A origem da família, da propriedade privada e do Estado

A origem da família, da propriedade privada e do Estado Friedrich Engels




Resenhas - A origem da família, da propriedade privada e do Estado


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Clio0 14/03/2021

A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado deveria ser leitura obrigatória para todos os estudantes de História, infelizmente a grade normalmente a relega a leitura complementar.

Engels trata sobre a teoria sociológica do que convencionamos chamar de alicerces da Civilização. Não é de seu interesse esmiuçar significados, a discussão gira em torno da formação, características e desenvolvimento.

A explicação sobre a formação gentílica e a refutação da ideia de casamentos endógamos e exógamos tomam a maior parte do texto justamente por serem o cerne do trabalho. Há também uma extensa exemplificação com sociedades tribais modernas.

Aqueles interessados em uma abordagem meramente política podem ficar frustrados. Engels não se furta há criticar o sistema capitalista, mas não é o foco desse trabalho.
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Luciano 15/12/2020

Umas das melhores coisas que li este ano.
As associações que Engels estabelece entre divisão de classes, monogamia, escravidão e o surgimento do Estado e da propriedade privada são espetaculares. E o caráter antropológico do livro é excepcional.
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Lhyz 21/06/2022

"Inventou-se o Estado."
Como escrever um resenha sobre um livro tão importante?? Demorei com esse leitura porque ela é densa e muitas vezes complexa, mas é incrível como tudo faz sentido no final. Adorei a positividade de Engels em achar que um dia as classes sociais vão desaparecer e, por consequência, a noção de Estado que conhecemos.

Eu achei bem didática a forma como ele exemplifica e explica a origem da família patriarcal e a relação com a monogamia (da mulher e não do homem).

"A monogamia nasceu da concentração de grandes riquezas nas mesmas mãos - as de um homem - e o desejo de transmitir essas riquezas, por herança, aos filhos desse homem, excluídos os filhos de qualquer outro. Para isso era necessário a monogamia da mulher, mas não a do homem. Tanto assim que a monogamia daquela não constituiu menor empecilho à poligamia, oculta ou descarada, deste." (p. 91)

Sim, Engels explica o fato da nossa sociedade fingir que não ver os homens vivendo em poligamia.

É uma obra muito interessante com reflexões incríveis que nos faz entender os caminhos que nos leva a nossa atual sociedade, porém admito que nessa primeira leitura não consegui pegar todas as informações, ou seja, é uma obra que a cada leitura agrega novas camadas.
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Victor 22/06/2011

O que mais marcou
"A monogamia foi um grande
progresso histórico, mas, ao mesmo tempo,
iniciou, juntamente com a escravidão e as riquezas
privadas, aquele período, que dura te nossos dias,
no qual cada progresso é simultaneamente um
r e t r o c e s s o r e l a t i v o , e o b e m - e s t a r e o
desenvolvimento de uns se verificam às custas
da dor e da repressão de outros. "
Luis.Jeronimo 24/05/2020minha estante
Oy tudo bem não sem como começar a ler os livros




Leonardo1121 09/05/2023

Sobre Engels
Tem uma boa dinâmica, é um pouco cansativo porém inteligente e interresante.
Comete deslizes e cai em alguns preconceitos mas no geral para uma obra de 1884 é bem a frente do pensamento da época.
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Marc 24/05/2023

Prometi para a família que não faria mais comentários sobre livros de esquerda, porque no país que vivemos isso pode significar cadeia ou coisa pior. Mas não consigo silenciar diante dessa coletânea de bobagens e preconceitos que só leio elogios de pessoas que não sabem nem mesmo o que é evolucionismo.

Para começo de conversa, se fôssemos falar de plágio, esse livro nem deveria ter sido escrito, porque ele é praticamente a cópia de Lewis H. Morgan. Isso seria o de menos, se eu não visse nessas pessoas todas termos como decolonização, por exemplo. O livro pega aquilo que está errado, sem qualquer crítica (muito menos a crítica da crítica, como Marx ensinava) e adapta a seu pensamento anticapitalista. Aqui estão as "bases" da teoria marxista da história e as razões pelas quais o capitalismo é antinatural e o regime mais opressor de todos.

O problema é que nada do que está aqui, assim como aconteceu com Morgan e que foi devidamente criticado, tem base arqueológica. Uma coisa é falar em termos livres, como faz Nietzsche na "genealogia da moral", outra é embasar toda uma suposta ciência da transformação social em algo que não passa de mera especulação. Tanto isso é verdade, tanto isso pesou na história da antropologia, que a chamada antropologia marxista não caiu na tentação do evolucionismo fácil e partiu exclusivamente para explicar a passagem de sistemas de produção de alimentos e organização social.

