Uma longa queda

Uma longa queda Nick Hornby




Resenhas - Uma Longa Queda


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gicabu 29/05/2012

Quão ruim é a sua vida?
Nick dá um soco no estômago do leitor ao apresentar diferentes perspectivas do conceito de vida ruim. Se você sonha em ser escritor, não deixe de ler essa obra que, a cada página, vai amarrando o leitor.
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dissonantbr 05/06/2012

Tratando de um problema de forma magistral...
Um livro sobre suicídio nao pode terminar bem, certo? Pois o livro é divertido e reflexivo e muito sincero sobre um assunto pesadíssimo... Junto com o excelente Como ser legal, Nick is the man! :)
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spoiler visualizar
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Dose Literária 28/07/2013

Uma Longa Queda
A história do livro começa em uma noite de Ano Novo em que quatro pessoas resolvem se suicidar no topo de um prédio de Londres (prédio esse com fama de ser o "point" dos suicidas). Essas quatro pessoas se encontram por acaso e o fato de se encontrarem "estraga" o plano de suicidarem já que cada uma queria ter privacidade para tal.
O livro já prende logo no início já que encaramos a situação altamente constrangedora desses quatro indivíduos, são eles: Martin um ex-apresentador de televisão, Maureen uma senhora de meia-idade, JJ um jovem rapaz americano e Jess uma adolescente um tanto desequilibrada...

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/05/uma-longa-queda-nick-hornby.html
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Rodrigojean 30/01/2014

uma longa queda
o livro e otimo espero que o filme que va sair nao esqueça da essencia do livro
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seriously 24/02/2014

Uma Longa Queda
“Eu queria escrever um livro que chocasse, sobre algo extremamente para baixo, e queria ver se conseguiria tirar esses personagens do fundo do poço sem ser sentimental ou irrealista. Se eu escrevesse um livro sobre depressão completamente depressivo, por que alguém o leria?”

Nick Hornby.

A gente sabe que Nick Hornby é um autor britânico, na casa dos cinquenta anos, que ama futebol, cultura pop, música; e que é pai de um filho autista, e vive uma vida bastante comum e ordinária típica da classe média inglesa. Mas, mesmo munido dessas informações, é meio difícil acreditar que ele seja apenas um cara. Isso porque quando Nick abre a boca, ou melhor, quando ele escreve seus livros, ele dá voz a personagens tão variados e distintos entre si que a impressão que ele deixa é de ser muitos – e não um só.

Alta Fidelidade, seu romance mais famoso, fez com que acreditássemos que ele era mais ou menos como seu protagonista: um sujeito imaturo, consciente de seus defeitos, e aficionado por discos e canções. Mas isso era um truque e havia uma distância abismal entre Rob Fleming, a personagem principal de Alta Fidelidade, e ele próprio. Talvez, se seus livros seguintes tivessem saído sob pseudônimos, teríamos a mesma impressão de que eles também eram autobiográficos, visto que basta ler Como Ser Legal para sacar que a habilidade do autor é justamente nos convencer que ele é outro. No livro citado, por exemplo, é perfeitamente possível crer que ele é uma mulher de quarenta anos frustrada com a vida e com o casamento. Já em Slam, o autor vira um adolescente que não acredita na história (com toques fantásticos) que conta e que não está preparado para lidar com os imprevistos da vida. E se em Juliet, Nua e Crua, Hornby consegue se dividir em dois para mostrar dois lados de uma mesma história (ou de um mesmo tema); em Uma Longa Queda, de 2005, ele ambiciosa mais e se fragmenta em quatro personagens, e em quatro narradores.



site: http://www.outrapagina.com/blog/uma-longa-queda-nick-hornby/
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Camila 15/04/2016

Quatro pessoas, um mesmo propósito
O livro Uma longa queda, do autor Nick Hornby, foca no tema do suicídio. Narrado por quatro pontos de vida diferentes, o que traz uma riqueza e dinâmica para a história, o leitor conhece primeiramente Martin Sharp. Famoso por antes apresentar um programa de TV matinal, Martin está sentado no parapeito do Toppers House, na noite de ano-novo, tentando criar coragem para se matar. Maureen, que também foi até ali para se suicidar, acaba atrapalhando o apresentador, que volta para o topo do prédio, desencorajado. Enquanto os dois conversam, uma garota aparece correndo em direção ao parapeito. Jess, que vamos conhecer melhor depois, é impedida de se jogar lá de cima pelos que já estavam no local. Enquanto acompanhamos a divertida cena de Martin e Maureen sentados em cima da garota para não deixar que ela se mate, surge o quarto e último suicida do grupo: o entregador de pizzas JJ.

