas últimas 24 horas computadas, em função de uma pandemia negligenciada, enquanto alguns comemoram o golpe de 64.

Pergunto de novo: somos civilizados, inteligentes e evoluídos? Responda agora!
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Camila 08/05/2020

Coincidentemente, encerro a leitura de É isto um homem? neste 8 de maio, Dia da Vitória na Europa, que comemora a derrota dos nazistas, há 75 anos. "Todos diziam que os russos chegariam em breve, que chegariam já", conta um trecho para mais adiante falar sobre o que é estar cansado demais até para esperar. Primo Levi sobreviveu a Auschwitz. Por força do acaso ou da sorte, sobreviveu, para relatar.
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Rebeca.Verino 01/05/2021

Duro
Como o ser humano reage a mais extrema das situações? Como é possível manter a humanidade em um campo de concentração e extermínio? Primo Levi faz uma dura reflexão da sua experiência em Auschwitz e nos leva a visualizar à animalização do homem.
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GiseleGilink 20/09/2021

Verdades
É isto um homem?
Sim.
Leiam e percebam que somos capazes de atitudes inomináveis uns com os outros.
Leiam para que tudo isso não se repita.

A frase que me mudou:

"Eu pensava que a vida, lá fora, era bela, que poderia ser bela ainda, e que seria uma pena deixar-se afundar justamente agora."




?
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Tonyfuckin 15/08/2020

?Bastaria que um deles movesse um dedo e poderia destruir o Campo todo, aniquilar milhares de homens, enquanto a soma de todas as nossas energias e vontades não bastaria para prolongar por um minuto a vida de um só entre nós.?

Ainda estou digerindo.
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Isil 28/08/2016

Doloroso
Belissimamente escrita, esta obra de Primo Levi integra, certamente, a lista dos escritos mais dolorosos -- se é que não a encabeça -- e significativos para a compreensão da natureza humana que já li. Encontro-me dividida entre o fascínio da narrativa e o horror de sabê-la real. Difícil descrevê-la, talvez por ser difícil digeri-la. Consigo traçar claramente uma linha entre o meu "eu-leitora" e o meu "eu-ser-humano" antes e depois de ter lido "É isto um homem?". E sigo em busca da resposta a essa pergunta...
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Diego Rodrigues 23/10/2021

"Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem."
Nascido em 1919, na comuna italiana de Turim, Primo Levi foi um químico e escritor de origem judaica. Deportado para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 1944, foi um dos raros sobreviventes do Holocausto. Após retornar à Itália, em 1945, retomou sua carreira de químico, mas, tentando expurgar suas feridas, se é que isso era possível, começou a escrever lembranças de Auschwitz. Desses escritos nasceram livros de ficção, relatos, ensaios e poesias. Publicado pela primeira vez em 1947, "É isto um homem?" é tido como um dos mais importantes testemunhos dos horrores protagonizados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Aqui Levi relata toda sua trajetória, desde sua prisão, em 1943, quando fazia parte de um grupo de resistência na Itália, até sua libertação, após a chegada dos russos, em 1945.

Se visto em grande escala o Holocausto já foi doloroso, quando visto mais de perto, da perspectiva de um ser humano que vivenciou tudo aquilo, os números se tornam nomes, os mortos ganham rostos, e a coisa fica ainda mais doída. É fato que antes de exterminar os judeus, os alemães faziam de tudo para desumaniza-los (de alguma forma e em algum grau, parece que isso tornava a nefasta tarefa mais fácil), então, mais do que sobreviver, Levi e seus companheiros tiveram que travar uma batalha diária para simplesmente permanecerem humanos. Não bastasse a fome, a sede, o frio, o trabalho exaustivo e as doenças a que estavam expostos, os prisioneiros ainda tinham que lidar com o sadismo dos guardas, com a humilhação constante e com a concorrência entre os próprios judeus, seja ela por cama, comida ou para escapar das temidas "seleções". Um estado contínuo de medo e de aflição que não os abandonou nem mesmo com a proximidade dos soviéticos, afinal, quem poderia garantir que o exército vermelho faria distinção entre nazistas e prisioneiros? E quem poderia garantir que os alemães ao fugir não mandariam o campo para os ares na tentativa de apagar os vestígios das atrocidades cometidas ali? Fardo pesado demais para carregar e por isso muitos vieram a sucumbir antes mesmo de ir para as câmaras de gás.

