Resenhas - Poemas

minusculebee 19/04/2024

Florbela Espanca
"Sou a sombra profunda dos espaços
Eu sou a dor dum pobre enlouquecido
Ergo aos céus mudos meus braços
E o céu é sempre azul e sempre nudo"
Essa é a primeira estrofe da poesia "Maior Tortura" da autora Florbela Espanca.
De origem portuguesa, Florbela é um marco da literatura portuguesa, pertencente à década de 20.
Seus poemas são cheios de paixão, sempre a procura do amor ou de encontro a tristeza e amargura. Alguns de seus poemas são bem patrióticos, pertencendo muito ao movimento do simbolismo.
Gostei muito da autora, mas um pouco repetitiva. Vale a pena ler!

Dayse.Carla 03/11/2023

Fugindo da minha zona de conforto... Um livro de poemas. Primeiro contato com a autora, livro fácil, rápido e gostoso de ler.

Daniela Botelho 06/06/2023

As poesias são realmente bonitas, mesmo sendo quase sempre meio tristes. Uma coisa não tem a ver com a outra, naturalmente. Não leio muitos livros do gênero, então é bom p variar. Isso não é uma resenha, como podem notar.

flaviabit 03/02/2023

Gosto do tom sombrio, pessimista e mórbido dos poemas, principalmente no capítulo "Livro de mágoas".
Porém, algumas coisas deixaram a leitura entediante, como o romantismo exagerado, o nacionalismo português e a grande semelhança que alguns poemas têm entre si.

Heloyse 16/08/2022

Quanta coisa...
um amor não correspondido nos faz sentir?
Lendo os versos de Florbela Espanca, sentimos todas as suas emoções: carinho, esperança, tristeza, saudade, luto, confusão, amor...
Senti como se estivesse sofrendo por alguém.
Uma ótima experiência, apesar de ter gostado mais de uns poemas do que de outros.

janaina.lagini 09/03/2022

Não sou muito fã de livros de poesias, como eu era antigamente.
Florbela parece ser aquela amiga que se apaixona por geral e sofre muito pelos homens, muito sentimental a moça.
E de tanto ela sentir, os poemas ficam melancólicos.

Jessika 25/01/2022

Florbela ou a mulher cujo único crime foi amar demais
Já fazia um tempinho que esse livro tava empacado aqui então só de ter feito essa leitura já tá ótimo. O conteúdo porém acabou não sendo dos meus favoritos. Florbela Espanca amava demais e você só precisa ler um poema e meio dela pra perceber isso. São escritas cheias de sentimento, de dores e amores mal resolvidos e a angústia de achar que não foi o suficiente. Sua poesia linda e cheia de emoção porém acabou não conversando comigo. E tá tudo bem.

Heloise 01/03/2021

Florbela Espanca Poemas
Compilados de três livros da Florbela Espanca com poemas intensos e lindos!
Recomendo a leitura

adanibello 31/12/2020

Intensidade e beleza
Conheci Florbela Espanca nas aulas de literatura da escola e sempre foi um desejo me aprofundar em suas produções. Depois de tanto tempo, tive a oportunidade de ler este compilado e sua obra é mais do que podia esperar.

Neste volume da Coleção Folha, são compilados três livros da poetisa portuguesa: Trocando Olhares, O Livro d'Ele e Livro de Mágoas.

Considero os dois primeiros apenas bons - no geral, reúnem poemas românticos, declarações de um amor não correspondido na mesma medida e todo sofrimento dele decorrente; há também algumas passagens sobre Portugal e um pouco daquela narrativa heróica da época dos descobrimentos, ao mesmo tempo gloriosa e amarga pelas separações familiares e os fracassos posteriores do país. Em muitos deles já é possível identificar a alma intensa de Espanca.
Mas o terceiro livro é realmente primoroso, é onde a autora se escancara, expressando toda sua dor e o sofrimento que carregava, sem nunca entender bem o porquê ou conseguir expressá-lo em completude. É uma obra pesada, intensa, mas muito bela.

Outro destaque da coletânea é o prefácio, assinado pelo escritor Laury Maciel, que traça um paralelo entre a trajetória da artista e o soneto "Tormento do Ideal", de Antero de Quental.

Cris01 22/11/2020

Esperava os poemas intensos e com significados, leitura rápida porém entediante

Denise 07/10/2020

Vazio existencial
O livro é de uma sensibilidade ímpar! Recomendo a leitura.!!

Tai 08/09/2020

Belo e depresivo
Não sou leitora assídua de poemas. Então não tenho experiencia necessária para fazer uma analise profunda. Mas o que posso dizer que os poemas da Espanca são de uma profundidade imensa. Essa é a primeira vez que eu me vi pressa (de verdade!) a poemas. Não foram todos, claro. Tem alguns cuja temática religião e sobre Portugal que não me prenderam tanto. Mas tem outros, principalmente na primeira e na terceira partes, que a Espanca fala sobre ela (e todo o sofrimento que passou, com a perda de familiares, falta de reconhecimento para o seu trabalho, fofocas - aparentemente houve rumores de relação incestuosa entre ela e o irmão - e casamentos fracassados. Todo esse sofrimento está imprimido nos textos dela. Não tem como não se emocionar.

Vou deixar aqui abaixo, um dos textos dela que mais me impactou.

TÉDIO

Passo pálida e triste. Oiço dizer
"Que branca que ela é! Parece morta!"
E eu que vou sonhando, vaga, absorta,
Não tenho um gesto, ou um olhar sequer...

Que diga o mundo e a gente o que quiser!
-O que é que isso me faz?... O que me importa...
O frio que trago dentro gela e corta
Tudo que é sonho e graça na mulher!

O que é que isso me importa?! Essa tristeza
É menos dor intensa que frieza,
É um tédio profundo de viver!

E é tudo sempre o mesmo, eternamente...
O mesmo lago plácido, dormente...
E os dias, sempre os mesmos, a correr...

Quem já sofreu de depressão, com certeza encontrará a si mesmo nessas palavras...

Adriana Scarpin 27/01/2018

Apanhado de três livros da Espanca: Trocando Olhares, O Livro d'Ele e Livro de Mágoas. Os dois primeiros são regulares, mas o último é uma obra prima, eu diria que Espanca nesta edição começa como Poliana e termina como Schopenhauer, o que talvez explicasse a dubiedade de sua morte.