O Homem de Lata

O Homem de Lata Sarah Winman




Resenhas - O Homem de Lata


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"Ana Paula" 31/03/2018

Sabe aquele livro que você não dá nada e de repente é o livro mais importante da sua vida? Apresento-lhes O Homem de Lata, um livro único que vai emocionar até o mais rude dos leitores.

"Foi o primeiro gesto desafiador em sua vida. Como cortar uma orelha. E ela fez isso em público."

Assim que começamos a leitura, no prólogo, somos apresentados a Dora, uma mulher que após ganhar uma rifa, escolhe não o uísque caro que seu marido tanto deseja, mas um quadro de girassóis. Pode até parecer bobagem, mas para Dora é um desafio fazer tal escolha.

O livro é dividido em duas partes: na primeira parte, vamos conhecer a história de Ellis e Michael, seguindo a narrativa em primeira pessoa de ambos. Essa parte é bem triste e por várias vezes me peguei secando lágrimas dos olhos. Michael entra na vida de Ellis de uma maneira súbita e transforma a vida do menino e de sua mãe, Dora. Michael tem o dom de tratar bem desconhecidos e acabar fazendo parte da vida deles de maneira ímpar.
Na segunda parte, começamos a ter respostas do que aconteceu entre os dois garotos. A separação, a amizade, o amor, a tristeza, as perdas...

"Um momento de autenticidade em que o destino e a predestinação se chocam, e tudo é não apenas possível como está ao alcance da mão. E eu me apaixonei. Loucamente. Acho que Ellis também. Só por um instante. Mas nunca tive certeza."

Infelizmente, o livro é pequeno, mas trás um conteúdo tão completo e repleto de sentimentos que é impossível o leitor não se familiarizar com a trama.
Ellis e Michael são personagens fortes e bem construídos que conquistam o leitor e nos deixa afoitos para saber o que aconteceu em suas vidas.
Sarah conseguiu criar um enredo onde a narrativa é diferenciada, sem se preocupar com muitos detalhes, contando apenas o que é importante para os personagens, sem descrições exageradas. Neste contexto, a narrativa foi perfeita, pois o que prende o leitor é justamente isso: a autora vai direto ao ponto.

A sinopse explica tão bem o que o leitor vai encontrar lendo este livro, que fica difícil dizer algo mais. Parafraseando a sinopse acima: O Homem de Lata "é quase uma história de amor, mas seria muito simples defini-la assim". Por isso que eu indico essa leitura para todos, não só para quem curte o gênero. Ellis e Michael tem muito para nos ensinar e nós, muito o que aprender.

"E você meu amigo galvanizado, quer um coração. Você não sabe o quão sortudo é por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem..."- O Mágico de Oz

A edição da Faro Editorial, como sempre, não deixa a desejar. A capa condiz com o enredo apresentado e está linda demais. Folhas grossas e boa diagramação, compõe um livro perfeito. Até no interior da capa podemos encontrar desenhos de girassóis. Enfim, se você ainda não leu essa preciosidade, ta esperando o que para lê-lo?

site: http://www.livrosdeelite.com.br/2018/03/resenha-o-homem-de-lata-sarah-winman.html
Deyse 04/07/2018minha estante
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Anne - @literatura.estrangeira 31/03/2018

O Homem de Lata vai contar de forma peculiar a história de Ellis e Michael, que dá início na década 60. Amigos desde criança, conseguimos ver pelos olhos de Ellis o quanto essa amizade é importante, até que ela muda de direção.

Narrado em terceira pessoa na visão de Ellis em 1996, a primeira parte do livro vai trazer brevemente algumas discussões relevantes, assim como referências artísticas intrincadas (Os Girassóis de Van Gogh, por exemplo) e outros temas que vou me abster de mencionar porque poderia ser considerado spoiler.

"Você é feliz, Ell?
Feliz?
Por Cristo! Você repete a palavra como se não soubesse o significado."

O amor romântico também aparece, principalmente quando Ellis se envolve com Annie, nos mostrando uma surpreendente história de amizade entre os três personagens - que se desfaz quando Michael se muda para Londres de forma repentina.

"A vida não era tão divertida sem Michael. Não tinha tanto colorido sem ele. A vida não era vida sem ele."

Por vezes a narrativa nos mostra o passado, voltando para o presente sem delimitação. As falas também são contínuas, sem travessão, o que pode confundir leitores menos atentos e nos deixar completamente perdidos.

