A Pérola Que Rompeu a Concha

A Pérola Que Rompeu a Concha Nadia Hashimi




Resenhas - Arqueiro


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Tangerina 07/02/2022

Um livro forte, inspirador, e extremamente nescessário.

Li por influência de uma querida aqui do skoob, e sinto que sou uma outra pessoa depois de lê-lo. Um livro que trata tão de perto uma cultura diferente, e aborda questões como misoginia, corrupção, pedofilia...abre nossa mente para algo que nosso privilégio por vezes nos deixa anestesiados.

Michela Wakami 08/02/2022minha estante
Minha querida, você leu?!?!?!
Que alegria, esse livro é maravilhoso, toca fundo.
Também aprendi muito com ele, o mundo tem coisas, que a gente nem imagina.?


Michela Wakami 08/02/2022minha estante
Obrigada por confiar na minha indicação.???????


Tangerina 08/02/2022minha estante
Você é uma grande inspiração, amo suas resenhas e seu ritmo de leitura é imbatível, hahaha.
Sua paixão e comprometimento com a leitura é lindo de acompanhar. ????confio demais!


Michela Wakami 08/02/2022minha estante
Você é maravilhosa.?????????????????




Michela Wakami 22/04/2021

Ao fim da leitura, lágrimas rolaram.
E não tinha como ser diferente, um livro tocante, marcante e profundamente emocionante.
Realidades oculta aos meus olhos, mas reveladas ao meu coração.
Vidas dilaceradas por costumes vividos em um país distante do meu, mas que não deixam de me incomodar e me fazer desejar que seja diferente.
Tangerina 22/04/2021minha estante
Fiquei até com vontade de ler


Michela Wakami 22/04/2021minha estante
Maravilhoso!??


CPF1964 22/04/2021minha estante
Vou ler. Obrigado pela recomendação.


Michela Wakami 22/04/2021minha estante
Oi Cassius, depois me conta o que achou. Por nada!?




Ratinha de Biblioteca 26/07/2021

Shekiba e Rahima
Acompanhamos um pedacinho da história do Afeganistão por meio dessas duas mulheres: Shekiba, no início do século XX quando havia o Império Afegão que se tornou independente da Inglaterra; e Rahima, no início do século XXI, após a instalação do regime "democrático". As narrativas vão se alternando e a autora, qual uma Sherazad, mantém-nos cada vez mais curiosos sobre as agruras que elas vivenciam.
Profundamente triste, mas também inspirador e, por que não, esperançoso. Esperança de que as mulheres possam ser respeitadas, acolhidas e libertas em todas as sociedades. Mas como disse a fantástica personagem de Khala Shaima: "... Deus espera você começar a se mover para te abençoar."
Margô 28/07/2021minha estante
Gostei da resenha. Pelo que já vi da autora, vou gostar de conhecer esta nova o obra!


Ratinha de Biblioteca 29/07/2021minha estante
Margô, me apaixonei pelo livro! Sabe aquele que você quer presentear todas as amigas?! É esse! Maravilhoso!




@loop.literario 08/02/2022

Imersão cultural
A leitura desse livro nos faz viajar numa cultura violenta e machista. Mesmo que em duas épocas distintas, percebemos o quanto ainda precisamos evoluir enquanto seres humanos.

Ao mesmo tempo a autora traz questões culturais, sociais e religiosas muito interessantes, e que renderam boas pesquisas.

Um livro recheado de mulheres fortes e determinadas.
Cláudia - @diariodeduasleitoras 08/02/2022minha estante
Parece ótimo.. tá na lista!


@loop.literario 08/02/2022minha estante
Recomendo!




Ana Vizentim 30/07/2021

Q livro perfeito!!! ??
Não sei nem o q dizer dessa perfeição...
Tô o mundo tem q ler esse livro...

Uma cultura q não estou acostumada e q me horroriza por algumas atitudes, mas q é importante conhecer.

As mulheres desse livro são verdadeiras heroínas pra mim...

Estou ainda refletindo bastante sobre a vida aqui!!
NARA DIAS 31/07/2021minha estante
Tá no meu e-book.. Sempre quis ler...


Ana Vizentim 31/07/2021minha estante
leia pq é lindo ?




