Bruno 09/07/2022
Clóvis, de um lado, um dos maiores palestrantes em filosofia da atualidade. Se você tiver a sorte de, ao ler suas palavras, permitir deixar sua voz ecoar em sua cabeça, a leitura é uma imersão em um universo de diálogo próprio do autor. Clóvis não escreve tão bem quanto fala. Talvez, porque fale tão bem, a tinta não seja capaz de passar sua emoção, marca registrada do filósofo.
Do outro lado, Pedro Calabrz. Um pato: anda, nada e voa, mas não faz nenhum dos 3 direito. Graduado em marketing e propaganda e mestre em comunicação e práticas de consumo. Fez um doutorado em neuroeconomia e saúde menta e voilá: virou neurocientista.
Neurocientista, o coach da academia. Não é neurologista ou neurocirurgião, nem médico é. Não é psicólogo. Não é neurofisiologista. Biologo especialista? Não. É alguém que diz estudar o cérebro. Não é um título, é uma propaganda. Disso o autor entende.
Da dupla, no fim das contas, uma pitada de filosofia, biologia e auto-ajuda. A mistura resulta em Em Busca de Nós Mesmos.
Miraram em Sapiens (brilhante, de Harari), acertaram a bancada de auto-ajuda. Esperava mais ao ler o nome do prof. Clóvis na capa.