O Árabe do Futuro

O Árabe do Futuro Riad Sattouf




Resenhas - O Árabe do Futuro 3


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João Victor - @sigamoslivros 16/06/2018

#RESENHASOL | 4,5/5 ? | Riad Sattouf | Graphic novel autobiográfica | Intrinseca
Imaginem viver entre polos sociais e políticos distintos, em ambientes que as realidades são completamente contrárias. Síria e França, Riad tem raízes em ambos lugares, no ano de 1978 sua história se inicia na França.

Com pai sírio e mãe francesa, Riad Sattouf, um garoto lindo (o menino perfeito, segundo ele) tem 2 anos em 1980 e irá se mudar para o Líbano, pois, agora que o matriarca se tornou Doutor irá dar aulas numa universidade no país.

Mas por conta das questões sociais e econômicas do país, sua mãe Clémentine não aceita viver naquele ambiente, pois, está acostumada com a vida luxuosa e com mais facilidades na Europa. Voltam para a França e após algum tempo partem para o país de origem de Abdel-Razak, pai de Riad - a Síria.

E é nele que toda a história será desenvolvido, e assim acompanharemos as aventuras, dificuldades, descobertas, conquistas, aprendizagens do garotinho loiro simério.

Não é um livro que faz você se emocionar e muito menos chorar, mas é um livro que lhe faz soltar muitas risadas por conta do seu humor simples, leve e chocante. Impressionante como em uma página você está rindo e na outra você está estupefato com determinados acontecimentos.

A qualidade da Graphic Novel está na abordagem do contexto, cultura e comportamentos. Gosto de falar que esse livro é uma aula de história, geografia, sociologia, filosofia, economia, política, religião e vocabulário sírio. E nossa aprendizagem vai sendo fundida junto com a do garoto simério, sempre sendo contada do ponto de vista inocente e questionador de uma criança.

Toda a aprendizagem que adquirimos sobre a cultura árabe, nem todos os livros de história possuem. Como já falei, é singular a forma como todo esse tema sensível de ser abordado e com todas as questões políticas presentes se tornam mais simples pela visão de um garoto.

Essa trilogia em Graphic Novel (Romance gráfico) é escrita e desenhada pelo próprio Riad Sattouf, o próximo volume ainda não se tem notícia do seu lançamento aqui no Brasil, mas, espero que seja logo! na França se sabe que ainda esse ano será lançado, espero chegar logo, pois quero é preciso saber mais da trajetória desse jovem e suas descobertas.
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Rodolfo 28/05/2018

Eu amo esse gibi
O árabe do futuro 3 uma juventude no oriente médio (1985 - 1987) riadsattouf intrinseca

A saga do Riad só melhora a cara volume eu gargalhei demais nesse gibi, nele Riad tá um pouco mais velho que no anterior e mais ciumento é notório a influência das outras crianças no seu comportamento, a leitura é muito agradável as piadas são incríveis eu vou lembrar pra sempre da cena dele quando assisti Conan pela primeira vez.

A melhor parte foi quando o pai dele dá chilique com a mãe é incrível, muito engraçado já quero o 4 que já tá pra sair esse ano lá na França e espero que venha logo para o Brasil.

Se tornou uma das minhas séries favoritas
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Joao.Vitor 25/05/2018

Uma HQ tão divertida quanto pertinente
Árabe do futuro é uma HQ autobiográfica narrado por Riad Satouff, e conta as experiências do autor na infância, essa que foi recheada de reviravoltas. Riad é filho de mãe francesa e pai sírio, nascido na França mas desde cedo teve que mudar para Líbia e logo em seguida para a Síria, sendo assim, os eventos narrados na história se passam em sua maioria nesses lugares e mostra como foi lidar com uma cultura e uma realidade tão diferente.

Um dos elementos mais interessante da HQ, é como ele retrata essas memórias no quadrinho, todas essas experiências são contadas com um bom humor muito dinâmico, isso devido ao fato de que ele revive esses momentos sob a ótica de sua persona infantil; isso faz com que as temáticas sérias e complexas que ele aborda aqui sejam bem mais fáceis de absorver e mesmo assim não deixando de expor coisas mais pesadas.

O quadrinho aborda temas como religião, política e valores culturais em geral

Ler o Árabe do Futuro se faz muito necessário principalmente nos dias de hoje com toda essa onda de ódio movida por desinformação, com essa obra nós vemos uma faceta do lado de lá e com isso, talvez, possamos aprender e respeitar mais.

