A sociedade dos sonhadores involuntários

A sociedade dos sonhadores involuntários José Eduardo Agualusa




Resenhas - A Sociedade Dos Sonhadores Involuntários


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Sarah 16/07/2020

Recomendo fortemente
O livro é instigante desde a sua sinopse. Quatro personagens completamente diferentes unidos pelas suas particularidades com os sonhos. Mas a leitura surpreende, pois além de abordar essa esfera onírica, fantasiosa, reflexiva, o livro ainda faz um belíssimo retrato crítico do contexto político e social de Angola. Uma história de resistência ao regime ditatorial de Angola, vigente desde 1979. Foi o primeiro livro que li de Agualusa, e fiquei encantada. A leitura é fluida, contagiante, daqueles livros que você quer saber quais são os próximos acontecimentos.
Gabriel Farias Martins 16/07/2020minha estante
Nunca ouvi falar mas lendo sua resenha deu vontade de conhecer (:


Paulo Sousa 07/02/2023minha estante
comecei agora há pouco?de fato, instiga a ler mais uma página, mais uma página ?


Alegria Marinelli 16/02/2023minha estante
Também gostei demais desse livro e foi o primeiro do autor que eu li. A história é ótima e a sensação que fica quando termina o livro é muito esperançosa. Agora acabei de terminar o vendedor de passados, gostei demais também, acho difícil dizer qual gostei mais, são parecidos e diferentes. Escrita muito perfeita :)




Jacque Spotto 17/08/2022

Imagine você sonhar com pessoas que não conhece, e depois de um tempo conhecê-las pessoalmente, ou ainda, conseguir invadir os sonhos de outras pessoas enquanto você está dormindo e não lembrar de nada. Pois é isso que acontece com dois dos personagens de ?A Sociedade dos Sonhadores Involuntários''.

Todo o cenário ligado aos sonhos no livro vai muito além de acontecimentos fantásticos, aqui o escritor usa dessa alegoria para demonstrar como os conflitos na Angola e seu contexto político maltratou uma população que de 1975 (Independência da Angola de Portugal) até 2002, foi cenário de uma longa guerra civil. Sabemos que todas as guerras são ruins, mas a civil tem um cunho íntimo de discórdia entre uma população-irmã, são família, amigos, lutando entre si de lados opostos.

O jornalista Daniel Benchimol (que sonha com pessoas que ainda não conhece) e sua esposa se divorciaram por uma discordância entre lados partidários. O hoteleiro Hossi (que consegue invadir os sonhos de várias pessoas) tem uma rixa com seu irmão gêmeo por lutarem em lados opostos na guerra. Como os dois, milhares de pessoas passaram pelo mesmo problema em seu país.

Algo evidente também em sua obra é a falta de esperança de uma sociedade que já não vê perspectiva de mudança, e os jovens que renovam essa busca utópica por uma sociedade mais igualitária. Aqui, Agualusa apresenta o ?Revus?, um grupo de jovens revolucionários que realmente existiu em 2015, reivindicavam a queda da corrupção, denunciavam a inexistência de distribuição de riqueza e a falta de liberdade de expressão. Na obra, uma das líderes do grupo é a filha de Daniel, Karinguiri.

Com a prisão do grupo há uma comoção nacional, e Hossi consegue adentrar nos sonhos da população com um único objetivo: reviver a chama da busca pela igualdade. Nessa mistura de irrealidade e acontecimentos políticos, o escritor planta uma semente na mente dos leitores que me lembra muito o trecho da música ?Prelúdio? do Rauzito: ?Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade?.

?O medo destrói as pessoas. Corrompe mais do que o dinheiro? O medo não é uma escolha. Não há como evitar sentir medo. Contudo podemos escolher não nos rendermos a ele?. (p. 208)
Raquel 16/02/2023minha estante
Olá, Jacque Spotto.
Sua resenha está fantástica. Obrigada, tomei a liberdade de copia-la para eu ler, quando eu esquecer do que se trata a história.
Está muito boa.




douglaseralldo 04/09/2017

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE A SOCIEDADE DOS SONHADORES INVOLUNTÁRIOS
1 - Lírico e onírico, A Sociedade dos Sonhadores Involuntários é uma narrativa a ser lida tanto em seu contexto político quanto literário em que os limiares dos gêneros são provocados e quando os sonhos do autor e de suas personagens interligam-se de forma a constituir-se num manifesto político bastante veemente;