Uma prova irrefutável do quanto esse livro é problemático é que mesmo pensadores "gabaritados" como Simone de Beauvoir citam somente o capítulo final, o único que parece não se perder em raciocínios evolucionistas e suposições sem base material alguma. Não vou nem entrar na questão do incesto, pois Engels e Marx afirmam que ele era tolerado em determinado período, o que não tem qualquer comprovação e, lembrando Levy-Strauss, não faz sentido, porque é a proibição do incesto que mostra o início da cultura (se é assim, então, de acordo com esse livro aqui, houve um período em que a humanidade era animalesca, sem cultura, logo, não era humanidade - são absurdos desse tipo que temos escancarados nessa leitura...). É sofrível acompanhar, por exemplo, que o Estado tem sua origem exclusivamente por necessidades materiais. Veja, a título de ilustração de como as coisas podem ser muito mais complexas, o raciocínio de Ortega Y Gasset sobre uma (note bem, UMA, das necessidades que o Estado cobriu): "(...) o Estado começa quando o homem procura se evadir da sociedade nativa na qual foi inscrito pelo sangue. E, como o sangue, qualquer outro princípio natural; por exemplo, o idioma. Originariamente, o Estado consiste na mistura de sangues e línguas. É a superação de toda sociedade natural. É mestiço e plurilíngue." (A Rebelião das Massas, 171). Tem mais: ele explica que daí nasce uma uniformidade jurídica, que é um meio de lidar com a heterogeneidade de sua origem. O Estado foi uma tentativa de lidar com a tendência das comunidades consanguíneas a se fecharem e se eliminarem pouco a pouco. Não sei dizer como o marxismo lidaria com essa questão...
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Sira Borges 06/03/2024

A origem...
O título desse livro já é quase uma resenha: a origem da família, da propriedade privada e do estado!
É uma leitura lenta, mas não é enfadonha... tem uma linguagem relativamente fácil, mas trata de temas complexos, então, em alguns momentos, me perdi um pouco na leitura, mas o que esse livro acrescenta de conhecimento acerca de história das relações sociais, políticas, e econômicas entre as pessoas ao longo do tempo é, digamos, boom nos neurônios, na falta de uma palavra mais elucidativa. Muito bom!
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onlinebastiao 12/05/2021

Bem massante, estorei uns 16 neurônios pra conseguir ir até o final mas valeu muito a pena!
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osaif 25/10/2023

...e a origem da luta de classes.
Simplesmente uma OBRA PRIMA !!!

sendo bem sincera não imaginei que esse livro fosse ser tão magnífico e que apresentaria uma linha de raciocínio tão decente e perfeita.

O livro tem seus momentos cansativos, exaustivos, mas que é algo compreensível, ja que para uma análise antropológica tão ampla é mais que necessaria uma linguagem mais específica e por vezes maçante.

Ainda sim, não tira o mérito de ser um livro impactante e com uma visão de mundo genial, que quando você menos espera fez toda a linha de raciocinio pra explicar a luta d classes, o machismo, a instauração da monogamia e do Estado como aparato da classe dominante.
Definitivamnte é um livro extremamente essencial e atual, que traz uma verdadeira analise comunista da luta de classes, desde as pequenas comunidades comunistas antigas (que viviam a partir do matriarcado), até o patriarcado atual e a individualização da família; familia essa que surgiu simplesmente para garantir um herdeiro. E que daí surge a problemática da monogamia, porém como o prórpio Engles ressalta, esse aspecto acaba não estando presente na monogamia proletária (que na prática nem tem o que herdar e acabou tornando-se algo intrínseco e distorcido socialmente).

Sério não esperava algo tao incrível, recomendo de olhos fechados.

Ps: esse livro eu li emprestado, mas se um dia eu encontrasse pra comprar eu o faria só pra ter um desse na estante, rabiscar com marca texto e ler mais 5x.
Cafeína 27/10/2023minha estante
Quantos temas numa coisa só! Não conhecia a obra e vc conseguiu realmente me empolgar
Já coloquei na lista de desejos, então, pelo visto, vou acabar dando terreno pro meu lado revolucionário kkkk


osaif 27/10/2023minha estante
e vc não irá se arrepender!!! eu também não esperava que fosse abordar tantos temas kk, diretamente ele foca no surgimento da familia moderna msm, mas vc consegue relacionar e interpretar em direção à varios outros assuntos




completamenteavoada 08/10/2021

"No dia em que o termômetro do sufrágio universal registrar o ponto de ebulição entre os operários, eles saberão, tanto quanto os capitalistas, onde é que estão."