Depois temos uma segunda parte emocionante e memorável, narrado em primeira pessoa pelo Michel, um personagem que até então teve pouca voz e era bem confuso e misterioso. Essa parte foi a mais emocionante, pois narra de forma crua e verdadeira o romance e a amizade que viveu com Ellis, e aí conseguimos distinguir com mais facilidade a disparidade de personalidade entre os dois.

Gostei bastante do livro, traz mensagens muito importantes, mas achei que o autor pecou em utilizar uma forma narrativa diferente e confusa na primeira parte, que claro, teve seu propósito, mas não chegou a impactar e sim confundir e monotonizar a história.

"Mas era minha humanidade que me levava a procurar, só isso. Que nos leva a todos. A simples necessidade de pertencer a algum lugar."

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/2018/03/resenha-o-homem-de-lata-por-sarah-winman.html
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dayukie 29/03/2018

"A autora consegue passar empatia e sensibilidade sobre o efeito do sofrimento na vida humana. romance curto, de leitura rápida, mas que sustenta um enredo com impacto devastador.
Nunca havia lido na autora, e minha primeira experiência foi muito positiva, a leitura fluiu super fácil. Sarah, conseguiu passar, os sentimentos dos personagens, de modo que nós passamos a sentir tudo como se estivéssemos vivendo cada emoção. É uma obra sensacional, muito bem escrita, a Editora Faro fez um belíssimo trabalho na capa e em todo livro, diagramação impecável, não encontrei nenhum erro ortográfico, para finalizar recomendo que todos leiam em algum momento da vida, esse livro, pois tenho certeza que irá se encantar tanto quanto eu me encantei!"

Resenha completa no blog.

site: https://goo.gl/qXz44R
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Biia Rozante | @atitudeliteraria 26/03/2018

Uma história de muitas emoções.
Vou iniciar essa resenha já me desculpando logo de cara. Estou enfrentando um momento complicado e isso tem me causado um bloqueio terrível, não tenho conseguido ler com a frequência de sempre e nem absorvido as histórias como elas merecem. Mesmo assim tenho lutado e me obrigado a honrar com meus compromissos e responsabilidades aqui com os meus parceiros e leitores. Entretanto, isso acaba comprometendo um pouco a qualidade e diria até que meu julgamento sobre as obras. Não irei entrar em detalhes sobre o que estou passando, pois não é o foco aqui, mas pedirei que, por favor, tentem compreender e me enviar energias positivas e tenham em mente que minha experiência de leitura não é uma verdade absoluta e que nosso julgamento se molda pelo ambiente em que vivemos, pela nossa educação e como estamos nos sentindo no momento da leitura, portanto ele pode sim mudar de um tempo para outro.

Dei essa explicação toda, pois sinto que pequei com a leitura de O HOMEM DE LATA. Aqui temos um enredo reflexivo, que explora várias vertentes do amor. Que trabalha o primeiro amor de uma maneira muito pura e inocente, que aborda as consequências de um relacionamento abusivo, a sua fragilidade e angustia. Que fala de relacionamentos familiares, do amor de mãe, da intensidade das verdadeiras amizades, do impacto da solidão. De sonhos interrompidos, sacrifícios, laços que vão muito além do sangue, de arte, de perder, de sentir, viver. É uma história intensa, que aflora emoções, que impacta, que trás muita veracidade, mas que infelizmente não me conquistou por completo.

"Tive paixões, tive amantes, tive orgasmos. Minha trilogia do desejo, como eu gostava de dizer, mas nenhum grande amor depois dele, não pra valer. Amor e sexo foram separados por um grande rio, um rio que o barqueiro se recusava a atravessar."

O HOMEM DE LATA narra à história de dois jovens – Michael e Ellis -, que acabam por terem seus caminhos cruzados pelos acasos e perdas da vida, que encontram um no outro apoio, segurança, possibilidades. Dois jovens muito diferentes um do outro, com personalidades, anseios e desejos opostos, mas que se equilibram com muita doçura e respeito. São eles os responsáveis por narrarem à história, cada um em um momento diferente, e é principalmente ai que as diferenças ficam tão evidentes e percebemos o verdadeiro impacto desta amizade na vida de ambos. Enquanto que na primeira parte, que é narrada pelo Ellis temos uma narrativa mais densa, melancólica, na segunda que é narrada pelo Michael encontramos uma narrativa mais crua, voraz, com respostas que preenchem as lacunas deixadas por Ellis. Uma obra de reflexões poderosas, que nos leva por uma viagem cheia de memórias e lembranças, permeada por incertezas, busca pela felicidade e que o realmente é importante. É um livro para ser sentido, lido com carinho.

