A origem da família, da propriedade privada e do Estado

A origem da família, da propriedade privada e do Estado Friedrich Engels




Resenhas - A origem da família, da propriedade privada e do Estado


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Julio.Cesar 18/10/2016

O que é a família se não uma cerca?
Nas tribos primitivas tudo era coletivo, a comida, o trabalho, os parceiros sexuais.
O que predominava era o direito materno. Sabia-se quem era a mãe, mas não o pai.
O homem participava da caça e pesca, enquanto a mulher cuidava da casa e da prole. Tanto o homem, quanto a mulher, ocupavam posições sociais iguais. Fazia-se para o todo, para o grupo. Chamava-se isso de comunismo primitivo.
O homem, que até então, ocupava-se da coleta de suprimentos, passou a domesticar os animais (vaca, cabra, etc), de modo a ter suprimentos permanetes.
Deste modo, conforme suas propriedades iam aumentando, o homem passou a ter uma posição mais importante que a da mulher.
Cria-se então, esta cerca, chamada de família, onde estão as propriedades do homem. Dentre elas a propria mulher, os filhos, o gado e logo depois os escravos.
A familia tornou-se necessária para que o homem tivesse certeza da consangüinidade de sua prole, para a qual pudesse deixar seu patrimônio quando morresse.
Foi então que se deu a queda do direiro materno e, no lugar, se estabeleceu o direito paterno.
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oerickaguiar 24/04/2024

Resenha
Um relato dos diferentes tipos de família durante a história até chegar na mais recente, em que claramente o intuito da família nuclear e monogâmica é proteger a propriedade.
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Renan 05/11/2017

A origem da família, da propriedade privada e do estado
Como o próprio Marx diria ao conhecer Engels, sobre suas obras: 'Colossal'

Destrincha perfeitamente a construção social da família diante da propriedade através do trabalho, de forma materialista, destoando da tradição do viés cultural no estudo do tema.

Explicação extremamente consistente no transcorrer histórico, colaborando em muito para o compreensão da sociedade atual.

5 estrelas é pouco, daria 6 sem medo, caso pudesse
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Mel Bee 03/12/2018

Ótima
Alguns livros não são feitos para qualquer pessoa. Precisa-se de estudo e cérebro para tais leituras, essa é uma delas.
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Alineígena Alien 28/03/2020

Não é um livro fácil de ler, mas é muito interessante, principalmente em relação à análise da sociedade patriarcal. Mas considero importante não esquecer que Engels continua sendo homem, e ainda filho de sua época e de seu país. Isso ajuda no entendimento interseccional de lutas e movimentos que adotaram o olhar marxista.
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Luciano 15/12/2020

Umas das melhores coisas que li este ano.
As associações que Engels estabelece entre divisão de classes, monogamia, escravidão e o surgimento do Estado e da propriedade privada são espetaculares. E o caráter antropológico do livro é excepcional.
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Lari Neves 31/05/2020

Excelente pra entender toda a construção da sociedade patriarcal capitalista atual. Quem gosta ou estuda sobre gênero, capitalismo, família, é uma leitura necessária.
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Alex Brunno 24/06/2020

Família
O Engels demonstra com clareza a dominação da mulher e o excedente econômico, é uma investigação incrível com o aparato historicizes muito bom
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Carlos 13/07/2020

Um pouco cansativo, mas essencial.
Apesar de um meio grosso, cheio de dados históricos sobre formações familiares pré-estatais, e até uma dificuldade em entender certas definições, sem dúvidas este é um livro essencial na leitura marxista. A forma que Engels demostra como o surgimento do patriarcado e da propriedade privada levam ao nascimento do Estado quebra todo mito acerca da monogamia e do amor romântico. O meio da leitura vai deixar cansativo, mas passado a questão da gens em várias sociedades (americanas e europeias), fica bem claro o que quer ser dito aqui, e como analisar a situação das relações nos dias de hoje e as relações do Estado em defesa da propriedade privada patriarcal é importante nesse momento de luta.
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Romario 18/07/2020

A origem da família e não sua destruição!
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução Leandro Konder; Aparecida Maria Abranches ? 4º ed. ? Rio de Janeiro: Bestbolso, 2019.

Ao contrário de muitos comentários, em sua maioria, de pessoas que se recusam a compreender ideias que estão fora de sua bolha ideológica, que classificam o livro em questão como uma tentativa de destruir a ?família? e incitar o incesto, ele esclarece muitos pontos sobre como a sociedade chegou a posição que hoje (1884, ano de sua publicação) se encontra. Engels, baseado nos estudos de Lewis Henry Morgan, descreve a história da família, como foi a evolução de uma sociedade matriarcal, sem propriedade privada e sem Estado, para uma patriarcal, com propriedade privada, com Estado e agora dividida em classes. Ele mostra que os eventos que culminaram no modelo de família que se tem como ?normal? atualmente estão totalmente interligados com a propriedade privada da terra e de bens e com a criação do Estado.

