Antes da Tempestade

Antes da Tempestade Dinah Jefferies




Resenhas - Antes da Tempestade


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LT 20/12/2017

Vocês acreditam em destino? Que alguém pode ser predestinado a outro desde que nasceu? Eu acredito, mas esse livro me mostrou algo melhor ainda...

Eliza nasceu em Delhi, mas após o atentado contra o pai, ela foi embora, deixando sua cidade para morar com os Ingleses, contudo nada seria bom dali para frente. Ela se culpava pela morte do pai e sua mãe, Anna, não era mais a mesma por causa do álcool.

::: Eliza correu para se ajoelhar a seu lado, mas tropeçou e quase caiu. Assustada, ela o envolveu nos braços, empapando o vestido com o sangue da pessoa que mais amava no mundo. (…) Foi então que, em meio ao burburinho cada vez maior da multidão, o menino disse, educadamente: “Senhorita, por favor, deixe-me ajudá-la a se erguer. Ele se foi”. :::

A vida segue e após vários anos ela retorna, depois da morte do marido, para um trabalho em Rajputana que pode alavancar sua carreira como fotógrafa. Eliza perdeu tudo que poderia ter, e sua melhor escolha foi a fotografia, poder retratar o que gosta transformando as imagens em algo esplêndido. Eliza teria de retratar a vida da família Marajá para o acervo britânico.

::: Aos vinte e nove anos, aquele era o serviço mais importante que lhe encomendavam desde que se tornara fotógrafa profissional. Não estava claro para ela por que Clifford Salter a escolhera. :::

Com o passar do tempo ela notou que não teria apenas que fotografar, mas sim que conheceria o local, iria ter que ser uma espiã mesmo não querendo. Salter queria que ela espionasse mesmo sem saber. No entanto, esse não era apenas um pequeno contratempo, quando conheceu Chatur (conselheiro do rei), ele não gostou dela por ela ser inglesa, e tentou limitar e destruir tudo que ela fazia.

Jayant, o filho da rainha, é um aventureiro (não conhecemos muito dele), se algo acontecesse com seu irmão, ele subiria ao trono e teria de casar-se com uma princesa. Ao longo do livro conhecemos um pouco de cada um, nada muito detalhista, mas conhecemos, e cada vez mais Eliza e Jay ficam mais próximos.

::: “O senhor costuma acampar?” – perguntou ela. “Sempre que posso. É minha fuga, sabe?” – “E precisa fugir?” – “Acho que todo mundo precisa.” :::

Ao decorrer do enredo e muito próximos, eles conseguem entrar em um acordo: ela faria suas fotos e ele conheceria mais sobre a pobreza do lugar. Por ter passado muito tempo longe a realidade daquele povo lhe era algo meio desconhecido. E ao notarem as coisas eles decidiram montar um sistema para ajudar a população. Mas Eliza não contava com um pequeno detalhe, o de ela se apaixonar por ele.

Segredos do passado da nossa mocinha vem à tona, de quando ainda era uma menina, coisas pelas quais ela se culpava foram desvendadas. Era como se Eliza precisasse voltar para relembrar o que aconteceu, e descobrir mais. No entanto, como tudo poderia ser realmente descoberto? E se ela acabasse sendo revelada como viúva que de fato era? E se Jay fizesse algo errado? Ou se outra pessoa se apaixonasse por ela em meio aos acontecimentos com que ela se depara?

O livro é maravilhoso – em partes, porém nada parecido com o que já li. Gostei de conhecer a cultura de outro lugar, de como as coisas são vistas pelos olhos de outro povo, do modo deles. Todavia algo que me incomodou na leitura, acredito que possa ser por eu não estar acostumada, foi o fato dos diálogos estarem sempre entre aspas. Alguns detalhes me incomodaram um pouco em relação aos personagens, acredito que eles poderiam ter sido melhor explorados, mais detalhados, que merecíamos conhecer mais sobre eles.

Ah, também gostaria de que, a parte em que temos de compreender a cultura, palavras e detalhes da nação na qual o enredo se passa, que o livro nos trouxesse legendas, pois não conhecemos a cultura e temos que procurar fora do livro no decorrer da leitura para entender certas palavras e isso corta um pouco o clima.

A história é linda, a proposta é ótima, o enredo fala sobre escolhas, decisões e destino, algo que todos um dia pensamos sobre, mas deixa a desejar nesses pequenos detalhes. Confesso que apesar dos pesares li a obra rapidamente e ela me prendeu, por isso recomendo que confiram, mas estejam preparados para esses pequenos incômodos.

Resenhista: Analuiza Amorim.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Driely Meira 15/12/2017

Decepcionante
Se você chorar porque o sol desapareceu da sua vida, as lágrimas vão impedi-lo de ver as estrelas. – Rabindranath Tagore, página 123

Recebendo uma oportunidade que pode mudar sua carreira, a jovem Eliza viaja para Rajputana, na Índia, para fotografar a família do marajá (como um “rei”) em seu “habitat natural” e enviar para o acervo da coroa britânica. Ela hospeda-se então no castelo da família do marajá, onde deveria ficar por um ano, e passa a fotografar tudo ao seu redor, desde a família até as pessoas mais pobres. Mas ali não era exatamente um lugar seguro para ela, considerando os sentimentos que o irmão mais novo do marajá lhe trazia, e também os velhos costumes do povo local. Só que ela não podia ir embora. Ainda não.