"Mas era minha humanidade que me levava a procurar, só isso. Que nos leva a todos. A simples necessidade de pertencer a algum lugar."

Disse que pequei com a leitura porque a emoção está ali, a obra é cheia de memórias, fala de assuntos importantes, é carregado de sentimento, descobertas, aventuras, mas não consegui me conectar com os personagens, achei por diversas vezes a leitura cansativa, como se algo estivesse faltando. Talvez meu problema com a leitura seja a escrita da autora, o modo como ela dispõe os diálogos, o vai e volta das memórias... Enfim, algo na maneira que a narrativa foi construída me incomodou muito. Mas ainda assim, é preciso ressaltar a sensibilidade na construção de todo o enredo, os cenários que foram muito bem explorados, e os personagens com características e problemas tão reais. A delicadeza de um romance que vai muito além disto.

“(...) A vida muda de um jeito que não conseguimos prever. Muros vêm abaixo e pessoas são libertadas. Espere e você verá.”

Como mencionei no início desta, estou em um momento complicado que tem me prejudicado e muito como leitora, por essa razão pretendo reler a obra no futuro, pois sinto que deixei algo passar e que autossabotei minha experiência de leitura.

Recomendo a leitura a todos, pois O HOMEM DE LATA é um livro que tem muito a entregar. E que você tenha em mente que é uma obra que não oculta suas verdades e que pode te confrontar de alguma maneira. Mais que ler, é sentir. Viva essa experiência.

A Faro Editorial preciso deixar meus parabéns. Capa linda, diagramação simples e impecável. Um livro rico em detalhes.

site: http://www.atitudeliteraria.com.br/2018/03/resenha-o-homem-de-lata-sarah-winman.html
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Cássia 19/03/2018

Emocionante
?Nós dois sofremos, sei que sofremos, mas de formas diferentes . E às vezes, nos dias mais cinzentos, eu ficava sentado no quarto e me lembrava do calor daquele verão. Do perfume das flores trazidas pelo vento. Eu me recordava do som das nossas risadas e da voz do vendedor de doces. E me lembrava do amor por um homem que quase fez com que tudo fosse possível.?

Comecei a ler O homem de lata, e no início estava um pouco parado, porém mal sabia eu qual doloroso seria esta linda história de amor. Dolorosa porque se não fosse as peças que a vida nos prega, tudo poderia ter sido diferente, mas infelizmente, são os rumos que tomamos e quando nos damos conta não tem mais jeito. Temos que arcar com as consequências.

Nesta história conhecemos Ellis e Michael, grandes amigos que acabam se apaixonando, mas que de repente tem suas vidas separados. Eles vivem em uma época difícil. Época essa em que seus pais não os apoiam e isso torna tudo mais difícil para eles.E no decorrer da história a gente descobre o que cada um fez durante o tempo em que estão longe. É bom ver do que o amor é capa quando se ama de verdade e de tudo que abrimos mão para ver a felicidade do outro. Mas o amor e isso, não é? Ver o outro feliz mesmo que nos custe a nossa própria felicidade.
A autora nos faz sentir exatamente o que cada um dos personagens está sentindo durante a história. E na segunda parte é impossível não se emocionar, não chorar e ter o coração doendo dentro do peito.

Elis e Michael são encantadores. Annie também nos conquista a assim que entra na história.

O homem de lata é lindo, leve e ao mesmo tempo muito triste. E o final? Gente, que final foi esse? Preciso fazer umas perguntas com urgência para quem já leu.
E por enquanto eu não poderei lhes dizer mais nada, pois simplesmente está em meu coração, e adoraria que vocês o lessem para que guardassem para sempre dentro de seus corações.

?Uma história sobre um tipo de ternura tão rara que chega a doer.?
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Rafa @primeiroscapitulos 14/03/2018

Resenha do Blog Âncora Literária
Oi pessoal, o livro de hoje é um romance surpreendente “O Homem de Lata” de Sarah Winman. Exemplar cedido pela editora.

O livro se passa durante a infância e a vida adulta de Ellis e Michael, e podemos ver o ponto de vista da história de cada um, mas só consigo pensar em uma coisa para dizer, um depoimento: “O que dizer de um livro que só li uma vez, mas já considero pacas” KKKK (Inicio de depoimentos a lá Orkut).

Brincadeiras à parte, posso dizer que realmente não sei o que dizer, um livro que nos tira o ar e as palavras, que o simples ato de falar sobre ele não é possível, mas que no caso irei tentar.

