Uma irmã

Uma irmã Bastien Vivès




Resenhas - Uma Irmã


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junirou 12/09/2023

Tanto faz?
Não ia nem resenhar essa HQ, mas eu gosto de escrever. Então vamos lá.

Uma história crua e por vezes até um pouco meio desconfortável pra alguns leitores ? (provavelmente por conta das ilustrações de conteúdo sexual presente na obra) ? e provavelmente uma surpresa a todos que forem tentar ler/ver a obra.

Os traços da ilustração da HQ são lindos, a história na verdade é até bem realista em certos pontos de vista e ela explora essa ideia de um lado mais sexual presente na vida de dois adolescentes uma menina de 16 e menino de 14. (Na real isso foi bem uma surpresa, eu esperava uma coisa e encontrei outra.)

Ao meu ver, sim, toda essa coisa em volta da narrativa de "descoberta sexual" na adolescência não é lá bem explorada na obra.
Mas acredito que essa HQ não foi feita para menores de 16 anos. Então certos tópicos explorados no decorrer da narrativa dessa tal descoberta da adolescência podem parecer um pouco forçada ou até um exagero, já que não é da realidade de muitos adolescentes de 14/16 anos. Não acho que seja exatamente feio. Só não é do "comum" (é comum, só não no meio literário) e nem necessariamente incorreto. Mas, vai incomodar muita gente.

No mais, é uma história até interessante. Não sei se recomendaria, mas sei que chegou até mim, e eu li. Só que achei muito esquecível que aliás foi só por esse motivo que dei uma nota razoável... 2,5.
Mauriceia2 12/09/2023minha estante
Parece interessante a história


junirou 12/09/2023minha estante
Pior que é?!


Hisabela 12/09/2023minha estante
Parece ser bem controversa




Rafa @primeiroscapitulos 04/03/2020

Sexual d+
Trabalho ótimo, bonito, mas a sexualização infantil me incomodou, a garota tem 16, ele somente 13. A descoberta existe, mas acho 13 cedo d+.
Hely 04/03/2020minha estante
Os franceses costumam abordar muito o tema sexo nas suas Hqs, existe até uma Hq infantil que aborda tal tema, mas de maneira mais educativa.

//Essa Hq fez até polêmica no Brasil durante as eleições, pois estavam dizendo que fazia parte de um tal de "Kit Gay".


Rafiza 29/06/2020minha estante
foi um ponto que me questionei se, caso fosse o homem com 16 nao haveria mais problematização nesse sentido.


Rafa @primeiroscapitulos 01/07/2020minha estante
Menina de 13 e menino de 16 é pesado tbm, não é problematização e sim q não achei correto




Marcello Becrei 29/01/2018

Férias de verão..
Editora Nemo está, novamente, de parabéns! A atenção que estão dando ao mercado europeu de quadrinhos merece muitos elogios. É por meio desta linha editorial que recebemos Uma Irmã, de Bastian Vivès.
A história, recheada de sensualidade - não só no enredo, mas nas cores e no traço de Vivès -, carrega em si um sentimento de maresia. O desenho e a paleta de cores escolhidos pelo autor remetem ao calor e a umidade da praia, onde a história se passa. É nas férias de verão que conhecemos Helène, Antoine e Titi - personagens muito bem desenvolvidos na história.
Aqui, sentimos as transformações que Antoine passa ao entrar em contato com o universo feminino e no alvorecer da juventude. É ao redor de descobertas que o enredo ganha corpo. Seja a sexualidade, amizade, amor, carinho, Uma Irmã se insere em um espiral de sentimentos e, no meio do turbilhão que é o adentrar na adolescência, encontra sua sutileza.
Gostoso como uma tarde na praia, Uma Irmã acerta ao tratar de temas complexos - como o luto e a sexualidade - de forma delicada e cadenciada, respeitando o lento desenvolvimento dos seus personagens.
Recomendo a leitura!
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Cilmara Lopes 12/02/2018

Uma lembrança carinhosa...
A delicadeza em cada passagem de tempo, as descobertas, a sensibilidade em retratar o primeiro amor do jovem Antonie.
Férias de verão em família e uma paixão um tanto inesperada, pode parecer o "lugar comum" de muitos autores, mas não se engane, a forma como é desenvolvida é ímpar.
A arte que de início pode causar um certo desconforto, aparentando ser inacabada e por diversas vezes com ausência dos olhos , na verdade tem uma sutileza única, remetendo à recordações, memórias, tem suavidade nos gestos de cada personagem.
Vale sua atenção!
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umalivraria 20/04/2018

Resenha @umalivraria - #resenhasdaelay
A Graphic Novel “Uma Irmã” traz a história de Antoine, um garoto comum de 13 anos, cuja vida é completamente mudada com a chegada de Héléne.

