O Véu Pintado

O Véu Pintado W. Somerset Maugham




Resenhas - O Véu Pintado


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Deghety 24/03/2024

O Véu Pintado
De início, pelo menos as primeiras 40 páginas, o livro parece uma novela das oito. Parecendo só um triângulo amoroso corriqueiro, por assim dizer.
De aí adiante o livro começa a ganhar massa, principalmente em relação aos personagens.
O Véu Pintado é um drama trágico que é apresentado nu e cru.
Geralmente eu não leio prefácios para não receber spoilers e aqui não foi diferente. Leio após terminar a história, e ao voltar ao prefácio, encontrei ali algo, sobre a origem dessa novela, que a elucida e constata o talento do autor. E mais, indo pesquisar sobre uma frase aparentemente sem sentido dita pelo personagem Walter à protagonista Kitty, ficou ainda mais sensacional.
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Andressa.Severo 17/01/2024

Sobre o desenvolvimento pessoal da protagonista
Acredito que antes mesmo de ser um livro sobre casamento é sobre o desenvolvimento da Kitty.
De início ela é uma personagem desagradável e mimada que poucos se torna mais responsável pelo que sente e de como se comporta.
No entanto, ao meu ver, a Kitty não evoluiu tanto assim e um acontecimento específico ocorrido quase no fim da trama me deixou desagradada com o livro. Esse acontecimento não ocorre na adaptação cinematográfica.
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Mary 13/04/2023

"É o santuário onde todas as coisas encontram refúgio"
Como é bom encontrar um livro genuinamente bem escrito e com bons personagens!

Um livro de um enredo banal, mas de uma narrativa cativante: uma esposa que se envolve em um adultério e, quando o seu marido descobre, faz uma contraproposta em que irá fazê-la questionar todas as bases - nada sólidas - de sua vida até então. Contado da perspectiva da Kitty, ora a esposa, ficamos cada vez mais intrigados com a figura de Walter, ora o marido. Um jogo psicológico intenso, você parece respirar o mesmo ar abafado da protagonista e a sensação de perigo não se afasta, ainda mais depois de uma pandemia mundial que ainda estamos nos recuperando (os personagens vão para o epicentro de uma endemia intensa de cólera em uma das regiões interioranas da China colonizada pelos ingleses). Não conseguia desgrudar e, sempre que precisava fazê-los, os personagens ficavam ao derredor dos meus pensamentos. O autor é extremamente talentoso e não vejo a hora de ler outras coisas dele.

Agora chega a parte em que os críticos literários usariam para repudiar uma avaliação de uma pessoa comum em um site de leitores: enquanto eu lia esse livro, eu não conseguia parar de relacionar com quatro músicas, e ainda por cima pop americano rsrs
A Kitty do começo do livro tem como trilha sonora oficial Primadonna da Marina and the Diamonds: essa garota superflua com um ego maior ainda, vivendo uma vida sem nenhuma profundidade até que se assusta quando sente a ameaça de que ficará pra trás por sua irmã mais nova e muito menos bonita/interessante que ela.
A segunda parte, após a contraproposta de Water, ora o esposo, é a música This is me trying da Taylor Swift: é o verdadeiro desenvolvimento de personagem de Kitty. Estamos diante do que parece ser o encaminhamento de um arco de redenção, e aqui a Kitty realmente está tentando, mas toda a sua luta é muito mais interior do que exterior e, por isso, você fica cada vez mais apreensivo pois, se tratando de um arco de redenção, caso o leitor tenha familiaridade com esse tropo narrativo, já começa a ficar apreensivo porque se for bem sucedido/desenvolvido, temos praticamente um final esperado.
A terceira música anda junto com a anterior, seria a Best da Gracie Abrams: paralelamente ao desenvolvimento/amadurecimento da Kitty, a personagem começa a reavaliar sua relação com o marido e essa música é literalmente a cabeça dela o tempo inteiro depois de um certo momento da história rsrs.
Por fim, a última música tem a ver com o final do livro é a Too Sad da banda Ex-Re: é sobre a impossibilidade de retornar a ser quem era antes de algumas experiências. É sobre não conseguir reajustar a rota de onde parou antes do trauma. Como a cantora diz: "as memórias me seguem".