@bibliotecadedramas 10/07/2020

Emocionante e realista
Esse livro foi um choque e um grande ensinamento ao mesmo tempo pra mim. O livro narra história de duas mulheres em períodos históricos diferentes sobre suas vidas no Afeganistão, por aí a gente já imagina o que vem, né? Nós temos uma vaga noção de como a mulher é tratada nesses países através do que as vezes vemos na televisão, mas nem de longe sabemos como é essa realidade. Isso se dá muito em parte por conta até da religião – que tanto na vida de Rahima como Shebika deixou bem claro isso. A mulheres são vistas como meramente um objeto de troca, uma mercadoria, mas existe uma prática – que eu sabia bem por cima, mas não sabia que tinha nome e se chama Bacha Posh.

Bacha Posh é uma prática cultural muito comum no Afeganistão em que literalmente as famílias escolhem suas meninas para transforma-las em meninos, principalmente famílias que não conseguiram ter filhos homens, Bacha Posch significa “vestido como um menino”. Então a menina muda o nome e começa a se comportar e a se vestir como um menino, e isso implica em uma ‘liberdade’ que as meninas de lá não tem: frequentar uma escola – que é o básico para nós, por exemplo, mas também “serve” pra escoltar as irmãs em público já que é uma desonra a mulher andar sozinha e a trabalhar também, geralmente são trabalhos braçais super pesados.

“Às vezes, porém, é preciso desafiar as convenções, suponho. Às vezes, é preciso se arriscar quando se deseja muito alguma coisa.”

Conforme vão crescendo e adquirindo as formas de mulher, algumas Bacha Posh podem “voltar” a identidade original, mas justamente porque muito em parte já estão com casamentos arranjados por suas famílias e isso muitas vezes causa um conflito de gênero nelas muito sério, até porque depois são meninas que se casam muito cedo e aí todos os ‘deveres’ mudam novamente. Bacha Posh é uma anulação de identidade e de gênero em troca de uma liberdade que deveria ser direito de qualquer um, principalmente quando se trata das mulheres no Afeganistão. Tem um livro que fala justamente sobre essa prática, chama “As Meninas Ocultas de Cabul” que está na minha lista mas ainda não li.

O livro é intercalado entre as histórias de Rahima em tempos atuais e narrado em primeira pessoa e Shekiba – tempos já passados, contado em terceira pessoa. O livro aborda diversos temas e períodos históricos importantes para o Afeganistão e apesar de ser um país com uma cultura muito rica, as mulheres ainda são tratadas de uma maneira muito cruel. É um livro extremamente emocionante, realista e triste. Triste porque não há outra forma de ver como é a realidade de vida dessas mulheres, eu já li outros livros com esse mesmo tema: (O Caminho do Sol, Todas as Cores do Céu), mas sem dúvida esse livro foi muito mais impactante pra mim e ao mesmo tempo inspirador de ver a força das personagens.

Leitura mais que recomendada, mas não é um livro leve e aviso desde já porque algumas pessoas estão procurando leituras mais suaves pra esses tempos tão loucos.

site: https://shejulis.com/livro-a-perola-que-rompeu-a-concha/
Gika 26/05/2021minha estante
Lendo esse livro eu percebi o quanto eu estava errada sobre a vida no Oriente Médio, eu realmente acreditava que era em O Clone.


@bibliotecadedramas 26/05/2021minha estante
pois é, completamente diferente, esse livro é maravilhoso!




Luise 24/05/2021

Uma lição de empatia
Simplesmente fantástico. A ocidentalidade nos deixa alheios à enorme desigualdade de gênero que existe em diferentes graus no mundo. A misoginia existe e persiste, e quanto mais sentimos a dor do outro, mais somos capazes de mudar o mundo.

O livro tem as histórias de vida de 2 mulheres de uma mesma família, em diferentes gerações. Ambas passam por enormes dificuldades para encontrar paz e para poderem viver suas vidas livremente. Um direito que deveria ser de qualquer ser humano, mas que em nome de uma "tradição", só é válido para os homens no Afeganistão.

Impossível não se emocionar com as personagens.

Uma coisa que me chamou a atenção é a escritora ser uma médica (!) estreante na literatura. Achei o livro digno de muitos experientes por aí. Me surpreendi.
Marcelodmr 24/05/2021minha estante
Que fera!! Já adicionar aq na lista




alissonferreira.c1 08/08/2020

Uma história dura sobre resiliência
Eu comecei essa leitura já imaginando que não seria fácil. Infelizmente todos os livros que já li (uns seis) que passavam no Oriente Médio traziam uma carga muito pesada de violência, guerra e sofrimento. Esse não foi muito diferente.

A obra aborda massivamente sobre as desigualdades de gênero e também sobre a prática cultural do Bacha Posh, que consiste em transformar meninas em meninos para que elas possam ter vivências básicas em sociedade, como ir ao mercado sozinhas.