O primeiro capítulo mostra Dora, ganhando seu quadro de Girassóis, o quadro que marcou a vida dos meninos durante sua infância. Dora, mãe de Ellis, e mãe emprestada e grande amiga de Michael, não teve uma vida fácil com o marido, além de ser incompreendida.

Cuidou de seu filho com muito amor e de Michael que se mudou para Oxford ainda jovem, até quando deus permitiu, marcando assim a vida de ambos, mas principalmente a vida de Michael.

Ellis parece ser frio e não compreender alguns sentimentos, mas posso dizer que o que ele mais faz é amar, e compreende sim, mas da sua maneira, ele respeita acima de tudo o desejo de todos sempre com muito carinho.

Ellis e Michael tem uma relação que ultrapassa o amor de amigos, e que a autora nos trouxe para mostrar que na vida não é dois homens, duas mulheres ou um homem e uma mulher, são duas pessoas que se amam.
Mas as coisas começam a mudar quando Ellis conhece Annie, eles se apaixonam perdidamente, e os três juntos formam um trio perfeito. Mas Michael não consegue superar a perda de seu grande amor e se afasta.

O livro traz o ponto de vista dos dois mostrando o porquê das coisas acontecerem, porque eles se afastaram, porque a vida de Ellis é assim hoje, todos os porquês.

Foi um livro que me mostrou o que é o amor, e amei cada um de seus personagens, inclusive o pai de Ellis, e Carol sua madrasta, que todos tinham carinho um pelos outros, cada um à sua maneira. E que por mais que se tome atitudes extremas, todas essas são tomadas por amor.

As vezes não compreendemos naquele momento o porquê de alguém que se ama fazer algo que não nos agradam, mas nem sempre é com a intenção de nos machucar, mas sim o contrário, para evitar que nos machuquemos ainda mais. Vejo isso no pai de Ellis, que infelizmente não foi uma pessoa boa para sua mãe, e fez coisas que desagradaram seu filho, mas ele achou que estava fazendo o correto.

E não podemos deixar de citar Mabel, uma pessoa doce e compreensiva, avô de Michael, e que soube amenizar a dor de ambos na hora certa.

Um livro tão pequeno, mas com uma mensagem tão grande, que com certeza deve ser lido, super recomendo.

Bjus, até a próxima.

site: http://blogancoraliteraria.blogspot.com.br/2018/03/o-homem-de-lata.html
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Yuri Rebouças 06/03/2018

É um livro devastador, no melhor dos sentidos.
Eu precisei respirar um pouco quando terminei de ler esse livro porque cada página era como um soco na alma, tão intenso que eu não fazia ideia do tamanho do impacto que teria em mim.

Eu arrisco dizer que O HOMEM DE LATA (cortesia da Faro Editorial), o primeiro e super premiado romance da escritora inglesa Sarah Winman foi o livro mais sensível que eu já li até hoje. A história é dividida em duas partes que acontecem paralelamente pelos pontos de vista de Ellis e Michael, dois amigos de infância que descobrem um no outro uma conexão que não pode ser definida apenas como amizade ou amor, mas algo maior que tudo isso e que sequer precisa de nome. Michael sofria desde cedo a rejeição dos pais que o levaram a morar com a avó Mabel, enquanto Ellis perdeu precocemente a mãe e teve que viver sob a ignorância violenta do pai. Compartilhando tantas dores, os dois encontram naquela companhia o refúgio para esses sofrimentos que criam um forte laço entre eles. Mas Ellis não está pronto para deixar aflorar e viver esses sentimento e precisa ocultá-lo para não explodir a fúria preconceituosa de mentes que não compreendem a ternura que os une.

Quase uma década depois, descobrimos que a relação entre eles mudou completamente. Ellis é agora um homem melancólico que trabalha em um emprego que odeia, tendo que abandonar o seu amor pela arte e todos os seus sonhos, antes incentivados pela mãe. Casou-se também com Annie, que ao contrário do que se pode imaginar e diferente das outras pessoas, entende perfeitamente a relação fraternal deles e decide completá-los, se tornando uma parte do quebra-cabeça formado pelos dois. São três agora, três pessoas em um relacionamento inexplicavelmente profundo, até que Michael decide ir embora por alguma razão desconhecida (isso tudo é explicado no final).