Um livro imperdível e só um último comentário, dessa vez em relação ao filme: parece um projeto de pessoas que realmente são apreciadoras da obra, muito bem adaptado e óbvio que com algumas alterações, e uma em especial que diverge bastante da essência do livro, mas não vou reclamar porque eu queria que essa tal coisa tivesse acontecido no livro e o filme me deu esse acalento rsrs.
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Ananda Books 15/01/2023

Nova experiência
"Se todas as coisas duravam tão pouco e nada era de grande relevância, parecia lamentável que os homens, dando uma importância absurda a coisas triviais, fizessem infelizes uns aos outros"

Quis ler o livro após me apaixonar pelo filme no meio do ano passado.
O livro é no POV de kitty e aprofunda os sentimentos vividos no filme, até 60% do livro é basicamente muito fiel ao que acontece no filme.
Kitty começa sendo uma dama irritante e mesquinha, que por escolher de mais quase acaba sem ninguém, até encontrar em Walter condições favoráveis para ter uma boa vida.
Walter é fechado, tímido e antissocial mas sua paixão por Kitty é real e ele faria de tudo para vê-la feliz, até descobrir a traição...
Kitty é levada para o centro da epidemia para morrer como vingança pela traição e tbm passa a ser ignorada e tratada com indiferença por Walter, até que começa a repensar atos de sua vida e superar o desgraçado do Charlie Townsend.
Mas foi ao começar a trabalhar com as freiras no orfanato que se iniciou a mudança em kitty.
Não consigo descrever mais sem dar spoilers.

Gostei muito da leitura, o primeiro romance maduro que li, onde não há dúvidas que ele não é para qualquer público. Há fidelidade em pontos com o filme mas o livro também se faz original com cenas que não estão presentes na adaptação. Gostei muito da evolução de kitty, me encantei pelas freiras e aprendi com elas também; tive raiva da kitty em momentos mas compreender que ela é humana e que deseja mudar é oq me fez continuar o livro.
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Karolline.Campos 09/01/2023

Transformação
Esse é um livro do tipo que nos impressiona e instiga a pensar sobre convenções sociais, sobre os limites de verdades e mentiras, sobre as consequências de nossas escolhas e do que foi decidido para nós.

Não conhecia o trabalho de Maugham, mas essa obra me fez querer conhecer mais a fundo, ler outros livros dele.

Muito me agradou ter sido inserida num romance, mas acabar sendo presa num drama existencial incrível. Todos os questionamentos que perpassam os personagens são trabalhados num plano de fundo simples e até comum. Isso dá mais profundidade ao enredo como um todo.

Aquela fala de menos é mais se encaixa perfeitamente. Um livro sóbrio e decididamente incisivo. Mexe com você.
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Youko 30/11/2022

Uma ótima surpresa!
Há um bom tempo atrás, assisti a adaptação mais recente de O Véu Pintado, que aqui no Brasil recebeu o nome de O Despertar de uma Paixão. O filme ficou um bom tempo na minha cabeça e a vontade de ler a obra que o inspirou só cresceu. Felizmente, pude finalmente lê-lo e que grande surpresa foi!

O livro começa direto ao ponto: a infelidade de Kitty sendo descoberta e suas consequências. O autor apresenta sua narrativa de forma vivaz, atiçando a curiosidade do leitor a ponto de ser quase impossível largar o livro até tê-la saciado: a bela escrita de Maugham fluí com facilidade, sem deixar de ser profunda e reflexiva. Há trechos que causam tal impactam que necessitam de um minuto ou dois para processá-los.

"Há só um modo de conquistar os corações, que é fazer a gente igual àqueles por quem desejaria ser amada."

O Véu Pintado, ao contrário de sua adaptação, não é livro sobre romance, mas sim sobre pessoas. Ele foca, principalmente, no desenvolvimento de seus personagens, nas camadas que constrói ao longo do enredo, com uma perspectivas bastante realista. Por exemplo, Kitty, nossa protagonista, começa a história sendo fútil e frívola e, ao final, não se pode dizer que mudou totalmente, mas sem dúvida se tornou uma pessoa com mais consciencia de seus próprios defeitos e erros, a ponto de querer mudar.

O autor traz a interessante discussão de que a forma e o meio em que se foi criado ou se vive pode influenciar, sim, a personalidade de alguém. Que nada é "preto no branco", e que sempre há uma área cinzenta no ser humano.

É, também, interessante observar como acontecia a colonização no século XX. Havia um sentimento comum entre os britânicos que residiam em colônias: o de surperioridade. A protagonista, de ínicio, não vê os chineses como seres humanos iguais a ela, e com o decorrer da trama, esse pensamento é aos poucos redefinido (mas não ao ponto de deixar de existir, que fique claro).

Apesar de alguns pontos, este livro me trouxe um conforto silencioso. Não foi um favorito, mas foi uma companhia suave, que me fez imensamente feliz durante a leitura. Foi como um amigo de viagem que quero rever um dia.
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Quel 02/04/2022

Recomendo
A leitura é fluida, os capítulos são bem divididos, não me apeguei a nenhum personagem, mas a história é bem desenvolvida e a personagem principal evolui.
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Franco 22/03/2022

Quando a infidelidade força uma revolução filosófica.
enredo:

Após ter a sua infidelidade conjugal descoberta, Kitty, jovem, bela e fútil, é arrastada por seu marido, um médico, e se mudam para uma cidade chinesa tomada pela cólera. Entre ressentimentos, arrependimentos e frustrações, o isolamento em uma cidade epidêmica forçará o casal a conhecerem um ao outro e, especialmente, a si mesmos.