-hino da Internacional tocando ao fundo -
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Lucy 20/06/2021

Furiosa estou
A Simone de Beauvoir usou esse livro para sua pesquisa de O segundo sexo.
Desde que iniciei a leitura do livro dela, quis ler para entender. Ficava imaginando que era algo sobre a formação da sociedade e nada mais. Não que isso fosse pouco, não é?
Fui ler e já começa com uma delícia de obra super direta e que é baseada em outra. Porém, não irei mais lá atrás, não... ahahaa
E quando me pego no livro o que eu descubro simplesmente é que Engels está falando sobre anotações feitas sobre Marx e sua própria opinião e a questão da mulher! A QUESTÃO DA MULHER como escrava do capital.
Ahhhhh mano, esta aqui não aguentou não, como podeeeeeee, pq esse livro não é ensinado na escola? Primeiro pelo fato de mostrar as diversas possibilidades de formações sociais dentro dos períodos históricos, e depois por mostrar como a mulher é apagada da história da humanidade!
E não é de maneira velada que ele conta, não. Ele diz com todas as palavras. Mas como é que pode os meios não levarem em convicção a importância de que primeiro a mulher precisa ser liberta para depois as coisas acontecerem? É isso que ele diz.
Claro que as coisas mudaram hoje e podemos dar foco para mulheres negras, mas estava posto e me parece que ainda assim vem sendo ignorado por conveniência. Pessoas que teriam condição de entenderem Engels passam batido pq querem.
Hoje temos muitas melhores discussões e mais espaços, o livro é filho do seu tempo e vale como reflexão da sua época e espaço, e para pensar seu reflexo para hoje e sobre as obras posteriores, e na inação também. O que me revolta é a inação.
Para o nosso e todos os tempos, por escritos como estes e os que virão, pelas mulheres temos as imperatrizes furiosas. Eu não sei dirigirir caminhão, mas e você?
Recomendo esta leitura.
Nefelibata 31/07/2021minha estante
Adorei a análise! Não tinha feito esse recorte tão claramente quando li o livro?.

Realmente é uma obra-prima que fala sobre tanta coisa em tão pouquinhas páginas?.


Lucy 31/07/2021minha estante
Obrigada ??




