Márcia 21/04/2023
Nós - Ievguêni Ivánovitch Zamiátin
Nós foi escrito entre 1920 e 1921, mas ele só foi publicado nos EUA em 1924. Nós era uma livro proibido na Rússia e só foi publicado lá em 1988.
Por que o livro foi proibido na Rússia? O Zamiatin começou sua carreira de escritor antes da revolução Russa, ele era fiel ao Novo Regime, mas ele mantinha sua independência política e artística. Isso não era visto com bons olhos.Por isso ele foi perseguido e suas obras pararam de ser publicados.
A proibição em publicar suas obrar, levou Zamiátin a escrever uma carta a Stalin pedindo permissão para sair da União Soviética . A ideia de Zamiátin era se exilar em outros país para continuar com sua carreira de escritor.
Nós e conhecido como precursor das grandes distopias . Esse livro esta no limiar entre utopia e distopia.
As pessoas, que vivem no estado único no século XXVI descrita no livro, estão satisfeitas. A sociedade descrita no livro é homogênea, esterilizada e transparente. Todas as paredes das moradias são feitas de vidro. Eles não se dão conta que estão sendo vigiados o tempo todo.
O grande ditador do Estado Único e o Benfeitor, apesar de existir eleição no Estado Único, sempre o eleito é o Benfeitor. A sociedade, na realidade, acredita que o Benfeitor é muito bom.
O título do livro, Nós , significa que todos são iguais e pensam da mesma forma, demonstra a ideia de coletivismo. Porém, no livro, todos vivem só, família não existe mais.
Todos e tudo são controlados, no livro descreve uma tábua do tempo, que é , exatamente, uma agenda com tarefas a serem cumpridas por cada um. Essas tarefas são controladas pelo Estado.
O personagem principal do livro, que também é o narrador, vai usar as horas particulares (todos tem direito a x horas particulares por dia) que ele tem direito, para escrever o livro. O livro é o diário do narrador, D-503.
Nessa sociedade, as pessoas não tem nome, é uma associação de letras e números que os identificam.
Quem é o D-503 na história? Ele é um dos construtores da nave espacial que está sendo construída na época que a história se passa. D-503, apesar de reconhecer o coletivo, ele sabe que diferenças na aparência física existem. Ele repara no nariz de amigo, nas mãos peludas dele com de outra pessoa.
D-503 não se encaixa na homogeneidade existente sociedade, mas tudo bem, ele tem a vidinha dele regrada e vive bem com isso. Até o momento que ele conhece uma mulher diferente, I-330.
I-330 é diferente, ela não obedece os horários, ela fuma, bebe. Resumindo, ela é uma mulher livre , dentro do possível naquela sociedade.
A partir do encontro com a I-330 , que D-503 vai começar a enxergar a vida um pouco diferente. Ele reconhece que ao viver no Estado Único, a sociedade esta vivendo dentro de uma redoma. Que há uma vida diferente fora do Estado Único.
Ele se apaixona por I-330, membro de um movimento de resistência clandestino que, durante algum tempo, é bem-sucedida em conduzi-lo à rebelião. Quando a rebelião irrompe, parece que os inimigos do Benfeitor são, de fato, muito numerosos, e que, além de tramar a derrubada do Estado, eles se entregam a vícios.
D-503 acaba por fim se salvando das consequências de sua própria loucura. As autoridades anunciam a descoberta da causa das recentes desordens: alguns seres humanos sofrem de uma doença chamada imaginação. Agora, o centro nervoso responsável pela imaginação foi localizado, e a doença pode ser curada por meio de um tratamento de raio-X. D-503 é operado e então se torna fácil fazer o que sabia ser sua obrigação desde o início – a saber, denunciar seus cúmplices à polícia. Com total equanimidade, ele observa I-330 ser torturada com gás comprimido sob uma redoma.
Há muitas execuções na utopia de Zamiátin. Elas ocorrem publicamente, na presença do Benfeitor, e são acompanhadas pelas odes triunfais recitadas pelos poetas oficiais.