A origem da família, da propriedade privada e do Estado

A origem da família, da propriedade privada e do Estado Friedrich Engels




Resenhas - A origem da família, da propriedade privada e do Estado


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Gioamaro 21/12/2020

Livro essencial para entender o modelo de sociedade que vivemos, as relações sociais e econômicas que norteiam o mundo.
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Luciano 15/12/2020

Umas das melhores coisas que li este ano.
As associações que Engels estabelece entre divisão de classes, monogamia, escravidão e o surgimento do Estado e da propriedade privada são espetaculares. E o caráter antropológico do livro é excepcional.
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Ingrid.Pardinho 12/12/2020

Que grande obra!
Traz um compilado de explicações socio-históricas sobre como surgiram as 3 principais estruturas que compõem a sociedade atual.
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Milena.Saleh 16/11/2020

Ótimo porém com muitos rodeios
Engels podia ter sido mais direto. Mas a enrolação é boa pq faz a gente fixar bem as ideias. Aprendi muito.
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TÁSSIA ROCHELLI 06/02/2014

A origem da família, da propriedade privada e do Estado
"A forma de família que corresponde à civilização e vence definitivamente com ela é a monogamia, a supremacia do homem sobre a mulher, e a família individual como unidade econômica da sociedade. O Estado é o resumo da sociedade civilizada, sendo, sem exceção, em todos os períodos que podem servir como modelo, o Estado da classe dominante e, de qualquer modo, essencialmente máquina destinada a reprimir a classe oprimida e explorada. Característico da civilização é ainda, por um lado, a fixação da oposição entre cidade e campo como base de toda a divisão social do trabalho e, por outro lado, a introdução dos testamentos, por meio dos quais o proprietário pode dispor de seus bens, mesmo depois de morto." (pp 1665-166)
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Allisson 03/08/2020

Livro importante para compreensão do que se intitula bem como da origem do capitalismo.
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Lena 20/07/2020

leitura importante para estudos feministas e de origem do patriarcado.
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Romario 18/07/2020

A origem da família e não sua destruição!
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução Leandro Konder; Aparecida Maria Abranches ? 4º ed. ? Rio de Janeiro: Bestbolso, 2019.

Ao contrário de muitos comentários, em sua maioria, de pessoas que se recusam a compreender ideias que estão fora de sua bolha ideológica, que classificam o livro em questão como uma tentativa de destruir a ?família? e incitar o incesto, ele esclarece muitos pontos sobre como a sociedade chegou a posição que hoje (1884, ano de sua publicação) se encontra. Engels, baseado nos estudos de Lewis Henry Morgan, descreve a história da família, como foi a evolução de uma sociedade matriarcal, sem propriedade privada e sem Estado, para uma patriarcal, com propriedade privada, com Estado e agora dividida em classes. Ele mostra que os eventos que culminaram no modelo de família que se tem como ?normal? atualmente estão totalmente interligados com a propriedade privada da terra e de bens e com a criação do Estado.

Segundo o autor, para compreender a origem dos três elementos discutidos no texto (família, propriedade privada e Estado) é necessário analisar a partir de três épocas principais: estado selvagem, barbárie e civilização. Sendo assim, para Engels no estado selvagem a constituição da família ocorria por meio do matrimônio por grupos, essa era a família punaluana, o casamento era coletivo de grupos de irmãos e irmãs, carnais e colaterais, no seio de um grupo. Na barbárie, a família evolui para o matrimônio sindiásmico, que eram as uniões por casal, por um tempo mais ou menos longo, faziam-se já sob o regime do casamento por grupos, ou mesmo mais cedo; o ?homem tinha uma mulher principal (não podemos dizer uma mulher favorita) entre o número das suas mulheres, e era para ela o esposo principal entre todos os outros?.

Ressalta-se que, em ambos os períodos citados, a mulher tinha muito prestígio dentro da sociedade e era quem comandava a família, uma vez que era detentora do chamado ?direito materno?. Como elas possuíam toda a liberdade sexual e se relacionavam com vários parceiros, era impossível saber quem era o pai dos filhos gerados em decorrência dessas relações, no entanto, todos sabiam quem era mãe. Dessa forma toda a linhagem de um grupo era determinada pela mãe, era ela quem garantia a descendência. Nesse contexto, a propriedade da terra era comum ao grupo, se alguém morresse as terras em que trabalhava não passava aos seus filhos, mas aos membros do grupo.

