Piquenique na estrada

Piquenique na estrada Irmãos Strugátski




Resenhas - Piquenique na Estrada


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Christian.Meneses 26/12/2020

Um piquenique intergaláctico
Esse é um daqueles livros que o trajeto é mais importante que o final. Não o leia se espera muitas respostas e uma conclusão definitiva, a intenção aqui é te trazer questionamentos e te colocar numa zona desconhecida (literalmente haha).
Talvez se eu não soubesse isso antes de o ler eu me decepcionasse, mas indo preparado para não encontrar muitas respostas acabei me deparando com uma leitura rápida, instigante, muito maluca e, portanto, prazerosa.
O enredo traz alguns bons questionamentos, especialmente sobre nosso papel ínfimo nesse vasto universo, afinal, será que temos tanto a oferecer a ponto de atrair seres de outros planetas? Ou será que a visita deles ao pequeno planeta azul não passou de um piquenique sem qualquer importância?
@pedro.h1709 26/12/2020minha estante
Nesse estilo de "O trajeto ser mais importante que o final" é o livro "O demonologista" de Andrew Pyper, que me fez questionar o que era realidade ou alucinação do protagonista do enredo.


Christian.Meneses 26/12/2020minha estante
Esse livro divide bastante opinião né? Tenho curiosidade


@pedro.h1709 27/12/2020minha estante
Pois é.
Eu considerei que se os eventos fossem considerados de maneira literal, então o livro seria um tanto fraco realmente, mas se você considerar como alguém que está perdendo a sanidade, toda a trama fica muito boa


@pedro.h1709 27/12/2020minha estante
A questão é que o autor não deixa evidente o que é real ou não. Tal como o final do filme "A origem", que eu gosto demais também.




spoiler visualizar
Cinara... 21/03/2021minha estante
Eu também não gostei não ?


@tigloko 21/03/2021minha estante
Pois é ? ficou devendo bastante


Cinara... 21/03/2021minha estante
Viramos um lixão, mas do que já é e fim?????


@tigloko 21/03/2021minha estante
Kkkkk bem isso ????




Gu Henri 28/01/2018

Um quase realismo mágico...
Houve um certo grau exagerado quanto ao lançamento desta obra pela Aleph, esperava mais. No tocando ao livro (físico), poderiam ter compactado um pouco mais as letras e as margens, as letras são grandes, mas o que chama a atenção é a margem. Se houvesse essa economia, talvez, sairia mais barato o livro. Já que, por ser uma história bem curta, custa caro.

Piquenique na Estrada, ao contrário da adaptação cinematográfica, não lança tantos questionamentos, não tem questões filosóficas tanto como parte importante da vida das personagens. No mais, as personagens são avessas aos que estamos acostumados quando pensamos em ficção científica. Umas são proletárias, que se viram para sobreviver, que fazem um bico ilegal aqui e ali, que ao fim do dia se entregam ao bar que as consola.

Ao cientista e ao militar, se extrai maior conteúdo filosófico, porém, ambos são humanos em demasia. Cobiçam não só poder. Agem sem grandes princípios morais e filosóficos. É talvez algo que chama mais a atenção.

Há certos momentos do livro em que a trama se torna como um filme de ação, destes norte-americanos dos quais estamos acostumados, brigas, fugas da polícia, trapaça, etc.

A falta de explicação ao sobrenatural que acontece sem uma reação verdadeira das personagens; que não se chocam, não se interrogam sobre, não tem a rotina mudada com o que se passa, faz com que o clima seja similar a um realismo mágico, onde o sobrenatural e o maravilhoso são já parte da realidade, e não requer espanto dos que se interagem com o incomum transcorrendo, portanto, coisas absurdas acontecem e não há pormenores para fazer-nos compreender o que aquilo interfere no mundo.
pehlma 04/02/2018minha estante
Melhor resenha que encontrei? tive a mesma sensação. Hoje em dia é difícil encontrar opiniões sinceras devido a muita gente temer perder suas parcerias e acho que esse livro teve um pouco disso. Foi criado um "hype" muito maior que o que de fato o livro entrega. Muitos citaram os filmes como se ele se encorporasse ao livro, o que não é verdade, são produtos diferentes.

