annacê 29/07/2021Uma pitada de síndrome de Estolcomo e afins...Ice Barbarians ou “365 dias”?
Vim com a esperança de ser melhor que o primeiro e acredito que sim, ele consegue ser um pouco melhor que o primeiro. Mas não muito.
Dessa vez a gente vai ver a jornada da Liz e de Raahosh, o livro se inicia no final do primeiro livro, mas dessa vez pelo ponto de vista da Liz e ela deixa claro a sua revolta em colocar o khui no seu peito, e em meio do desespero ela tenta fugir para encontrar outra opção para sobreviver naquele planeta (sabe-se lá deus o que ela ia tentar fazer), mas ela é impedida pelo alien estressadão Raahosh, que além de forçar ela a colocar um parasita em seu corpo ele ainda sequestra ela. Porque segundo ele, se os dois estiverem sozinhos ela vai simplesmente aceitar que eles são mates.
Eu nunca assisti o filme 365 dias, mas a vibe não era meio essa? O sequestrador mantém a moça em cativeiro pra ela “perceber” que está apaixonada por ele. Uma vibe meio abusiva e afins. Esse livro é exatamente isso, abusivo e problemático. Com uma fucking romantização do romance todo errado deles, eu me sentir bem culpada por em algum momento ter começado a shippar eles dois, porque aquilo dentro de mim tava dizendo o nome do relacionamento deles... a famosa Síndrome de Estocolmo. Mas a autora romantizou aquela relação e por isso eu comecei a acreditar que tava tudo bem e até me esqueci o que aconteceu no início para eles ficarem juntos.
Então sim, é um livro melhor que o primeiro por ter uma profundidade maior, os dois conversam mais e tem as suas personalidades mais bem construídas, a gente tem mais informações sobre aquele planeta, sobre como é a comunidade do aliens. Mas é um livro problemático demais para simplesmente ignorar todos os problemas, os surtos abusivos do Raahosh, ele ter sequestrado ela, ele ter continuado dizendo que ela era dele até ela finalmente acreditar.
É complicado não saber se o amor dela vem do khui, do tempo que ela passou com ele, ou se ela desenvolveu síndrome de Estolcomo (com certeza é esse último).
Enfim, não sei se eu vou ler o terceiro livro, talvez sim, tem bastante chances porque eu gostei da Kira e do provável mate dela. Mas vamos ver.