Os 27 Crushes de Molly

Os 27 Crushes de Molly Becky Albertalli
Becky Albertalli




Resenhas - As 27 Paixonites de Molly


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evvvv!! 20/01/2023

simplesmente uma graça, molly é uma querida
não sei nem por onde começar pq tenho tanta a dizer sobre essa leitura!
primeiramente, eu nunca tinha lido nenhum livro dessa autora mas amei o fato de ser cheio de representatividade e isso é maravilhosoooo!!! vc fica até mais animado em relação a leitura. também amei o fato de não ser focado apenas na molly e a gente acaba conhecendo bastante os outros personagens, inclusive a relação dela com a família é muito linda

a molly também é uma personagem muito real, tem seus defeitos e qualidades, tem seus problemas, medos, sonhos e inseguranças e tudo isso fica muito claro. o que é ótimo pq as chances de vc se identificar com ela de alguma forma são gigantes, provando que essa autora sabe escrever muitíssimo bem

o meu único problema com o livro foi o fato de em certo momento a leitura fica meio repetitiva, sem nada novo ou diferente, e isso tornou uma grande parte do livro cansativa pra mim. mas acredito que isso também vai de experiência pra experiência?

o final foi maravilhoso e deixou meu coração quentinho!, todo mundo precisa ler um clichê adolescente de vez em quando, principalmente se você tá vivendo sua fase de adolescência ?
becky. 20/01/2023minha estante
olha quem voltou com a skin de leitora




triz.martinho 04/01/2018

Livro bom
O livro conta sobre a vida de Molly, principalmente sobre sua vida amoroso, que não tem muito sucesso, como poderia dizer, vai de mal a pior.
Como ela mesmo fala, teve 26 crushes e zero beijos, isso não é nada bom na sua visão.
E tudo piora quando a prima vai embora da cidade e ainda por cima sua irmã gêmea Cassie arruma uma namorada e se afasta dela.

O que eu poderia dizer desse livro? Ele é bom e tem uma leitura rápida, não diria que é melhor livro do mundo, mas é bom. Molly te conquista com as dúvidas e sofrimentos dela.

Ela encara situações novas e desafios diferentes do que estava acostumada. Arrumando um trabalho com novas responsabilidades, conhecendo novas pessoas.

Principalmente ficando em dúvida, será que ela vai ser feliz, com o que os outros chamam de perfeito, ou será que o amor pode vir de qualquer lugar?

Porque sabemos que não podemos escolher o crush, a paixão vem de surpresa e nem sempre escolhemos ela.
Carol Costa 05/01/2018minha estante
ADOREI




spoiler visualizar
Luaa_ 23/11/2021minha estante
Esse livro é super "leve", mas te faz refletir sobre vários assuntos importantes. Amo isso nos livros da autora!




KahTavares 08/11/2017

Os 27 crushes de Molly
Esse livro é muito fofo, sério.
Simplesmente não consegui largar enquanto não terminei, e olha que foi de varar madrugada! Mas valeu muito a pena, apesar de ser uma trama juvenil, é um livro muito verdadeiro.
Família, aceitação, amores e amadurecimento recheiam as páginas desse livro nos entregando uma protagonista que torna o enredo tão crível que sentimos vontade de abraça-la o tempo todo.
Não é sobre todos os amores e intensidade que existe no período da adolescência.
É principalmente sobre entender que as coisas podem não acontecer como imaginamos e tudo bem, a vida continua sendo valendo a pena
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De Olivato - @olivatobooks 23/09/2017

AAAAAAAAAA QUE LIVRÃO. OBRIGADO BECKY ALBERTALLI.
Este livro conta a história de Molly que tem 17 anos e 26 crushes, mas que ainda não beijou ninguém. Molly não é muito confiante em relação com o próprio corpo por não seguir os “padrões de beleza” e é muito tímida, o que faz com que ela acabe internalizando todos os sentimentos que tem, ao invés de falar para as pessoas.

“Sempre fico meio desnorteada quando as pessoas falam coisas sobre o meu corpo. Acho que quero acreditar que ninguém repara que sou gorda. Ou que sou bonita e gorda ao mesmo tempo.”