Achei que faltou uma certa "estranheza" também das pessoas para tanta coisa diferente. Tudo parecia normal demais para todo mundo.


Gu Henri 07/02/2018minha estante
Sim pehlma !
Houve muita exaltação, porém não vi tanta genialidade nesse livro.
A ideia é instingante e genial, mas o livro em si e seu desenrolar, culminando naquele final, não é.
É aquele tipo de literatura que eu leio e penso: isto deve ser melhor explorado no cinema. E de fato foi o que aconteceu, onde surgiram algumas leituras deste livro, filmes que tem aquela coisa questionante e apaixonante que há na sci-fi.
Essa obra poderia ser melhor trabalhada pelos irmãos, muito mais, eram duas cabeças ali escrevendo, e dado o tempo de espera para publicarem, poderiam conforme esse tempo, ter melhorado e acrescentado mais à obra.

Essa "estranheza" na realidade lembra o realismo mágico, isso foi apenas uma similaridade que pude encontrar para poder dizer, mas não é, o que é um vácuo.

Pois, no realismo mágico o mundo não se altera com um ocorrido, essencialmente o mundo já é mágico, por isto a não necessidade das explicações, agora em Piquenique na Estrada, há a total falta de noção dos personagens para com a situação, situações estas que veem sem nenhuma explicação de mudança, de questionamento, de espanto, de alarde.

O mundo de Piquenique fora alterado, daí a necessidade de remediar-nos com algum detalhe, algo nas entrelinhas, alguma explicação. Mas... fica, pelo menos para mim, aquele sentimento de "poderia ter sido tanto, mas..."


Nathaniel.Figueire 26/01/2021minha estante
Para haver essa "estranheza", teria primeiro que haver o compreendimento dessa estranheza.

A Visitação, a Zona, as tecnologias recuperas pelos stalkers, é tudo tão alienígena que não há nem como entender o quão diferente é aquilo. Na história, me senti como um neandertal frente a um acelerador de partículas e era justamente essa a temática da obra, o "mito do nosso universalismo cognitivo", a ideia de que tudo compreendemos frente ao cosmos (mesmo compreendermos que não compreendemos).

Acho que na sua leitura você confundiu realismo mágico com ficção especulativa, coisas bem distintas. Achei desajustada a ideia de "quase realismo mágico", não há tapetes voadores voando sobre Macondo aceitos sem nenhum problema como em Cem anos de solidão. Os personagens percebem que há algo tremendamente diferente ali, só que o padrão cognitivo humano está para além da compreensão desses fenômenos.





Gabi 21/08/2020

História vaga
Não gostei muito desse livro. É basicamente sobre um stalker que rouba objetos da Zona (como é chamado o local onde os extraterrestres ficaram e foram embora). Tem muitas lacunas, tipo, eles não detalham nada da visitação dos alienígenas e nem dos objetos que foram deixados por eles e que os stalkers roubam pra vender, alguns são explicados muito por cima. Os filhos dos stalkers não nascem ?normais? e isso também não é nem um pouco detalhado. O ponto alto do livro é uma conversa com um físico onde ele fala sobre seu ponto de vista acerca da Zona e das visitações, fora isso é meio chato, e o final também sem graça.
Nathaniel.Figueire 26/01/2021minha estante
Se a proposta é justamente nos sentirmos como os animais da floresta frente ao piquenique na estrada dos humanos, não seria um contrassenso se stalkers e cientistas tivessem muitas explicações sobre a Visitação, as Zonas ou os objetos recuperados? A ideia era justamente que não houvesse explicações sobre essas questões, afinal, a temática da obra é que somos presunçosos em achar que todas as informações e formas de vida que encontraremos no universo serem por nós compreendidas.


Rodrigo 20/02/2021minha estante
Concordo,achei aquele final inconclusivo meio chatinho tbm




Qnat 03/08/2020

A história que o livro conta é importante. Importante também é a história da publicação do livro, e fiquei feliz sobre a edição contar com esse detalhe, e optar pela versão "sem cortes".

A premissa do livro é bastante original. E, como fui corrigido nos comentários, anterior ao acidente de Chhernobil!