Pude sentir, ali, o peso de todas as coisas
o peso da solidão, de tudo que tinha dado errado

Após o encontro inesperado dos quatro protagonistas, eles desistem momentaneamente da ideia inicial e começam a comer as pizzas de JJ. Jess, então, propõe que eles se apresentem e contem por que queriam se suicidar. Descobrimos que Martin foi preso por transar com uma garota de 15 anos e teve toda a sua vida arruinada por essa má escolha: casamento, filhas, emprego e sua reputação. Maureen é a mãe de Matty, um garoto que, desde que nasceu, vive em estado vegetativo. Por cuidar do filho o tempo inteiro, ela não tem amigos, nem emprego. A vida de Maureen é solitária e vazia, e o seu único momento de distração é quando vai à igreja. Jess afirma que quer se matar por causa de um ex, que sumiu e nunca deu nenhuma explicação para ela. Aparentemente o motivo de Jess parece superficial, mas depois vamos entender que os problemas dela são maiores do que parecem. Por fim, JJ fica envergonhado de assumir que queria se jogar do prédio porque sua banda acabou e sua namorada terminou com ele, então inventa que tem uma doença terminal. Depois da conversa, os quatro combinam que vão esperar até o dia dos namorados, seis semanas depois, para, de fato, decidirem se vão se suicidar ou não.

Continua no blog :)

site: http://bit.ly/1My8ytJ
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Literatura 16/06/2014

Só mais um pouco...
O inglês Nick Hornby é conhecido dos leitores brasileiros, com várias histórias de sucesso, onde a principal identificação é a pitada cômica e ácida, típica do autor inglês. Sabia que algumas das suas obras já haviam sido adaptadas para o cinema há anos, como Alta Fidelidade e Um grande garoto com relativo sucesso e atores conceituados. Eis que este ano foi lançado Uma longa queda (Cia das Letras, 330 páginas) com uma premissa que chamou a minha atenção de imediato, além de possuir um superelenco, em minha opinião, com nomes como Toni Colette e Pierce Brosnan. Mas como sou aqueles que gosta de conhecer o livro antes do filme, percebi que era hora de prova o meu primeiro Hornby… E descobri que a gente nunca esquece.

Bom, a história do livro é a seguinte: É noite de Reveillón e, enquanto muitas pessoas comemoram, quatro pessoas decidem que não querem um novo ano, cheio de esperanças… Por isso, decidem se matar, pulando de um dos prédios mais altos de Londres. O inesperado é que todos chegam no lugar ao mesmo tempo para o fatídico ato! Isso mesmo: congestionamento na fila dos suicidas! Imagine a cena: você, desiludido, cansado, querendo apenas acabar com tudo e encontra mais três pessoas que pensaram em fazer o mesmo que você?! Brincadeiras à parte, o resultado é que juntos eles decidem se apoiar, segurar um pouco mais a barra, até o Dia dos Namorados. Assim, os quatro inusitados novos amigos vão compartilhar seus dramas, vidas e amores até a comemoração de São Valentim e, se nada fazê-los mudar de ideia, quem sabe a morte não cai bem…

Esqueci de apresentar os quatro, né? Temos Martin, um apresentador de televisão que tinha tudo, até se envolver com uma Lolita de quinze anos e ser indiciado por pedofilia; Maureen, mãe de um filho em estado vegetativo; Jess, uma adolescente que não se dá bem com ninguém, totalmente incompreendida pelos pais e quem a rodeia, sentindo-se abandonada desde que a irmã ; e JJ, um frustrado ex-roqueiro e atual entregador de pizza que não vê sentido na vida.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-uma-longa-queda-so-mais-um-pouco/#.U5-O7vldUn4
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gleicepcouto 03/07/2014

Conheci o trabalho do inglês Nick Hornby pelo cinema, na adaptação de Alta Fidelidade (com John Cusack), e desde então vim fazendo o caminho inverso ao ler seus livros. Até agora, gostei de todos, pois se mantiveram na média bom-muito bom, o que é uma ótima marca para quem tem dezenas de livros publicados. Em Uma Longa Queda (Cia das Letras), Hornby alcança a marca do muito bom.