Molly é irmã gêmea da Cassie que é lésbica e começou recentemente a namorar a Mina, as duas tiveram a ideia de juntar um amigo de Mina com Molly. Nossa protagonista nunca pensou realmente como seria ficar com alguém, ela gosta de pensar nos garotos como inalcançáveis e a noção de que algo pode acontecer a deixa nervosa.

O mundo de Molly promete virar de cabeça para baixo quando outro garoto também começa a parecer interessado por ela que não imaginaria que um dia ficaria com um garoto, muito menos dois garotos.

“Você pode querer o que quiser. E quer saber? O amor é uma coisa que vale a pena querer.”

É uma leitura bem rápida e divertida, voltada para os acontecimentos atuais, fala sobre gordofobia e homofobia, além de aceitação do próprio corpo, lidar com sintomas de ansiedade, amor familiar, amizade e sobre tudo, coloca a protagonista como uma personagem real com defeitos e qualidades.

“Essa é a questão da mudança. É normal sofrer com elas. É a mais básica de todas as tragédias.”

No Skoob, eu dei 5 estrelas e favoritei, se você amou Simon Vs A Agenda Homo Sapiens com certeza vai amar esse livro também e rufem os tambores... É no mesmo universo que se passa o livro do Simon – gritei muito quando soube disso. Leiam Simon e Molly, Becky Albertalli sempre sabe escrever e desenvolver bem os seus livros.

site: https://www.instagram.com/p/BZUb7Aal1hN/
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Tatiana.Souza 19/01/2018

meu coração tá tão quentinho.
Eu amei esse livro. Amei muito!!!
Um romance leve, gostoso, mas que levanta algumas questões tão importantes.
Essa história me deixou feliz, deixou meu coração quentinho e me fez amar mais ainda a Becky Albertalli.
Ps: gostaria de terminar esse comentário com vários emojis de carinha com olhos de coração.
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Dri - @oasisliterario 21/01/2018

Molly Peskin-Suso já viveu muitas paixões, mas nunca na vida real e, assim, ela desenvolveu vinte e seis crushes ao longo da vida. Ao contrário da sua irmã gêmea Cassie, que nunca teve problema em se relacionar com outras pessoas, Molly sempre foi cautelosa. Quando Cassie começa a namorar, Molly percebe que pode estar mais sozinha que nunca. Isso até conhecer um hipster e um colega de trabalho, dois possíveis candidatos ao posto de novo crush de Molly.

Novamente com sua graciosidade, Becky Albertalli nos apresenta uma história repleta de representatividade, o que, por sinal, foi um dos pontos mais positivos da narrativa. Becky aborda desde homofobia à gordofobia, tratando a diversidade como algo natural.

Minha expectativa com relação a esse livro eram altíssimas. Ao ler a sinopse, tive a sensação que poderia me enxergar em Molly e foi exatamente isso que aconteceu.

Nunca havia me identificado tanto com um personagem literário como me identifiquei com Molly. Diversas situações vividas por ela, foram situações que vivi há alguns anos e esse fato já foi suficiente para me apegar tanto a narrativa. Os personagens não são perfeitos e há cenas em que ficamos com raiva de algumas atitudes, mas creio que isso seja um fator positivo na história. Personagens imperfeitos acrescentam uma sensação de realidade à narrativa, não é mesmo?
O livro também conta com rápidas aparições de Simon, Abby e Nick, personagens do livro "Simon vs A Agenda Homo Sapiens".

O enredo do livro pode parecer algo clichê, mas a maneira que Becky conduz a história é simplesmente adorável. A autora aborda diversas formas de relacionamentos: familiar, amoroso, fraternal... Além de desenvolver o romance, ela também demonstrou o desenvolvimento pessoal de Molly. Ao longo da narrativa é possível ver a personagem enfrentar conflitos, passar a se aceitar e depender menos de sua irmã gêmea. É incrível ver a personagem aprender a amar.

