bardo 05/11/2022
A primeira coisa que deve ser louvada aqui é a qualidade da escrita da autora, apesar do uso um tanto irritante de um recurso, sua escrita consegue prender o leitor apesar da frustração. E não, o livro não é ruim muito pelo contrário de fato ele merece o hype que possuí, entretanto receio que os leitores mais afoitos tendam a não terminar a leitura. A autora utiliza o recurso de cortar a história em seu clímax, alguns autores fazem isso, mas retomam normalmente no capítulo seguinte, não é o que acontece aqui. O que dá pra dizer sem entregar muito é que ao fim e relevado o fato de que sim estamos lendo um conto de fadas tudo dá certo. E sim, é preciso se ter muito em mente, estamos diante de um conto de fadas; não vale torcer o nariz para certas coincidências. A despeito disso é uma história com um peso emocional muito grande, tem um aspecto social tratado aqui, nos agradecimentos veremos que foi baseado em fatos reais o que torna o livro ainda mais relevante e interessante. Vale ainda comentar o adendo e novamente, vai encantar alguns e afastar outros; para o leitor ligado a música erudita e/ou seja ou já tenha sido músico, o uso da música e a forma como ela é tratada e é crucial na narrativa vai encantar e muito. Ouso dizer que todos os que já tocaram um instrumento (ou cantam) em algum momento vivenciaram algo que é descrito na narrativa, poucos livros são capazes de falar sobre isso sem cair na artificialidade, o que não é o caso aqui. Enfim um livro que merece sim o hype e no mínimo desperta a curiosidade para conhecer mais do trabalho da autora.