Para alguns pode ser frustrante não existir explicações sobre os objetos e sobre a "visita". Mas elas, em si, não são importantes.

O filme Stalker, baseado no livro, é bastante diferente, ambos são muito bons e complementares.
Krishna.Nunes 30/08/2020minha estante
A usina de Chernobyl foi inaugurada anos depois da redação do livro e o acidente aconteceu 15 anos depois.


Qnat 31/08/2020minha estante
uau, não sabia!
obg!!!




Tales Martinelli 27/05/2020

Piquenique na estrada me surpreendeu no começo, com uma história muito interessante e inovadora, que não cai naquele estereótipo de visitações alienígenas ao planeta terra. Além de ter bons personagens e um protagonista com muita personalidade!

É um livro que flui muito bem e, apesar de não acontecer muitas coisas impactantes durante o desenvolvimento, você nem sente as páginas passando.

Ele possui um belo começo! Mas infelizmente o desenvolvimento do livro não continua à altura... principalmente o final, que eu particularmente não achei muito satisfatório...
porém foi uma experiência bem agradável ^^
Dine (Lendo com Dine) 04/06/2020minha estante
Parece muito legal


Tales Martinelli 04/06/2020minha estante
Vale a pena a leitura! Mas eu esperava mais hahahaha




Hanna.Figueredo 24/09/2020

Premissa incrível desenvolvimento fraco
Confesso que depositei bastante expectativa nesse livro. Ao pensar na premissa, imaginava uma leitura que levaria a reflexão e que me incomodaria, pois, o livro propõe um questionamento da pequinês humana, na narrativa a humanidade foi visitada por extraterrestres, por algum motivo eles simplesmente não estabeleceram comunicação com nossa espécie, apesar de ter esse gancho filosófico, o livro na minha opinião bate sempre nessa mesma discussão deixando a narrativa um pouco cansativa e repetitiva. Outro ponto que pode ser percebido principalmente pelas leitoras, é que não há personagens mulheres com personalidades nem com importância para o desenrolar dos acontecimentos, elas sempre são personagens meramente secundárias deixando o livro com uma atmosfera machista, pois, o próprio protagonista fala e age de maneira machista. Em geral livro decepcionante mas que partiu de uma boa ideia e infelizmente não foi bem desenvolvido.
Ro 09/10/2020minha estante
Estou lendo esse livro agora e concordo plenamente com você. Tinha tudo para ser bacana, mas flopou na concepção. E a falta de personagens femininas bacanas também me incomoda muito. É uma jornada de homens, em um mundo de homens, pensando em outros homens... triste.




Dudu 24/11/2020

O universo criado é fantástico e muito criativo. As tecnologias apresentadas e o espaço da Zona nos permitem imaginar como seria esse lugar e desejar saber mais sobre ele.

A premissa é sensacional e proporciona um capítulo inteiro (para mim o melhor) de discussão sobre o que significa inteligência e qual seria o significado da visita.

No entanto, senti falta de um propósito específico.
Lá pelas tantas me peguei refletindo sobre o porquê dessa história, do porquê desses fatos estarem sendo contados.

Foi criado um universo rico, cheio de possibilidades, mas que acabou sendo pouco explorado.
Talvez um pouco da frustração ao final seja pelo gosto de "quero mais"!
Nathaniel.Figueire 26/01/2021minha estante
Lendo as resenhas sobre esse livro, tenho achado curioso sobre como as pessoas estão presas aos moldes do romance burguês, onde algum momento alguma reviravolta trará a explicação/solução para tudo. Os Irmãos Strugátski seguem em "Piquenique na estrada" a tradição do romance russo, onde a experiência importa mais do que o desenrolar e onde a narrativa é permeada de niilismo.

O porquê dessa história/fatos? Para contar uma narrativa em que a presunção dos seres humanos de tudo compreender é esmagada e que, mesmo frente a completa ignorância, continuamos nos engolindo uns aos outros. Não percebi em minha leitura nenhum ponto "sobrando" na narrativa, seria legal se tu apontasse um deles.




Antonio Cesar 04/01/2019

“... E quem nunca carregou um oco que tente: é igual a segurar 15 litros de água sem balde. ...”