Importante ressaltar que este é um livro focado nos dramas de um sobrevivente e não um relato histórico. Você não vai encontrar aqui, por exemplo, fotografias, mapas, dados estatísticos e coisas do tipo (se quer uma leitura mais abrangente e menos pessoal sobre o assunto, sugiro ir atrás de outros títulos). Apesar de dar alguns detalhes do funcionamento do campo, Levi dá mais ênfase ao lado humano e psicológico em seus relatos. Alguns capítulos são inteiramente dedicados a lembranças de companheiros que estiveram ao seu lado no campo e que ele nunca mais viu. A leitura é pesada, mas não desprovida de sensibilidade. Ao longo da narrativa vamos perceber que muitas vezes os prisioneiros se apegavam ao que há de mais trivial numa tentativa desesperada de preservar sua identidade e sua humanidade: a lembrança de uma canção, os versos de um poema, a conservação de um simples ato como, por exemplo, tentar manter a higiene, qualquer coisa que viesse à mente e que servisse para lembra-los de que eles ainda eram gente.

Por mais que sejam conhecidos, os horrores do Holocausto nunca deixam de chocar. Sempre que um sobrevivente conta a sua história devemos parar pra ouvir/ler com atenção. A lembrança desse sombrio episódio da história da humanidade deve ser preservada, e constantemente revisitada, para que cenas como essas não venham a se repetir. Relatos como o de Levi são mais do que necessários, eles humanizam a catástrofe, transformam as estatísticas em gente e nos fazem pensar que poderia ser você e eu ali, bastava ter nascido no lugar e tempo "errados", ou deixar que se tornem errados o tempo e o lugar em que estamos hoje.

site: https://discolivro.blogspot.com/
@quixotandocomadani 23/10/2021minha estante
Maravilhosa essa resenha. Adorei! Parabéns ?




Diego 30/10/2021

Antes de tudo, digo que tive a oportunidade de visitar o complexo dos campos de extermínio de Auschwitz-Birkenau no inverno, lembro que fazia -12°C e sentia frio, mesmo agasalhado. E, por ter conhecido as condições de algumas das instalações e de como viviam ali os prisioneiros, o relato de Primo Levi, judeu italiano preso neste mesmo complexo de extermínio, me mexeu muito.

Ele nos conduz a memórias amargas, sem juiz ou júri, somente carrascos. Sua luta não só pela sobrevivência em si, mas também seu esforço para compreender o intrincado sistema próprio que regia a vida no campo, há um capítulo inteiro dedicado a explicar a delicada economia paralela que existia.

Levi descreve o campo como uma verdadeira torre de Babel, diversos grupo com as mais diferentes etnias, línguas, cultura e costumes que chocam-se entre si e com a austeridade alemã. Sobre isso, há uma passagem que ele tenta ensinar italiano a um de seus colegas prisioneiros citando A Divina Comédia, de Dante, percebendo, então, como a vida que tinha, era similar ao Inferno dantesco.

Pelo menos em "É isto um homem?", de fato, não há um julgamento dele feito diretamente aos alemães, embora em algumas passagens mencione seus olhos sem vida e piedade, em que só havia desprezo pelos judeus. Por sua vez, relata como, às vezes, a brutalidade vinha dos próprios prisioneiros, àqueles que obtinham certos privilégios e para não perdê-los, eram capazes de se virar contra seu próprio grupo.

O livro todo é importante, há diversos trechos que deixei de comentar, minha única recomendação é que o leiam, é devastador e nos desperta uma compaixão e empatia por aqueles nestas condições pavorosas.
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sabre 13/12/2023

Um retrato cru e cruel sobre o holocausto da Segunda Guerra. Relato que dói, mas que é essencial, principalmente ao considerarmos tudo o que ocorre no mundo de hoje. Nunca esquecer, nunca permitir que se repita.
Talento inquestionável do Primo Levi, que discorre sobre a morte moral e sobre o que é ser humano de forma complexa e instigante.
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Marcella.Pimenta 06/07/2023

Quando parece não haver nada, eis que o homem se revela
A gente costuma conhecer e se lembrar dos grandes acontecimentos como uma experiência coletiva, um fato que repercutiu na vida de várias pessoas.

