Su 28/01/2016
Esse livro chamou a minha atenção por causa do titulo. Rápido e devagar – duas formas de pensar me deixou muito curiosa.
O autor começa o livro nos falando sobre o seu extenso trabalho acerca de julgamento e tomada de decisões em conjunto com Amos Tversky.
Para que possamos ter um entendimento melhor, o autor divide as duas formas de pensar em Sistema 1 e 2. O Sistema 1, pensamento rápido, está relacionado à intuição, memória e tarefas cotidianas. Já o Sistema 2, pensamento devagar, está relacionado com análise, concentração e raciocínio lógico matemático.
O livro é dividido em trinta e oito capítulos. Dentre eles os que mais me interessaram foram Emoção, Disponibilidade e Risco, A vida como uma narrativa e Bem-estar experimentado.
A leitura desse livro foi bem interessante. Nos ajuda a compreender aquelas questões que geralmente nos perguntamos e nunca conseguimos achar a resposta. Traz vários esclarecimentos sobre o funcionamento da nossa mente. Só tive a impressão que algumas passagens foram repetitivas e alguns experimentos foram abordados várias vezes. Recomendo que a leitura desse livro seja feita de forma pausada, para evitar que ele se torne maçante.
“Quando pensamos em nós mesmos, nos identificamos com o Sistema 2, o eu consciente, raciocinador, que tem crenças, faz escolhas e decide o que pensar e o que fazer a respeito de algo. Embora o Sistema 2 acredite estar onde a ação acontece, é o automático Sistema 1 o herói deste livro. Descrevo o Sistema 1 como originando sem esforço as impressões e sensações que são as principais fontes das crenças explícitas e escolhas deliberadas do Sistema 2. As operações automáticas do Sistema 1 geram padrões de ideias surpreendentemente complexos, mas apenas o Sistema 2, mais lento, pode construir pensamentos em séries ordenadas de passos. Também descrevo circunstâncias em que o Sistema 2 assume o controle, dominando os irrefreáveis impulsos e associações do Sistema 1.”
“As pessoas tendem a estimar a importância relativa das questões pela facilidade com que são puxadas da memória — e isso é amplamente determinado pela extensão da cobertura na mídia. Tópicos mencionados com frequência ocupam a mente mesmo quando outros fogem à consciência. Por sua vez, o que a mídia decidiu cobrir corresponde à opinião que eles têm sobre o que se passa na cabeça do público. Não é por acaso que regimes autoritários exercem substancial pressão sobre a mídia independente. Como o interesse público é mais facilmente estimulado por eventos dramáticos e celebridades, frenesis alimentados pela mídia são comuns.”
“O papel do tempo tem sido um refrão nesta parte do livro. É algo lógico descrever a vida do eu experiencial como uma série de momentos, cada um com um valor. O valor de um episódio — tenho chamado isso de total de hedonímetro — é simplesmente a soma dos valores de seus momentos. Mas não é assim que a mente representa episódios. O eu recordativo, como o descrevi, também conta histórias e faz escolhas, e nem as histórias nem as escolhas representam o tempo de forma apropriada. No modo narrador de histórias, um episódio é representado por alguns poucos momentos críticos, especialmente o início, o pico e o fim. A duração é negligenciada.”
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