O autor partiu de uma boa premissa, mas também perigosa. Falar sobre suicídio com um toque de humor ácido, sem cair na canastrice, é difícil. Hornby soube encaixar bem à sua história o lado tragicômico do nosso cotidiano.


Sua narrativa é ágil o bastante para nos prender às páginas (ele fez um ótimo desenvolvimento de 4 pontos de vista), e seus diálogos nos fazem esquecer de que aquelas falas são de personagens e não de pessoas de verdade. É essa possibilidade de identificação é o que faz de Hornby o escritor que é. Pois mesmo que o suicídio nunca tenha sido uma opção para você, ou que você não seja um apresentador decadente ou a mãe de uma criança deficiente ou qualquer outra pessoa, você conseguir visualizar partes de você na história. Essa empatia permeia todo o livro, nos levando a torcer pelos personagens de forma passional, e por vezes pouco convencional. Algo do tipo: “Ok, Martin. Tá difícil. Quer se matar, né? Vai lá que tô nessa contigo.”

Hornby consegue ainda embutir uma crítica à sociedade do espetáculo, quando seus personagens viram subcelebridades e quando ao mesmo tempo que exploram a mídia, se deixam ser explorados por ela (suicídio de valores?), levando tudo às últimas consequências.

Assim, Uma Longa Queda se mostra atual, mesmo tendo sido escrito em 2005. Na verdade, se o leitor ficar mais atento, perceberá uma série de cutucadas na ferida no livro: a mãe cansada de cuidar do filho deficiente sozinha (sim, porque mães são humanas também); o cara famoso que faz sexo com uma jovem de 15 anos e vai para a cadeia (que mesmo após o cumprimento de sua pena, não se absolve e muito menos é absolvido pelo status quo); o entregador de pizza que acha que só dá pra ser músico se for megafamoso (e os milhares que ganham a vida cantando em bar, casamento etc e se sentem realizados?); e por aí vai…

Por fim, Hornby conseguiu dar a sua cara a um tema tabu: Uma Longa Queda diverte e ainda te faz rever certos conceito. Indico muito.

Recentemente, o livro ganhou uma adaptação com um elenco de peso (Pierce Brosnan, Toni Collette, Aaron Paul), mas a crítica detonou o filme…

Observação maldosa: Nick Hornby é tudo o que David Nicholls quer ser, mas né?

site: http://murmuriospessoais.com/resenha-uma-longa-queda-nick-hornby-cialetras/
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Mari 18/07/2014

Suicídio. Calma, não se trata de um livro para cortar os pulsos, com o perdão do trocadilho. Mas de fato, é este o tema condutor da obra de Nick Hornby, autor de “Alta Fidelidade” e “Febre de bola”.

A história começa numa noite de ano novo. Afinal, esta data costuma trazer consigo um pouco de melancolia, já que é inevitável que façamos uma retrospectiva do ano, colocando na balança o que gostaríamos de ter feito e o que de fato fizemos. Também nos pegamos pensando em conclusões, páginas viradas, o que pode acabar causando uma certa tristeza, que uns acham tão insuportável, que cogitam até a hipótese do suicídio. Pelo menos é assim que Jess, JJ, Maureen e Martin se sentem na noite de Ano Novo e, por isso, resolvem pular de um prédio de Londres.

Leia mais em:

site: http://www.aconteceempetropolis.com.br/2014/07/18/coluna-literaria-uma-longa-queda-nick-hornby/
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Psychobooks 21/07/2014

Classificado com 3,5 estrelas

- Enredo e entendendo a mente de Nick Hornby

Esse é mais um livro do Hornby que ganhou sua adaptação para os cinemas. Só o sucesso de suas histórias já dão aquela vontadezinha gostosa de ler suas obras. Comigo foi assim.

"Uma longa queda" conta a história de quatro pessoas que não poderiam ser mais diferentes entre si. Temos Martin, um ex-apresentador de televisão, ex-prisioneiro e assim... Ex-pessoa, sabem? Temos Maureen, uma dona de casa que tem um filho espeical, Jess, uma garota bem desbocada e que está superperdida e é assim, meio psicótica e temos JJ, um americano morando em Londres que tinha o sonho de emplacar sua banda de rock, mas só conseguiu terminar o namoro e acabar entregando pizzas.