Amós 15/08/2022

Resenha da obra “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado” do Friedrich Engels; Leitura finalizada em Oito de Agosto de 2022
A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado do alemão Friedrich Engels é uma obra clássica dentro da tradição marxista de pensamento e é leitura indispensável para qualquer debate que relacionado com o Estado; a condição feminina na sociedade; da prioridade da proteção à propriedade privada frente à proteção da vida nas ações do Estado e sobre a própria função deste na sociedade. O autor, mais conhecido por suas colaborações junto a Marx, faz um profundo estudo, a partir do método materialista histórico-dialético, sobre o desenvolvimento da civilização e para isso se apoia nos maiores antropólogos de seu tempo sem, entretanto, lhes poupar de duras críticas.
O livro publicado em 1884 se organiza de forma linear, primeiro elucidando ao leitor certos conceitos que são utilizados no decorrer da obra, como as idéias de estado selvagem, barbárie e civilização; também sobre as formas de casamento dentro das sociedades pré-históricas; de como o matrimónio evoluiu com o tempo e de pontos chave do desenvolvimento das capacidades produtivas. A obra está muito à frente de seu tempo por abordar, já nos capítulos iniciais, o histórico da condição feminina dentro da sociedade humana, passando pelo matriarcado ao patriarcado e de como isso tem profunda relação com o desenvolvimento da propriedade privada versus a propriedade coletiva típica das origens da humanidade. Tudo isso devido a primeira forma de divisão social do trabalho - a de gênero - e o constante crescimento da capacidade produtiva do homem frente a natureza, que passou de um momento de pura luta por sobrevivência para outro superior onde a produção cresce e passa a gerar excedentes.
Junto às reflexões em torno dos tipos de matrimónio e da família, Engels explica de que forma se deu o surgimento das sociedades tribais e de seu espalhamento pelo mundo. Gens, fratrias e tribos duraram milhares de anos se organizando a partir do direito gentílico (forma de Justiça baseada em laços familiares e consanguíneos). Passando por tribos indígenas norte-americanas, germanos, romanos e gregos, o autor demonstra como essa forma organizativa, em toda a sua diversidade, dava conta de resolver as demandas sociais desses povos.
Porém, conforme a capacidade de produzir excedentes aumenta, também cresce a complexidade dessas sociedades. Isso pedia por um tipo de direito particular e que desse conta de resolver as demandas do comércio e da guerra, que nesse momento se tornavam prática de mais importância. Através dos séculos, se vê o direito gentílico sendo posto de lado para dar luz a essa nova forma social, que dava conta de orientar sociedades, que já não mais se organizavam por laços consanguíneos, mas sim que tinham desenvolvido diferentes formas de divisão social do trabalho (aristocracia, serviços da fé, exército, artesãos e camponeses) e que eram grandes demais para que a tríade gens-fratria-tribo dar suficiente coesão.
A divisão social do trabalho deu luz uma espécie de desigualdade social que não era conhecida anteriormente, em que membros de uma mesma família (seja em sentido estrito ou sentido amplo) já não se reconhecem mais como iguais, momento em que o acúmulo de riquezas adquiridas através dos espólios de guerra e do comércio fazem a aristocracia formar um novo tipo social que lhes privilegia. E essa nova forma social é o Estado, que já não se importa com laços familiares de lealdade, mas se apega a critérios territoriais e jurídicos para se organizar. O Estado surge da evolução das formas tribais de organização social, mas que foi cooptada pelas elites que acumularam riqueza gerada pelo excedente produzido e sob posse disso, passaram a exercer grande influência e controle sob a sociedade.
Por fim, afirmo que a obra é inescapável para qualquer socialista, seja de tendência marxista ou libertária, por ir buscar respostas para nossas perguntas na gênese da civilização humana. O papel do Estado como ferramenta protetora do status quo e da propriedade se torna claríssimo ao leitor atento e de como a opressão da mulher é um dos pilares para tal. Como leitor, digo que o livro, apesar de bem teórico, não tem leitura tão pesada e conta com notas de rodapé que muito auxiliam na compreensão. Os comentários ácidos de Engels sobre autores do qual ele discorda torna tudo mais divertido. Indico a leitura para qualquer um que se interesse pelo tema e fecho essa resenha com um trecho do livro que achei de uma beleza poética. “Em uma palavra: elabora-se uma hipocrisia convencional, desconhecida pelas primitivas formas de sociedade e pelos primeiros estágios da civilização, que culmina com a declaração de que a classe opressora explora a classe oprimida exclusiva e unicamente para o próprio benefício. E se a classe oprimida não o reconhece, e até se rebela, isso, além do mais, revela sua mais negra ingratidão para com os benfeitores, os exploradores.” (pg 200)


site: @gastter
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Bruh 07/02/2023

The bible ?
Li achando que seria somente mais um livro, mas terminei há dez minutos e to a dez minutos processando todas as informações. É um tapa na cara e um abrir de olhos, Engels explora cada fato sobre a sociedade e destrincha cada informação sobre ela, ele discorre sobre a construção do capitalismo e do Estado de uma forma tão esclarecedora (e depois compreensível) que você termina a leitura e não sabe nem o que falar. O Estado como simbolo de opressão se faz presente aqui, e se mescla com as transformações da familia, da divisão do trabalho, do primeiro capital, até os dias de hoje. Não dei 5 estrelas pois teve capítulos que achei muito arrastados, porém no todo, é um livro que todos deveriam ler pra tentar compreender o mundo em que vivemos e todas as transformações que ocorreram nele até esse sistema vigente.

Uma palinha do que Engels nos fala:

"Com a escravidão, que atingiu o seu mais alto grau de desenvolvimento sob a civilização, veio a primeira grande cisão da sociedade em uma classe que explorava e outra que era explorada. (...) A escravidão é a primeira forma de exploração. (...) A civilização faz-se sempre acompanhar a escravidão - a principio franca, depois mais ou menos disfarçada."
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Julliana11 11/05/2021

Família é a base de tudo
Meu primeiro contato com Engels e confesso que tive algumas dificuldades com o formato do livro; trata-se de um livro acadêmico, apesar de ter uma linguagem simples, os assuntos abordados são densos e ocorrem várias repetições de conceitos e termos que podem se tornar maçantes ao longo da leitura. Porém entender a raiz do conceito de família que conhecemos até hoje e toda sua relação com o início da autocracia masculina e criação do Estado tornam a leitura instigante.
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Klelber 15/06/2021

Engels
Esse livro tem uma linguagem bem acessível, interessante como ele descreve as mudanças nas estruturas familiares ao longo da evolução da humanidade.
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