No que se refere a civilização (estágio em que vivemos) corresponde a monogamia, união de um só casal, com coabitação exclusiva dos cônjuges. Esse modelo de família, trouxe consigo complementos, tais como a prostituição e o adultério. Ao longo da evolução desse modelo de família foi tirado, cada vez mais, das mulheres, mas não dos homens, a liberdade sexual que antes existia no matrimônio por grupos. Aquilo que para a mulher se tornou um grande crime de graves consequências legais, para o homem é algo considerado honroso ou, quando muito, uma leve mancha moral que se carrega com satisfação (ENGELS, 2019, p.91). O autor descreve que a monogamia surgiu da concentração de grandes riquezas nas mesmas mãos ? as de um homem ? o que antes era propriedade coletiva, agora passa a pertencer a uma única pessoa. Esse homem, cheio de suas riquezas tem o desejo de transmitir tudo para seu descendente, mas para o que tenha certeza que de fato é seu filho, assim elimina-se o direito materno e surge o direito paterno. A família agora se torna patriarcal e a mulher passa a perder ainda mais espaço, se torna em uma mera cuidadora de casa e geradora de herdeiros. Quando a propriedade privada se sobrepôs a propriedade coletiva, quando os interesses da transmissão por herança fizeram nascer a preponderância do direito paterno e da monogamia, o matrimônio começou a depender inteiramente de considerações econômicas (ENGELS, 2019, p. 95). O sistema capitalista destruiu todas as relações tradicionais e transformou tudo em mercadoria.

Ademais, Engels vai explicando o Estado em alguns pontos, na ?gens iroquesa?; na ?gens grega?, ?na gênese do Estado ateniense?; a ?gens e o Estado em Roma?; a ?gens entre os celtas e entre os germanos? e ?a formação do estado entre os germanos?. O autor detalha minuciosamente a formação desses estados e seus denominadores comuns. Em resumo, o Estado surge com a família monogâmica, uma vez que essa passa a ser detentora de propriedade privada. O Estado, de modo geral, surge para proteger essa propriedade e garantir a ordem social por meio de suas instituições coercitivas, é desse modo que surge também a polícia. Engels afirma que o Estado não se sustenta sem a polícia, sem seu braço armado. Com o surgimento da propriedade privada e do Estado surge também o antagonismo entre classes. Uma é proprietária de terras, dos meios de produção, a outra não. Sendo assim, uma domina e a outra é dominada. Portanto, o Estado é, por regra geral, o Estado da classe mais poderosa, da classe economicamente dominante. Assim o Estado antigo foi, sobretudo, o estado dos senhores de escravos, para manter os escravos subjugados; o Estado feudal foi órgão de que se valeu a nobreza para manter a sujeição dos servos e camponeses dependentes; e o moderno estado representativo é o instrumento de que serve o capital para explorar o trabalhador assalariado (ENGELS, 2019, p.211).

Em suma, o livro é uma riqueza de conteúdos que elucidam a formação da sociedade existente. O autor é enfático em dizer que só com supressão da produção capitalista e das condições de propriedade privada será possível gozar de toda liberdade. Recomendo MUITO esse livro a todos!
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Carlos 13/07/2020

Um pouco cansativo, mas essencial.
Apesar de um meio grosso, cheio de dados históricos sobre formações familiares pré-estatais, e até uma dificuldade em entender certas definições, sem dúvidas este é um livro essencial na leitura marxista. A forma que Engels demostra como o surgimento do patriarcado e da propriedade privada levam ao nascimento do Estado quebra todo mito acerca da monogamia e do amor romântico. O meio da leitura vai deixar cansativo, mas passado a questão da gens em várias sociedades (americanas e europeias), fica bem claro o que quer ser dito aqui, e como analisar a situação das relações nos dias de hoje e as relações do Estado em defesa da propriedade privada patriarcal é importante nesse momento de luta.
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Paulo jaques 20/11/2014

Origem das instituições sociais e da propriedade privada.
Trata-se de uma obra fenomenal, ao meu ver, bastante reveladora em certos aspectos, com uma contribuição profunda, a cerca de uma análise, sociológica, histórica, antropológica e política que gira em torno da investigações e análises de Morgan sobre as primeiras instituições familiares que porventura propiciou o surgimento da propriedade privada e o estado por conseguinte.