"Os 27 Crushes de Molly" é um livro levinho e fofo, super recomendado a leitores que não dispensam uma história recheada de representatividade.
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Ana 26/01/2018

Um cheiro e um beijo
Em Os 27 Crushes de Molly, existe uma enredo simples, de uma adolescente com inseguranças, uma família amorosa e amigas maravilhosas.
Mas a história vai além de um clichê da sessão da tarde. Nas páginas, é possível acompanhar as inseguranças de Molly devido ao seu peso, sua timidez, sua relação com a irmã, sua relação com as amigas, e seu contato com garotos.
Em pouco tempo a história chega ao fim, deixando um gostinho de quero mais, uma vontade de conhecer mais da vida da Molly, saber da história da Cassie, da Mine, da Abby e da Olivia, principalmente da Olivia. Sem falar em Patty e Nadine, que são puro amor. Livro altamente recomendado para ser lido com um cappuccino, e coelhinhos de chocolate (em qualquer época do ano).
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RChicago 26/01/2018

Clichê repaginado
Achei o livro neutro, como os filmes estereotipados que passam na sessão da tarde. A leitura é leve e rápida, mas não emociona, transcende ou inova. A estória é basicamente a personagem principal sem sal e imatura vivendo uma vida introspectiva enquanto espera que algum garoto magicamente queira namora-la. Não gosto de personagens assim: fracas e vitimistas. Gostoso é aquele livro que emociona, nos toca, com personagens inovadores e fortes, que nos inspiram. O livro claramente foi feito para os jovens adolescentes, que se deleitam com o enredo clássico estereotipado com referencias à cultura pop atual como Pinterest e Game of Thrones.
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Hellen @Sobreumlivro 07/09/2017

Poxa, crush...

"Poxa, crush, por que não me nota? Como eu queria que você me desse bola." Como já dizia a pensadora contemporânea Nicole Lispector, ter um crush não é fácil, então imagina só ter 26 crushes e nenhum beijo?!

Molly Perkin-Suso é o tipo de garota que se apaixona fácil, assim ela tem uma coleção de crushes. Mas se ela acreditasse em si mesma da mesma forma que se apaixona, tudo estaria em perfeita sintonia.

O problema é que ela não acredita em si mesma, afinal gordas precisam ser cautelosas (palavras dela, não minha). Mas as coisas mudam quando sua irmã Cassie começa a namorar com Mina, uma garota super legal, que tem um amigo super gatinho, que talvez venha a se tornar o seu crush n° 27.
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"Mas talvez sempre haja pedacinhos tristes dentro de mim, esperando para serem reconhecidos e citados. Talvez seja assim com todo mundo."
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Mais uma vez, Becky Albertalli escreve um livro incrível, e eu agradeço demais por poder ler algo assim. E quando digo isso, entende-se que a escrita é, como sempre, leve, extremamente divertida e sutil. Parece que, de alguma forma, ela está conversando com o leitor, o que nos leva à outro ponto: a maneira como ela desenvolve as conversas. Talvez por ser psicóloga, Becky consiga encaixar melhor temas sérios em espaços/conversas simples, e sempre nos ensina algo.

E assim chegamos a outro ponto que quero ressaltar: REPRESENTATIVIDADE! Esse é, sem dúvidas, o ponto crucial da estória. Becky traz temas importante, como feminismo, LGBT, racismo, depressão, ansiedade...
Além de contar com uma grande participação familiar. Sim, a autora trabalha muito bem essa relação ao longo de poucas mais de 300 páginas.
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"É aquela sensação de alguém conhecer você de todas as formas pelas quais você precisa ser conhecida."
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Alguns livros tem essa capacidade de nos encontrar, não o contrário. Assim, agradeço a Becky por feito um livro no qual me sinto, de diversas formas, representada.

Minha avaliação oficial desse livro é: ❤😻😊 (Essa aqui só entende quem leu, rs)

site: https://www.instagram.com/sobreumlivro/
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Naoko | @nanaestante 02/05/2018

Crush para cada lado
O que dizer sobre esse livro? Ele é simplesmente demais (leia-se também muito divertido, fofo e bem escrito).

Temos o contato com Molly, uma adolescente de 17 anos que já tivera 26 crushes e nenhum beijo.

Tudo está bem até que sua irmã, Cassie, se apaixona e começa a namorar. No fundo, isso faz Molly desejar ainda mais poder compartilhar desse sentimento.

Mas é claro, o medo e principalmente a insegurança pode colocar tudo isso em jogo.

Principalmente quando Molly se vê entre dois rapazes.

