Almas Mortas

Almas Mortas Nikolai Gógol




Resenhas - Almas Mortas


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Maria15670 12/01/2024

" Todos nós temos uma pequena fraqueza para com a nossa própria pessoa e nos poupamos um pouco, esforçando-nos por encontrar um próximo sobre o qual derramar nosso despeito."
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Michela Wakami 11/01/2024

Muito bom
Almas mortas é também conhecido como A divina comédia do Gogol, que infelizmente não foi concluída.

Aqui temos a primeira parte que seria digamos o inferno.

Primeira parte: está completa.

O que seria digamos o purgatório, o manuscrito oficial foi destruído antes da morte do autor.
O que temos nesse livro, é nada mais do que rascunhos da segunda parte, sendo encontrados em cinco cadernos, e a partir daí foram reconstruídos.

Segunda parte: não está completa.

A terceira parte, que digamos seria o paraíso, não temos nem rascunhos, por tanto, não é encontrado em nenhuma edição.

Observação: Pode nem ter sido rascunhada.

Terceira parte: não temos.

Pouco antes de morrer, Gogol, queimou todos os manuscritos que tinha à mão, isto é, a segunda e a terceira parte.

Apesar de a obra não ter sido concluída, vale muito a leitura.
Aqui o autor faz crítica a Rússia da sua época, usando o realismo.
Gleidson 11/01/2024minha estante
Nossa, faz tempo que quero ler esse livro e não sabia nada disso que vc falou. Obrigado pela informação! Aumentou ainda mais minha vontade de ler


Michela Wakami 11/01/2024minha estante
Por nada, acredito que você vai gostar.
Tem umas partes meio que repetitivas, mas que é necessária para o desenvolvimento da história.

No livro de conto que contém o capote e o retrato, que está disponível no kindle unlimited, conta esse relato mais detalhado da vida do autor.
No posfácio.




Daianex 28/12/2023

Leitura lenta e arrastada pela falta de costume de ler esse autor porém é um bom livro. Interessante para ver um pouco da representação das áreas urbanas russas na época de gogol.
Também tem um estilo de narração interessante e único
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Gabriela 17/11/2023

Almas Mortas: um inovador retrato da sociedade russa
Nikolai Gógol iniciou os rascunhos para Almas Mortas em 1835. Escritor perturbado e um tanto inseguro, Gógol encontrou inúmeras dificuldades no decorrer do desenvolvimento de sua obra, supostamente inspirada na estrutura dividida em três partes do clássico poema épico ‘‘A Divina Comédia”. Repara-se facilmente um certo receio por parte de Gógol, expresso em repetições na narrativa e quebras de ritmo durante a obra, mas sem dúvida o amor que ele tinha para com a literatura e o estudo de sua pátria se sobressaem a estes percalços. Gógol afirma: “Não posso entregar os últimos volumes de minha obra antes de conhecer, o melhor possível, a vida russa em todos os seus aspectos, ao menos na medida em que me é necessário conhecê-la para minha obra.”, em demonstração de anos de estudo e reflexão sobre a Rússia do século XIX. Esta sede por conhecimentos está presente em todo o conjunto da obra, fazendo-me perceber o quão relevante é o estudo da literatura gogoliana para melhor compreensão dos aspectos culturais, sociais e econômicos de uma Rússia antiga e camponesa, que deparava-se cada vez mais com influências estrangeiras, procurando ainda uma identidade em meio a tamanha vastidão.
Almas Mortas inicia com uma descontraída descrição do nosso herói protagonista, Tchítchikov, homem médio, sem grandes virtudes, sem grandes feitos, sem grandes ambições, puramente mesquinho, frágil e sem valor. Gógol afirma, enquanto narrador personagem, que toda a sociedade russa carrega um pouco de quem é Tchítchikov, seja nas qualidades ou nos defeitos. Aprecio esta escolha de personagem como protagonista, especialmente por permitir o divertido humor que descobri, não sem surpresas, ser o grande pilar desta obra. Este homem tão medíocre representa muito bem o que Gógol expressa durante o poema; os desfalques e problemas da Rússia, a injustiça e a falsa moralidade que parecem construir a sociedade, tudo está presente em Tchítchikov. Um dos aspectos mais fascinantes desta leitura é entender qual foi seu impacto dentro da produção artística russa, na qual Gógol iniciou uma escola romântica e particularmente crítica, onde fantasias sobre personalidades perfeitas e infinitas virtudes abrem espaço para uma representação mais realista, que considera os defeitos russos e os estuda em suas personagens. Estas características apresentam-se em todo o decorrer da obra, onde cada figura que Tchítchikov visita representa algo que se possa criticar, algo que se possa refletir. Manílov é mentiroso, falso e parece nunca dizer o que realmente pensa. Koróbotchka é simplória e pedante, simboliza os senhores em crise, o vazio de terras que pouco produzem. Nozdriov é insistente e impulsivo, nunca aceita a mímica discordância e importa-se apenas consigo mesmo. Sobakiévitch é rude, sente repulsa para com todos que se aproximam e tem a gula de um batalhão. Entre todas as figuras apresentadas pode-se observar ao menos um aspecto negativo da elite russa, e, mesmo que esta estrutura torne-se um tanto entediante no decorrer da história, acredito que a elaboração crítica é um ponto forte em Almas Mortas, exatamente por estabelecer novos parâmetros na construção de personagens e conflitos na escrita russa.
Após o encontro de Tchítchikov com tantas personagens distintas, a história retorna para a província, onde nosso herói desponta como grande conquistador aos olhos da população. É uma mudança agradável para a narrativa, que encontrava-se monótona e repetitiva. Neste novo momento, são desenvolvidas perspectivas do convívio urbano e retrata-se um pouco do tão relevante serviço público russo. É nessa sequência, ao final da história, que somos apresentados às origens de Tchíchikov; seus anos escolares, sua afinidade com a retórica, suas conturbadas relações sociais e, finalmente, o motivo pelo qual percorreu tanta estrada em busca de Almas Mortas.
Acredito que não era necessário esperar tanto tempo para detalhar circunstâncias tão relevantes para a narrativa e, como Gógol mesmo admitiu, esta parte final de Almas Mortas é um tanto acelerada demais, não aproveitando corretamente a interessante construção de personagem nem a variação no ritmo que poderia ter sido muito positiva. Porém, esta finalização traz uma agradável perspectiva para as outras partes da obra, um sentimento de que a Rússia ainda não foi descoberta por completo, onde ainda existe espaço para novas expectativas.