O adolescente sempre viveu no seu mundinho, rodeado de desenhos e brincadeiras com seu irmão caçula, Titi. Algumas experiências nunca foram vividas por ele, bem diferente da jovem garota que irá passar uns dias na casa de seus pais.

Héléne apresenta uma vida diferente para Antoine. Ela não tem medo de viver aventuras, é intensa e isso logo o encanta. O interesse é mútuo e os dois passam a se descobrir. Uma jornada bem interessante de autoconhecimento.

O amor de verão é passageiro, mas bem marcante e isso fica bem claro no decorrer da história. É um cotidiano de descobertas, típico da fase adolescente.

As ilustrações são lindas, com alguns traços inacabados. É emocionante ver a aproximação dos dois personagens e a forma como os diálogos abordam temas importantes.

A transição da fase adolescente para a adulta chega para todos. Bastien Vivès conseguiu deixar tudo mais leve e natural.


site: https://www.instagram.com/umalivraria/
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Nath Correia @bibliotecadanath 04/05/2018

Uma irmã l @bastienvives l @editoranemo l 212 páginas l 4’
“– Tenho sempre a impressão de estar sozinha, ainda que rodeada de gente.
- Mesmo quando tá com a gente?
- Não, com vocês estou muito bem.”

Antoine tem 13 anos e é um adolescente comum que passa seus dias entre desenhos e brincadeiras com o seu irmão caçula, Titi. Ao passar as férias de verão na casa de praia com seu irmão e seus pais, o garoto conhecerá Hélène. A chegada da garota transformará sua vida de formas que Antoine nem imaginava ser possível.

“Uma irmã” é uma graphic novel que contará a trajetória de autodescobrimento de Antoine e Hélène. Durante a narrativa, o autor apresenta de forma direta e, muitas vezes, sensual o desabrochar do primeiro amor, do desejo e do descobrimento do próprio corpo. Com traços minimalistas e que, muitas vezes parecem inacabados, o leitor acompanha o nascimento e crescimento da improvável amizade entre Antoine e Hélène onde a garota encontra em Antoine alguém que a escuta e compreende e onde o garoto passa a vivenciar com ela novas experiências e sentimentos.

Hélène é uma personagem cheia de nuances que, ao mesmo tempo que vive intensamente, que não tem medo de se aventurar e de descobrir coisas novas, também apresenta inseguranças e medos próprios da adolescência. Antoine é um garoto tranquilo e satisfeito com a vida que leva, mas que ao se encantar e se apaixonar por Hélène não hesita em se arriscar e viver novas e intensas experiências. Um amor de verão pode até ser efêmero, desaparecendo em um piscar de olhos e quando menos esperamos, mas ele tem o poder de mudar nossas vidas e nos marcar para sempre.

Instagram: @bibliotecadanath
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Leitora Viciada 23/05/2018

Resenha para o blog Leitora Viciada www.leitoraviciada.com
Une Soeur é uma graphic novel publicada originalmente em 2017 com roteiro e arte do francês Bastien Vivès, conhecido pelas obras O Gosto do Cloro e Amitié Étroite. A história em quadrinhos chegou ao Brasil em fevereiro de 2018 com o título Uma Irmã, pela Editora Nemo, do Grupo Autêntica. Sempre leio muitas HQs, mas quase todas costumam ser de super-heróis, seriadas e dos Estados Unidos, portanto, ler uma graphic novel em volume único, de autoria francesa e sobre pessoas comuns foi uma experiência excelente.

A história retrata as emoções do primeiro amor entre dois adolescentes, sob o ponto de vista do garoto. O roteiro é simples, sobre um amor de verão. Em meio a tantas sensações novas e descobertas, a ambiguidade do relacionamento é o destaque: ora é amizade, ora paixão, em alguns momentos sexual e em outros, romântico. A linguagem é muito honesta e sincera, direta e crua, portanto, a linha tênue entre incômodo e ternura vai fazer cada pessoa que lê ter opiniões diferentes e oscilantes sobre a complexidade da relação. A aproximação entre eles parece fraternal, e na verdade, assim permanece em variados aspectos, porém posteriormente a curiosidade e tensão geram atração e erotismo e isso não é fácil de digerir, pois o casal protagonista é muito jovem e, apesar do sexo envolvido, ainda muito inocente.