Segundo o autor, para compreender a origem dos três elementos discutidos no texto (família, propriedade privada e Estado) é necessário analisar a partir de três épocas principais: estado selvagem, barbárie e civilização. Sendo assim, para Engels no estado selvagem a constituição da família ocorria por meio do matrimônio por grupos, essa era a família punaluana, o casamento era coletivo de grupos de irmãos e irmãs, carnais e colaterais, no seio de um grupo. Na barbárie, a família evolui para o matrimônio sindiásmico, que eram as uniões por casal, por um tempo mais ou menos longo, faziam-se já sob o regime do casamento por grupos, ou mesmo mais cedo; o ?homem tinha uma mulher principal (não podemos dizer uma mulher favorita) entre o número das suas mulheres, e era para ela o esposo principal entre todos os outros?.

Ressalta-se que, em ambos os períodos citados, a mulher tinha muito prestígio dentro da sociedade e era quem comandava a família, uma vez que era detentora do chamado ?direito materno?. Como elas possuíam toda a liberdade sexual e se relacionavam com vários parceiros, era impossível saber quem era o pai dos filhos gerados em decorrência dessas relações, no entanto, todos sabiam quem era mãe. Dessa forma toda a linhagem de um grupo era determinada pela mãe, era ela quem garantia a descendência. Nesse contexto, a propriedade da terra era comum ao grupo, se alguém morresse as terras em que trabalhava não passava aos seus filhos, mas aos membros do grupo.

No que se refere a civilização (estágio em que vivemos) corresponde a monogamia, união de um só casal, com coabitação exclusiva dos cônjuges. Esse modelo de família, trouxe consigo complementos, tais como a prostituição e o adultério. Ao longo da evolução desse modelo de família foi tirado, cada vez mais, das mulheres, mas não dos homens, a liberdade sexual que antes existia no matrimônio por grupos. Aquilo que para a mulher se tornou um grande crime de graves consequências legais, para o homem é algo considerado honroso ou, quando muito, uma leve mancha moral que se carrega com satisfação (ENGELS, 2019, p.91). O autor descreve que a monogamia surgiu da concentração de grandes riquezas nas mesmas mãos ? as de um homem ? o que antes era propriedade coletiva, agora passa a pertencer a uma única pessoa. Esse homem, cheio de suas riquezas tem o desejo de transmitir tudo para seu descendente, mas para o que tenha certeza que de fato é seu filho, assim elimina-se o direito materno e surge o direito paterno. A família agora se torna patriarcal e a mulher passa a perder ainda mais espaço, se torna em uma mera cuidadora de casa e geradora de herdeiros. Quando a propriedade privada se sobrepôs a propriedade coletiva, quando os interesses da transmissão por herança fizeram nascer a preponderância do direito paterno e da monogamia, o matrimônio começou a depender inteiramente de considerações econômicas (ENGELS, 2019, p. 95). O sistema capitalista destruiu todas as relações tradicionais e transformou tudo em mercadoria.

Ademais, Engels vai explicando o Estado em alguns pontos, na ?gens iroquesa?; na ?gens grega?, ?na gênese do Estado ateniense?; a ?gens e o Estado em Roma?; a ?gens entre os celtas e entre os germanos? e ?a formação do estado entre os germanos?. O autor detalha minuciosamente a formação desses estados e seus denominadores comuns. Em resumo, o Estado surge com a família monogâmica, uma vez que essa passa a ser detentora de propriedade privada. O Estado, de modo geral, surge para proteger essa propriedade e garantir a ordem social por meio de suas instituições coercitivas, é desse modo que surge também a polícia. Engels afirma que o Estado não se sustenta sem a polícia, sem seu braço armado. Com o surgimento da propriedade privada e do Estado surge também o antagonismo entre classes. Uma é proprietária de terras, dos meios de produção, a outra não. Sendo assim, uma domina e a outra é dominada. Portanto, o Estado é, por regra geral, o Estado da classe mais poderosa, da classe economicamente dominante. Assim o Estado antigo foi, sobretudo, o estado dos senhores de escravos, para manter os escravos subjugados; o Estado feudal foi órgão de que se valeu a nobreza para manter a sujeição dos servos e camponeses dependentes; e o moderno estado representativo é o instrumento de que serve o capital para explorar o trabalhador assalariado (ENGELS, 2019, p.211).

Em suma, o livro é uma riqueza de conteúdos que elucidam a formação da sociedade existente. O autor é enfático em dizer que só com supressão da produção capitalista e das condições de propriedade privada será possível gozar de toda liberdade. Recomendo MUITO esse livro a todos!
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Lena 20/07/2020

leitura importante para estudos feministas e de origem do patriarcado.
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Allisson 03/08/2020

Livro importante para compreensão do que se intitula bem como da origem do capitalismo.
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Thiago Rios 20/09/2020

Clássico fundamental
Esse é daqueles livros que te fazem buscar por mais conhecimento, te fazem querer entender o mundo, num período tão conturbado da nossa história. Livro fundamental para entendermos a construção da nossa sociedade e também para a o desenvolvimento do pensamento da esquerda.
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