“Não é também assim que você, Rus, voa em disparada, como uma troika que ninguém consegue alcançar?”

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Débora 07/11/2023

Mais um da Mãe Rússia
Surpresa minha ao descobrir que Gogol foi contemporâneo, - e amigo - de Pushkin, autor citado por inúmeros outros grandes escritores russos, tais como Dostoievski e Tolstoi.

Almas Mortas é da primeira metade do século 19, lá por 1840. Ironiza demais o sistema de servidão russa, deveras semelhante à escravidão. Pinta um cenário muito rico, muito detalhado, de proprietários de terra (e de gente!) daquela época, de modo que acredito seriamente que pessoas semelhantes tenham existido. São personagens muitíssimo bem construídos.

Além disso, o livro traz uma voraz crítica social, tanto contra os proprietários que se beneficiavam desse sistema desumano, quanto contra os servidores públicos, extremamente corruptos.

A relação do mujique com a natureza, a imensidão e riqueza produtiva da terra, junto com as casas senhoriais, mudanças de estação, festivais camponeses - todos esses elementos tão bonitos e tão presentes nas obras primas russas estão também aqui.

É um livro muitissimo engraçado, porém está inacabado. Então na segunda parte o leitor lida com manuscritos incompletos, mudanças bruscas de cenário, diálogos inacabados, o que tem um impacto negativo na leitira. No entanto o contexto histórico e primeiros capítulos mantêm esse livro firme e seguro no status de grande obra.

Inclusive o livro tem tantas boas "pegadas" e insights, que pensei que ele fosse do finalzinho do século 19, já beirando o século 20. Mas não, ele é uns 50 anos mais velho do que pensei.

Muito bom.
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Mari 14/09/2023

O quanto enrolei pra acabar esse livro não está escrito, a minha versão tem a letra beemmmm pequena então já e alguma desculpa ksksk, mas em geral é uma grande obra, um clássico da literatura russa, infelizmente o autor queimou a segunda parte, mas já da para interpretar muitas coisas dessa, tem partes bem cômicas mas em determinados momentos se torna repetitivo devido a busca incessante de Tchitchikov por donos de terras que venderiam as almas mortas de seus camponeses escravizado, enfim é uma jornada e acompanhamos Tchitchikov nela.
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Iza Carla 29/10/2023minha estante
Adorei seu texto




P.F.G. 06/08/2023

Almas mortas
Confesso, o livro tirou-me boas risadas(pois é uma comédia), contudo? pensem em um livro detalhista! O autor conta sobre a vida dos antagonistas que vão aparecer no próximo capítulo, barracos envolvendo um monte de personagem(e sim, a história deles também será contadakkkk) e, pra variar, pensem em um drama!!!!
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Annalu 20/07/2023

Nikolai Gogol é um dos melhores escritores de seu tempo, não há contestação, e almas mortas é um livro ótimo para representar o autor em si. Tanto a primeira parte quanto a segunda revelam muitas nuances do escritor e seus personagens, Pavél Ivanovitch é um dos melhores "trambiqueiros" da literatura. Os últimos manuscritos recuperados evidenciam bem a situação religiosa que Gogol passava em seus últimos dias.
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val 08/07/2023

Sem final
A parte interessante é que o personagem principal é um anti-herói e isso já é uma expectativa incomum. Mais incomum ainda é o livro não ter um desfecho.
Valeu pela curiosidade, mas a história em si poderia ser melhor contada.
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Cintia295 18/04/2023

Esse livro foi só Ok na minha humilde opinião, nenhum personagem me chamou a atenção, o motivo por ele querer comprar as almas não me deixou curiosa, todo esse mistério foi meio Ble kkkkkkkkkkk.
Enfim, leiam e tirem suas próprias conclusões.
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Isa409 01/03/2023

Tem tudo pra ser um livro ótimo, mas não sabia que o autor tinha falecido antes de terminar a obra. Na parte que eu mais estava gostando algumas partes ficaram incompletas e não teve um final, fiquei frustrada
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Martony.Demes 10/02/2023

Uma história inusitada e que me chamou atenção pelo título e resumo! Então singrei o livro!

O cara sai compra título de pessoas mortas para angariar poder e barganhar bens de alguma forma! Antes de chegar ao final, eu anuo que isso não ia dar certo. E prossegui.

Por fim, senti falta de um arremate final do livro! Depois descobri que o livro é inacabado! E é por isso que devemos focar na jornada da obra: cômica, trágica, pitadas de sarcasmo, críticas aos diversos setores e pudores da sociedade, entre outros.

É uma obra diferente e vale a pena ler e entender da forma dela!

Gostei!
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