Pág.: 56
5º período
Piquenique na estrada
(ПИКНЙК НА ОБÓЧИНЕ)
Arkádi & Boris Strugátski.

Uma historia de contato sem contato. Uma exaltação a nossa insignificância. Uma historia assaz Interessante.
Jose Ricardo 26/08/2019minha estante
Tou curtindo mto a leitura




Saulo Gervásio 25/05/2020

Bom, mas esperava mais
Talvez o principal culpado por não ter me engajado tanto na leitura seja eu mesmo. Fui com espectativas erradas. O livro é bom só nao era o que eu esperava.
Jorge 25/05/2020minha estante
Comprei essa semana. Altas expectativas.




Daniel Felipe 11/12/2017

Sensacional!
Como é ótimos ter uma editora jogando nas nossas mãos obras tão boas!
Como é bom descobrir vários clássicos que, sabe-se lá porque, eu passei anos e anos sem conhecer.
Um dos melhores livros que li no ano e, com certeza, o melhor sci-fi.
Relativamente curto e deveras intrigante. Cada artefato gera uma enorme curiosidade, cada descrição da Zona gera uma gigantesca tensão.
Queria muito que houvessem mais livros ambientados nesse mundo, pois teria espaço para inúmeras histórias.
Recomendadíssimo!
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Exusiaco 23/02/2018

Em termos genericamente artísticos, considero o filme de Tarkovsky infinitamente superior, nem se compara, o cineasta fez algo assombroso. A obra dos irmãos Strugatsky, porém, não deixa nada a desejar, gostei bastante, seja pelo tom sarcástico no trato da condição humana ou pela alegoria crítica ao sistema soviético que suprimia individualidades.
O livro narra a situação pós-visitação de extraterrestres que não deu a mínima para os seres humanos, como se por aqui passassem, fizessem um piquenique e logo seguissem seu caminho intergalático. O problema é que nessa passagem, eles largaram objetos que denotam uma inteligência infinitamente superior, uma tecnologia que se situa num patamar imponderável. Os lugares da visitação se tornaram zonas inabitáveis, foram cercadas e isoladas do contato humano. Acontece que o interesse científico esbarrou na burocracia que impedia seu livre desenvolvimento dada essa grande nova, e por mais que necessitassem de uns bons milênios para fazer cócegas a tecnologias que manipulam a gravidade, criam baterias eternas e desenvolvem artefatos capazes de realizar os desejos mais profundos de cada ser. Havia múltiplos interesses em torno dessa visitação, desde a bélica, com a geleia de bruxa e a careca de mosquito, ao medicinal, com braceletes com o poder de curar qualquer enfermidade.
Em tal situação é imperioso que haja um mercado negro, e é aí que entra a figura dos stalkers. Estes se especializaram,com o decorrer do tempo, em driblar os mortais perigos da zona na busca dos valiosos e desejados objetos, a serem utilizados para o mal ou para o bem. Sedimentou-se, nesse processo, a tradição do stalkerismo. E estes eram marginalizados devido ao grau de contaminação de sabe-se lá o que que causava alterações genéticas em seus filhos, apesar de não haver nenhum traço de radiação em tais zonas.
Na narrativa encontrei traços de literatura noir de Hammett ou Chandler na caracterização insubmissa , cética ou losers de suas personagens. A figura do autômato perpassa toda a obra, desde os stalkers, que agem como formigas no resto do piquenique, consolidando-se uma tradição, à curiosa revivência de mortos zumbificados que retornam para suas esbarrando em tudo para suas respectivas casas.
A figura do autômato fecha a obra na tensão entre indivíduo e coletividade quando se busca a tão almejada esfera dourada, que realiza os mais íntimos desejos de cada um. Até se chegar a ela, com muitas idas e vindas de trapaças e desconfianças, o protagonista quase morre salvando a vida de um jovem parceiro. Mas ele o salva não por solidariedade, mas por considerá-lo uma chave de fenda útil na sua busca, conotando aí a falta de humanidade. Quando enfim alcançam a esfera , não sabem o que desejar, desejam que a própria esfera sonde o que eles realmente desejam. Aí está a ácida crítica ao totalitarismo que suprime os desejos individuais e forma uma massa de autômatos.
Boris Strugatsky conta no posfácio os percalços, sejam moralistas, políticos ou estúpidos mesmo que foram podando ou adiando o lançamento através da extinta URSS, só vindo mesmo à luz a partir da Perestroika.
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ReinaldoFerraz 05/03/2018