Um livro leve e fofo. Que recomendo muito!
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Gramatura Alta 09/05/2018

OS 27 CRUSHES DE MOLLY é o mais novo livro de Becky Albertalli, autora de COM AMOR, SIMON (resenha, AQUI), que foi um livro bastante rypado e adorado pelos leitores, ganhando até adaptação cinematográfica.

Em OS 27 CRUSHES DE MOLLY, conhecemos Molly, uma adolescente de 17 anos, super inteligente e criativa. Porém, ela tem a autoestima baixa por conta de estar acima do peso. Com isso, Molly nunca namorou, nem ao menos beijou alguém. Porém, ela já teve 26 crushes, ou seja, paixonites, mas nunca teve coragem de se aproximar, muito menos falar de seus sentimentos, por achar que sua aparência afugentaria os rapazes.

Molly tem uma irmã gêmea, Cassie, que é totalmente o oposto dela em todos os sentidos. Elas são muito próximas e sabem tudo uma sobre a outra. Porém, quando Cassie começa namorar Mina, Molly se sente um pouco diferente, talvez isso possa acabar separando as duas, e a ideia a assusta.

Mina tem um amigo, Will, um garoto hipster, simpático e fofo, que poderia ser muito bem o 27° Crush de Molly. Seria como matar dois coelhos de uma cajadada só. Ajudaria Molly a sair da sua crise existencial e desencalhar sem ter que, necessariamente, separar-se da irmã.

Mas Molly começa seu primeiro emprego e conhece Reid Tolkien. O garoto meio nerd dos sapatos super brancos e ofuscantes que chama atenção da garota, não só por isso, mas por saber conversar e entendê-la totalmente. E agora? Quem levará o posto de 27º Crush?

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da protagonista, e o que faz o leitor mergulhar de cabeça na historia, assim como em COM AMOR, SIMON, é a forma como a autora inicia a história, prendendo o leitor imediatamente.

Entretanto, durante a leitura, não tem algo maior que te prenda. Ficamos apenas curiosos pra saber com quem Molly vai dar seu primeiro beijo, pois sabemos que isso vai acontecer a qualquer momento.

Pelo menos a autora não descreve as paixonites anteriores de Molly, pois um dos meus maiores medos era que ela desse uma de John Green em O TEOREMA KATHERINE e falasse dos crushes em ordem crescente, com detalhes.

O que me faz gostar da escrita de Becky, é como ela constrói bem os personagens, com diversidade de gênero, cor e religião. Ela simplesmente pisa no preconceito, criando personagens e situações da forma mais simples e descomplicada. Isso torna a leitura leve e super fluída, além de como os personagens são irônicos e sarcásticos, levando a leitura a outro patamar.

É impossível não gostar de Molly, entender um pouco o drama e os motivos dela viver tão presa dentro de si mesma, dos seus pensamentos, sem coragem e sem um pingo de ousadia. Diferente de Cassie, que acabei nutrindo um leve "ranço", pois não é um dos personagens mais adoráveis. Já Reid é um personagem cativante, não muito diferente do Will, só que mais maduro.

Algo interessante é que, Becky Albertalli faz ligações com o livro anterior. Molly e Cassie são primas de Abby, melhor amiga de Simon.

O real foco do livro não é apenas a saga para arrumar um namorado, mas também sobre crescimento, como Molly convive com o ciúme que nutre pela irmã e, aos poucos, descobre seu amor próprio e a capacidade de ser suficiente sozinha.

As pessoas classificam esse livro como fofo, mas não sei se poderia classificar assim, pois é uma leitura em partes, reflexiva, sobre como a opinião alheia mexe com o psicológico de uma pessoa. No geral, foi um livro que me surpreendeu, mas deixou um pouco a desejar em alguns aspectos. Contudo, é uma leitura muito válida!

site: http://www.gettub.com.br/2018/05/os-27-crushes-de-molly.html
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Fernanda.Granzotto 09/05/2018

Este é um livro muito rápido e eu gostei dele.Foi um livro onde eu era capaz de me identificar muito com o que estava acontecendo e o que estava sendo dito. Eu marquei muitas citações.
Mas o livro não foi perfeito, infelizmente acabei não gostando dos personagens e achei o enredo previsível.Mas como eu disse isso é uma leitura rápida, se você quiser algo para passar o tempo,eu recomendo!
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May Souza 15/05/2018

Esse titulo é meio mentiroso

Molly tem 17 anos 26 crushes e o total de 0 beijos.
A vida dela estava boa, confortável até. Só que depois da sua irmã se apaixonar e começar a namorar ela começa a se sentir meio de lado.
Molly tem vários problemas que vão desde ansiedade até problema com peso. Para piorar ela se vê dívida entre dois garotos.