Por isso que o quadrinista merece ser parabenizado, por transmitir a delicadeza necessária à narrativa e arte. Um tema que geralmente é tabu: a descoberta da sexualidade de pré-adolescentes e adolescentes, que varia de acordo com a cultura e geração e que pode ser vista muitas vezes como precoce. O importante é que é um processo natural pelo qual todas as pessoas passam, independentemente de parecer cedo ou tarde aos olhos de outra pessoa.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada. -> leitoraviciada.com
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2018/05/uma-irma.html
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Lorrane Fortunato 25/05/2018

Resenha: Uma Irmã / Dreams & Books
Uma Irmã é uma história tocante sobre descobertas e primeiro amor. Gosto como a história é contada e quão simples e delicada ela é. Essa HQ transmite uma sensação que não sei definir em palavras, é fácil e confortável lê-la. É como estar em um lugar que já esteve antes.

As ilustrações são simples e minimalistas. Em alguns momentos passam a impressão de estarem inacabadas. Elas tocam com delicadeza e conquistam com sua simplicidade.

Apesar de o enredo não ser surpreendente ou com grandes acontecimentos, acaba prendendo o leitor desde o começo. Acredito que os personagens cativantes também contribuem muito para isso.

Concluindo, eu recomendo demais essa história em quadrinhos! Sem dúvidas, ela vai te conquistar!

site: www.dreamsandbooks.com
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Debyh 25/06/2018

Eu amo livro de quadrinhos, e acho que vocês sabem disso porque devo ter falado em muitas outras resenhas. Geralmente este é um tipo de livro que leio sem pretensões, só pra aproveitar um bom momento, seja com o traço ou com uma boa história. E isso aconteceu aqui, vamos acompanhar a história de Uma Irmã.
Antoine é um adolescente e está de férias com sua família na praia, é lá que ele conhece Hélène. E por breves momentos Antoine dá adeus a sua infância, vivendo algumas experiência boas e outra nem tanto.
(continua no link)

site: http://euinsisto.com.br/uma-irma-bastien-vives/
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Dri - @oasisliterario 26/06/2018

Se eu puder resumir a minha experiência de leitura em uma palavra, seria 'agridoce'.
Durante as férias de verão, Antoine conhece Hélène e, consequentemente, o curioso universo feminino. O que seria apenas mais uma história de verão, se torna uma jornada de descoberta, emoções e transformações na vida de um adolescente que, aos poucos, passa conhecer um lado mais adulto da vida.

A graphic novel "Uma Irmã" apresenta ao leitor as descobertas de um adolescente e as emoções do primeiro amor través de uma representação visual simples, porém primorosa. Com traços leves e finos, o autor conseguiu tornar os quadrinhos expressivos, possibilitando a percepção da transição da ingenuidade de uma criança para a vivacidade adolescente em um único personagem.

Com um toque autobiográfico, Bastien Vivès transformou em história os desejos de um adolescente que anseia pelo afeto e demonstração de carinho, trazendo uma abordagem psicológica dos personagens e evitando que a história seja banal.

No entanto, a diferença de idade entre os personagens foi algo que me causou desconforto durante a leitura. Antoine tem apenas treze anos, enquanto Hélène já tem dezesseis. O jovem, que no início tinha aspectos mais infantis e se preocupava com brinquedos e jogos, é gradativamente introduzido por Hélène a descobertas como álcool, masturbação e sexo. Hélène gosta de fumar, ingerir bebidas alcoólicas e se insinuar para homens mais velhos e, aos poucos, incentiva Antoine a tomar atitudes iguais.

"Uma Irmã" apresenta traços sensíveis sobre os sentimentos contraditórios de quem está entrando na adolescência, mas erra em algumas cenas.
Eu, particularmente, achei algumas situações cruas demais pela questão da idade e, por mais que a intenção do autor seja uma representação mais realística possível, acaba tornando a história um tanto depreciativa.
Se eu puder resumir a minha experiência de leitura em uma palavra, seria 'agridoce'.
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Nicoly Mafra 20/07/2018

#ResenhaNickMafra - UMA IRMÃ | @bastienvives | @editoranemo | 2,5.
Aos treze anos de idade, Antoine esperava que suas férias de verão fossem tranquilas e pacatas; cuidar do seu irmão na praia, desenhar pokémons... era assim que o garoto passava seus dias, até a chegada de Hélène, a filha de dezesseis anos da melhor amiga de sua mãe. Um verão que tinha tudo para ser sem graça, ou sem grandes acontecimentos, acaba tornando-se um verão de descobertas, transformações; um verão onde Antoine passa a conhecer um pouco sobre a vida adulta.