No começo do livro nós conhecemos a mãe de Michael antes de falecer, uma mulher com um coração doce que enfrenta ao seu jeito as opressões do mundo, e apesar de rápida, essa é uma das cenas mais interessantes do livro. A primeira parte mostra a visão de Ellis sobre todos aqueles acontecimentos e a sua relação com Michael e Annie, tudo narrado da forma mais intensa e real possível. A segunda mostra os mesmos eventos pelos olhos de Michael como se fossem duas histórias completamente diferentes.

Sarah Winman ganhou um fã. Eu sou apaixonado por prosas poéticas e esse livro é uma obra de arte, tocante de tal jeito que é impossível não chorar durante as 160 páginas, e mesmo sendo um livro pequeno, a história precisa ser degustada sem pressa. Os personagens são profundos e nós compartilhamos os seus sentimentos através das palavras da autora, raivas, alegrias, tristezas e o amor que preenche toda a trama. Se você tiver um coração, ao contrário do homem de lata no Mágico de Oz, leia esse livro!

Nota: 5,0/5,0

site: https://yurireboucas.wixsite.com/yurireboucas
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Malucas Por Romances 05/03/2018

O Homem de Lata
O Homem de Lata conta a história de Ellis e Michael que se conhecem ainda na infância e se tornam melhores amigos. Eles tem algo em comum, ambos tem pais totalmente dominadores. Ellis é um garoto muito tímido e vê em sua mãe seu porto seguro, ela é o exemplo dele e a proteção de um pai abusivo. Só que a vida dele muda totalmente quando aos 12 anos sua mãe vem a falecer.

Michael desde cedo sofreu com o abandono dos pais, primeiro sua mãe o deixando com um pai que não ligava pra ele, depois o seu pai também se "CANSOU" e ele foi morar com Mabel, uma senhora carinhosa e que cuidava dele com o amor que seus pais nunca tiveram por ele. Quando Michael conheceu a mãe de Ellis ele sentiu nela uma conexão imediata, sentindo nela o amor fraterno que pra ele sempre foi negado. A mãe de Ellis e Michael se conectaram rapidamente, não só pelo jeito carismático que Michael era desde pequeno, mas também pelo seu amor a arte.
"Tive paixões, tive amantes, tive orgasmos. Minha trilogia do desejo, como eu gostava de dizer, mas nenhum grande amor depois dele, não pra valer. Amor e sexo foram separados por um grande rio, um rio que o barqueiro se recusava a atravessar."
Quando a mãe de Ellis faleceu ele ficou sem rumo e com medo de um pai violento, e foi nos braços de Michael que Ellis encontrou o refúgio não só para o luto,mas também encontrou o amor e a compreensão. Como diz na sinopse o livro tem um salto temporal de aproximadamente uma década após, e nesse período muita coisa aconteceu entre Ellis e Michael, e entre os acontecimentos Ellis se casa com Annie. O que antes era uma dupla agora se tornou um trio, só que esse trio por mais unido e forte que seja acaba se separando, e com isso muitas coisas acontecem, que não vou contar, mas que vai emocionar nos detalhes.
"— Olho para estes jovens, não com inveja, mas com admiração. Está nas mãos deles agora a beleza da descoberta; a infinita paisagem lunar da vida se descortina"
O Homem de Lata foi todo escrito em terceira pessoa, alternando entre o presente e o passado, o que diferencia entre passado e presente é a fonte que muda durante a leitura. O livro foi dividido em três partes, alternando primeira parte com Ellis, a segunda com Michael e a terceira retornando com Ellis.

O livro por trazer um cenário mais ou menos da década de 70, temos temas da época que são pouco abordados, os tabus e os medos daquela época mais preconceituosa que a atual. Conforme vamos avançando na leitura e descobrindo os motivos do afastamento dos personagens e tudo que aconteceu com eles, sentimos como a vida deles mudaram e como essa mudança abalou a vida deles por completo.




O livro não tem capítulos, e foi algo que me deixou um pouco perdida de início. A narrativa da autora me deixou um tanto quanto lenta na leitura, por ser um livro curto eu imaginava acabar em no máximo dois dias, mas a escrita dela me deixou presa no livro por mais ou menos uns 5 dias. A capa e a diagramação como sempre estão maravilhosas, e como sempre a Editora Faro ARRASOU com o capricho por esse livro.