Cada um deles tem o seu motivo para acabar com a vida. Dois deles foram superpensados e dois deles foi mais um impulso. O destino os uniu o alto do mesmo prédio na véspera do Ano-Novo, e agora eles usarão essa união forçado para encontrar uma razão para viver.

- Narrativa e fluência da história

A narrativa é em primeira pessoa com discurso direto e indireto, depende muito da voz do narrador no momento. Os quatro protagonistas têm sua visão apresentada e é possível enxergar a assinatura na voz de cada um.

O autor usa da construção do texto ora mais leve e ora mais carregada, para construir a condição psicológica de cada um. Todos os eventos são enxergados do ponto de vista de cada personagem; isso é um pouco cansativo, preciso pontuar, mas superimportante para a construção da história.

A história é dividida em três partes, mas não esperem grandes revelações em cada uma deles. A ideia central do texto é como a amizade pode surgir das situações mais inusitadas, e Nick Hornby usa essa premissa de forma bem interessante.

Como o texto é contado por meio da visão de fatos que já aconteceram, em alguns momentos o narrador avisa sobre algo que vai acontecer ou algo que não vai acontecer de jeito nenhum. Logo no início qualquer possibilidade de romance é descartada então "shippers", nós não somos representados...

- Personagens e suas características

É preciso ter muita habilidade para conseguir prender o leitor durante todo um livro contando os mesmos acontecimentos pela visão de 4 pessoas diferentes. Nick chega quase lá. Faltou uma pitada de *alguma coisa que não sou capaz de pontuar* para que os personagens convencessem completamente.

Maureen é sem dúvidas a minha preferida. Super-religiosa, mãe por acaso de um menino especial que a prende em casa e sem grandes perspectivas, Maureen é simples ao explanar seus motivos para o suicídio e também é a mais fácil de agradar e de perceber o amadurecimento.

Jess e JJ são dois jovens que tomaram a decisão do suicidio mais por tédio e falta de perspectiva do que por vontade, mesmo. A construção deles é mais rasa de início, mas o amadurecimento também é pontual.
Então chegamos a Martin. Falarei apenas que Nick Hornby construiu um personagem cheio de falhas que poderia ser odiado pela maioria dos leitores, mas que acaba nos conquistando pela sua transparência.

- Vale a pena, Alba?

Eu gostei da leitura, mas não me apaixonei. É um livro bom, mas muito moroso em alguns trechos. O abuso dos acontecimentos em múltiplas visões é bem cansativo, mas pontual para a visualização do amadurecimento de cada um.
É um livro cujo propósito é o autoconhecimento, a amizade e a redescoberta dos motivos para ser feliz. Eu curti.

site: www.psychobooks.com.br
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Ana Ponce 25/09/2014

Engraçado, reflexivo - Recomendo
SUPER Recomendo, desde já adianto que esse livro é daqueles que faz você querer conhecer todos os trabalhos do escritor. O livro foi publicado em 2005, sendo publicado no Brasil em 2014 pela Companhia das Letras, com tradução de Christian Schwartz.

Imagine a seguinte situação: sua vida está uma droga, de mal a pior, então você resolve se jogar do prédio mais alto de Londres (Topper’s House – famoso por ser a escolha de suicidas) na noite de Ano-Novo (data em que ocorre o maior número de suicídios) – as chances de não dar certo são grandes e é isso que acontece.
Martin um apresentador de TV que esteve preso por pedofilia está prestes a pular do Topper’s House, mas é atrapalhado por Maurren, uma senhora de 51 anos – que está em depressão por não ter uma vida e ficar o tempo todo dedicada ao filho Matty, que possui uma grave deficiência. Enquanto eles estão tendo uma conversa pra lá de estranha sobre quem irá primeiro, surge Jess – uma jovem de 18 anos, totalmente “maluca”, sem-noção e com uma família pra lá de problemática – gritando “Saia da frente, seus cretinos”. Enquanto Martin e Maurren tentam impedir Jess de pular, JJ – um ex-integrante de uma banda de rock chutado pela namorada, que se vê “condenado” a viver virando hambúrguer e entregar pizza, chega e pergunta “Alguém pediu pizza?”
O livro não é dividido por capítulo, sendo narrado pelo ponto de vista dos quatro personagens, o que dá uma dinâmica muito legal ao livro, e nos permite saber a opinião de cada um sobre os acontecimentos no desenrolar da história.
O foco principal da história são as desventuras e dificuldades que todos enfrentamos na vida. Nick trás um tema pesado e polêmico que é o suicídio de forma leve e divertida – levava o livro para o trabalho para ler durante o intervalo, e tinha de me controlar para não rir que nem uma louca na sala dos professores. Então não espere um final decisivo para a história, já que como está escrito na sinopse: “A continuidade da vida é apenas a continuação de uma história escrita todos os dias.”