Mas apesar de toda dor, o livro também trás muita resiliência e nos permite refletir sobre privilégios. Parafraseando a própria autora, essa é uma história de ficção feita de mil verdades. É necessário entender os nossos privilégios por nascer em um país onde o acesso a educação ainda é assegurado pelo menos na maior parte do território.
JonasLupus 09/08/2020minha estante
:o




Haryadne.Moreto 26/02/2024

Não me lembro como esse livro foi para na minha biblioteca do Kindle, mas ele ficou lá por um tempo esperando ser lido. Esse começo do ano queria pegar alguma coisa mais tranquila e achei que esse seria uma boa opção. De tranquilo ele não tem nada, mas é do tipo de livro que você quer saber o que vai acontecer e não quer largar e, por isso, foi uma leitura rápida e prazerosa. Por outro lado, muito pesado por me deparar com uma realidade tão diferente da nossa.
O livro vai narrar a história de duas mulheres da mesma família (acho que avó ou bisavó e neta, não lembro) em uma cultura que a mulher não tem valor algum e como elas fazem para sobreviver a tanta repressão e violência em uma sociedade onde o homem é autoridade máxima. Apesar de décadas de diferença entre elas, pouco coisa mudou para as mulheres.
Eu gostei muito desse livro, só não dei nota máxima, pq as partes são demoradas e repetitivas quando você quer saber o que vai acontecer e tem que esperar .
Sabrina Milena 12/03/2024minha estante
Eu quero muito ler esse livro. Mas tenho receio dos possíveis gatilhos que ele pode trazer. Você pode por gentileza me falar alguns?




Camila 20/02/2022

Livro incrível e emocionante, com personagens fortes que mexeram muito comigo. Me emocionei diversas vezes. Fiquei com vontade de ler mais sobre o Afeganistão.
Recomendo demais o livro!
Jocasta | @curtaleitura 21/02/2022minha estante
Eu amei demais esse na época que li! Favoritei, Cami ??




Geysiele Capelão 30/06/2020

Que livro incrível!!!
Relata a história de duas mulheres, Shekiba e Rahima. Elas vivem a cultura afegã em épocas diferentes e relatam através das suas histórias como viveram em um cultura completamente misógina e como no Afeganistão é forte a desigualdade de gênero. Um dos melhores livros que li esse ano, com certeza!
Gabi 30/06/2020minha estante
????????? já pode reler???




José Lima 21/04/2024

Brutal, desumano, maravilhoso.
Livro me fez chorar, e me compadecer com as mulheres afegãs. Recomendo
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Saleitura 10/01/2018

A Pérola que Rompeu a Concha não é um livro que vai te fazer se sentir bem. Sinto que, a pesar de certos momentos terem provocado um sorriso ou um facho de esperança, não houve uma página sequer onde eu, acima de tudo, não me sentisse mal de alguma forma que fosse.


E eu, de modo algum, digo isso como algo negativo. Eu tenho que ser honesta e admitir que no início eu não tinha expectativas tão elevadas pra esse livro, mas com o passar das páginas e dos acontecimentos narrados, eu fui me vendo mais e mais submersa na história, mais e mais envolvida na vida daquelas personagens que foram apresentadas de maneira tão assustadoramente real que por vezes eu me esquecia de que aqueles eram personagens.

E ao mesmo tempo, após convencer a mim mesma que aquelas histórias eram fictícias, eu tinha que me lembrar da parte pior em tudo isso: Aqueles eram sim personagens, mas suas vidas foram e são reais. Mais reais do que qualquer um gosta de se lembrar que são.



Confesso que eu não queria fazer essa resenha. Esse é um daqueles livros cuja leitura é tão importante para você, que você nunca sente que está fazendo um bom trabalho em descrevê-lo. Eu estou escrevendo isso sabendo muito bem que não vou conseguir te passar nem metade do que eu desejaria, ou do que eu deveria.



Um livro que transcende sua história, ou sua narrativa, e se torna uma experiência importantíssima para nós nos dias de hoje. Enquanto eu lia, me vi envergonhada diante do quão ignorante eu sou quanto à vida no Afeganistão. Eu, que me orgulho ao dizer o quanto amo história, me senti cega diante de coisas tão reais.



E eu sei que ainda não sou, e que eu nunca serei, capaz de entender a cultura completamente, ou de saber como era viver na região nos períodos narrados no livro, ou como foi viver lá semana passada. Mas ao menos agora eu sei disso. A autora, por meio de sua narrativa aparentemente simples, conseguiu me fazer pensar no que eu sempre soube, mas sobre o que nunca antes havia agido.

