spoiler visualizarNath 04/01/2024
Quando comecei a ler eu fiquei muito confusa, provavelmente ainda fiquei confusa até os 50% do livro, mas segui lendo porque não queria abandonar a leitura.
Acho que uma das coisas que mais gostei (talvez a única) foi a Vimini, ela era doce e sábia ao mesmo tempo. Me perguntei como uma menininha dessa idade pode perceber tantas coisas? Achei que ela sobreviveria apesar da doença, mas ela ainda morreu e senti até pena vendo o Oliver dizer que soube que tinha acontecido assim que ele parou de receber as cartas porque ela escrevia para ele todos os dias.
Agora que eu já falei o único ponto que achei positivo do livro, vamos à realidade do restante. O primeiro taboo que a gente encontra é a idade, Oliver com seus exímios vinte e quatro anos e o Elio com dezessete. Em segundo veio a obsessão do Elio, eu não tava entendendo como ele já podia estar obcecado por alguém que ele literalmente tinha acabado de acontecer e tudo entre eles foi tão rápido, seis semanas parecia muito pouco pra algo acontecer, mas bum, aconteceu né.
Voltando à obsessão do Elio, tiveram muitas cenas vergonha alheia devido à isso, uma delas horrenda (uma das mais suaves se compararmos com as outras que vou citar) do querido colocando o calção de banho USADO do Oliver na cabeça e ainda ficar caçando coisas mais "íntimas" como pentelhos, tipo assim, QUE?
Outra cena que me deixou confusa e meio ¿Enojada? (por falta de palavra melhor) foi a do pêssego, fica bem claro que o Elio é uma pessoa bi ou pan no livro, mas aí ele me compara a parte vermelha do pêssego com uma vag@ e um cool? E ainda por cima fica metendo coisas numa fruta.
Terceira e última cena que consigo ter lembrado de ter me deixado horrorizada foi a do cocô, sim, você que leu sabe bem qual cena é e vou poupar meus amigos de ler uma descrição dessas fora do livro. Que cena horrorosa, sinceramente.
Terceiro ponto negativo: a primeira vez com um homem do Elio, foi triste ler como ele se sentiu depois. No começo eu não entendi, ele queria tanto aquilo, queria tanto o Oliver e quando o teve ele surtou, mas aí me toquei que era a primeira vez dele (com um homem), que ele ainda poderia pensar (considerando a época) que aquilo não era "natural" e várias outras coisas. Foi horrível ler como ele se sentiu mal depois de tudo, como se fosse alguém sujo e todo o nojo que ele sentia de si mesmo quando lembrava do ato.
Quarto e último ponto negativo pra não alongar muito: o final. Pra mim o casamento do Oliver foi do nada, os momentos dos dois no último capítulo que mostra eles envelhecendo fez o casamento parecer um nada na vida do Oliver. A narrativa faz a gente acreditar que ele ainda quer o Elio e o Elio ainda quer o Oliver. E poxa, vinte anos depois e eles ainda nisso? Voltando à pedofilia, foi até estranho ler o Oliver falando que o filho deles está mais próximo de ser o Elio que ele conheceu do que o próprio Elio mais velho e que em alguns poucos anos o filho dele teria a idade do Elio de quando eles "ficaram juntos".
A escrita não foi agradável pra mim, mas acho que foi pura falta de intelecto mesmo porque haviam muitas referências à obras da literatura, arte e afins. Senti que não tive bagagem para entender 100% do livro.