2 - Voz contra a ditadura angolana, Agualusa, neste romance irá explicitar seus desejos e sua luta através desta narrativa empenhada que se utiliza dos sonhos e das nuances do gênero fantástico para estruturar seu romance de forte caráter político que tem menos de sátira e mais de manifesto de tal modo que em determinados momentos a militância explícita sobrepõe-se à narração;

3 - No romance, distintos personagens interligados pelos mistérios do sonhar, ao mesmo tempo que trazem ao leitor suas experiências oníricas, paulatinamente vão desnudando o regime de opressão e violência promovido pelo regime autoritário e ditatorial de Angola, cuja ditadura persiste desde 1979. No caso do livro, são os sonhos que aproximam-no do fantástico, contudo, a presença de um neurocientista e das próprias inexatidões confessas tornam tudo mais difuso, de modo que as subjetividades e metáforas ganham valor com tais escolhas;

Completa no blog ;)


site: http://www.listasliterarias.com/2017/09/10-consideracoes-sobre-sociedade-dos.html
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Xxxxxxxx1 12/09/2017

Excelente
Nunca havia lido livros do Agualusa. E tive uma excelente surpresa ao ler A Sociedade dos Sonhadores Involuntários. Misturando uma trama onírica sobre sonhos e trama política sobre a atual situação de Angola, o autor traça metáforas muito ricas e tece um romance magistral, cuja leitura flui muito bem. Eu gostei muito, por enquanto é uma das melhores - se não for a melhor - leitura de 2017. Recomendo muito.
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Luciana.Lopes 09/12/2018

A sociedade dos Sonhadores Involuntários
A procura de um livro que falasse de irmandade, sociedade e utopias me deparei com essa preciosidade! Um livro onde a crítica se encontra com a poesia, a história com o sonho! Onde vi meu sonho de paz se encontrar com a loucura da crença no humanismo e na humanidade. A coragem de amar e lutar por esse amor à todos os homens sem fronteiras ou bandeiras, apenas levantando a única que é incorruptível, a da paz. Difícil sair de suas páginas e não gritar por liberdade. Sonho? A Sociedade dos Sonhadores Involuntários De José Eduardo Agualuza.
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Homerogoncalves 05/03/2019

Lúdico e realista
Um história contada pelo olhar poético de quem sonha com uma realidade menos aspera. Uma alegoria de sonhos presente na vida das sociedades que buscam a liberdade pela via da construção de um ideário comum, livre de opressões e desamparos.
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isa.dantas 21/04/2019

Uma bela metáfora para o poder transformador dos sonhos.
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TMP 16/10/2019

Extremamente atual
Este livro deixa qualquer leitor intrigado com o poder que pode ter um sonho. Com o poder que pode ter um sonhador.
Agualusa, o autor angolana, escritor premiado na língua portuguesa contemporânea e traduzido para diversos idiomas, nos faz mais humanos com a leitura dessa obra.
Agualusa também traz elementos de outros romances seus para este. Brincando com o imaginário daqueles leitores que já o conhecem.
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Ana Cristina 24/02/2020

Recomendação
Leitura essencial.
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

A sociedade dos sonhadores involuntários, José Eduardo Agualusa - Nota 8,5/10
A sinopse desse livro tinha me deixado muito intrigado: quatro personagens, completamente diferentes uns dos outros, teriam suas vidas entrelaçadas por causa da forma com que cada um lida com os sonhos. Rossi tem a capacidade de caminhar pelos sonhos alheios, enquanto Daniel pode sonhar com pessoas que existem, mas que ele nunca havia conhecido, e Moira consegue retratar os seus sonhos por meio da fotografia. Além disso, Hélio teria desenvolvido uma máquina capaz de reproduz em imagens o que as pessoas sonham. A ideia é, de fato, muito interessante e achei que me depararia com um boa historia de ficção. No entanto, ao longo da leitura, percebi que a narrativa não tinha nos sonhos, ou no “dom" de cada uma dos personagens, o seu objeto principal. Na verdade, essa a temática onírica é construída como um pano de fundo para uma obra que vai muito além, entrelaçando um romance prazeroso com uma forte crítica social e política sobre a atual situação da Angola - que sofre com um governo ditatorial desde 1979. E o autor, que nasceu em Angola e lá vive, faz dessa obra como um instrumento de disseminação e conscientização da triste situação de seu país. Nunca havia lido nada de Agualusa, mas fiquei muito bem impressionado com a sua habilidade no uso de metáforas e na criação de uma narrativa fluída e poética. Confesso que no começo achei a história um pouco confusa, mas depois de alguns capítulos já acabei sendo capturado pela narrativa. Recomendadíssimo! .