RESENHA COMPLETA NO BLOG.

site: https://malucaspor-romances.blogspot.com.br/2018/03/resenha-o-homem-de-lata-sarah-winman.html
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Clayton Lucena 01/03/2018

O Homem de Lata
Em 1963, Ellis e Michael eram dois garotos de doze anos que se tornaram grandes amigos. A história foca nesses dois personagens, com o livro sendo dividido em duas partes, a primeira contando a vida adulta de Ellis, um homem solitário e sondado pela dor da perda constantemente com suas lembranças. A narrativa nessa parte não é linear e vai e vem com memórias de sua infância com Michael, essa primeira parte a narrativa segue um pouco arrastada, muito por deixar o leitor sem respostas. A segunda parte o foco é Michael, e é um deleite, a escrita melhora consideravelmente e a autora consegue amarrar a trama de uma forma perfeita e entregando todas as respostas que ficaram em aberto da primeira parte, fiquei preso até acabar o livro. A construção dos personagens é maravilhosa, cada dor e sentimento é sentido. A história ainda aborda o preconceito e homossexualidade de uma forma real e direta. Garanto que você ira se emocionar com esta que é quase uma história de amor. Mas seria muito simples defini-la assim.

Parabéns a Faro Editorial por todo o cuidado com essa edição, capa linda, contra capa mais linda ainda e claro diagramação e espessura das páginas.

Recomendo a leitura para todos.
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@paty_bookaholic 26/02/2018

Encantador!
Quando a Editora Faro anunciou o lançamento de O Homem de Lata eu fiquei maravilhada, além de uma capa e uma sinopse maravilhosa eu já imaginava uma releitura de O Mágico de Oz, criei grandes expectativas para o livro, e vocês sabem isso não pé bom, porém, apesar de o inicio da leitura não ter me prendido muito, não me arrependi de dar continuidade a essa história que primeiro vai quebrar o seu coração, para depois cura-lo aos pouquinhos.

Foi a minha primeira experiência com um livro da autora Sarah Winman e a narrativa é bem diferente do que estou acostumada, então demorei algumas páginas a me acostumar.

Logo nas primeiras páginas conhecemos uma mulher superando as suas próprias limitações, essa mulher em um gesto de coragem desafia seu marido, ao ganhar uma rifa escolhe um belo quadro de girassóis ao invés de uma cara garrafa de uisque que seu marido tanto desejava, um gesto libertador para ela.

"A porta explodiu e quase se soltou das dobradiças. Leonard Judd se precipitou em direção a pintura e, com a maior rapidez com que já se movimentara na vida, Dora se colocou na frente e ergueu o martelo, dizendo Faça isso e eu te mato. Se não agora, quando você estiver dormindo. Esta pintura sou eu. Não toque nela, respeite. Esta noite eu vou para o outro quarto. E amanhã, compre pra você outro martelo.
Tudo por causa de um quadro de girassóis."

Em O Homem de Lata conhecemos Ellis, um homem devastado pela dor da perda, solitário, triste, perdido na vida. Trabalhando em algo que não era seu sonho e perdido em lembranças.

O livro se divide em duas partes, duas visões, Ellis e Michael, onde conhecemos a descoberta do amor por parte dos dois. Na primeira parte de O Homem de Lata temos uma visão muito melancólica, onde conhecemos aos poucos a história da amizade dos dois e de como tudo mudou a vida deles.

Michael entrou na vida de Ellis como um raio de sol, iluminando a sua vida e a vida de sua mãe, com uma sensibilidade impar com aqueles que ele mal conhecia se tornando uma parte deles.
"Cores complementares são aquelas que fazem com que a outra se destaque [...]
Como eu e Ellis, disse Michael.
Sim, ela sorriu. Como vocês dois."
É difícil falar deste livro sem entregar as surpresas do enredo, a história de dois meninos de 12 anos que precisavam um do outro e que acabam se afastando, durante todo tempo esperamos que seja revelado o motivo dessa súbita separação, foi o fim da amizade? O que poderia causar isso?

Na segunda parte do livro começamos a ter respostas sobre tudo, a visão de Michael trás uma clareza imensa sobre o que foi a vida dos dois, ele fala sobre dor, sofrimento, beleza, amor...

O Homem de Lata é um livro de sentimentos fortes, que fala sobre amor, amizade, dor e redenção. É um livro a ser degustado aos poucos, pois a cada revelação é necessário parar e pensar, refletir sobre o que realmente é ser feliz, o que te faz feliz e como ser feliz.

Gostaria de poder indicar esse livro a qualquer pessoa, mas acredito que alguns não irão gostar muito dele, ele envolve muito mais que amor fraterno, trás uma mistura de amores, sonhos e desejos, então dê uma chance, se deixe levar por essa história de amor e amizade, vocês não irão se arrepender!