Muito embora fora escrito por Engels, este livro é fruto de algumas anotações de Marx sobre a obra Sociedade Antiga, do inglês Morgan. O que não deixa de ser um grande legado de Engels, por também descrever partes de suas análises e as de seu companheiro alemão.

Doravante, esta obra se inicia com uma primeira compreensão a respeito dos estágios primitivos da sociedade humana. Divididas em estado Selvagem, Barbárie e Civilização. Por conseguinte em cada uma delas o autor faz subdivisões entre inferior, médio e superior. Cada fase compreendendo seus aspectos e caracteristica da sociedade primitiva.

Prosseguindo na leitura, o autor comenta em um capítulo a respeito da família, as suas primeiras formações. Família consanguínea (entra em destaque o matrimônio por grupos), Família Punaluana (Punalua = parente ou amante íntimo), família Sindiásmica ( muito parecida com a monogamia onde os homens praticam a poligamia, e as mulheres poliandria), por último a monogamia ( nesta ocorre o predomínio do casal - homem e mulher - como uma familia onde se espera uma fidelidade conjugal por parte da mulher, caso que não se aplica com relação ao homem. Durante todo esse período, ocorre a passagem do direito materno - presente nas primeira formações de grupos, onde prevalece a linhagem materna sobre a paterna - para a paterna - mais ou menos ocorrido entre o período da barbárie e a civilização.

Os próximos capítulo deter-se-ão a respeito das gens (grupos de familias que compartilhavam do mesmo nome) iroquesa, grega, romana, celtas, germanos, bem como a formação do estado presentes em Atenas (berço da formação do estado), Roma e com relação aos germanos. Toda a organização familiar gerou a formação de tribos e por conseguinte gerou lideres e confederações que amiúde propiciou a divisão de classes. O estado surgiu e imperou com a proteção da polícia e liderou no lugar das primevas formações gentílicas. Por fim, se concretiza o livro com um capítulo dedicado a barbárie e civilização.
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Julio.Cesar 18/10/2016

O que é a família se não uma cerca?
Nas tribos primitivas tudo era coletivo, a comida, o trabalho, os parceiros sexuais.
O que predominava era o direito materno. Sabia-se quem era a mãe, mas não o pai.
O homem participava da caça e pesca, enquanto a mulher cuidava da casa e da prole. Tanto o homem, quanto a mulher, ocupavam posições sociais iguais. Fazia-se para o todo, para o grupo. Chamava-se isso de comunismo primitivo.
O homem, que até então, ocupava-se da coleta de suprimentos, passou a domesticar os animais (vaca, cabra, etc), de modo a ter suprimentos permanetes.
Deste modo, conforme suas propriedades iam aumentando, o homem passou a ter uma posição mais importante que a da mulher.
Cria-se então, esta cerca, chamada de família, onde estão as propriedades do homem. Dentre elas a propria mulher, os filhos, o gado e logo depois os escravos.
A familia tornou-se necessária para que o homem tivesse certeza da consangüinidade de sua prole, para a qual pudesse deixar seu patrimônio quando morresse.
Foi então que se deu a queda do direiro materno e, no lugar, se estabeleceu o direito paterno.
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oerickaguiar 24/04/2024

Resenha
Um relato dos diferentes tipos de família durante a história até chegar na mais recente, em que claramente o intuito da família nuclear e monogâmica é proteger a propriedade.
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André 24/05/2020

Um livro impactante, que desnuda alguns conceitos naturalizados no nosso cotidiano: família, monogamia e Estado. Esse deve ter lugar especial na estante de qualquer um que deseja compreender um pouco mais sobre o atoleiro cultural e econômico que vivemos hoje!
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Alineígena Alien 28/03/2020

Não é um livro fácil de ler, mas é muito interessante, principalmente em relação à análise da sociedade patriarcal. Mas considero importante não esquecer que Engels continua sendo homem, e ainda filho de sua época e de seu país. Isso ajuda no entendimento interseccional de lutas e movimentos que adotaram o olhar marxista.
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