eliangab_ 19/01/2024
"Os seres humanos me assombram."
Sempre tive um certo interesse por conteúdos sobre guerras, principalmente as grandes guerras, embora eu seja altamente sensível para esse tipo de assunto. E esse texto não se demonstrou ser exceção, como foi algo tão profundo e denso, que eu pretendo dar um tempo com esse tipo de conteúdo.
Com uma escrita cativante e, quase, onisciente, o conto é narrada pela Morte, tanto demonstrando ser imparcial e não tendo nenhuma compaixão para com os personagens, tanto para com o leitor (que vez ou outra vai soltar um spoiler).
A beleza da obra é tanta que, mesmo com algumas pontas soltas, como personagens que são citados, recorrentemente, que acabam ficando sem qualquer oportunidade de conexão com o leitor; até os spoilers que, embora cruéis, não tiram o peso da cena - ouso dizer que ajudam a aceitar e o peso ser menor.
"Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito."
O texto gira em torno de Liesel Meminger, uma jovem que o futuro é carregado de despedidas - às vezes sem a oportunidade de dar tchua - e de palavras. É um conto que vai além de roubos de livros, mas de amizades, a importância de criar laços, um amor que vai além de qualquer lógica e sobre a ignorância das massas.
Eu poderia fazer linhas e mais linhas dessa obra, mas eu seria incapaz de - numerosas formas - descrever a beleza por trás dela.