Em os 27 Crushes de Molly a gente tem uma história de amadurecimento, muito mais do que sobre os vários crushes dela, a Becky soube trabalhar muito bem nesse livro para que tudo se encaixasse. Mas tenho que admitir que ainda prefiro o livro do Simon me apaguei muito mais a história dele. E fiquei muito feliz de ver que alguns personagens de Simon vs a Agenda Homo Sapiens aparecem.

75% da família dela é adorável, os outros 25 vai para aquela irmã insuportável dela. As mães da Molly são muito divertidas, o irmãozinho é a coisa mais fofa, e a irmã, bem... Nem tenho o que dizer.

O livro é todo muito fofinho, em vários momentos eu me identifiquei com a Molly, várias coisas que ela sentiu durante o livro eu ainda sinto durante a minha vida, e quem sabe o dia eu possa me superar e evoluir como a Molly. Outro ponto interessante é que a Becky soube contar a história da Molly de uma maneira leve, o mundo já é cheio de drama, vamos aproveitar mais os momentos calmos.

Uma coisa que me deixou meio irritada com o livro foi o fato de o livro se chamar Os 27 Crushes de Molly e em momento algum o livro se aprofunda nisso, acho que isso foi um erro, a autora poderia ter deixado um pouco lado todo o drama da irmã dela e mais na história da Molly. Fora isso foi uma leitura muito agradável que me deixou com uma sensação muito boa.

Livro muito bom e super recomendo para quem quer um YA fofinho e leve para ler.

site: instagram.com/meperdinoslivros
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jessicailustrax 21/05/2018

Um livro onde a representatividade é uma peça não o todo.
Quem nunca se apaixonou e ficou com medo de se declarar que atire a primeira pedra. Em Os 27 Crushes de Molly, Becky Albertalli vai te cativar com a sutileza de uma história sobre amadurecimento, amor e muita representatividade.

"É uma coisa bem incrível não se importar de verdade com o que as pessoas pensam de você. Muita gente diz que não se importa. Ou age como se não se importasse. Mas acho que a maioria se importa muito. Eu sei que eu me importo."

Nunca fui o tipo de pessoa que se prende totalmente à representatividade como marco de toda obra. Não me entenda mal, não é que não ache importante, mas apenas creio que não seja o mais importante. Principalmente porque sempre percebo que acabamos por perder o real significado de representar. Explicando melhor: no meu ponto de vista, o simbolismo deve ser colocado de maneira natural, sem estardalhaço. Pois quando ao contrário, torna-se forçado e o contexto parece ser reduzido. Não estamos mais falando de uma história de superação que consequentemente se torna um manifesto de igualdade, mas passamos a ver a obra como uma procuração que tem o sentido apenas de representar. Exemplificando, depois do lançamento do filme Pantera Negra vi muitas pessoas comentando ser o melhor filme da Marvel por conta disto, afinal pela primeira vez tínhamos um herói negro nas telonas. Mais uma vez não é que eu considere inválido o argumento, mas sinceramente, Pantera Negra não devia ser o melhor filme porque apresenta a melhor história?

"Nunca contei para ninguém, nem para minhas mães e para Cassie, mas é o que me dá mais medo: não ter importância. Existir em um mundo que não liga para quem eu sou. É um outro nível de solidão."

Partindo desse princípio, quando comecei a ler Os 27 Crushes de Molly, já sabia que se tratava da história de uma mulher acima do peso ideal (isso existe?), por isso havia me preparado para uma revolução em favor da quebra de determinados tabus. Mas para minha grata surpresa, Becky Albertalli chega com uma narrativa cheia de sutilezas. Ela não cria aquele plot twist de início, mas sim situações reais que tem o propósito de nos mostrar que somos todos humanos de carne e osso. Podemos passar pelas mesma situações e ter os mesmos sentimentos. Não será nossa aparência que determina se somos capazes disso ou daquilo, muito menos de orientação sexual. Ao criar um livro cheio de representatividade, Becky Albertalli não impõe nada por conta dela, mas sim expõe a normalidade que todos deveriam saber.