Mais um livro que me deixa certo de que temos autores contemporâneos de língua portuguesa fazendo um trabalho excelente e de muita qualidade. Temos que incentivar escritores nacionais e escritores de língua portuguesa!

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Christofaro 19/04/2020

Uma dança entre a realidade sonhada e sonho real.
Ao transitar entre o real e os sonhos, Agualusa nos leva, com sua prosa poética, a entender que sonho e realidade podem se fundir e até se confundir.
Um homem que invade sonhos e outro que tem os sonhos invadidos são os narradores desse romance.
A ficção romântica serve bem como critica à ditadura angolana, e poderia funcionar a várias outras.
Qualquer sonhador irá apreciar essa leitura.
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Beatriz 12/05/2020

Um devolução literária de nosso onírico
Me apaixonei por esse angolano que já entrou na lista dos preferidos
Esse livro nos faz vivenciar a história de Angola, em suas lutas e guerras, ao passearmos em Luanda. Esse passeio é conduzido pelo encontro e enlaces das histórias de personagens complexos como nós.
O que une todos eles é o sonho, tanto como ato involuntário do sono, quanto em sua capacidade onírica. O fato é que ele nos devolve significados de sonhar desperdiçados pelo tempo.
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Lucas Canabarro 11/07/2020

Comprei esse livro pela curiosidade: eu curto muito a temática de sonhos. Considero que essa temática permite que o autor dê uma viajada, crie universos onde tudo pode acontecer e coisas do gênero.
Sim, esse tipo de temática é abordada, mas, conforme avancei pelas páginas, me vi lendo um livro político. E, por mais que tenha dado aquela sensação de "ei, não era sobre isso que eu queria ler", eu fui pensando - e relembrando - que sonhos não envolvem só demonstrações que nosso subconsciente cria ao dormirmos. Existem muitos outros tipos de sonho. E a justiça para um povo é um dos maiores sonhos que há.
Livros muito bom nesse sentido.
Para ser sincero, ler até me deu um sentimento de tristeza. O Agualusa cita muito o Brasil; citações que falam que tal e tal evento que aconteceu em Angola foi noticiado por aqui, coisas desse gênero. Quando... Bem, não é verdade. Aposto que tem muita gente que nem sabe que Angola também fala nosso idioma. Quem dirá as crises políticas de lá.
No mais, adorei o aprendizado nessa história.
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ju.avilla 21/08/2020

Sonhos e política são mais parecidos do que admitimos
Pedi indicação de autor angolano meu Instagram e vieram logo mensagens ?Agualusa! Agualusa!?. Nessa narrativa, começamos a acompanhar Daniel Bechimol que sonha com pessoas que não conhece mas passa a conhecê-las imediatamente após o sonho. Em seguida, Hossi Kaley, que aparece nos sonhos de todas as pessoas que adormecem ao seu lado. Sem muita preocupação em nos explicar tais fenômenos, a política angola corre paralelo à esta intriga.
O autor se esforça para conecta-las, mas, apesar de uma escrita gostosa, o final ficou sem um desfecho convincente. Mas como uma lusófona orgulhosa que sou, já quero outra chance para Agualusa.
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Liz 06/10/2020

A sociedade dos sonhadores involuntários.
Os sonhos são os maiores enigmas em toda evolução da espécie humana.
Uma narrativa onírica sobre os segredos escondidos quando fechamos olhos.
Um jornalista, um neurocientista, uma artista, um hoteleiro tem seus caminhos cruzados, ou melhor sonhados pela escrita saborosa de angolano José Eduardo Agualusa.
Daneil Benchimol, Moira Fernandes, Hélio de Castro e Hossi Kaley dão voz aos mistérios da mente e ao silêncio de um país.
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