Aqui, Primo Levi, um judeu italiano formado em Química, nos convida a ver o que ele viu, a olhar a situação dos prisioneiros em Auschwitz como uma experiência individual, pessoal.

"Entre os homens existem categorias, particularmente bem definidas: a dos que se salvam e a dos que se afundam". Cada um sabe como se comportou diante daquela situação extrema. Se virou um kapo (prisioneiro que virava "chefe" por sua crueldade com os demais) ou se resistiu sem perder a humanidade.

Afinal, quando o regime tira tudo (materialmente falando) de um homem, o que sobra?
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Felipe.Camargo 19/02/2022

Triste, porém real!
32º Livro do ano: É isto um homem? ? Primo Levi

Sempre ouvi falar sobre esse livro como um dos mais tristes relatos sobre o holocausto, e em tempos em que pessoas eleitas pelo povo, defendem a ideia de que o Nazismo possa ter voz, reler os testemunhos de quem sofreu na pele a barbárie, pode ser uma ferramenta de sensibilização para os horrores perpetrados.
O livro do químico italiano, demonstra como foi sua trajetória, desde a captura que sofreu pelo exército de Mussolini na Itália, o seu transporte pela Europa até chegar a Auschwitz. A partir disso, Levi, semelhantemente a Dante, faz sua imersão no inferno, onde se depara com as mais baixas situações em que um ser humano pode ser colocado.
?É isto isto um homem?? nos faz refletir o quanto a realidade pode ser muito pior do que a ficção... um livro que deveria ser lido por todos, principalmente por quem defende e tem simpatia por regimes totalitários.
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Brenoarf 05/02/2022

A visceralidade dos incógnitos
"É isto um homem?" configura uma profunda reflexão sobre a fragilidade da existência humana em confronto com a sua mais intensa capacidade de sobreviver, mesmo onde há apenas loucura, sofrimento e dor.
A privação da maioria dos recursos de manutenção de vida biológica a um grupo selecionado, imposta por outros seres humanos no auge do egoísmo e soberba, alia-se à suprema miséria e humilhação moral que desconecta a vida e deteriora o intelecto e a alma.
O nascimento do mal, em parâmetros novos, induz a um gradual apagamento dos seres escolhidos como alvos da horrenda destruição executada pelo nazismo de Hitler, que registra o extermínio como fato casual e compreensível para sedimentar uma nova era. Levi, como escritor, ocupa-se, nessa obra, dos judeus do complexo de Auschwitz com quem conviveu e dá voz aos ausentes, aos que foram silenciados pela inexistência física no pós-guerra e que foram em realidade as verdadeiras testemunhas.
Os testemunhos, a negação, o silêncio voluntário e o silêncio pela ausência são um mosaico de sentidos humanos gerados a partir do que a estudiosa Hannah Arendt denominou como "banalidade do mal". Para além de relatar o cotidiano em Auschwitz, em analisar o declínio da humanidade perante seus próprios olhos, Levi deixa, nessa obra, como legado a necessidade de preservar a memória, sendo o testemunho do autor, portanto, a preservação do coletivo. O coletivo que sofreu, morreu e constantemente é alvo de uma tentativa de covardes apagamentos. Isso porque a pergunta que dá título ao livro é um questionamento sem conclusão simples: o homem é o mesmo que matou milhares de judeus, mas também é o mesmo que sofreu com a perda da identidade nos campos de concentração nazistas. O homem é uma incógnita.
A obra de Primo Levi é certamente um dos marcos mais importantes para a narrativa testemunhal a cargo da ficção, de onde saem as palavras em tantos quantos foram os idiomas envolvidos, de onde brotam as imagens cênicas de tantas quanto foram as atrocidades cometidas e de onde emergem as personagens-testemunhas que ultrapassaram "a libertação, num cenário miserável de moribundos, de mortos, de vento infecto e de neve suja [...]" como descreveu Primo Levi.
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