"Odeio estar pensando nisso. Odeio odiar meu corpo. Na verdade, nem odeio meu corpo. Só fico com medo de todo mundo odiar. Porque garotas gordinhas não têm namorados e claro que não fazem sexo. Não nos filmes, não de verdade, a não ser que seja piada. E eu não quero ser piada."

Quando Becky começa seu livro, deixa claro que não estamos falando de uma obra surpreendente cheia de drama adolescente, mas sim de uma história dotada de conflitos que todo adolescente sente, principalmente os mais inseguros. Na época que eu fazia ensino médio, apesar de não ser gorda, nunca me considerei exatamente bonita: era magrela de mais, buchuda de mais (sim as duas coisas existem juntas!), cabelo alto de mais. No entanto nada disso me impediu de ter meus crushes, que apesar de não serem 27, foram paixonites importantes, mas eu também nunca tive coragem de falar com nenhum deles. Dessa forma, ao conhecer Molly me identifiquei facilmente com ela por conta da Jessica do passado. Nós duas achávamos que nunca nos apaixonaríamos e, apesar de sermos felizes assim, queríamos saber qual era a sensação. Não é questão de ser dependente de romance, mas sim de querer ter um tipo de sentimento que parece que todo mundo a sua volta tem menos você.

"Passo muito tempo pensando em amor e beijos e namorados e todas as outras coisas para as quais as feministas não tinham que dar muita bola. E eu sou feminista. Mas não sei. Tenho dezessete anos e só quero saber como é beijar alguém."

Pelo fato de ter me visto na protagonista (de uma forma que poucas vezes, ou mesmo nunca, havia acontecido) me conectei a obra ao fundo. Tanto pelo fator inicial de insegurança quanto pela trajetória da personagem para ganhar auto-confiança. Mais uma vez, Becky é sútil ao evoluir sua personagem sem nunca mudá-la. Para tanto, Molly vai aos poucos percebendo as qualidades que possui entendendo que de modo que o amor não virá apesar de ser gorda, mas sim ciente e acima disto aceitando-a. Afinal de contas, o corpo é só uma casca e muitas outras coisas a definem não existindo motivo para Molly ser rejeitada, ainda mais por padrões de sociedade que nem sequer deveriam existir.

"Tem alguma coisa em momentos assim, quando esse fiozinho tênue me liga a um total estranho. É o tipo de coisa que faz o universo parecer menor. Adoro isso."

Outro ponto que me fez amar o livro foram os personagens secundários que realmente fizeram a diferença no enredo. Realmente detesto livros em que os secundários vêm apenas para encher linguiça. Quando li Simon Vs A Agenda do Homosapiens meu incômodo com foi a criação de tantos personagens que acabaram não tendo relevância no contexto principal. Como que para corrigir seu erro, Becky não perde ninguém e demonstra como a amizade e a família são importantes para a aceitação de si mesmo. Nadine e Patty (mães de Molly e Cassie geradas por meio da proveta) são lésbicas (obviamente né, Jéssica?) evidenciam o primeiro passo: se aceitar e ser feliz sozinhos. Reid (crushe 27) revela o segundo: somente aquele que nos aceita merece estar em nosso amor. E Cassie, Mina, Olivia e Abby (lembra dela em Simon?) apresentam o último sobre amizade e o modo com o qual elas nos mantém de pé.

"A amizade é assim: nem sempre é determinada pelo que as pessoas têm em comum."

De todas as maneiras que consigo pensar, Os 27 Crushes de Molly foi um livro espetacular, diria que é um dos melhores livros no gênero e da vida. Becky Albertalli não se prende ao esteriótipo e nem sequer trata seus personagens como absolutamente especiais por apenas serem diferente. Somos naturalmente divergentes um dos outros devemos entender e respeitar isso, mas sobretudo nos aceitar e sermos felizes pela abundância de vida refletida em nós.

site: https://fanficcao.wordpress.com/2018/05/21/resenha-os-27-crushes-de-molly-becky-albertalli/
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