CALINE 28/07/2020O que me convenceu a ler esse livro foi a sinopse (e a indicação de uma amiga).
Confesso que estava cheia de expectativas, mas a história não me pegou.
Achei ela interessante em alguns momentos, mas na maior parte das vezes foi só ok.
Quando o livro já estava em mais de 80% a coisa começou a ficar interessante, mas já estava quase no final então não tive muito tempo para me manter empolgada e gostar mais do livro.
Aí veio o final e, meu Deus, que raiva desse final.
Tem o Eric, o boy que aparece na vida da Jub quando ela não pode tocar ninguém. Ele é super gente boa, ajuda ela em várias questões emocionais e psicológicas. Inicialmente não senti química entre os dois e não sentia o romance funcionando. Mas ele precisa ir embora mesmo os dois estando muito apaixonados e é mais ou menos nessa parte da história que a relação dos dois ganha mais "liga".
Só que ele vai embora por questões pessoais. Era uma escolha sem escolha.
Beleza, vida que segue.
Já no finalzinho do livro a autora cura a Jub e coloca outro boy na vida dela.
Eu pensei: "legal. Queria muito que ela ficasse com o Eric, mas é uma conclusão interessante ela seguir por esse caminho que a gente não esperava".
E pensei mais: "O Eric e o Aja (filho do Eric) ajudaram Jub a se abrir para o mundo, a sair de casa e viver novas experiências. Mas agora ela vai seguir outro caminho, vai ter amadurecido e vai encontrar um novo amor".
Só que a autora nas duas últimas páginas joga o Eric de volta na história, pra bagunçar tudo, para acabar com um final que poderia sair do comum de um jeito que seria legal. Entretanto, ela decidiu sair do comum deixando o final em aberto, um negócio sem graça e que me deixou indignada.
A gente não sabe se dessa vez ele vai poder ficar. Ela demonstra estar com o coração meio dividido, apesar de pender mais para o lado dele.
Toda vez que eu lembrar desse livro eu vou lembrar da raiva que eu tive quando o Eric apareceu e quando a autora encerrou a história.
Ahh e o romance é apenas parte dos problemas do livro. Muita coisa foi sendo acrescentada a história no decorrer da narrativa e depois foi sendo esquecida.
A Jub era agorafobica e depois de 9 anos sem sair de casa ficou curada desse problema em dois capítulos. Nada de terapia, nada de remédios, nada de nada.
O Eric também não é essas coisas todas. Ele sabe que o Aja tem atitudes que não são comuns, a escola diz que ele precisa procurar um psicólogo, as atitudes do garoto dizem que ele precisa de um psicólogo, ele perdeu os dois pais em um acidente e Eric vem com a máxima de: "Eu sou o pai e sei o que é melhor para o meu filho". Eu acho, apenas acho, que o Aja estava no espectro, mas a autora não se aprofundou nisso, mais uma coisa que ela colocou na história e deixou pra lá.
No resultado final pouca coisa me agradou. Queria muito ter gostado, mas a autora se esforçou para que isso não acontece.