Boa leitura.
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Renata (@renatac.arruda) 25/09/2017

A terceira parte de O Árabe do Futuro cobre um curto período de dois anos e funciona como uma extensão da segunda parte, de forma que seria possível juntar os volumes 2 e 3 em um só. Aqui, Riad está bem adaptado à escola e à cultura local e apesar de privilegiado, não se sente diferente de seus amigos sírios. Em contrapartida, está cada vez mais difícil para sua mãe viver em um vilarejo economicamente atrasado, ainda mais quando ela se descobre grávida do terceiro filho, e seu desejo de voltar pra a França faz com que o relacionamento entre ela e o marido ganhe rachaduras.

O pai de Riad, a figura principal dos livros, sente ambivalência entre ser uma pessoa moderna e respeitar a tradição, e ainda que tenha sérias falhas de caráter, zela pela família e não a coloca em uma situação de privações por autoritarismo: se sentindo um estrangeiro na Europa, ele tem a crença de que na Síria será respeitado e, sendo doutor pela Sorbonne, pra ele é importante trazer os conhecimentos que adquiriu de volta e investir na educação do próprio país. Sua visão é a de que a situação em que vivem é temporária e logo ele irá enriquecer e dar à família tudo o que merece.

É enquanto o pai trabalha para conseguir isso e Riad cresce que se passa este terceiro volume, e Riad Sattouf, enquanto autor, acerta em mostrae os acontecimentos de sua infância pela sua ótica de criança, que não julga aquilo que vê e não tem um olhar contaminado pelo orientalismo.
Continua sendo pra lá de interessante ver como era crescer em um vilarejo no interior da Síria durante os anos 80 e como Sattouf não poupa o pai de parecer um sujeito machista, racista, elitista, nacionalista, egoísta e hipócrita, ainda que sua versão infantil o idolatre.

O volume termina com Sattouf pai declarando que a família vai se mudar para a Arábia Saudita e estou curiosa para saber o que vai acontecer com todos a partir de então.

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Vanessa França 27/07/2017

https://www.facebook.com/geeklivroseresenhas/
A novela gráfica provou-se repetidas vezes. Já tem seu cânone: Art Spiegelman sobre o Holocausto, Marjane Satrapi sobre a infância no Irã islâmico e, talvez o mais realizado de tudo, as notas de rodapé de Joe Sacco em Gaza, um trabalho de história detalhada e auto-reflexiva.

A mãe de Riad, Clémentine, é francesa. Seu pai, Abdel-Razak, é sírio. Eles se encontram na Sorbonne, onde Abdel-Razak está estudando um doutorado na história. Aqueles com pais árabes reconhecerão o valor de prestígio do título "médico". Mas Abdel-Razak é mais ambicioso. Ele realmente quer ser um presidente. Estudar no exterior, pelo menos, permite que ele evite o serviço militar: "Eu quero dar ordens, não as tomar", diz ele. Quando humilhado, ele funga e esfrega o nariz.

O pai de Riad, embora não seja um personagem odioso, é o principal autoritário da história, incapaz de admitir ignorância ou erro, culpado de sedentarismo, racismo, misoginia e superstição. Ele sofre o complexo de inferioridade / superioridade rapidamente, e ele acredita em homens fortes - Gaddafi, Saddam, Hafez al-Assad - contra a evidência de suas depredações. Todas essas são falhas típicas de sua geração árabe.

É uma pena que o detalhe cultural e político neste livro, de outra forma excelente, às vezes seja simplificado demais. Erros no árabe sírio transliterado podem ser perdoados, pois essas legendas de qualquer maneira indicam a incompreensão da linguagem de Riad.

Os quadrinhos e as novelas gráficas a aguardar em 2016 - parte 1 O livro de Sattouf investiga o autoritarismo como um problema cultural. Apontando as bolsas de plástico transportadas para o ar para uma refinaria de açúcar meio destruída, Abdel-Razak declara: "Esta era uma floresta quando eu era jovem. Agora é o mundo moderno. "Esta é uma imagem do" desenvolvimento "de cima para baixo que causou o colapso atual, a modernidade forçada que acabou em atavismo.

O duplo significado do título se refere primeiro ao pequeno Riad e, em segundo lugar, às projeções heróicas do nacionalismo árabe. Talvez também tenha outro significado - uma indicação sobre o que o ambiente constrangido dos anos 70 e 80 produziria: os revolucionários islâmicos ou democráticos de hoje.

É a questão dos nossos tempos. Os velhos hábitos de pensamento derrotarão o novo? Sattouf promete-nos um novo volume.
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