A edição de O Homem de Lata é maravilhosa, 160 páginas muito bem diagramadas e gostosas de ler, detalhes lindos e muito caprichados.
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Jess 25/02/2018

"Um momento de autenticidade em que o destino e a predestinação se chocam, e tudo é não apenas possível como está ao alcance da mão. E eu me apaixonei. Loucamente. Acho que Ellis também. Só por um instante. Mas nunca tive certeza."

Ellis e Michael se conheceram garotos e se tornaram amigos, aprendiam um com o outro, cresceram juntos. Com o tempo, a amizade se tornou algo mais. Mas o amor nem sempre tem o rumo que esperamos, e, às vezes, por medo ou destino, tudo muda e a vida toma rumos diferentes. .

Uma década depois encontramos Ellis casado com Annie, e Michael é uma lembrança. .

Começamos conhecendo a mãe de Ellis (em 1950); depois, encontramos ele adulto (em 1996), remoendo seus demônios, seguindo uma carreira que não desejava. Annie e Michael vão sendo mostrados aos poucos, finalizando com a parte do Michael trazendo mais respostas (inicia em 1989).

"O homem de lata" não é um livro simples de explicar. Ele já começa com uma narrativa diferenciada, não linear e sem se preocupar com muitos detalhes, contando apenas o importante pra conhecer os personagens.
É uma história de amor genuíno, de amizade e carinho. .

A narrativa de Michael é muito emocionante e crua, foi a parte que fiquei mais envolvida e senti atravessar as páginas. Ele ama, cuida e traz metáforas e questionamentos sobre sua sexualidade, além de mostrar a rotina com amigos/companheiros portadores do vírus HIV. .

Esse é um livro sobre amor, mas o amor nem sempre é simples e fácil. Vocês precisam ler e se emocionar com essa história.

site: www.instagram.com/saymybook
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Erika 22/02/2018

Leitura muito especial.
O homem de lata vai contar a história de Ellis e Michael.
Ellis é uma criança muito retraída, e sua mãe é seu porto seguro, mas infelizmente quanto ele tinha apenas 12 anos sua mãe vem a falecer, lhe deixando com um pai dominador e violento.
Ele passa a encontrar refúgio nos braços de Michael seu melhor amigo.
Michael foi abandonado pelos pais, primeiro ele viu sua mãe o deixando para logo em seguida ser negligenciado pelo seu pai.
Um dia ele se ver de mudança indo morar com Mabel, uma senhora maravilhosa que vai cuidar e amar ele com todo seu coração.
Ellis e Michael se completam, um encontra no outro a cura para suas dores.
Os dois vão crescendo e está amizade vai evoluindo, e sem perceber os dois vão se descobrindo e se entregando a um sentimento muito forte, cheio de descobertas, prazer e cumplicidade.
Porém Ellis não está preparado a assumir seus sentimentos por Michael, assim ela acaba se envolvendo com Annie, uma mulher que te traz conforto e que gosta muito de Michael.
Só que Michael não está preparado para dividir Ellis e acaba se afastando do grande amor da sua vida.
Sabe aquele livro, que de deixa no chão, mas de uma maneira muito possitiva, o homem de lata é exatamente este tipo de livro.
Uma estória forte contada pelo ponto de vista dos dois protagonistas dos tempos atuais, com lembranças de seu passado, e assim vamos conhecendo mais a fundo os personagens.
A autora Sarah Winman, foi simplesmente intensa, perfeita e muito realista, sobre os temas abordados, principalmente na descrição da época em que se passa a estória.
Ela fala dos preconceitos, homossexualidade, aceitação
a cada página você se depera com um turbilhão de sentimentos, dor, raiva, solidão e um amor tão forte e tão verdadeiro que é capaz de destruir.
A Editora Faro mais uma vez arrasou no capricho da edição, a capa toda em alto relevo, ilustração está simplesmente apaixonante.
"Olho para estes jovens, não com inveja, mas com admiração. Está nas mãos deles agora a beleza da descoberta; a infinita paisagem lunar da vida se descortina"
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Val Herondale 18/02/2018

O Homem de Lata é uma história sobre o amor...
"E você meu amigo galvanizado, quer um coração. Você não sabe o quão sortudo é por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem..."- O Mágico de Oz

Desde que a Faro anunciou a publicação desse livro fiquei morrendo de vontade de lê-lo. Sarah Winman nunca chegou a fazer parte do meu cotidiano literário, mas, ao entender a premissa de O Homem de Lata, eu soube, instantaneamente, que precisava conhecer aquela obra. Então, quando recebi minha cópia, parei tudo o que estava fazendo e me dediquei a leitura.