Em “Uma Irmã” acompanhamos Antoine se apaixonar pela primeira vez e lidar com todo o turbilhão de pensamentos e emoções que este sentimento traz, além do desejo e o descobrimento do próprio corpo. Hélène guia o garoto durante essa jornada, lhe apresenta todo esse novo mundo, experiências e sensações.
__

“Uma Irmã” foi uma leitura que me deixou um pouco desconfortável, sendo honesta. Adoro histórias de autodescobrimento, onde os personagens chegam em um momento de grande mudança na sua vida, porém, em “Uma Irmã” Antoine, um garoto que ainda possui muitas características infantis, é apresentado à um mundo de álcool, relacionamentos e sexo. A diferença de idade entre os personagens é de apenas três anos, mas é possível sentir a grande diferença entre a mentalidade dos dois personagens.

O trabalho gráfico é bem simples, minimalista e sensível, o que tornou a leitura de algum modo mais leve, porém o enredo não me agradou, infelizmente. Bastien Vivés trouxe uma história crua sobre esse momento tão importante da transição da adolescência para a vida adulta, porém, foi essa intenção de ser o mais realista possível que causou me trouxe um desconforto tão grande.

A história é marcante, é honesta e envolvente, porém, infelizmente, não funcionou muito comigo. Mas, como sempre falo, nada melhor do que fazer a leitura para tirar as suas próprias conclusões!

site: www.instagram.com/nickmafra
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millena77 18/03/2024

Incômodo
Não sei quantas estrelas dar pra esse livro.
esse livro me fez sentir mt incômodo, mas trata sobre descobertas na adolescência porém... aí nao sei. ele eh mt novo pra aquilo

enfim, não sei oq falar dessa hq, tô confusa e mt incômodo

17/marc/24
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10/08/2018

Essa HQ me lembrou a This One Summer. Ambas tem essa vibe férias-de-verão-que-mudou-minha-vida, sabe?

Antoine, um garoto de 13 anos, vai com a família para a casa de praia deles em alguma cidade da França. No caminho, a mãe atende uma ligação na qual a amiga dela informa que sofreu mais um aborto espontâneo e para tirar ela da eminente tristeza, a convida para passar uns dias com eles na praia. Essa mulher tem uma filha de 16 anos, a Hélène, e adivinha? Antoine acaba se apaixonando por ela gradualmente e descobrindo um novo mundo de sensações, se é que você me entende.

Uma história de autodescobrimento que te faz sentir preguicinha como se estivesse lá com eles, desfrutando de uma tarde na praia.
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Delirium Nerd 30/08/2018

As nuances e sutilezas humanas ao despertar do primeiro amor
O primeiro amor da vida inflama o peito, ao passo que o suaviza como brisa leve. Bastien Vivés, aclamado autor francês, em seu mais novo quadrinho Uma Irmã, mostra à leitora as dores e as delícias das pequenas descobertas amorosas de dois adolescentes, Antoine e Hélène, em uma história repleta de nostalgia e amadurecimentos.

Bastien Vivés tem uma mão certeira para desenvolver um romance delicado entre os protagonistas da história de Uma Irmã. Do enredo ao traço do artista, a leitora é transportada para momentos que remetem às palpitações derivadas das primeiras paixões, ao breve desvencilhar de velhos hábitos considerados infantis e, sobretudo, ao despertar da consciência de si e do outro. Antoine, ao descobrir os vários mundos que Hélène traz para dentro da própria casa, sente-se vulnerável pela primeira vez, mas ao mesmo tempo aceita o sentimento desconhecido de braços abertos.

Ao passo que para Antoine tudo é uma grande novidade, Hélène mostra-se muito mais madura do que o garoto; a garota fuma, ingere bebidas alcoólicas e conversa sobre assuntos com os quais Antoine não possui tanto conhecimento e, para ela, aquele não é seu primeiro contato amoroso com alguém. Mas, por mais que ela tenha tido mais experiências que Antoine, demonstra também um lado ingênuo e se equipara à idade do menino ao conversar com ele, nos momentos de brincadeiras e nas idas à praia com Antoine e seu irmão, Titi.

O relacionamento dos dois não é forçado e, apesar das cenas em que se relacionam sexualmente, não vemos Hélène como uma caricatura da sexualização feminina em histórias do gênero. Por já ter conhecimento do próprio corpo, ela ajuda o menino a se descobrir também e, assim, passar inconscientemente da infância à adolescência em um piscar de olhos, da forma mais natural possível. Antoine passa da surpresa do primeiro contato, ao conhecimento à fundo por Hélène, culminando nas típicas frustrações amorosas que paixões na tenra idade são fadadas a experimentar.