Em 2014 a obra foi adaptada para o cinema, com direção de Pascal Chaumeil, e com Pierce Brosnan (Martin), Toni Collette (Maurren), Aaron Paul (JJ) e Imogen Poots (Jess). Minha opinião: o filme em si é legal, mas TOTALMENTE diferente do livro.

site: http://viajandocompapeletinta.blogspot.com/
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Márcia 30/09/2014

Lamentável.
Esse livro me foi a prova cabal de que ir com sede em demasia ao pote não dá certo. Passei anos curiosa e interessada nessa história e quando finalmente a pego para devorá-la com a ânsia correspondente me sinto um balão murchando com a decepção.

O que encontrei nessa história foram quatro pessoas, em sua maioria nem um pouco louváveis como heroínas, confusas, a partir de certo ponto entediantes e nem um pouco cativantes.

Mas a pior parte deste livro é a narrativa em si. Ela é feita na segunda pessoa, de uma forma cansativa. Não há capítulos no livro, a história é dividida entre os personagens, de modo que eles vão intercalando seus pontos de vistas e pensamentos sobre os acontecimentos que vão surgindo. Todos os personagens utilizam o mesmo recurso de metáforas insistentemente, além de reflexões chatas e presunçosas, num blá blá blá sem fim que não os leva a conclusão alguma.

Há uma tentativa do autor de criar personalidades distintas para os personagens, mas no fundo a narrativa dos quatro tem o mesmo estilo. Essa questão das personalidades poderia ter sido melhor explorada se o autor não tivesse se preocupado tanto em criar situações implausíveis, talvez com o intuito de criar humor. Essa foi uma das premissas que me interessou no livro, o humor aliado à morbidez do suicídio, mas sinto que o autor se perdeu entre esses temas e não criou humor, nem emoção, apenas tédio.


"Uma longa queda" trata-se de mais um exemplo de livro com uma premissa incrível e um desenvolvimento lamentável.
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Má Contato 09/01/2015

Resenha do blog: www.minhaalmapedelivros.blogspot.com
O romance mais famoso de Nick é Alta Fidelidade, que está na minha estante há um bom tempo. Acontece que comprei Uma Longa Queda por acaso e, conforme o "The Sunday Times" este é o melhor romance do autor até agora. Então, pensei, vamos começar pelo melhor, porque não?
E não é que fui completamente surpreendida? Uma comédia cheia de humor negro, afinal, o que uma história de suicídios poderia ter de engraçado, né?
O livro conta a história de 4 pessoas, que por motivos próprios foram parar no alto do mesmo prédio a fim de saltarem e dar fim à suas vidas. O que nenhuma dessas pessoas contavam era com o comparecimento das outras. Aí você pergunta: ah tá! pelo acaso, assim, 4 pessoas se encontram na mesma hora, no mesmo lugar e com a mesma finalidade?
É isso mesmo! Acontece que é uma noite de ano novo e esse é um prédio abandonado de Londres, famoso exatamente por ser a escolha de vários suicidas. Essas 4 pessoas, então, se encontram e uma reviravolta acontece. Um vai impedindo o outro e esse circulo vicioso se forma. Os quatro personagens são: Martin, um apresentador de tv que, por acaso, saiu com uma garota de 15 anos imaginando que a mesma já tinha 18 e, por conta disso, foi condenado à pedofilia. Também perdeu a esposa e as filhas e é considerado o maior babaca da tv; Jess, uma adolescente que acabou de perder o amor de sua vida. Uma menina completamente descontrolada que fala tudo o que vem na sua cabeça sem pensar nas consequências; JJ, um moto-boy e roqueiro frustrado, uma vez que viu que sua banda não ia pra frente e, por fim, Maureen, mãe de um adolescente em estado vegetativo, que nem sabe se o garoto alguma vez na vida conseguiu entender uma palavra do que ela disse.
Cada uma dessas pessoas acredita que seu motivo é mais importante que o das outra. Cada um olha simplesmente para seu próprio umbigo e que se dane o resto! Acontece que Jess é muito nova para morrer e seu motivo é muito fútil, o que leva a trupe em busca de Chas, o amado da garota, para convencê-lo a reatar o namoro. Nessa saída, decidem fazer um pacto: nenhum deles poderá se matar até o dia dos namorados, onde se encontrarão de novo e, só então, estarão livres para seguir com sua vida - ou sua morte.
A partir daí, vemos muitas verdades jogadas na nossa cara, muitos problemas maiores do que o que temos na vida e, ao mesmo tempo, passamos a entender que não é porque o problema do outro é menor que o seu que não é um PROBLEMA. Passamos a entender melhor a vida de muitas pessoas e muitas vezes a vida que não vemos, que não conhecemos, que não está exposta. Você já pensou que poderia estar conversando sobre os problemas de seu filho adolescente com uma mãe que tem um filho adolescente em estado vegetativo? Não, né? Pelo menos o seu filho tem uma vida e tem problemas comuns de adolescentes. Sabe? Esse tipo de coisa é abordada a todo momento no livro e muitas, muitas vezes me peguei rindo de coisas que não tinham graça nenhuma. E é aí que paramos pra pensar.

