Maisa @porqueleio 26/05/2020Trata, sobretudo, das dores e alegrias de ser humano!Tom Hazard é um homem vivido. Afinal, com 430 anos, já experimentou quase tudo nessa vida. Ele tem uma condição muito peculiar que é a do envelhecimento lento, e por uma questão de segurança, não fica muito tempo no mesmo lugar, trocando constantemente de identidade. Isso dificulta a criação de laços afetivos, então ele é um homem só. Depois de 430 anos, tudo o que ele anseia é uma vida normal.
Em algum momento do seu passado, ele foi recrutado por uma organização de pessoas com a mesma condição, cujo objetivo é procurar outros e manter tudo em segredo. Tom entra na organização com o objetivo maior de encontrar sua filha.
Numa dessas mudanças de endereço, retorna à Londres, cidade que lhe traz lembranças dolorosas. Sua nova identidade é de um professor de história – ele acredita ser um ótimo professor, afinal viveu muitas passagens importantes. É quando ele conhece Camille, professora de francês, que parece reconhecê-lo – o que pode colocar sua nova identidade em perigo.
E é a partir das reflexões sobre todos os acontecimentos em sua vida, Tom vai nos contando – com capítulos do passado entremeando o presente, sua história, seus anseios, suas derrotas, e a necessidade de um objetivo que faz o ser humano caminhar e ser uma pessoa única.
Trata-se, também, de uma deliciosa aula de história, já que Tom conheceu Shakespeare, Scott e Zelda Fitzgerald, passou pela caça às bruxas, sobreviveu a peste negra, tudo com detalhes e conversas deliciosas. Por isso mesmo, digo que se trata de uma homenagem à história. Não vá esperando encontrar o motivo da vida quase eterna, não é um livro sobre ficção científica; trata, sobretudo, das dores e alegrias de ser humano!
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