O mistério das relações humanas, no quadrinho, também fica evidenciado pela ausência dos olhos nos desenhos; em alguns quadros, as personagens ou estão olhando para o horizonte, ou de óculos escuros ou, até mesmo, encarando o leitor com um rosto completamente nu.
Por mais que as janelas da alma não estejam presentes no todo, a leitora consegue compreender as emoções das personagens através das posturas e quadros contemplativos, nos quais ninguém diz nada, mas há sempre alguma mensagem ou sensação pairando no ar.

O silêncio é um dos recursos mais bonitos e utilizados por Vivés: saber ouvir o outro em um quarto pouco iluminado, ouvir os sons da praia ou dos momentos de concentração em que um quebra-cabeças está sendo montado é uma forma de também dizer que o momento é significativo para as personagens. O ritmo adotado em Uma Irmã é cinematográfico – a leitora envolve-se do começo ao fim e mal vê a história chegar ao seu fim, assim como o verão tão inesperado de Antoine (mesmo todos os quadros sendo dispostos em preto e branco, a leitora consegue sentir o sol, o calor, a maresia e as cores praianas).

O desenvolvimento do enredo é simples e cresce junto às personagens principais. Não há muitas viradas na trama, além da cena final. Uma Irmã carrega a doçura nostálgica e fica na lembrança da leitora muito após o seu término: impossível não voltar ao nosso próprio passado a lendo.

site: http://deliriumnerd.com/2018/03/27/uma-irma-bastien-vives-resenha/
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Ana 31/08/2018

Apesar de não aparecerem muitas resenhas do gênero por aqui — principalmente pela minha dificuldade em falar sobre coisas mais gráficas —, mas eu sempre gostei muito de ler histórias em quadrinhos. Uma Irmã deixa uma sensação de nostalgia na gente, porque acaba mostrando varias atitudes que muitos de nós fazíamos quando éramos adolescentes. Apesar das lembranças e o meu envolvimento com o enredo, algumas coisas me incomodaram um pouco e vocês entenderão o porquê.

Aqui, conhecemos Antoine, um garoto de 13 anos e seu irmão mais novo, Titi. Os dois estão de férias e, como já é tradição, irão passar o verão na casa de praia da família no litoral francês, junto com os pais. Essa estadia tinha tudo para ser monótona como todas as outras, não fosse a presença de Hélène, uma adolescente de 16 anos que muda não só o verão, mas, de certa forma, a vida do nosso protagonista.

Logo no início, uma coisa que chamou minha atenção e me deixou muito intrigada, foi o fato de Bastien Vivès quase nunca desenhar os olhos dos personagens. Ainda não consegui entender muito bem o que o autor quis nos passar com isso, talvez alguma memória específica, não sei ao certo. Passado esse desconforto inicial, consegui me conectar mais com a história e com o cotidiano de Antoine, Titi e Hélène.

Uma Irmã é uma HQ sobre descobertas, disso eu não tenho dúvida. Aqui, os personagens conhecem novas pessoas, experimentam bebidas, cigarros e, principalmente, descobrem a sexualidade. Tanto que o quadrinho, os traços, as cores, tudo é muito sensual. O que me incomodou de fato não foi a sensualidade, mas foi o fato de Antoine ainda ser tão novo. Eu tenho plena consciência que as crianças de 13 anos são mais "maduras" do que nós éramos com essa mesma idade, mas sob o meu ponto de vista, é isso o que elas são, crianças.

Bom, suponho que esse lado sexual de Antoine com Hélène me deixou desconfortável porque inevitavelmente eu me comparei com eles, com as coisas que eu fazia quando tinha a idade deles e, acreditem, eu era uma criançona ingênua, que brincava de lutinha com meus amigos, que voltava pra casa correndo depois da escola para assistir desenhos na TV. As cenas entre os personagens não são coisas muito fortes para nós, adultos, mas definitivamente não é um quadrinho indicado para crianças.

Antoine e Hélène vivem aquele famoso amor de verão, que é passageiro, mas irremediavelmente fica na memória. Não há nenhuma reviravolta mirabolante que nos deixa de coração apertado e nervosos, só aquela calmaria e uma delicadeza gigante. Talvez o final surpreenda algumas pessoas, assim como aconteceu comigo. Para mim, fica clara a mensagem de Vivès: para toda ação sempre há uma reação de mesma intensidade.

site: http://www.roendolivros.com.br
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