Esse livro, mais do que nunca, me fez me lembrar do porquê da luta pelos direitos humanos, ele fortificou em minha mente os motivos pelos quais eu devo usar meus direitos: Para dar voz àquelas que não a tem. Não por luxo, ou por drama, mas sim porque em lugares que eu não vejo, mas que ainda assim estão lá, mulheres ainda sofrem coisas inimagináveis, pessoas, acima de tudo, vivem sem voz, sem olhos, sem vida.



Esse foi, se não estou enganada, o primeiro livro em que, logo depois de terminar de ler, eu imediatamente passei para a entrevista nas páginas finais. Eu queria saber mais sobre a autora, sobre seu processo de escrita. Nadia Hashimi nasceu em Nova York, e no entanto, devido aos seus pais afegãos, cresceu cercada pela cultura, e se viu curiosa diante da visão que o país em que vivia tinha do país no qual sua família vivera.



E por meio dessa entrevista, eu percebi ainda mais o quanto eu não passava de mais uma parte do resto do mundo de pessoas que não entende nada do que acontece fora de seu mundinho. E eu percebi o quanto fora hipócrita em me acostumar a dizer simplesmente "A ideia que temos deles é errada", e me acomodar aí. Fiquei aliviada por ninguém nunca ter me perguntado o porquê dessa ideia ser errada, afinal eu não teria sabido responder. Afinal na própria frase, eu deixava claro minha visão de mundo: Nós e eles.



E não digo isso como alguém que agora se sente super informada. Estou ciente de que provavelmente ainda não saberia responder a essa pergunta da forma ideal, assim como nunca conseguiria fazer essa resenha de forma ideal. Um livro apenas não pode me mostrar toda uma cultura, toda uma história. Não pode sequer me apresentar a uma parcela das milhões de vidas que passaram pelas limitações de suas culturas. Vidas doloridas que vieram e foram sem fazer alarde.

Resenha by Ana Carolina
https://www.skoob.com.br/usuario/2583884-ana

site: https://saletadeleitura.blogspot.com.br/2018/01/resenha-perola-que-rompeu-concha-de.html
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Greice Negrini 12/01/2018

Intrigante e Emotivo
Rahima é uma menina de apenas nove anos que vive em um país com grandes dificuldades. O Afeganistão está em guerra há alguns anos e tantos pessoas dentro de seu território quanto fora dele querem as riquezas que o país pode oferecer. E o problema é que a pobreza também afeta as famílias menores e das pequenas cidades. E Rahima é de uma família assim. Suas irmãs são mais velhas, porém viver com um pai que guerrilha junto de um homem poderoso e que nunca fica sóbrio quando está em casa é um martírio.

A única opção e conforto é a escola, onde elas podem frequentar, desde que os meninos não as olhem e não as persigam, já que a tradição do país diz que se um homem ficar atrás de uma mulher ela se torna impura. E é assim que pensam todas as pessoas. A família de Rahima não conseguiu gerar um herdeiro e sua mãe se tornou amaldiçoada pela família do marido.

Outro consolo é a tia Khala Shaima, uma solteira que não conseguiu se casar por causa de seu defeito nas costas, já que isto é visto como uma maldição, apesar de que a irmã mais velha de Rahima também ter uma condição igual. Khala é uma alma nobre que cuida das sobrinhas como se fossem suas filhas e nunca desiste delas, mesmo que isto enfureça Padar-Jan, o pai das meninas.
Com a raiva de Padar-Jan, certo dia ele decide que as filhas não poderão mais voltar para a escola. A forma encontrada para fazer com que pelo menos a filha mais nova, Rahima, continue indo para a escola e frequentando lugares na cidade é que ela se torne uma bacha posh, que é uma menina que se torna um menino até os dez anos de idade. E é assim que Rahima passa a viver os seus dias, até que uma grande confusão faz com que Padar-Jan decida casar as suas três filhas mais velhas com homens cruéis.

Ao saber que aos treze anos teria que se casar com um homem com o triplo de sua idade, o desespero de Rahima foi imenso. Não somente isto mas também saber que Parwin, com sua deficiência teria que encarar uma família ruim que a maltrataria. E assim sua tia começou a contar a história de Shekiba, uma trisavó que por conta do destino passou pela mesma experiência, e que poderia fazê-las entender que em um mundo em que os homens acreditam que a crueldade reina, tudo pode mudar.
Shekiba nasceu em uma família extremamente humilde. Seu pai, mãe e irmãos trabalhavam arduamente na terra para prover a comida que precisavam. O problema é que aos três anos de idade Shekiba sofreu um grave acidente que deixou parte do seu rosto deformado para sempre e assim todas as pessoas tinham repulsa ao olhar para ela.