Eliza tinha morado na Índia com seus pais quando criança, mas sua mãe a levou para a Inglaterra após a morte de seu pai, e desde então, ela não havia pisado em solo indiano. Ao voltar para o país, Eliza sente-se em casa, como se ela devesse ter estado ali desde sempre. Mas as pessoas do palácio não são tão gentis quanto ela esperava, (principalmente porque havia em muita gente o desejo de independência da Índia, e havia também o medo de que algum golpe pudesse ocorrer) já que ela é inglesa e represente tudo o que eles odeiam: o domínio inglês.

Além disso, Eliza era viúva. Seu marido havia morrido num acidente de ônibus, mas isso era irrelevante para a cultura local. Na antiga cultura indiana (realmente espero que isso tenha ficado no passado), era obrigação da mulher cuidar do marido, então quando o mesmo morria primeiro, ela deveria suicidar-se deixando ser queimada numa fogueira. Quando isso não acontecia, as mulheres eram amarradas e enfiadas na fogueira do mesmo jeito. Somado isso ao fato de que parecia que sempre havia alguém observando Eliza, ela não estava se sentindo muito segura, apesar de ter Jayant ao seu lado.

Aquele não era um mundo confortável para ela ou para mulher alguma, pensou, refletindo sobre sua própria segurança. Ela também era viúva. Qual seria a sensação de ser executada de forma tão sofrida? A dor insuportável, o medo, a brutal crueldade deveriam ser muito piores do que imaginava. – página 101

Como eu disse antes, estava bastante curiosa para ler este livro, principalmente por ele se passar na Índia, país que quero muito visitar um dia. E ainda mais por se passar na Índia quando a mesma ainda era colônia inglesa, e quando vi que Eliza estaria em contato com a “realeza” de Juraipore (lugar fictício), a curiosidade só aumentou. Eu nem estava esperando tanto do livro, apesar da curiosidade que sentia em lê-lo, mas, ainda assim, eu acabei me decepcionando.

Começando pelo fato de que os personagens não foram totalmente desenvolvidos, de maneira que eu sentia que mal conhecia Eliza e Jayant (principalmente ele), então eu não sentia afeição por nenhum deles e nem conseguia engolir o romance que foi surgindo entre os dois. Isso não significa que eu não torci para que tudo desse certo no final, isso eu sempre faço, mas eu não queria que eles terminassem juntos, pois a maneira como se tratavam não me agradava.

Sendo um rajá, Jayant deveria se casar com uma princesa ou alguém que estivesse na mesma posição social que ele, e sendo o sucessor de seu irmão (caso o mesmo morresse), era ainda mais importante que se casasse com alguém à altura. Ele falava o tempo todo sobre como os casamentos indianos não eram regidos por amor, e sim dever, mas se esquecia de tudo isso quando estava com Eliza, e não bastando ter ficado próximo a ela quando não deveria (ambos sabiam que um romance era impossível, e que deveriam manter distância um do outro) ele ainda a magoou quando não precisava tê-lo feito. Então não, eu não gostei nada de Jayant, e também não consegui gostar muito de Eliza ou de qualquer outro personagem.

Somado a isso, achei a escrita da autora muito cansativa, de maneira que a leitura foi um pouco arrastada, e eu demorei para engatar na mesma. Na verdade, não havia nada para me prender à história; nenhum personagem encantador, nenhum acontecimento que me deixasse tensa ou com as emoções à flor da pele, nenhum romance apaixonante. Nada. Sem contar que o final me deixou com o queixo caído, pois me pareceu muito fácil e isso realmente não bateu com o restante da história. Ao meu ver, ficou um pouco sem sentido, e eu só fiquei feliz porque consegui finalmente finalizar o livro.

Eu sei que eu deveria ter desistido dos livros da autora, mas vi que ela escreveu mais um (A separação) que ainda não foi publicado por aqui, e mesmo que nem Antes da tempestade nem O perfume da folha de chá tenham me encantado ou se tornado histórias que me marcaram, ainda assim eu quero ler A separação. Mas prometo não criar expectativas, e nem ficar torcendo para que a história seja melhor que as outras duas. Vamos ver no que dá.

site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Douglas 15/12/2017minha estante
Olá, tenho este livro e talvez deixe para um outro momento.


Tamara 15/12/2017minha estante
Dri, eu li O perfume da folha de chá, e amei ele, então, fiquei meio que cheia de expectativas para esse aqui, mas que livro torturante! Ta conseguindo entrar para a listinha dos mega chatos de 2017. Concordo com todos os seus pontos, e nenhum personagem conseguiu me cativar. Estou em 60% do livro,e a leitura está sendo bem forçada, porque não sinto vontade de continuar, e só tô continuando porque não sou de abandonar livros. Não vejo a hora de acabar e ir ler algo melhor.


Daiana.Benck 18/12/2017minha estante
Nossa, estou louca para ler esse livro e fiquei um pouco apreensiva com a sua opinião. Mas, como eu amei "O Perfume da folha de chá", diferentemente de vc, vou tentar esse também e depois te conto o q eu achei...


Driely Meira 18/12/2017minha estante
Apesar de eu não ter gostado muito, pode ser que vocês gostem :) realmente espero que gostem...haha'




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