O Homem de Lata é uma história sobre o amor. Do primeiro amor e também da perda. O romance de Michael, Annie e Ellis. Um conto de cura.

"Cores complementares são aquelas que fazem com que a outra se destaque [...]
Como eu e Ellis, disse Michael.
Sim, ela sorriu. Como vocês dois."

Com pouco menos de duzentas páginas, o leitor não faz ideia do impacto que esse livro terá em sua vida. Este é um romance infundido com memórias, e isso pode ser notado, claramente, no estilo de narrativa apresentada.

Logo de início, o prólogo retrata uma mulher desafiando seu marido num Centro Comunitário local quando, ao ser sorteada em uma rifa, escolhe como seu prêmio, não o uísque caríssimo que seu marido desejava, mas uma reprodução de “Os Girassóis”, de Van Gogh.

"Foi o primeiro gesto desafiador em sua vida. Como cortar uma orelha. E ela fez isso em público."

Uma cena que poderia ser denotada como sem valor ou importância, mas que adianta o poder transformador da arte; um dos temas que permeia O Homem de Lata.

O livro, dividido em duas partes, conta primeiro a história sob o ponto de vista de Ellis. Em 1996, o leitor encontra um homem absorto da vida social, vivendo sozinho e trabalhando todas as noites em uma fábrica de carros. A solidão que o envolve nessa época é palpável e nauseante.

"Você é feliz, Ell?
Feliz?
Por Cristo! Você repete a palavra como se não soubesse o significado."

A partir de uma narrativa permeada de lembranças, obtemos vislumbres do passado quando, nos anos 70, Michael e Ellis se tornam melhores amigos. Ambos crescendo sem suas mães, em Oxford, compartilhando um amor pelo ciclismo e viagens, e tornando seu relacionamento físico em algum momento. Segredos e descobertas ecoando uma história de amor e amizade que se estende por décadas. Mais tarde quando Annie entra em cena, o trio logo torna-se inseparável. Acredite em mim quando digo que esse se tornou um dos relacionamentos mais lindos que li até hoje. Uma belíssima amizade que se rompe abruptamente quando Michael se muda para Londres e desaparece das vidas de Ellis e Annie.

"A vida não era tão divertida sem Michael. Não tinha tanto colorido sem ele. A vida não era vida sem ele."

A segunda metade do romance muda para o cenário londrino onde, através da perspectiva de Michael, os espaços vão sendo preenchidos com a história de sua vida e lembranças de seu relacionamento com Ellis. Achei esse ponto da narrativa ainda mais fluido que o primeiro, elevando as emoções do leitor a um nível significativo, tornando-se impossível conter as lágrimas.

Sonhos e corações partidos, a realidade e a intensidade das amizades juvenis, a dinâmica emocional da sexualidade, um relato da assombrosa realidade da epidemia de AIDS em Londres, nos anos 80, são temas que se fundem para produzir uma história que sobrepõe emoções extremas sem tornar-se demasiadamente sentimental. Um romance curto, de leitura rápida, mas que sustenta um enredo com impacto devastador.

Sarah Winman revelou-se uma autora de grande empatia e sensibilidade sobre o efeito do sofrimento na vida humana. Ficarei atenta a futuras publicações da mesma. Sua escrita é poderosa, ainda que simples. Como apontei acima, a sensibilidade é algo tangível, que pode ser vista logo nos primeiros parágrafos. Winman tem um dom, e isso é inegável. Ela consegue transmitir, com louvor, os sentimentos dos personagens, de modo que nos apropriamos deles. No final temos, porque não dizer, uma belíssima obra de arte em mãos. Com personagens reais, que se afligem, não só pelas pessoas, mas pelos desejos que abandonaram, seja sexual, artístico ou emocional.

"Mas era minha humanidade que me levava a procurar, só isso. Que nos leva a todos. A simples necessidade de pertencer a algum lugar."

A edição está impecável, como sempre. A Faro Editorial é muito zelosa em suas publicações, e isso está muito visível desde o trabalho da capa e contra-capa, espessura das folhas, tamanho das letras. Tornando a experiência de leitura muito prazerosa.

Embora traga temas que, infelizmente, ainda podem ser considerados tabus em alguns convívios, gostaria de indicar O Homem de Lata para todas as pessoas. Sem distinção. Mas principalmente para aquelas que não se acovardam diante de algumas verdades.

site: http://www.papodefangirl.com.br/2018/02/resenha-o-homem-de-lata.html#more
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