Depois de toda sua família morrer com uma grave doença, Shekiba fica anos sozinha até seus parentes resolverem que a terra de seu pai deve ser disputada e ela morar com sua avó e outros familiares. É neste momento que começa o sofrimento de Shekiba com o tratamento diferenciado, sendo tratada como escrava.

Em idas e vindas Shekiba acaba sendo dada como escrava para o rei e volta a se tornar uma bacha posh em um reino cheio de mistérios. Agora há uma possibilidade maior de conforto e dedicação, além da liberdade de viver como um homem. Porém novos acontecimentos vão mudar os rumos de toda uma história.
Aos poucos depois de ler esta obra fui me adaptando ao que tinha lido. Foi uma experiência diferente em questão de cultura e totalmente enervante em alguns momentos sobre como as mulheres eram tratadas. Sofri imensamente ao ler as cenas onde as mulheres passam pela tradição do casamento, da noite de núpcias, do que são cobradas e do que os homens esperam delas. É uma coisa tão cruel que me vi querendo rasgar as páginas em muitos momentos.

E então me dei conta de que a realidade é exatamente esta. Um lugar onde as mulheres não tem uma opção de escolha e que vivem na sombra do medo e das agressões físicas o tempo todo.

E é por esta razão que acredito que nós seres humanos já perdemos há muito tempo um pouco da humildade e dor amor condicional ao imaginar que o outro deve ser jogado à própria sorte. Luta-se por direitos iguais enquanto em outros países uma mulher é morta por apedrejamento por um motivo simples.

A autora sobre como expressar o sentimento sobre a sua origem, desde o início do século passado até as guerras que ocorreram no país e as consequências geradas disto tudo. Rahima e Shekima são entrosadas em capítulos diferentes para mostrar como mesmo em gerações distintas o tratamento acaba sendo o mesmo.
Só li verdades em um cenário castigante, em uma cultura rica porém acostumada a ser usurpada pelo tempo e pelos interesses políticos. Uma obra que com certeza vai afetar o emocional e o sentimento e trazer à tona as mais diversas sensações. É como um grito no escuro, um pedido de socorro que, espero eu, chegue logo a todas as nações que tendem a traduzir seu lema em sacrificar sua espécie.

site: www.blogandolivros.com
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Laís 25/01/2018

[#resenhamaniadelivro] A pérola que rompeu a concha - Nadia Hashimi
@editoraarqueiro - 4,5/5

Hashimi conta a história de Rahima, uma afegã nascida em uma família de muitas mulheres, o que por si só já é uma grande ofensa ao seu pai. Mesmo criança, ela é obrigada a se casar com um senhor de guerra maldoso e bem violento.

Paralelo a isso, conhecemos também a vida de Shekiba, sua trisavó. Embora ambas vivam em tempos diferentes e possuam vidas diferentes, as semelhanças que as entrelaçam são muitas.

Duas mulheres - duas guerreiras. O nome do meio dessas duas é força, sério.

Eu não conheço nada sobre a cultura afegã, mas durante a leitura eu não consegui separar a realidade da ficção.
Será que isso é real? Será que elas não podem assistir TV? Elas são mesmo humilhadas se dão filhas meninas aos maridos??.

É difícil fazer uma leitura sobre uma cultura que desvaloriza as mulheres. Não é uma questão de etnocentrismo - tô falando de mulheres sendo apedrejadas, espancadas e estupradas constantemente. Mulheres servindo apenas para casamento e reprodução.

Mas, apesar do sofrimento, nesse livro também há espaço para muitas cenas lindas e emocionantes. A força dessas personagens é incrível. Foi impossível não sentir empatia e amor por elas!

Apesar de número de páginas, essa história pode ser facilmente lida em poucos dias. A autora tem uma narrativa muito gostosa de acompanhar. A vontade é de não parar de ler!

A lição que fica pra mim é: até em pedra nasce flor. Até no meio de tanta maldade, existe amor.

Acho que faltou um glossário com o significado das palavras em outra língua que a autora utilizou durante a história. Só por isso tirei meio ponto - de resto, é perfeito.

Leiam, mas se preparem! É uma história que não sairá facilmente do seu pensamento.

*Livro cedido em parceria com a @editoraarqueiro.
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