Hornby faz isso com os leitores, cria piadas onde não há graça. Nos faz sentir remorço ao rir de determinadas situações. Um livro que permanecerá por muito tempo em minha memória, piadas que com certeza não esquecerei. Só não ganhou cinco estrelas porque o final ficou um pouquinho a desejar, NO MEU PONTO DE VISTA.
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Fernanda Turino 28/07/2015

Minha estreia em Nick Hornby
Com um ponto de partida tragicômico, “Uma longa queda” conta a história de quatro pessoas que decidem cometer suicídio no mesmo momento e local: durante o ano novo no mais alto prédio de Londres. Formado por pessoas muito diferentes, o grupo acaba se unindo e fazendo uma promessa de não se matar até a próxima data “boa” para o suicídio: o dia dos namorados (o Valentine’s Day).

De uma maneira engraçada e muito irônica, Nick Hornby nos apresenta aos quatro personagens: Maureen, Marty, Jess e JJ. Com histórias de vida muito distintas e problemas igualmente diferentes, todos eles têm uma mesma visão da vida, a de que ela não vale a pena ser vivida. E, diante desta única coisa em comum, os quatro passam a se apoiar e incentivar que sigam a vida (obviamente sem se matar).

Em situações pastelonas e outras nem tanto, Hornby prende a nossa atenção do início ao fim da história (eu, que sou lerda, li o livro em 4 dias). A gente se envolve, ama e detesta todos eles quando vai sabendo mais de seus passados. Não tem como não se envolver na história de Maureen e seu filho deficiente ou na de Martin e seu envolvimento sexual com uma menor de idade. Até mesmo a chatonilda da Jess tem seus momentos, assim como o JJ que, aparentemente, é o cara com menos motivos para colocar um fim na vida.

Cada capítulo do livro é contado em primeira pessoa por um dos personagens, e ai está uma outra grande qualidade dele. O autor constrói cada texto de acordo com a personalidade de cada um, hora mais pesadas, hora mais confusas ou até mais engraçadas. Isso vai ajudando a construir o perfil psicológico do quarteto. Além disso, o livro é dividido em três grandes partes, mas esperava alguma revelação maior em cada uma delas. Não tem, mas isso não torna o livro ruim.

O tema é pesado, sério e polêmico, mas Hornby o trata de ma forma leve e em muitos momentos até mesmo divertida, tudo isso sem desmerecê-lo. A história tinha tudo para ser brega, com um tom de auto ajuda, mas achei que não, que o livro consegue falar do suicídio e da ajuda mútua de maneira bastante interessante. Fiquei com vontade de ler mais Nick Hornby.

PS: Assisti ao filme, mas ainda não me decidi se gostei ou não.

site: https://cultsemserpedante.wordpress.com/2015/07/28/eu-li-uma-longa-queda/
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