Um livro para ser lido com contexto histórico
A história é um pouco lenta, mas o foco é sobre as pessoas e não aliens. Grande parte da história acontece por lembranças e conversas, talvez por isso o ritmo lento. O barato é pensar com esse conteúdo foi escrito na década de 70 na URSS e manteve a versão original do autor (numa época que as publicações passavam por uma certa "revisão" do governo)
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Alexandre 27/09/2018

Lá vem os Russos...
“Piquenique na Estrada” é uma obra multifacetada. Trata de diversos temas com a profundidade devida e com a velocidade necessária, por isso apesar de discutir epistemologia, política, sociedade de consumo e luta de classe, o texto consegue, ainda, ser um verdadeiro thriller de ação e suspense, prendendo o leitor a cada linha. Some a isso, os personagens. Red, o personagem principal, é um anti herói que rivaliza com o Capitão Joycelyn de “Rumo as Estrelas”. Porém, ao contrário do último, o primeiro não quer salvar a humanidade, apenas garantir o sustento da família e muito álcool. Contudo, sendo um anti herói, acaba por fazer aquilo que, inicialmente, não queria e nem pensava fazer. Por fim, o post scriptum do livro é uma agradável surpresa. Os autores, ambos soviéticos, descrevem como foi difícil fazer o livro ser aprovado pela censura. Censura que não conseguia entender que o texto era uma crítica contundente ao capitalismo e à classe média. Uma Classe média que joga a vida fora em troca de rendimentos que lhe garante uma vida sem sentido e vazia. Mostra como, no final, apesar de toda ideologia do indivíduo que se auto constrói, self-made man, o que pode salvar a todos nós é um ato de compaixão e solidariedade.
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Maiani - @minhavidaforadeorbita 21/03/2019

Iniciei essa leitura sem ler a sinopse e consequentemente, sem expectativas. Não esperava uma história divertida (não sei o que isso pode dizer sobre o meu humor, mas dei muita risada!) e que coloca o ser humano em seu devido lugar; Somos apenas uma poerinha nesse Espaço gigantesco, então, vamos baixar a bola!

A leitura demora um pouco para entrar no ritmo, porque primeiro temos as explicações e apresentação ao universo em questão. Mas essa é uma parte essencial nesse livro, entender o que está acontecendo e que diabos é essa Zona. Depois, conhecemos nosso protagonista Redrick, ou apenas Red, que me lembrou, e muito, o típico brasileiro (esse livro é russo, mas ele me pareceu muito tupiniquim), que faz o que pode para sobreviver, inclusive se tornar um Stalker.

Acompanhamos como essa cidade foi modificada após a visitação de alienígenas, os grupos sociais que surgiram, as formas de controle para os artefatos que foram deixados para trás. Na verdade, esse controle excessivo me lembrou muito a política do período em que o livro foi escrito (Guerra Fria). Um diálogo em específico que ocorre perto do final do livro tem um teor filosófico maravilhoso, que pra mim, chegou a ser catártico em alguns aspectos.

O que mais me intrigou ao longo da leitura, foi o desinteresse dos alienígenas pela Terra. O sentimento é de que não significamos nada, ou pior, que eles nos viram como seres inferiores, assim como enxergamos certos animais, por isso não somos dignos de sua atenção. A explicação para o título do livro foi genial e aumentou ainda mais esse sentimento de desamparo intelectual dos humanos.

Os nomes que eles dão para os cacarecos e os eventos relacionados a Zona são muito bons! Alguns exemplos são Careca de mosquito, oco, olhos de carangueijo e caldo da bruxa. Mas em alguns aspectos, achei que o livro peca por não apresentar maiores detalhes sobre coisas estranhas que estão acontecendo no mundo em decorrência dessa visitação.

Essa é uma leitura muito boa, um scifi soft, focado nos humanos, e não na parte científica no pós contato.
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