(possíveis) pontos positivos:

- um encadeamento narrativo exemplar e envolvente, trazendo os fatos não só em partes, mas também em camadas;
- um contexto aventureiro e com ares de exótico (a China pré-industrial);
- críticas àquela vida social inglesa antiga com suas 'castas', costumes aristocráticos, e a neurose casamenteira;
- uma pegada intimista, psicológica mesmo, do que os principais acontecimentos se dão no desenvolvimento dos personagens;
- escrita leve e bem repartida em seções curtas.

(possíveis) pontos negativos:

- as descrições intimistas de como e por que os personagens sentem isso ou aquilo podem ser um tanto confusas e abstratas;
- a noção de tempo dentro da trama se perde um pouco, tornando algo duvidosa a evolução da protagonista (como se tivesse mudado rápido demais);
- o personagem do Walter (marido da Kitty) é rico e denso, mas não parece não ter tido tanto desenvolvimento em seus quês e porquês.

o que mais impressionou:

por trás de uma história de infidelidade, rola uma grande pequena jornada de evolução da protagonista, que avalia o peso das coisas e das pessoas - no caso, que pode-se dar peso demais ao que não merece nem algumas gramas. Para nós leitores, dotados do ponto de vista avantajado que é o lado de cá do livro, refletimos, então, não sobre maridos traídos e esposas arrependidas, mas sim sobre o teor da própria existência e o que nela importa. E, indo além e embarcando na pegada orientalista do autor, pensamos sobre a aceitação do caminho que só se faz caminhando.
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Alana 19/03/2022

Mil estrelas seriam insuficientes!!
O meu livro favorito, tem um valor sentimental imensurável e cada vez que leio fico mais imersa na estória dos personagens, as palavras me cativam de forma única. Esta leitura foi edificante em todos os sentidos!!!
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@deize6 28/02/2022

Putz rolou, mas não totalmente
Apesar de ter me envolvido demais pela leitura, eu não consegui compreender a Kitty e acho que por conta disso o desenvolvimento dela ficou comprometido pra mim a partir de certos eventos, ou talvez seja algo que eu ainda precise digerir para compreender.
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Luiza.Rufino 22/01/2022

Talvez eu seja um pouco iludida pois pensei que a Kitty iria se resolver com o marido. Eu achei um livro ok porém não gostei do final pois parece que tava na pressa de acabar logo.
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Fabi.Filippo 16/01/2022

The painted veil - livro 4/2022 - William Somerset Maugham
The painted veil - livro 4/2022 - William Somerset Maugham

O livro lançado em 1925 já teve 3 adaptações para o cinema, a última e talvez a mais conhecida é de 2006 e recebeu o nome de O despertar de uma paixão. Eu assisti essa última com Naomi Watts como Kitty Fane e Edward Norton como Walter Fane.

O livro é sobre o amadurecimento de Kitty Fane. A narrativa é alternada em terceira e primeira pessoas, no caso a primeira pessoa é a visão de Kitty.

Kitty era fútil , materialista e muito bela. Tinha ciência de sua beleza e no quanto chamava atenção e brincou com os sentimentos de muitos pretendentes. Até que sua irmã mais nova ficou noiva, e para fugir de sua mãe tão fútil quanto ela , e da opinião da sociedade aceitou o pedido de casamento Walter Fane , um médico que em nada a atraia, desde a beleza física até sua personalidade.

Depois do casamento Kitty se mudou para Hong Kong com Walter, e nem o tempo conseguiu fazê-la mudar de ideia em relação a seu marido. É pega cometendo adultério e Walter para puni-la se voluntariou para assumir o posto de médico de uma província bem distante , que sofria uma epidemia de cólera.
Kitty foi praticamente obrigada a ir junto.

As primeiras semanas foram torturantes , mas fez com que Kitty refletisse sobre sua vida até ali e após se voluntariar para trabalhar num convento que acolhia crianças órfãs e apoiava o hospital da região , Kitty mudou sua maneira de ver a vida e até admirar Walter. Sentiu-se muito arrependida por seus atos pregressos . Mas diferente do filme , os dois não voltaram a conviver como marido e mulher e Walter no livro também morre de cólera.

O desfecho do livro também é diferente do filme e me surpreendeu.
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Karen 19/12/2021

Ser egoísta é...
O livro é um deleite até as últimas 20 páginas que encerram o romance.
Sua conclusão deixou uma impressão de morna e meio crua. Ainda assim, VALE A LEITURA.
A descrição das paisagens já vale.
3 personagens principais onde cada um colocou a sua lente de expectativas sobre o outro e vive uma realidade de 'expectativas'. Até que ... a real realidade bate a porta.
"..., mas encanto e nada mais do que encanto acaba sendo cansativo,... é um alívio tratar com um homem que não seja tão encantador, mas um pouco mais sincero.".
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