Rosieee 18/12/2023
O tempo nos deixa sentimentais. Talvez, no fim, o tempo seja o...
Motivo pela qual sofremos...
Eu fui com muita sede pra esse livro. Simplesmente não aguentava mais o fato de sempre adiar a leitura por causa de imprevistos em minha rotina. Então chegou a chance, e okay. Não foi arrebatador como imaginava que seria, na verdade, foi problemático.
Céus eu tenho tantos pontos pra colocar nessa resenha que minha mão nesse exato
momento está pegando fogo pra digitar essas palavras.
Vamos começar pelo começo:
O Elio em muitos (muitos mesmo), momentos e cenas que eu lia, de certa forma, me sentia como ele. O drama da paixão, o fato de estar apaixonado mas negar com toda a sua força. Os bilhetes (nunca vou superar "prefiro morrer a saber que você me odeia"). Essas atitudes dele, os sentimentos confusos e conflitantes ao longo do livro me fez eu ter um carinho enorme por ele, porque de certa forma, me identifiquei com alguns sentimentos descritos por ele.
Temos Oliver então, um estudante universitário da Colômbia, que veio passar as férias ao lado de quem? isso mesmo, da família de Elio, nas maravilhas da Itália. Ele é o típico galanteador que qualquer um cairia por amores. Carismático, bonito, musculoso (o próprio Elio disse), mas, confuso. Sério, eu shipava os dois, mas, sinceramente? acho que agora tenho repulsa.
Muitas vezes, o Oliver evitava o Elio, consequentemente entrava em uma depressão profunda. Eu lia aquilo e pensava:
"Meu Deus, se o Oliver soubesse disso, será que ele pararia com essa bobeira de não se falarem mais?"
Eu me senti muito confusa durante a leitura. Tinha momentos que eu odiava Elio por sua extrema sensibilidade e depois ficava com ódio de Oliver pelo fato de que ele NÃO tinha a responsabilidade com o Elio. E aí entra um ponto que queria muito comentar...
O Elio tem dezessete anos nos primeiros três capítulos do livro (depois no quarto capítulo, acompanhamos a velhice de ambos), Oliver tem vinte quatro anos... Na primeira vez deles, foi horrível e estranho pra mim ler, porque Elio não gostou. Sentiu remorso daquilo (eu ficava pensando, será que continuo a leitura ou eu paro por aqui?)
Isso me fez eu odiar o Oliver. Sinto ódio, mas sinto carinho também. Mais ódio do que carinho, mas ainda há resquícios de carinho por ele, mesmo que seja pouco. De certa forma, sinto que Oliver foi alguém "importante" para Elio... (é... sei lá eu estou muito confusa diante do que eu li...)
Eu iria falar sobre a cena do pêssego, mas acho que a do banheiro é mais problemática... então deixa quieto...esse livro é problemático.
Mas também devo mencionar que apesar de ser problemático, tem lá suas poesias.
Quando terminei o livro essa manhã, confesso que dei graças a Deus que terminou. O final foi capenga, mas, é. Nem bom e nem ruim.
Eu realmente não sei o que dizer. Esperava mais, coloquei altas expectativas.
Prefiro manter a neutralidade... melhor segurar minhas mãos antes que eu digita coisas demais...
Não gostei mas também não desgostei...
2 estrelinhas...